Desavenças entre coleguinhas... | De Mãe para Mãe

Desavenças entre coleguinhas...

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Cuquiti -
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Desde 09 Fev 2015

Olá mamãs,

Venho em busca de testemunhos e opiniões relativamente à seguinte situação:

A minha princesa crescida tem uma espécie de relação amor/ódio com uma colega de escola. Um dia são as melhores amigas e noutro a minha queixa-se que a menina lhe bateu ou chamou nomes. Tenho desvalorizado pois sei que não tenho uma santa em casa apesar de ela se queixar muitas vezes que a professora só vê quando ela se defende da outra menina e não quando a outra menina a trata mal.

Hoje aconteceu algo que me deixou muito preocupada e decidi ir falar com a professora no horário mensal de atendimento aos pais. A minha filha disse que a outra menina a tinha acusado de ter roubado uns brinquedos e que a outra menina esteve a revistar a minha filha e a professora nada fez... claro que não encontrou nada pois a minha filha apesar dos seus defeitos e feitio peculiar não fica com nada dos outros meninos e depois a menina exigiu à minha filha que lhe trouxesse os brinquedos dela para substituir o perdido dela.
Sinceramente, não gostei desta atitude da outra menina... acho mesmo que a professora tem de ter conhecimento disto até porque essa coleguinha está sempre a bater, chamar nomes, etc e a professora só vê quando a minha filha se defende sendo ela sempre a ser chamada à atenção. Claro que a minha filha também tem culpas no cartório mas por aquilo que ela conta só ela é castigada ou chamada à atenção. Não acho isto correto e deste modo vou falar com a professora mas ao mesmo tempo não quero ser mal interpretada e causar represálias para a minha menina. Enfim...

Mamãs contem me como é com os vossos filhos, dêem as vossas opiniões.

Obrigada a todas desde já! Sorriso

Twin_mummy -
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Desde 06 Jun 2011

Bom dia mamã.

Antes de mais devo dizer que lameto por toda essa situação. O que a sua filha está a sofrer é bullying. Há que lembrar que a violência não é apenas fisica, mas também psicológica, e esta é bem mais complicada de gerir porque, como a mamã muito bem refere, não se vê... a violênci que exercem sobre a sua filha está a passar despercebida aos olhos da professora e quem acaba por pagar é ela.

Por um lado é bastante positivo o facto dela se estar a defender. Outras crianças há que se calariam, e ficariam a sofrer em silêncio. Esses são os casos mais graves, as crianças que mais risco correm e de que mais ajuda precisam, mas infelizmente, de um modo geral, os olhos fogem sempre para os que se portam mal, e esses é que são alvos de queixas e de intervenções mais ou menos estruturadas. De lamentar....

Seja como for, penso que falar com a professora não fará mal, e há sempre aquela pequena esperança dela passar a andar mais atenta e ver o q efectivamente se passa, mas n se iluda mamã... a esta hora a professora tem já uma imagem formada da sua filha e da outra menina, e por muito que não corresponda a 100% à realidade é sempre complicado mudar-se mentalidades. É o q se chama a auto-realização de profecias. Depois de termos a imagem A de uma pessoa tudo o q ela faça acabamos por tentar moldar a essa imagem.

Um exemplo... um aluno mal comportado e um bom comportado (mesmo q n seja bem assim, mas q passem essa imagem por um motivo ou outro). Seja por q motivo for, se o mal comportado falar na aula está a perturbar e vai p a rua, se o bem comportado falar a professora diz em tom meloso 'vamos lá ter atenção à aula, ok?'. Claro que não é sempre assim, e felizmente há professores q têm formação na área e vêm além disso, mas a tendência é essa.

A solução, a meu ver - e independentemente da conversa com a prof correr bem- passa por ajudar a sua filha a defender-se da outra de uma forma mais socialmente aceite, e de se valorizar mais a ela.

Costumo dizer aos meus filhos q quem é amigo às vezes n é amigo. Quem brinca connosco com alguma condição 'se me deres X' ou 'se brincarmos às professoras e sou eu sempre a professora' não é efectivamente nosso amigo. Quem brinca connosco qd n tem mais ninguém p brincar e qd os amigos regressam se esquece, n é a companhia certa.

Importa ela perceber q é mais importante q isso. O q a outra menina tem feito é grave. Acusar de roubo, exigir brinquedos em troca de uma suspeita n é de amigo.

Depois, e como obviamente dar um tabefe no focinho, q era o q ela merecia...lol está fora de questão pois leva a q a sua filha fique de castigo e a outra se safe, talvez o melhor seja mesmo afastar-se da outra, arranjar outros (e bons) amigos, q se entreajudem em caso de necessidade. E se a outra provocar c palavras responder quanto muito da mesma forma... c palavras também. Nada de ofensivo, apenas explicar q já n lhe interessa o q ela diz, q o q ela diz n tem importancia e q toda a gente vai perceber q ela mente e n tarda nada n tem amigos, no fundo dar uma hipotese de redenção, mas afastando-se.

Embora os meus sejam mais novos tb passámos por algo semelhante recentemente. N é facil, mesmo pq por vezes os 'maus da fita' são pessoas q eles gostam, mas mesmo assim há q perceberem q eles valem mais q isso, merecem mais q isso. E agir já dá-lhes ferramentas para um dia mais tarde n se deixarem tb pisar.

Espero q corra tudo bem. Beijinhos!

LOJINHA: http://demaeparamae.pt/vendo/loja/103573
**** ALUGO APARTAMENTO EM VILAMOURA **** email:[email protected]
Acompanhem as aventuras e desventuras de uma mamã de gémeos no meu blog: http://TwinMummy.blogs.sapo.pt/ Façam o favor de opinar e MUITO OBRIGADA pelo incentivo!!

Cuquiti -
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Desde 09 Fev 2015

Twin_mummy escreveu:
Bom dia mamã.
Antes de mais devo dizer que lameto por toda essa situação. O que a sua filha está a sofrer é bullying. Há que lembrar que a violência não é apenas fisica, mas também psicológica, e esta é bem mais complicada de gerir porque, como a mamã muito bem refere, não se vê... a violênci que exercem sobre a sua filha está a passar despercebida aos olhos da professora e quem acaba por pagar é ela.
Por um lado é bastante positivo o facto dela se estar a defender. Outras crianças há que se calariam, e ficariam a sofrer em silêncio. Esses são os casos mais graves, as crianças que mais risco correm e de que mais ajuda precisam, mas infelizmente, de um modo geral, os olhos fogem sempre para os que se portam mal, e esses é que são alvos de queixas e de intervenções mais ou menos estruturadas. De lamentar....
Seja como for, penso que falar com a professora não fará mal, e há sempre aquela pequena esperança dela passar a andar mais atenta e ver o q efectivamente se passa, mas n se iluda mamã... a esta hora a professora tem já uma imagem formada da sua filha e da outra menina, e por muito que não corresponda a 100% à realidade é sempre complicado mudar-se mentalidades. É o q se chama a auto-realização de profecias. Depois de termos a imagem A de uma pessoa tudo o q ela faça acabamos por tentar moldar a essa imagem.
Um exemplo... um aluno mal comportado e um bom comportado (mesmo q n seja bem assim, mas q passem essa imagem por um motivo ou outro). Seja por q motivo for, se o mal comportado falar na aula está a perturbar e vai p a rua, se o bem comportado falar a professora diz em tom meloso 'vamos lá ter atenção à aula, ok?'. Claro que não é sempre assim, e felizmente há professores q têm formação na área e vêm além disso, mas a tendência é essa.
A solução, a meu ver - e independentemente da conversa com a prof correr bem- passa por ajudar a sua filha a defender-se da outra de uma forma mais socialmente aceite, e de se valorizar mais a ela.
Costumo dizer aos meus filhos q quem é amigo às vezes n é amigo. Quem brinca connosco com alguma condição 'se me deres X' ou 'se brincarmos às professoras e sou eu sempre a professora' não é efectivamente nosso amigo. Quem brinca connosco qd n tem mais ninguém p brincar e qd os amigos regressam se esquece, n é a companhia certa.
Importa ela perceber q é mais importante q isso. O q a outra menina tem feito é grave. Acusar de roubo, exigir brinquedos em troca de uma suspeita n é de amigo.
Depois, e como obviamente dar um tabefe no focinho, q era o q ela merecia...lol está fora de questão pois leva a q a sua filha fique de castigo e a outra se safe, talvez o melhor seja mesmo afastar-se da outra, arranjar outros (e bons) amigos, q se entreajudem em caso de necessidade. E se a outra provocar c palavras responder quanto muito da mesma forma... c palavras também. Nada de ofensivo, apenas explicar q já n lhe interessa o q ela diz, q o q ela diz n tem importancia e q toda a gente vai perceber q ela mente e n tarda nada n tem amigos, no fundo dar uma hipotese de redenção, mas afastando-se.
Embora os meus sejam mais novos tb passámos por algo semelhante recentemente. N é facil, mesmo pq por vezes os 'maus da fita' são pessoas q eles gostam, mas mesmo assim há q perceberem q eles valem mais q isso, merecem mais q isso. E agir já dá-lhes ferramentas para um dia mais tarde n se deixarem tb pisar.
Espero q corra tudo bem. Beijinhos!

Bom dia mamã,

Muito obrigada pela sua resposta pois foi muito útil e tocou em pontos chave que de facto andam a acontecer desde o ano lectivo passado.

Estou farta de dizer a minha princesa para brincar e ser amiga de outras meninas porque ser amigo não é fazer o que ela faz mas infelizmente ela diz que não vai brincar mais com essa menina mas depois volta sempre tudo ao mesmo e aqui nesta parte não sei mesmo como ajudá-la uma vez que ela não consegue afastar-se.

Depois a questão da professora ignorar as queixas da minha também me deixa deveras preocupada e só depois dei conta da gravidade da situação quando me contou melhor a história de ser revistada, ou seja, ela e mais outra colega foram revistadas pela menina à frente da professora e com a conivência desta foi a professora que disse para a menina ver os bolsos dela e mochila assim como de outra menina. Sinceramente não acho normal uma professora agir deste modo.

Mas temo muito pela minha menina que venha a ter represálias... que a professora a negligencie ou não goste ou queira saber dela e dessa menina também que os maus tratos continuem porque ainda so estão na segunda classe ainda faltam mais dois anos com os mesmos colegas e professora. Triste

Mas hoje já levou recado para agendamento de uma reunião.

Mamã sei que este fenómeno do bullyng sempre existiu mas neste momento está a assumir proporções maiores e cada vez mais cedo. Só espero que a situação dos seus meninos também se resolva e que tudo corra bem com eles.

Beijinhos e obrigada:)

Elisabete Almeida1 -
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Desde 07 Nov 2016

Não é fácil! O único conselho que lhe posso dar é que vá de facto falar com a professora, mas não "entre a matar". Falhe-lhe das queixas da sua filha e tente perceber se de facto a professora apercebeu-se do que tem acontecido. Mostre-se firme, não diga que sabe que a sua filha não é santa nenhuma, mas também não a defenda demais. Mostre-se sim, preocupada com a situação e faça a professora perceber que algo tem que ser feito.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Muito sinceramente, não me parece que a sua filha esteja a ser alvo de bullying...mas essa relação pouco saudável com a colega está a ir longe de mais, por isso concordo que está na altura de intervir. Tenho duas filhas, já pré-adolescentes, e por experiência própria sei que as meninas têm tendência para empolar muito essas situações de amigas-inimigas-amigas, por vezes de uma forma muito pouco saudável. Uma das minhas filhas detesta confusões e mantém-se neutra nos conflitos, mas a outra é muito mandona, gosta das coisas feitas como ela quer, e à conta disso tem vindo a colecionar conflitos perfeitamente desnecessários. Com a idade da sua envolveu-se numa cena de pancada com uma coleguinha Sorriso e como ela tem muito jeito para vítima a auxiliar pôs-se do lado dela, quando provavelmente nem tinha razão nenhuma. Conto isto para lhe dizer que temos de estar atentos, sim, mas intervir com muito cuidado porque podemos estar a dar proporções muito maiores àquilo que entre eles são capazes de resolver.
No seu lugar, ia de facto falar com a professora, mas antes de a acusar de seja o que for, oiça a versão dela. Mostre-se preocupada com os contornos aparentemente pouco saudáveis da relação das duas, sem fazer da outra menina a vilã, da professora a cúmplice e da sua filha a vítima. E entretanto tente que a sua filha perceba que o melhor que tem a fazer é afastar-se dessa menina - muito complicado, eu sei.

Cuquiti -
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Desde 09 Fev 2015

Elisabete Almeida1 escreveu:
Não é fácil! O único conselho que lhe posso dar é que vá de facto falar com a professora, mas não "entre a matar". Falhe-lhe das queixas da sua filha e tente perceber se de facto a professora apercebeu-se do que tem acontecido. Mostre-se firme, não diga que sabe que a sua filha não é santa nenhuma, mas também não a defenda demais. Mostre-se sim, preocupada com a situação e faça a professora perceber que algo tem que ser feito.

Obrigada mamã pela sua resposta. Sorriso sim farei isso. Não quero gerar confusões. A verdade é que as turmas são muito grandes, 27 alunos, claro que a professora não consegue controlar tudo o que se passa aliás parece-me humanamente impossível chegar a todos. Confuso

Obrigada

Cuquiti -
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Desde 09 Fev 2015

guialmi escreveu:
Muito sinceramente, não me parece que a sua filha esteja a ser alvo de bullying...mas essa relação pouco saudável com a colega está a ir longe de mais, por isso concordo que está na altura de intervir. Tenho duas filhas, já pré-adolescentes, e por experiência própria sei que as meninas têm tendência para empolar muito essas situações de amigas-inimigas-amigas, por vezes de uma forma muito pouco saudável. Uma das minhas filhas detesta confusões e mantém-se neutra nos conflitos, mas a outra é muito mandona, gosta das coisas feitas como ela quer, e à conta disso tem vindo a colecionar conflitos perfeitamente desnecessários. Com a idade da sua envolveu-se numa cena de pancada com uma coleguinha e como ela tem muito jeito para vítima a auxiliar pôs-se do lado dela, quando provavelmente nem tinha razão nenhuma. Conto isto para lhe dizer que temos de estar atentos, sim, mas intervir com muito cuidado porque podemos estar a dar proporções muito maiores àquilo que entre eles são capazes de resolver.
No seu lugar, ia de facto falar com a professora, mas antes de a acusar de seja o que for, oiça a versão dela. Mostre-se preocupada com os contornos aparentemente pouco saudáveis da relação das duas, sem fazer da outra menina a vilã, da professora a cúmplice e da sua filha a vítima. E entretanto tente que a sua filha perceba que o melhor que tem a fazer é afastar-se dessa menina - muito complicado, eu sei.

Olá mamã obrigada pela resposta!

De facto a relação delas é um pouco "doentia" e desde o ano passado que tenho conversas com a minha filha para se afastar mas a verdade é que ela não consegue porque diz que todas as meninas já tem um grupo e não a deixam brincar ou porque a tal menina não a deixa brincar com as outras, etc.
Quero acreditar que a professora não faz por mal pois são muitos meninos e coitada não é fácil e mesmo a professora diz nas reuniões que a turma quer as meninas quer os meninos são bastante conflituosos.
A minha é muito teimosa mas é meiga e tem bom coração mas sei que não se deixa ficar se a provocam mas não é de provocar em primeiro.
Enfim.... mulheres!

Obrigada mamã

anitas.paula -
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Desde 17 Jan 2011

Minha querida amiga do coração, realmente, os contornos das situações, muitas das vezes, são mais complexos do parecem... Eu fui vítima de bullyng quando era dessa idade e, a professora era a peça chave para o mesmo. Mas, eu não me defendia. Não sei se esta é o não uma situação de bullyng mas, acho mesmo que deves ter uma conversa com a professora onde apenas apontas as tuas preocupações como mãe e, não descriminando que parece ser a vítima. Acho que deves tentar arranjar mecanismos de ajuda para a Carol não brincar mais com essa menina, pelo menos, nesses contornos. Eu também dava tudo meu aos outros e, acabava por ser sempre a que estava na corda bamba mas, quem sabe se os outros meninos não brincam com ela por ela se dar com essa outra menina? Muita força amiga e, dá notícias Grande abraço

Ah, essa menina faz-me lembrar uma rapariga da minha turma da faculdade que, queria sempre a atenção de todos e, estavam sempre todos do lado dela. Mas, como eu não estava para a aturar, preferia estar sozinha do que suportar os caprichos dela: ir aqui ou acolá almoçar, fazer isto ou aquilo ou ela amuava... Acabei por ganhar outros amigos que nunca ganharia por causa dela e, quem realmente importou, veio para o meu lado Sorriso

A princesa nasceu a 5/8/12 (40s+3d), com 3760 kg e 51 cm Amamos-te princesa
O príncipe nasceu a 21/1/16 (41s+1d), com 3990 kg e 51.5 cm. Amamos-te príncipe
Esposa e mãe babada Sorriso

Danb -
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Desde 11 Nov 2015

Querida Cuquiti,
Acho que tudo passa pela professora estar mais atenta.. quanto à parte de como fazer a pequena se afastar da colega nao posso ajudar.. sou da opinião de que quanto mais insistimos numa coisa assim mais fazem..

Agora acho que devia de falar com a professora pq revistarem a tua filha sem a tua presença é inadmissível, mesmo que tenham sido as colegas.. se houve desconfiança que ela roubou era ligarem para ti e tu revistares a tua filha lá ao pe da professora.. eu no meu 7o ano fui acusada de roubar um telemóvel e obrigaram me na escola (3 professores e 1 auxiliar) a esvaziar a mochila e os bolsos e diziam que nao me deixavam sair sem aparecer o tlm.. ora eu nao roubei coisa nenhuma e fiquei mais de 1 hora a ser "massacrada" na sala e em momento nenhum ligaram à minha mae que estava à minha espera no portão da escola e fula pq nao sabia de mim.. finalmente deixaram me sair e estava a chorar baba e ranho e a minha mae quando me viu e ouviu o que se passou, passou se.. levou me ao gabinete do presidente e disse que era inadmissível tratarem assim uma criança e que se alguém me tinha de revistar era ela e mais ninguém.. ela ameaçou a escola com uma queixa no ministério de educação com um advogado e tremeram a serio.. quase que imploraram para ela nao o fazer..

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