Desabafo | De Mãe para Mãe

Desabafo

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Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

Mamãs bom dia, espero que estejam todas bem.
Venho trazer um desabafo, que sei que será de novo um assunto controverso, mas tenho esperança de encontrar quem já passou por situação semelhante.
Infelizmente neste país é dificil termos a guarda total dos nossos filhos. ATENÇÃO volto a frisar de que eu fui a primeira a incentivar desde sempre a convivência entre os dois.
Desde Agosto mais ou menos que ele se vem a afastar. Apenas vai buscar o menino à creche por 2h no máximo para me obrigar a fazer mais uns 15km a volta para casa para o poder ir buscar ao pai. No início ainda ia fazer algumas coisas depois do trabalho, pensando na minha cabeça de que estava a permitir eles estarem juntos mais tempo, mas depois estava sempre a receber mensagens a perguntar quando o ia buscar etc etc agora apanho o logo que saio do trabalho e se preciso de algo urgente levo o menino comigo.
Fins de semana nem vê los, noites nunca mais.
Está de folga e escolas fechadas mas deixo o menino na avó porque ele não se chega à frente com nada. Se for para faltar ao trabalho aí já quer, para "estragar"as folgas não quer. Veio buscar o menino dia 25 de dezembro e 1 de janeiro pelas 10h30/11h e às 15h30 já estava a dizer que o menino estava com sono e vinha o trazer antes que ele adormecesse.
O que pensar de um pai destes? Será isso um pai? Como provar o que quer que seja se no final eu sou a conflituosa, sou mesquinha e "ah ele até está a ser bom pai à sua maneira".

Leonor2018 -
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Desde 21 Out 2018

Eu de fosse a si regulava a parte parental....isto e complicado.... Temos infelizmente aceitar tanta coisa as x pelos nossos filhos...... Enfim desejo lhe tudo de bom e pensem por favor sempre no interesse superior: ou seja melhor para vosso filho..beijinho

Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

Leonor2018 escreveu:
Eu de fosse a si regulava a parte parental....isto e complicado.... Temos infelizmente aceitar tanta coisa as x pelos nossos filhos...... Enfim desejo lhe tudo de bom e pensem por favor sempre no interesse superior: ou seja melhor para vosso filho..beijinho

A parte parental está regulada. Ficou estipulado valor da pensão (que ele tem cumprido) o resto faz como entende e como lhe dá jeito.
Antes ainda chamava à atenção mas depois percebi que o forçar ele ficar com o menino de noite era pior para o bem estar do menino.
O pai há uns tempos chegou me a mandar mensagem a dizer "estás quase a ficar com ele só pra ti, já faltou mais"

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Eu passei por algo muito parecido, e sinceramente deixei de me chatear cedo.
Eu tinha a ajuda dos meus pais, e valia-me disso.
Vivia a minha vida e literalmente cagava nele. Queria ficar um mês sem ver o próprio filho? Queria lá saber.
Desprezo é o melhor. Viva a sua vida, proporcione o melhor ao seu filho, e não ligue ao resto.
Isso de regular o poder parental é muito bom, mas se os pais não cumprem o estipulado fazer o quê? Vamos deixar as crianças sentadas à porta de casa deles? Claro que não. É fazer o melhor pelo miúdos, que são quem interessa, e o paizinho do ano acaba por pagar pela indiferença mais tarde.
O meu filho tem 18 anos, eu sei do que falo. A relação deles é vazia e superficial. Mas o meu filho vive bem com isso. O paizinho é que agora se chora porque o rapaz não lhe liga nenhuma.

Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

Tyta.B escreveu:
Eu passei por algo muito parecido, e sinceramente deixei de me chatear cedo.
Eu tinha a ajuda dos meus pais, e valia-me disso.
Vivia a minha vida e literalmente cagava nele. Queria ficar um mês sem ver o próprio filho? Queria lá saber.
Desprezo é o melhor. Viva a sua vida, proporcione o melhor ao seu filho, e não ligue ao resto.
Isso de regular o poder parental é muito bom, mas se os pais não cumprem o estipulado fazer o quê? Vamos deixar as crianças sentadas à porta de casa deles? Claro que não. É fazer o melhor pelo miúdos, que são quem interessa, e o paizinho do ano acaba por pagar pela indiferença mais tarde.
O meu filho tem 18 anos, eu sei do que falo. A relação deles é vazia e superficial. Mas o meu filho vive bem com isso. O paizinho é que agora se chora porque o rapaz não lhe liga nenhuma.

É o que tenho feito. Chegou a um ponto que já nem caso faço se ele pergunta respondo se não pergunta não respondo. A parte que me irrita ainda é ele ir tirá lo da creche que fica a segundos do meu trabalho só para perante a escola ser um pai presente e levá lo para km e ter de fazer
1 desvio para ir para casa. E é coisa de apenas no maximo 2h...enfim.
Também no próximo setembro ele irá pra o jardim de infância e tenhp 1 aqui ao lado de casa e aí terei mais apoio dos meus pais no ir levar e buscar, poupo € no atl e quando sair do trabalho posso ir nas calmas à minha vida que não tenho horas marcadas para pegar no menino.
O meu maior medo mesmo é que no futuro o rapaz acabe por "gostar" mais do pai do que de mim que sempre estive presente. De me trocar no sentido de achar que eu dificultei a vida ao pai ou assim.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Agulha escreveu:

Tyta.B escreveu:Eu passei por algo muito parecido, e sinceramente deixei de me chatear cedo.
Eu tinha a ajuda dos meus pais, e valia-me disso.
Vivia a minha vida e literalmente cagava nele. Queria ficar um mês sem ver o próprio filho? Queria lá saber.
Desprezo é o melhor. Viva a sua vida, proporcione o melhor ao seu filho, e não ligue ao resto.
Isso de regular o poder parental é muito bom, mas se os pais não cumprem o estipulado fazer o quê? Vamos deixar as crianças sentadas à porta de casa deles? Claro que não. É fazer o melhor pelo miúdos, que são quem interessa, e o paizinho do ano acaba por pagar pela indiferença mais tarde.
O meu filho tem 18 anos, eu sei do que falo. A relação deles é vazia e superficial. Mas o meu filho vive bem com isso. O paizinho é que agora se chora porque o rapaz não lhe liga nenhuma.

É o que tenho feito. Chegou a um ponto que já nem caso faço se ele pergunta respondo se não pergunta não respondo. A parte que me irrita ainda é ele ir tirá lo da creche que fica a segundos do meu trabalho só para perante a escola ser um pai presente e levá lo para km e ter de fazer
1 desvio para ir para casa. E é coisa de apenas no maximo 2h...enfim.
Também no próximo setembro ele irá pra o jardim de infância e tenhp 1 aqui ao lado de casa e aí terei mais apoio dos meus pais no ir levar e buscar, poupo € no atl e quando sair do trabalho posso ir nas calmas à minha vida que não tenho horas marcadas para pegar no menino.
O meu maior medo mesmo é que no futuro o rapaz acabe por "gostar" mais do pai do que de mim que sempre estive presente. De me trocar no sentido de achar que eu dificultei a vida ao pai ou assim.


Com sinceridade, isso de ter de fazer não sei quantos kms de propósito para facilitar a vida do pai é que eu não fazia.
Se o pai faz questão de ir buscar o menino, depois que vá ele levá-lo a casa da Agulha. Ou no máximo, dividem os dias, numa semana faz a Agulha esses Kms, na outra que faça ele. Porque tem de ser a Agulha a sacrificar-se?
Dificultar a vida ao pai, não. Ser capacho dele também não...
-
Em relação ao miudo gostar mais do pai, não acredito nada que isso aconteça. As crianças percebem bem mais do que aquilo que os adultos pensam. Se a Agulha não faz nada para os separar, se não dificulta a vida ao pai, porque o miúdo haveria de pensar o contrário?
Não fale mal do pai dele, deixe que as acções de ambos falem por vocês, e tudo se coloca do devido sítio.
Houve uma altura em que achei que o meu filho iria gostar mais do pai porque o pouco tempo que estava com ele era para passear, ir ao parque ou ir ao mcdonalds. Enquanto que comigo havia horas para ir dormir e trabalhos de casa para fazer, enfim, o normal de uma educação responsável. Mas a verdade é que tal não aconteceu.

RoxyGirl -
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Desde 27 Jan 2016

RLL78 escreveu:
Deixe que lhe diga, que grande sorte a sua! Quem me dera que o pai do meu filho nunca mais aparecesse. Que morresse!
Acredite, segue a sua vida com o miúdo e não pense mais nisso

🤦🤦🤦🤦🤦🤦

RoxyGirl -
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Desde 27 Jan 2016

Tyta.B escreveu:

Agulha escreveu:
Tyta.B escreveu:Eu passei por algo muito parecido, e sinceramente deixei de me chatear cedo.
Eu tinha a ajuda dos meus pais, e valia-me disso.
Vivia a minha vida e literalmente cagava nele. Queria ficar um mês sem ver o próprio filho? Queria lá saber.
Desprezo é o melhor. Viva a sua vida, proporcione o melhor ao seu filho, e não ligue ao resto.
Isso de regular o poder parental é muito bom, mas se os pais não cumprem o estipulado fazer o quê? Vamos deixar as crianças sentadas à porta de casa deles? Claro que não. É fazer o melhor pelo miúdos, que são quem interessa, e o paizinho do ano acaba por pagar pela indiferença mais tarde.
O meu filho tem 18 anos, eu sei do que falo. A relação deles é vazia e superficial. Mas o meu filho vive bem com isso. O paizinho é que agora se chora porque o rapaz não lhe liga nenhuma.

É o que tenho feito. Chegou a um ponto que já nem caso faço se ele pergunta respondo se não pergunta não respondo. A parte que me irrita ainda é ele ir tirá lo da creche que fica a segundos do meu trabalho só para perante a escola ser um pai presente e levá lo para km e ter de fazer
1 desvio para ir para casa. E é coisa de apenas no maximo 2h...enfim.
Também no próximo setembro ele irá pra o jardim de infância e tenhp 1 aqui ao lado de casa e aí terei mais apoio dos meus pais no ir levar e buscar, poupo € no atl e quando sair do trabalho posso ir nas calmas à minha vida que não tenho horas marcadas para pegar no menino.
O meu maior medo mesmo é que no futuro o rapaz acabe por "gostar" mais do pai do que de mim que sempre estive presente. De me trocar no sentido de achar que eu dificultei a vida ao pai ou assim.

Com sinceridade, isso de ter de fazer não sei quantos kms de propósito para facilitar a vida do pai é que eu não fazia.
Se o pai faz questão de ir buscar o menino, depois que vá ele levá-lo a casa da Agulha. Ou no máximo, dividem os dias, numa semana faz a Agulha esses Kms, na outra que faça ele. Porque tem de ser a Agulha a sacrificar-se?
Dificultar a vida ao pai, não. Ser capacho dele também não...
-
Em relação ao miudo gostar mais do pai, não acredito nada que isso aconteça. As crianças percebem bem mais do que aquilo que os adultos pensam. Se a Agulha não faz nada para os separar, se não dificulta a vida ao pai, porque o miúdo haveria de pensar o contrário?
Não fale mal do pai dele, deixe que as acções de ambos falem por vocês, e tudo se coloca do devido sítio.
Houve uma altura em que achei que o meu filho iria gostar mais do pai porque o pouco tempo que estava com ele era para passear, ir ao parque ou ir ao mcdonalds. Enquanto que comigo havia horas para ir dormir e trabalhos de casa para fazer, enfim, o normal de uma educação responsável. Mas a verdade é que tal não aconteceu.

Agulha, atente bem nas palavras da Turma, pois ela já lhe dá a experiência do futuro. A Turma frisa uma questão muito importante, e que nem todas as pessoas tomam atenção: Nunca, por muito que nos custe, falar mal do outro progenitor.

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Não sei se estão separados há pouco tempo, mas parece-me claramente que está a demarcar-se das responsabilidades de ser pai e está-lhe a saber bem a vida de solteiro sem compromissos. Por mais que lhe custe, porque gosta do seu filho, não o vá buscar cada vez que ele lhe telefone, e deixe que seja ele a ir levar o filho a sua casa. O seu ex-marido tem de perceber que não deixou de ser pai e que tem responsabilidades. Não sei se era o caso, mas muitos fazem-no porque era o que acontecia em casa, a responsabilidade de cuidar era sempre da mãe, e custa-lhe perceber que estando separados e tendo os filhos a cargo, são eles, nesse tempo, que tem de cuidar deles. Alguns apenas precisam de uma "achega" e depois entram nos eixos, outros são desleixados por natureza, nunca mudam e esse nada a fazer.