Preciso de um conselho: uma amiga tem uma filha que com mais de 3 anos não fala. Sei que há crianças que não têm qualquer problema e que começam a fazê-lo mais tarde. Já tinha comentado com ela que seria boa ideia recorrerem a um especialista para efetuar os devidos despistes, nem que fosse para ficarem descansados. Contudo, ela sempre disse que não seria nada e que com a entrada na pré iria "desabrochar". Acontece que só costumávamos falar online devido à distância. Há uns tempos finalmente conseguimos estar juntas e pude observar a filha dela a brincar no parque. Ela simplesmente não interaje com as outras crianças. Partilha o espaço com elas mas brinca sozinha. Uma criança falou com ela mas ela olhou e não manifestou qualquer reacção, tendo voltado à sua brincadeira sozinha. Isto fez-me desconfiar que poderá haver ali algo relacionado com autismo ou algo nesse espectro. Mas confesso que fiquei com receio de comentar com a mãe porque no passado o meu conselho foi rapidamente descartado. A minha questão é: até que ponto vocês falariam, arriscando a ofender a mãe como se estivessem a ser intrometidas? Ou iriam esperar para ver? Estarei a fazer um filme e não se passará nada com esta criança? De qualquer forma, acho que seria importante ela ser vista por um especialista pois caso haja algum problema quanto mais cedo foi a intervenção melhor. Algum conselho que queiram partilhar?
Existem crianças (pessoas) introvertidas. Pode apenas e somente ser isso.
Autismo porquê? Porque está na moda? É profissional na área? Tem lido informação sobre o autismo e aquele comportamento deixou-a a pensar? Então leia também um pouco sobre introversão, e talvez lhe faça mais sentido.
Existem crianças (pessoas) introvertidas. Pode apenas e somente ser isso.
Autismo porquê? Porque está na moda? É profissional na área? Tem lido informação sobre o autismo e aquele comportamento deixou-a a pensar? Então leia também um pouco sobre introversão, e talvez lhe faça mais sentido.
Sou Psicóloga. Mas agradeço-lhe na mesma o seu ponto de vista.
Eu nao ficava descansada mas depende do "nível" de distanciamento.
Eu lembro-me de que o meu filho com 3 anos ainda nao interagia muito com outras crianças.
Em parte porque nao é anormal na idade, e por outro lado porque o meu filho só foi para a escola com 3,5 anos. Em paralelo tem outra caracteristica de mistura de idiomas.
Tudo isso fez com que ele falasse muito depois dos 3 anos.
Agora.... ele respondia, ele falava (palavras soltas e frases muito curtas), interagia, mas nao era a 100%. Eu via que ele nao tinha nenhum problema.
Essa menina, nao diz nada de nada?? Interage zero?
A mae nao a leva ao pediatra com frequencia?
Eu nao ficava descansada, mas depende da realidade da situacao.
Decididamente ficar calada.
Sobretudo se já aconselhou uma vez e o conselho foi descartado.
As crianças não são todas iguais, umas mais introvertidas que outras. Porque seria logo autismo? Estando a criança em casa com a mãe suponho, uma vez que não está na escola, acho normal que se isole mais sem interagir com outras crianças e esteja habituada a brincar sozinha.
Eu não dizia nada. A criança entrará na pré e caso haja algum problema a mãe será rapidamente alertada para tal. A minha filha com 3 anos já falava imenso mas não interagia com crianças no parque. Tem agora 6 anos e não responde quando crianças que ela não conhece interagem com ela nos parques infantis. Só a vi responder uma única vez este ano quando um menino lhe tocou num braço para lhe chamar a atenção e ela se afastou logo dizendo “Obrigada mas não quero mesmo”.
Eu nao ficava descansada mas depende do "nível" de distanciamento.
Eu lembro-me de que o meu filho com 3 anos ainda nao interagia muito com outras crianças.
Em parte porque nao é anormal na idade, e por outro lado porque o meu filho só foi para a escola com 3,5 anos. Em paralelo tem outra caracteristica de mistura de idiomas.
Tudo isso fez com que ele falasse muito depois dos 3 anos.
Agora.... ele respondia, ele falava (palavras soltas e frases muito curtas), interagia, mas nao era a 100%. Eu via que ele nao tinha nenhum problema.
Essa menina, nao diz nada de nada?? Interage zero?
A mae nao a leva ao pediatra com frequencia?
Eu nao ficava descansada, mas depende da realidade da situacao.
Não diz nada. Quando se tenta manifestar faz gemidos sem abrir a boca, uma espécie de som nasalado. É só isso. Como não sou especialista na fala não sei dizer se é ou não normal que algumas crianças façam isso com esta idade. Agora em relação à questão da interacção com outros já está mais relacionado com o meu trabalho e alertou-me o comportamento dela. A minha questão aqui não se prende com um diagnóstico pois um encontro isolado e nas circunstâncias que foi não me permitiria aderir nada, mas sim a questão de quando se trata de uma amiga se como amiga deveria tentar alertá-la outra vez ou pelo contrário não voltar a tocar no assunto para não ferir susceptibilidades.
Eu não dizia nada. A criança entrará na pré e caso haja algum problema a mãe será rapidamente alertada para tal. A minha filha com 3 anos já falava imenso mas não interagia com crianças no parque. Tem agora 6 anos e não responde quando crianças que ela não conhece interagem com ela nos parques infantis. Só a vi responder uma única vez este ano quando um menino lhe tocou num braço para lhe chamar a atenção e ela se afastou logo dizendo “Obrigada mas não quero mesmo”.
Também tenho esperança que na pré alerte a mãe caso achem que há ali algo digno de análise. Tem um bom ponto aí: entendo que no caso da sua filha possa ser introversão, aqui tratasse de uma menina que faz sons nasalados sem abrir a boca quando quer manifestar-se. Não sou especialista na área da fala por isso não posso dizer se será normal ou não crianças com esta idade serem assim. A minha questão nem se prende com eu estar ou não a diagnosticar algo, mas sim com a possibilidade de ferir susceptibilidades de uma amiga ao sugerir que a filha dela poderia beneficiar de um despiste feito por um especialista.
Não emite mais nenhum outro som?
Assumindo que a criança não produz nenhum outro som, é uma situação que tem de ser avaliada. Com um único encontro não vejo que tenha de abordar o assunto, porque a criança pode não ter tido vontade de falar naquele dia/momento. Mas se voltar a estar com a sua amiga, e tentar conversar com a criança, já terá um pretexto para questionar se a menina não fala de todo, e logo vê se a sua intervenção é bem recebida ou não.
Mas o foco tem de ser a linguagem, sem sugestões de transtorno do espectro autista. O autismo não é o único transtorno que afecta o desenvolvimento da fala. Existem outros factores, ou poderá ainda ser um distúrbio específico de linguagem, ou apraxia da fala, ou até simplesmente a falta de estímulos adequados.
De qualquer maneira, caso a sua amiga continue a desvalorizar, como explicou a Clara Miguel, na pré irão certamente abordar está questão com os pais.
Custa-me a acreditar que os pais ignorem a seriedade da falta total de linguagem oral, possivelmente a criança não estava com vontade de falar com pessoas estranhas.
Eu não dizia nada. A criança entrará na pré e caso haja algum problema a mãe será rapidamente alertada para tal. A minha filha com 3 anos já falava imenso mas não interagia com crianças no parque. Tem agora 6 anos e não responde quando crianças que ela não conhece interagem com ela nos parques infantis. Só a vi responder uma única vez este ano quando um menino lhe tocou num braço para lhe chamar a atenção e ela se afastou logo dizendo “Obrigada mas não quero mesmo”.
A minha filha interage muito bem com outras crianças, mas também têm os seus momentos em que se afasta e prefere brincar sozinha durante algum tempo. Se alguém a observar naquele momento também achará que tem algum problema na interação com os outros. Não tem, apenas sente necessidade de reduzir o excesso de estímulos por um período de tempo.
Não emite mais nenhum outro som?
Assumindo que a criança não produz nenhum outro som, é uma situação que tem de ser avaliada. Com um único encontro não vejo que tenha de abordar o assunto, porque a criança pode não ter tido vontade de falar naquele dia/momento. Mas se voltar a estar com a sua amiga, e tentar conversar com a criança, já terá um pretexto para questionar se a menina não fala de todo, e logo vê se a sua intervenção é bem recebida ou não.
Mas o foco tem de ser a linguagem, sem sugestões de transtorno do espectro autista. O autismo não é o único transtorno que afecta o desenvolvimento da fala. Existem outros factores, ou poderá ainda ser um distúrbio específico de linguagem, ou apraxia da fala, ou até simplesmente a falta de estímulos adequados.
De qualquer maneira, caso a sua amiga continue a desvalorizar, como explicou a Clara Miguel, na pré irão certamente abordar está questão com os pais.
Custa-me a acreditar que os pais ignorem a seriedade da falta total de linguagem oral, possivelmente a criança não estava com vontade de falar com pessoas estranhas.
A mãe já me disse que ela não fala. Nem em casa com os pais. Só emite sons nasalados com a boca fechada quando se quer manifestar. A única coisa que fizeram foi exames de audição no primeiro ano de vida e estava tudo OK. Depois disso nunca mais fizeram qualquer tipo de análise. Não sou especialista em questões da fala por isso não sei se será normal em algumas crianças com esta idade estarem assim e se depois sem terapia começam a falar sem dificuldades. De qualquer forma, já percebi que a maioria das pessoas acha boa ideia não dizer nada. Provavelmente não falarei e vamos ver como corre a integração da menina na pré.
Mãe e Mulher, é uma situação delicada e depende um bocadinho do grau de proximidade dessa amizade. Se um conhecido afastado me viesse do nada dar bitaites sobre o meu filho provavelmente levaria a mal.
Mas sendo psicologa deve saber abordar o tema sem ferir susceptibilidades...
A mãe se calhar está farta de perceber e tentar 'calar' dentro de si mesma o alerta vermelho.
Se ela lhe voltar a falar sobre a filha e o ainda não falar pode sugerir qualquer coisa como..olha agora é muito comum as crianças fazerem rastreios blabla, mesmo que ela não precise, pode ser uma forma de teres umas dicas uteis para tentar puxar por ela...mal não faz.
Bem eu sou péssima no diálogo, pelo que não sei bem aconselhar, mas se de facto são amigas, eu se fosse essa mãe gostava de saber que pode haver um problema.
Talvez sugerir um centro ou algum profissional ou caso em concreto que beneficiou com terapia, sem dar um nome ao problema nem dizer que pode ser um problema.
Ainda há muito preconceito e receio, como se ir aos médicos/rastreios é que pudesse causar o problema e ignorando-o ele não exista...mas acredito que não seja fácil para uma mãe gerir o medo de ser efetivamente um problema... ser mãe já nos traz tantos receios quando não há motivo, quanto mais quando pode mesmo existir.
Que as coisas corram pelo melhor e não seja nada.
Diagnóstico de Infertilidade - +/- 2014
Diagnóstico de adenomiose e endometriose - 2019
FIV/ICSI - Junho 2019 sem transferência
TEC - Outubro 2019 - beta 564 🙏🤞🍀
Para mim não é uma questão de ser ou não boa ideia falar, mas sim se é relevante e/ou oportuno fazê-lo.
Uma vez que a criança tem mais de 3 anos e não usa palavras para comunicar (não diz mamã e papá?) é relevante alertar para essa questão. Cabe é a si arranjar o momento oportuno para o fazer.
Também não sou especialista na área do desenvolvimento da linguagem e perturbações da fala, mas com 3 anos não é normal que a criança não fale. Ou a sua amiga não foi totalmente franca consigo, ou existe negligência da parte dos profissionais de saúde que acompanham a criança e também dos pais.
Uma criança que não fale é muda. Será essa a razão? Mas uma criança muda tem de aprender linguagem gestual.
Portanto, se quando refere que a criança não diz palavra nenhuma, nem com os pais, ou seja literalmente não fala, e tem a certeza de que não está a ser feito nada para avaliar as razões da falta de linguagem oral, então a criança está a ser vítima de negligência, e não tem que ter preocupações se melindra ou não a sua amiga.
Bem, eu falaria, se fosse próxima da amiga. Não estou a ver as minhas amigas mais próximas a sentirem que não podiam falar algo assim comigo, ou vice versa. Temos abertura e amor para tal. Por isso acho que depende do grau de proximidade.
Em relação ao não falar nada, pois não me parece normal. Pelo menos algumas palavras palavras, como mamã e papá seriam já expectáveis.
Não sou especialista, mas o meu filho tem um atraso no desenvolvimento da linguagem e está a ser acompanhado por um terapeuta da fala. E ainda assim ele diz muitas palavras e até constrói algumas frases curtas. Não dizer nada de nada acho de facto estranho.
Bem, eu falaria, se fosse próxima da amiga. Não estou a ver as minhas amigas mais próximas a sentirem que não podiam falar algo assim comigo, ou vice versa. Temos abertura e amor para tal. Por isso acho que depende do grau de proximidade.
Em relação ao não falar nada, pois não me parece normal. Pelo menos algumas palavras palavras, como mamã e papá seriam já expectáveis.
Não sou especialista, mas o meu filho tem um atraso no desenvolvimento da linguagem e está a ser acompanhado por um terapeuta da fala. E ainda assim ele diz muitas palavras e até constrói algumas frases curtas. Não dizer nada de nada acho de facto estranho.
Exato, a minha filha, como sabes também tem um atraso na linguagem, mas fala. Não falar de todo, ao ponto de nem chamar mamã/papá, acho que é uma situação que não pode ser ignorada. E também concordo que entre amigos não deveria existir receios em partilhar preocupações com os filhos uns dos outros.
Inicialmente, quando li que a criança não fala, pensei que era uma forma de expressão, pois quantas vezes não lemos aqui no fórum mães a comentarem que os filhos "não falam" e afinal dizem muitas palavras.
O meu também tem atraso na fala, mas a partir dos 12 meses que isso é um assunto que se analisa sempre em todas as consultas. Até em episódios de urgência que me questionaram como estava a questão da fala. Uma criança que vá ao médico não passa assim tão ao lado um caso extremo.
A 1a sensação que tive ao ler é que a mãe despachou o assunto com a resposta, como não querendo falar ou desenvolver mais.
Mag_M escreveu:Bem, eu falaria, se fosse próxima da amiga. Não estou a ver as minhas amigas mais próximas a sentirem que não podiam falar algo assim comigo, ou vice versa. Temos abertura e amor para tal. Por isso acho que depende do grau de proximidade.
Em relação ao não falar nada, pois não me parece normal. Pelo menos algumas palavras palavras, como mamã e papá seriam já expectáveis.
Não sou especialista, mas o meu filho tem um atraso no desenvolvimento da linguagem e está a ser acompanhado por um terapeuta da fala. E ainda assim ele diz muitas palavras e até constrói algumas frases curtas. Não dizer nada de nada acho de facto estranho.Exato, a minha filha, como sabes também tem um atraso na linguagem, mas fala. Não falar de todo, ao ponto de nem chamar mamã/papá, acho que é uma situação que não pode ser ignorada. E também concordo que entre amigos não deveria existir receios em partilhar preocupações com os filhos uns dos outros.
Inicialmente, quando li que a criança não fala, pensei que era uma forma de expressão, pois quantas vezes não lemos aqui no fórum mães a comentarem que os filhos "não falam" e afinal dizem muitas palavras.
Eu não me metia. A filha não é sua, já tocou uma vez no assunto e não foi bem recebido. Amigos amigos negócios à parte... Ninguém duvida da boa intenção mas de certeza que os pais estão atentos e é assunto privado de família só. Enquanto amiga não daria palpites sobre os filhos dos outros (e não gostaria que o fizessem comigo). Beijinhos
Sónia Silva
O meu também tem atraso na fala, mas a partir dos 12 meses que isso é um assunto que se analisa sempre em todas as consultas. Até em episódios de urgência que me questionaram como estava a questão da fala. Uma criança que vá ao médico não passa assim tão ao lado um caso extremo.
A 1a sensação que tive ao ler é que a mãe despachou o assunto com a resposta, como não querendo falar ou desenvolver mais.Sansa escreveu:
Mag_M escreveu:Bem, eu falaria, se fosse próxima da amiga. Não estou a ver as minhas amigas mais próximas a sentirem que não podiam falar algo assim comigo, ou vice versa. Temos abertura e amor para tal. Por isso acho que depende do grau de proximidade.
Em relação ao não falar nada, pois não me parece normal. Pelo menos algumas palavras palavras, como mamã e papá seriam já expectáveis.
Não sou especialista, mas o meu filho tem um atraso no desenvolvimento da linguagem e está a ser acompanhado por um terapeuta da fala. E ainda assim ele diz muitas palavras e até constrói algumas frases curtas. Não dizer nada de nada acho de facto estranho.Exato, a minha filha, como sabes também tem um atraso na linguagem, mas fala. Não falar de todo, ao ponto de nem chamar mamã/papá, acho que é uma situação que não pode ser ignorada. E também concordo que entre amigos não deveria existir receios em partilhar preocupações com os filhos uns dos outros.
Inicialmente, quando li que a criança não fala, pensei que era uma forma de expressão, pois quantas vezes não lemos aqui no fórum mães a comentarem que os filhos "não falam" e afinal dizem muitas palavras.
Eu até percebo que não queira falar no assunto, mas dar a entender que a menina não tem qualquer acompanhamento, ou não está a ser feita qualquer avaliação, é muito estranho. Porque a ser verdade, há quanto tempo não leva a filha ao médico? Tem faltado às consultas? Ou o médico que a acompanha é incompetente? A não ser verdade, e a menina até anda a ser avaliada, podia simplesmente dizer que está em processo de avaliação, não precisa de se estender muito em explicações. Assim dá a ideia de que é negligente.
É que é mesmo isso como dizes, um caso extremo.
Eu não me metia. A filha não é sua, já tocou uma vez no assunto e não foi bem recebido. Amigos amigos negócios à parte... Ninguém duvida da boa intenção mas de certeza que os pais estão atentos e é assunto privado de família só. Enquanto amiga não daria palpites sobre os filhos dos outros (e não gostaria que o fizessem comigo). Beijinhos
É um assunto privado até certo ponto. O bem estar de uma criança é preocupação da sociedade. Uma criança de 3 anos que não diz absolutamente nada, e os pais desvalorizam, é motivo para preocupação e tentar intervir. Como é que uns pais estão atentos e continuam passivos?
Se a menina não falasse apenas com as outras pessoas mas o fizesse com os pais, ok tudo bem. Mas não falar de todo e ninguém faz nada?
Ficar calada. Observações desse tipo não costumam ser bem aceites e os pais costumam ser os últimos a aceitar que haja alguma diferença.. tenho a certeza que na pré, será aconselhada uma consulta de desenvolvimento de não houver progresso ( às vezes eles dão o clique de repente)
Por parecer muito estranho é que acho que se esquivou à conversa. Com 3 anos já passou em várias chek list e a fala está sempre lá, o que diz, quantas palavras diz, etc, neste caso ficava logo sinalizado. Estará já a ser acompanhada ou não é assim tão preocupante.
Podia(devia como amiga) ter dito o que se passa, mas acho que pode estar em acompanhamento, não saber ao certo ainda nada e não quis falar, pode estar ainda a processar o se passa.
MisaL escreveu:O meu também tem atraso na fala, mas a partir dos 12 meses que isso é um assunto que se analisa sempre em todas as consultas. Até em episódios de urgência que me questionaram como estava a questão da fala. Uma criança que vá ao médico não passa assim tão ao lado um caso extremo.
A 1a sensação que tive ao ler é que a mãe despachou o assunto com a resposta, como não querendo falar ou desenvolver mais.Sansa escreveu:
Mag_M escreveu:Bem, eu falaria, se fosse próxima da amiga. Não estou a ver as minhas amigas mais próximas a sentirem que não podiam falar algo assim comigo, ou vice versa. Temos abertura e amor para tal. Por isso acho que depende do grau de proximidade.
Em relação ao não falar nada, pois não me parece normal. Pelo menos algumas palavras palavras, como mamã e papá seriam já expectáveis.
Não sou especialista, mas o meu filho tem um atraso no desenvolvimento da linguagem e está a ser acompanhado por um terapeuta da fala. E ainda assim ele diz muitas palavras e até constrói algumas frases curtas. Não dizer nada de nada acho de facto estranho.Exato, a minha filha, como sabes também tem um atraso na linguagem, mas fala. Não falar de todo, ao ponto de nem chamar mamã/papá, acho que é uma situação que não pode ser ignorada. E também concordo que entre amigos não deveria existir receios em partilhar preocupações com os filhos uns dos outros.
Inicialmente, quando li que a criança não fala, pensei que era uma forma de expressão, pois quantas vezes não lemos aqui no fórum mães a comentarem que os filhos "não falam" e afinal dizem muitas palavras.Eu até percebo que não queira falar no assunto, mas dar a entender que a menina não tem qualquer acompanhamento, ou não está a ser feita qualquer avaliação, é muito estranho. Porque a ser verdade, há quanto tempo não leva a filha ao médico? Tem faltado às consultas? Ou o médico que a acompanha é incompetente? A não ser verdade, e a menina até anda a ser avaliada, podia simplesmente dizer que está em processo de avaliação, não precisa de se estender muito em explicações. Assim dá a ideia de que é negligente.
É que é mesmo isso como dizes, um caso extremo.
Sónia S. Silva escreveu:Eu não me metia. A filha não é sua, já tocou uma vez no assunto e não foi bem recebido. Amigos amigos negócios à parte... Ninguém duvida da boa intenção mas de certeza que os pais estão atentos e é assunto privado de família só. Enquanto amiga não daria palpites sobre os filhos dos outros (e não gostaria que o fizessem comigo). BeijinhosÉ um assunto privado até certo ponto. O bem estar de uma criança é preocupação da sociedade. Uma criança de 3 anos que não diz absolutamente nada, e os pais desvalorizam, é motivo para preocupação e tentar intervir. Como é que uns pais estão atentos e continuam passivos?
Se a menina não falasse apenas com as outras pessoas mas o fizesse com os pais, ok tudo bem. Mas não falar de todo e ninguém faz nada?
Não me parece q seja o caso. Mas lá está, eu vejo da minha perspectiva e não acredito q os pais estejam sem fazer nada ou não estejam preocupados. Não querem é partilhar nem falar sobre o assunto (nem têm de o fazer).
Sónia Silva
Sansa escreveu:Sónia S. Silva escreveu:Eu não me metia. A filha não é sua, já tocou uma vez no assunto e não foi bem recebido. Amigos amigos negócios à parte... Ninguém duvida da boa intenção mas de certeza que os pais estão atentos e é assunto privado de família só. Enquanto amiga não daria palpites sobre os filhos dos outros (e não gostaria que o fizessem comigo). Beijinhos
É um assunto privado até certo ponto. O bem estar de uma criança é preocupação da sociedade. Uma criança de 3 anos que não diz absolutamente nada, e os pais desvalorizam, é motivo para preocupação e tentar intervir. Como é que uns pais estão atentos e continuam passivos?
Se a menina não falasse apenas com as outras pessoas mas o fizesse com os pais, ok tudo bem. Mas não falar de todo e ninguém faz nada?Não me parece q seja o caso. Mas lá está, eu vejo da minha perspectiva e não acredito q os pais estejam sem fazer nada ou não estejam preocupados. Não querem é partilhar nem falar sobre o assunto (nem têm de o fazer).
Não têm de o fazer, é verdade, mas também não têm de esconder que a criança está a ser acompanhada, dando a entender que não estão a fazer nada. Se não querem que as outras pessoas "se metam," então deveriam ser honestos e assegurar quem está preocupado de que já está a ser feito o acompanhamento. Não é necessário grandes explicações, e evitam passar a ideia de que estão a ser desleixados e a negligenciar a severidade do problema.
Mentir serve que propósito?
Sónia S. Silva escreveu:Sansa escreveu:
Sónia S. Silva escreveu:Eu não me metia. A filha não é sua, já tocou uma vez no assunto e não foi bem recebido. Amigos amigos negócios à parte... Ninguém duvida da boa intenção mas de certeza que os pais estão atentos e é assunto privado de família só. Enquanto amiga não daria palpites sobre os filhos dos outros (e não gostaria que o fizessem comigo). Beijinhos
É um assunto privado até certo ponto. O bem estar de uma criança é preocupação da sociedade. Uma criança de 3 anos que não diz absolutamente nada, e os pais desvalorizam, é motivo para preocupação e tentar intervir. Como é que uns pais estão atentos e continuam passivos?
Se a menina não falasse apenas com as outras pessoas mas o fizesse com os pais, ok tudo bem. Mas não falar de todo e ninguém faz nada?Não me parece q seja o caso. Mas lá está, eu vejo da minha perspectiva e não acredito q os pais estejam sem fazer nada ou não estejam preocupados. Não querem é partilhar nem falar sobre o assunto (nem têm de o fazer).
Não têm de o fazer, é verdade, mas também não têm de esconder que a criança está a ser acompanhada, dando a entender que não estão a fazer nada. Se não querem que as outras pessoas "se metam," então deveriam ser honestos e assegurar quem está preocupado de que já está a ser feito o acompanhamento. Não é necessário grandes explicações, e evitam passar a ideia de que estão a ser desleixados e a negligenciar a severidade do problema.
Mentir serve que propósito?
Na cabeça de algumas mães serve para que o problema seja menos "real", ou então porque temem que os filhos sejam vistos de forma diferente.
Não sei bem, mas tenho um caso muito próximo assim.
A minha tia só contou à mãe que um dos meus primos estava a ter acompanhamento quando esta a encostou à parede e lhe disse que se ela não levava o menino a ser avaliado a minha avó levava. E às irmãs só contou varios anos depois. Até o meu primo ter ataques de epilepsia negou tudo, mas o meu primo foi sempre avaliado e acompanhado.
Nunca entendemos bem porque do comportamento da minha tia
Setembro está a chegar e a crianca vai para a pré. No seu lugar ficaria calada.....quando a mãe quiser irá desabafar. Isto caso a menina já não esteja a ser avaliada e a mãe não queira partilhar.
Uma coisa é certa acho que qualquer pediatra detecta se algo não está a ir bem ao nível da fala. Ainda esta semana levei o meu ao pediatra e até repetição de palavras ele teve que fazer tipo um jogo com o médico e tem a idade dessa menina.
O meu sempre interagiu até demais c outras crianças (mete se com todas) mas imagino que nem todas as crianças sejam assim por aquilo que observo.
Iiu / 4 fivs sem sucesso
G não evolutiva
G natural Maio 2017 AE 9 sem
G natural Agosto 2017 AR 9 sem
fiv +++ bhcg 2000
ClaraMiguel escreveu:Eu não dizia nada. A criança entrará na pré e caso haja algum problema a mãe será rapidamente alertada para tal. A minha filha com 3 anos já falava imenso mas não interagia com crianças no parque. Tem agora 6 anos e não responde quando crianças que ela não conhece interagem com ela nos parques infantis. Só a vi responder uma única vez este ano quando um menino lhe tocou num braço para lhe chamar a atenção e ela se afastou logo dizendo “Obrigada mas não quero mesmo”.A minha filha interage muito bem com outras crianças, mas também têm os seus momentos em que se afasta e prefere brincar sozinha durante algum tempo. Se alguém a observar naquele momento também achará que tem algum problema na interação com os outros. Não tem, apenas sente necessidade de reduzir o excesso de estímulos por um período de tempo.
A minha interage muito bem com as amigas e outras crianças que conhece bem. E ainda melhor interage com adultos. Com 3 anos raramente brincava com as outras crianças no recreio mas passava o tempo todo a falar com as educadoras todas (sabia mais da vida delas do que das outras crianças…). Mas quando não conhece as crianças…nem responde. E não suporta que lhe toquem (crianças e adultos), se não houver ainda confiança para isso. Eu já sabia mas até a directora da pré referiu isso pois era notório que evitava a todo o custo qualquer contacto físico com a educadora (por muito que gostasse de falar com ela). Mas eu sempre fui assim também (a minha mãe até dizia que eu seria feliz era a viver sozinha numa gruta e a sair só de vez em quando para estar com as pessoas de quem gosto).
Sansa escreveu:Sónia S. Silva escreveu:
Sansa escreveu:
Sónia S. Silva escreveu:Eu não me metia. A filha não é sua, já tocou uma vez no assunto e não foi bem recebido. Amigos amigos negócios à parte... Ninguém duvida da boa intenção mas de certeza que os pais estão atentos e é assunto privado de família só. Enquanto amiga não daria palpites sobre os filhos dos outros (e não gostaria que o fizessem comigo). Beijinhos
É um assunto privado até certo ponto. O bem estar de uma criança é preocupação da sociedade. Uma criança de 3 anos que não diz absolutamente nada, e os pais desvalorizam, é motivo para preocupação e tentar intervir. Como é que uns pais estão atentos e continuam passivos?
Se a menina não falasse apenas com as outras pessoas mas o fizesse com os pais, ok tudo bem. Mas não falar de todo e ninguém faz nada?Não me parece q seja o caso. Mas lá está, eu vejo da minha perspectiva e não acredito q os pais estejam sem fazer nada ou não estejam preocupados. Não querem é partilhar nem falar sobre o assunto (nem têm de o fazer).
Não têm de o fazer, é verdade, mas também não têm de esconder que a criança está a ser acompanhada, dando a entender que não estão a fazer nada. Se não querem que as outras pessoas "se metam," então deveriam ser honestos e assegurar quem está preocupado de que já está a ser feito o acompanhamento. Não é necessário grandes explicações, e evitam passar a ideia de que estão a ser desleixados e a negligenciar a severidade do problema.
Mentir serve que propósito?Na cabeça de algumas mães serve para que o problema seja menos "real", ou então porque temem que os filhos sejam vistos de forma diferente.
Não sei bem, mas tenho um caso muito próximo assim.
A minha tia só contou à mãe que um dos meus primos estava a ter acompanhamento quando esta a encostou à parede e lhe disse que se ela não levava o menino a ser avaliado a minha avó levava. E às irmãs só contou varios anos depois. Até o meu primo ter ataques de epilepsia negou tudo, mas o meu primo foi sempre avaliado e acompanhado.
Nunca entendemos bem porque do comportamento da minha tia
Eu até entendo que possa existir receio de ser julgada, ou receio da forma como passam a ver a criança, e por vezes prefiram esconder a verdade. Porém... Há coisas que não podem ser escondidas por estarem expostas. Por exemplo, é possível esconder um diagnóstico de TEA (dependendo dos sintomas), porque a criança continua a comportar-se como muitas outras crianças.
Mas se não fala absolutamente nada - e é isto que me está a causar tanta cisma - é uma situação que é aparente para os outros. Não há como esconder, e até já admitiu que em casa também não fala (se quisesse mentir teria dito que em casa fala, mas que na rua é tímida). O que me faz confusão é, se é bastante provável que a criança já esteja a ter acompanhamento, porque não ser franca? Volto a sublinhar que se trata de um caso já extremo, não é apenas um atraso no desenvolvimento da fala.
A sério que me faz imensa confusão. Não vejo a lógica...
Sansa escreveu:ClaraMiguel escreveu:Eu não dizia nada. A criança entrará na pré e caso haja algum problema a mãe será rapidamente alertada para tal. A minha filha com 3 anos já falava imenso mas não interagia com crianças no parque. Tem agora 6 anos e não responde quando crianças que ela não conhece interagem com ela nos parques infantis. Só a vi responder uma única vez este ano quando um menino lhe tocou num braço para lhe chamar a atenção e ela se afastou logo dizendo “Obrigada mas não quero mesmo”.
A minha filha interage muito bem com outras crianças, mas também têm os seus momentos em que se afasta e prefere brincar sozinha durante algum tempo. Se alguém a observar naquele momento também achará que tem algum problema na interação com os outros. Não tem, apenas sente necessidade de reduzir o excesso de estímulos por um período de tempo.
A minha interage muito bem com as amigas e outras crianças que conhece bem. E ainda melhor interage com adultos. Com 3 anos raramente brincava com as outras crianças no recreio mas passava o tempo todo a falar com as educadoras todas (sabia mais da vida delas do que das outras crianças…). Mas quando não conhece as crianças…nem responde. E não suporta que lhe toquem (crianças e adultos), se não houver ainda confiança para isso. Eu já sabia mas até a directora da pré referiu isso pois era notório que evitava a todo o custo qualquer contacto físico com a educadora (por muito que gostasse de falar com ela). Mas eu sempre fui assim também (a minha mãe até dizia que eu seria feliz era a viver sozinha numa gruta e a sair só de vez em quando para estar com as pessoas de quem gosto).
Quando era nova sentir-me muito bem em socializar, tanto que mal parava em casa. Entretanto foi revertendo. Neste momento sou um daqueles casos de introvertidos que não têm problemas em ter interações sociais, mas procuro evitar. Mas se tiver de ser não me causa qualquer tipo de desconforto, apenas preferia estar no "meu mundo".
A minha filha é muito social e adora dar abraços a crianças pequenas. Adora crianças pequenas. Na turma dela é a que normalmente ajuda a integrar os meninos novos que vão entrando (eles cá não entram todos ao mesmo tempo em setembro, entram quando fazem 4 anos). Mas embora adore brincar com outros e facilmente mete conversa com desconhecidos, também tem necessidade de ter esses momentos em que está sozinha.