Voltar ao emprego | De Mãe para Mãe

Voltar ao emprego

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Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Olá mamãs!
O que vou desabafar pesa-me um pouco na consciência e queria saber a vossa experiência ou opinião.
Desde que a minha filha nasceu, sinto que deixei de existir e passei a ser só a mãe da minha filha. Nos primeiros 2/3 meses não me afectou muito porque estava concentrada nela mas com o passar do tempo e a rotina a instalar-se, tem vindo afectar-me.. provavelmente muitas de vocês já me leram a desabafar os stresses com o meu namorado e a minha sogra, o que também não ajuda.. a minha relação neste momento está por um fio, desde o meu quinto mês de gravidez que nunca mais tive intimidade com o meu namorado e nestes últimos 2 meses tenho tentado perceber o que se passa e cada vez que falamos a desculpa é sempre a mesma “não se sente à vontade por culpa da miúda” mesmo quando ela não está presente no mesmo quarto.. só pelo facto de estarmos na mesma casa.. enfim! Pelo que tenho lido até é recorrente isto acontecer com os homens depois de serem pais, apesar de neste momento já me soar mais a desculpa esfarrapada que outra coisa!
Já tentei estarmos os dois juntos e deixar a moça com a avó por exemplo mas ele arranja sempre alguma desculpa.. como devem calcular a minha auto-estima esta no fundo do poço. Já me passou tudo e mais alguma coisa pela cabeça.
Quando tento ter uma conversa mais séria com ele, ele diz que gosta de mim e que quer ficar comigo, mas se insisto de forma a encontrarmos uma solução ignora-me e diz sempre o mesmo “olha a miúda”, para eu me calar. Sinto realmente que eu deixei de existir.
Neste momento estou a poucas semanas de voltar ao activo laboral e dou por mim a contar os dias e a desejar que chegue rápido!
Sinto falta de ser eu, no meu emprego eu tenho uma “voz activa” e que tanto os meus colegas e a minha chefia tem-me como uma mais valia e sinto-me querida e valorizada.
Mas, e existe sempre o mas (lol)... por outro lado sinto-me culpada por querer estar sozinha, como é óbvio vai-me custar imenso deixar a miúda na creche, mas por outro sinto-me aliviada por ter o meu espaço e não ser apenas a “mãe da minha filha”..
Eu até tenho medo de dizer isto em voz alta porque até parece que eu não quero estar com ela.. mas não é nada disso.
Alguém passou por este sentimento? E como lidaram?

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Olá boxexitas! Compreendo perfeitamente. Gosto mt do meu local de trabalho e da minha profissão. Após a primeira licença estava desejosa de começar a trabalhar ( 4 meses) . E acho q não te tens q sentir mal por isso. Faz falta sim, vais ver q te vais sentir bem. A tua menina vai estar sempre ali à tua espera e se tiveres bons horários, tens ainda tempo de qualidade para estares junto dela e feliz que é o q mais importa.
Nesta segunda licença, como sabia q era uma fase linda e q passava a correr, já me permiti não só estar mais tempo em casa com o bébé, como tb estar e viver o pós parto com mais serenidade. Custou-me mais voltar ao trabalho mas tudo acabou em bem e voltei a sentir-me realizada.
Em relação ao q se está a passar com o namorado é q é mais chato, mas pode ser q ag com uma nova etapa nas vossas vidas, as coisas melhorem, pq basta tu estares bem e gostares tb mais de ti para dar logo outro brilho à pessoa e quem sabe ele te (re)descubra ?
Força ! 😉

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Obrigada Ansha Sorriso as tuas palavras como sempre são uma mais valia! Sorriso
O fio que segura ainda segura a minha relação é esse mesmo.. tenho a esperança que ao começar a trabalhar desanuvio a mente e comece a não dar tanta importância às parvoíces da minha sogra e algumas atitudes do meu namorado.. sinto uma necessidade gigante de dar “trabalho à mioleira” e ser produtiva. O meu emprego obriga-me a uma grande coordenação e organização mental e ao dar uso ao cérebro talvez relaxe no que tanto me deprime agora e ao ser positiva talvez ajude!
Acabei agora mesmo de ter uma conversa séria com ele, infelizmente tive que lhe pregar um susto que me ia embora para a minha terra (300km) porque viver uma vida contrariada e triste recuso-me. Espero que tenha sido sincero.. deixa lá ver!!

Ifam -
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Desde 04 Set 2015

Eu também vivi esse sentimento das duas vezes, amo os meus filhos mais que tudo nesta vida e adoro passar tempo com eles, mas também preciso de desligar o chip mãe e sentir-me somente eu! Não é que andasse a contar os dias mas também já estava a precisar muito de ir trabalhar, instalar outra rotina, ver outras pessoas e falar e ocupar a cabeça com outras coisas! Admiro imenso quem consegue ser mãe a tempo inteiro mas decididamente é um papel no qual não me revejo, não seria feliz...
Quanto à relação, o meu casamento também sofreu um forte abalo no primeiro e ainda sofre do segundo, no nosso caso mais por minha culpa.. Não gosto de lhe chamar culpa porque foge um bocado do meu controlo, poderia às vezes ser mais forte e tentar combater isso mas outras vezes simplesmente não consigo, o cansaço físico e mental vence e tenho 0 vontade.. Trabalho o dia todo de pé, o meu filho mais velho acordou de 2 em 2 horas, de hora em hora, até aos 2 anos, e o mais novo vai pelo mesmo caminho, quando chego do trabalho há todas as tarefas inerentes a fazer com os 2,mais ter tempo para brincar bocadinho com eles, e quando os deitamos a unica coisa que me apetece é cair na cama e desmaiar! Além disso o meu apetite sexual nunca mais foi o mesmo, sei por experiência do primeiro que melhora com o tempo,e a rotina também vai ficando mais oleada, e vamos levando.. Mas tenho consciência que o meu marido é muito compreensivo... De qualquer forma a chegada de um filho é a maior prova de fogo de um casamento, temos de relativizar algumas coisas e conversar muito para continuar a levar o barco a bom porto.

carinasalgueiro -
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Desde 23 Out 2013

Ainda não fui mãe (estou desejosa) mas a gravidez trocou-me um pouco os planos... deixei de trabalhar e fazer desporto muito cedo por uma gravidez de risco e, por consequência também me senti um pouco mais sozinha porque a família e amigos trabalham e tem as suas coisas!
No momento, o que penso e que cada mulher depois de ser mãe deve tentar conjugar ao máximo esse novo papel com o antigo mesmo que ao início seja exaustivo para que esteja bem consigo própria (eu sei que depois de sermos mães tudo muda e até a minha opinião pode mudar mas por enquanto e aquilo que penso).
Por isso, não se martirize por pensar dessa forma pois também deve olhar para si enquanto mulher e não só como mãe!
Um bom regresso cheio de garra e força, vai ver que a sua filha vai sentir também as diferenças 😉

Beatriz121212 -
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Desde 13 Maio 2019

Olá, linda. O meu bebézinho está ainda dentro do forno mas desde o início da gestação que não posso trabalhar. O excesso de vómitos foi demais, perdi 14kg e por isso mesmo, comecei a ser seguida no hospital com baixa de gravidez de risco.
No meu caso, estudei para fazer uma coisa, faço outra, mas continuo a gostar do meu trabalho e do meu posto. No entanto, não tive a mesma sorte do que tu e a minha chefe ligou-me cerca de duas vezes em duas semanas para me perguntar quando acabava a baixa e que eu apenas “prejudicava” porque com baixas de 15 dias ou 1 mês, não me podiam substituir (neste caso, como já é há 5 meses, já meteram uma menina no meu lugar). O contrato acaba em novembro, não quero que renovem e estou-me pouco borrifando porque enquanto eu não estava grávida, ligavam-me não duas, mas demasiadas vezes para safar qualquer coisinha (ausência de outra colega, mais horas, mudança de horário repentina, etc).
Pretendo ficar com o meu Pedrinho em casa durante 6 meses, voltar para acabar o resto do meu segundo curso e aí voltar a trabalhar no que gosto (clínica veterinária.)
Quanto ao teu marido/namorado, acho que deves ter uma conversa séria. Daquelas em que nos sentamos frente a frente e nenhum sai dali sem dar explicações. 5 meses é muito tempo e um bebé não é motivo para o casal deixar de ter vida ou intimidade. E já que ele te trata assim, de forma tão desapegada, acho que devias olhar para o espelho, valorizar-te mais e tomar uma decisão. Acredito que uma relação depois de um bebé, não seja NADA fácil. Mas deve ser capaz de ser gerida por vocês os dois e se, se amarem, ultrapassarem essas coisinhas. Quanto há tua sogra, esquece. Dei-me otimamente com a minha no primeiro ano. Engravidei e agora pensa que é mais mãe de pai do meu filhos o que eu e o próprio pai. Daí, nunca ter entrado em discussões nem chatices, mas ter deixado de forma gradual de a ver. Veremos como corre quando o bebé nascer. Não meto nenhum tipo de objeção a não ser que comece a tentar tomar decisões que não lhe cabem a ela. Beijinhos e que corra pelo melhor Convencido

29.04.2019 POSITIVO, vem aí o nosso primeiro bebé.
13.07.2019 Vem aí um menino.
19.01.2020 Nasceu o Pedro.
09.04.2020 Ups, positivo. A maior surpresa das nossas vidas. Vem aí o nosso segundo amor. Mafalda M. ou Xavier
04.06.2020 MAFALDA MARIA. 😍

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Boxexitas, permite-te sentires as tuas necessidades sem culpa nenhuma! Estar 24h/dia focada num outro ser humano e ter de responder às suas necessidades é mentalmente extenuante! É natural que queiras, corrijo, precises! de uma pausa, precises de conversar com outros adultos (de preferência adultos que te dêem valor).
Nada do que sentes é estranho, ou egoísta. Todos temos necessidade de espaço, de liberdade... e um bebé rouba-nos um pouco isso.

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Muito obrigada a todas pelas vossas palavras... já algum tempo que sentia-me assim mas sem coragem de verbalizar com receio de ser mal interpretada!
Realmente tenho muita sorte no emprego que tenho e valorizo imenso.. tive um apoio tremendo de todos, fui promovida mesmo a saberem que estava grávida e iria entrar de baixa e licença... o meu “big Boss” quando soube que eu ainda não tinha posto baixa (grávida de 7 meses) veio me dar na cabeça... enfim.. tenho ali uma família 💚

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Eu diria que grande parte das mulheres sente isso aquando da primeira experiência da maternidade. O querer "a sua vida antiga de volta", é mais do que normal e não é vergonha nenhuma.
O que não acho tão natural é o afastamento do seu marido. Durante a gravidez é normal que se afastem sexualmente, não se sintam à vontade, é legítimo. Mas passado todo este tempo, não é de todo normal. Se um casal perde o seu "fio de ligação" por algum motivo (há sempre algum motivo), e se "deixa andar qye passa" , corre o risco de nunca mais conseguirem voltar a encontrar-se.
Pode voltar ao seu emprego e sentir-se melhor, com auto-estima renovada, mas isso não será a solução, se o problema de raíz se mantiver.
Se já tentou conversar com ele e ele "desconversou" é sinal que não conseguem falar profundamente e se desejam salvar a relação, precisam mesmo de ajuda.
Eu diria que o pior numa relação é perder a intimidade com o outro, e quando falo em intimidade, não falo apenas em sexualidade, claro. Se um elemento do casal deixa de se identificar com o outro e se afasta, é o pior buraco que podemos encontrar numa relação, porque na maioria das vezes ou não há vontade necessária de o remendar ou quando o tentamos fazer, não o fazemos da melhor forma.
O importante será sempre termos a coragem de sermos verdadeiros, e isso é claramente o mais difícil.
Tudo de bom

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Carla, eu concordo consigo em relação ao que se passa com o meu namorado, de início tentei dar espaço e tempo mas nos últimos tempos já é algo que me incomoda.. e como disse já soa a desculpas esfarrapadas, infelizmente ele tem esse defeito de fabrico, não é uma pessoa que consiga falar abertamente e muito tem que ser arrancado a ferros, e depois a minha dúvida é se ele está a ser sincero ou balbucia algo porque pensa que é o que eu quero ouvir e deixo-o em paz. Ele não sabe lidar com emoções ou situações mais complicadas.. mas sempre assim foi desde que o conheci!
Como é óbvio não acredito que só por eu começar a trabalhar as coisas mudem, tenho a esperança que sim mas não sou ingénua a esse ponto.. e também me custa acreditar que durante este tempo ele não existiu ou exista outra pessoa, relevo um pouco esta parte porque conheço a rotina dele e se o faz ou fez teve que ser durante o expediente e no local de trabalho, o que também me custa acreditar.. mas quem nunca? É algo que nunca saberei.. por isso por agora não ponho de parte mas não quero pensar muito nisso.
O mais importante para mim é eu voltar a sentir-me bem comigo própria, e a minha esperança é que se eu voltar a ser “eu” e só o facto de eu voltar a ter liberdade e vida aquilo mexa um pouco com a cabeça dele.
Neste momento estou 24 sob 24h com a miúda e se não estou em casa estou a aturar a minha sogra & companhia, e aquela ideia do tem um filho e já ninguém lhe pega naquela cabecinha fica activado o modo preguiça e deixa andar..
Infelizmente com ele.. funciona à base do “medo”! Não faz muito do meu feitio andar com joguinhos, mas de vez em quando tem de ser..
Eu agora só quero é respirar, ocupar a cabeça, estar com pessoas fora deste meio e da minha idade.. depois logo se vê...
O problema é que eu sou demasiado senhora do meu nariz e sou ambiciosa.. não sou de rotinas e isso frustra-me e neste ponto chocamos imenso (daí estar tb a atrofiar por estar tanto tempo em casa)..
Deixa lá ver o que vem dali..

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Carla, eu concordo consigo em relação ao que se passa com o meu namorado, de início tentei dar espaço e tempo mas nos últimos tempos já é algo que me incomoda.. e como disse já soa a desculpas esfarrapadas, infelizmente ele tem esse defeito de fabrico, não é uma pessoa que consiga falar abertamente e muito tem que ser arrancado a ferros, e depois a minha dúvida é se ele está a ser sincero ou balbucia algo porque pensa que é o que eu quero ouvir e deixo-o em paz. Ele não sabe lidar com emoções ou situações mais complicadas.. mas sempre assim foi desde que o conheci!
Como é óbvio não acredito que só por eu começar a trabalhar as coisas mudem, tenho a esperança que sim mas não sou ingénua a esse ponto.. e também me custa acreditar que durante este tempo ele não existiu ou exista outra pessoa, relevo um pouco esta parte porque conheço a rotina dele e se o faz ou fez teve que ser durante o expediente e no local de trabalho, o que também me custa acreditar.. mas quem nunca? É algo que nunca saberei.. por isso por agora não ponho de parte mas não quero pensar muito nisso.
O mais importante para mim é eu voltar a sentir-me bem comigo própria, e a minha esperança é que se eu voltar a ser “eu” e só o facto de eu voltar a ter liberdade e vida aquilo mexa um pouco com a cabeça dele.
Neste momento estou 24 sob 24h com a miúda e se não estou em casa estou a aturar a minha sogra & companhia, e aquela ideia do tem um filho e já ninguém lhe pega naquela cabecinha fica activado o modo preguiça e deixa andar..
Infelizmente com ele.. funciona à base do “medo”! Não faz muito do meu feitio andar com joguinhos, mas de vez em quando tem de ser..
Eu agora só quero é respirar, ocupar a cabeça, estar com pessoas fora deste meio e da minha idade.. depois logo se vê...
O problema é que eu sou demasiado senhora do meu nariz e sou ambiciosa.. não sou de rotinas e isso frustra-me e neste ponto chocamos imenso (daí estar tb a atrofiar por estar tanto tempo em casa)..
Deixa lá ver o que vem dali..

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Ou até quem sabe sejas tu a sentir q não é por ali o teu caminho !? Por isso acho q vai ser positivo, ou para o sim ou para o não

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Bem, quero agradecer a todas... só o facto de poder desabafar sem receio e ter em resposta sempre uma palavra, um conselho, um apoio.. as relações humanas cada vez estão mais subvalorizadas..
E já que levam com os meus dramas.. vou partilhar o que aconteceu hoje..
No seguimento do desabafo daqui, voltei a falar com ele e hoje fomos os dois jantar.. ele foi à casa da mãe despachar-se (tem lá a maior parte da roupa) e eu enquanto isso despachei a miúda para ir para a avó e fui-me vestir..
Ainda não recuperei totalmente da gravidez, tenho um pouquinho de barriga e uma banhazinha de lado.. resolvi vestir um vestido preto justinho e o que é que eu me lembrei.. sabem aquelas páginas com vídeos de dicas no face? Pois.. aqui a je resolveu enfaixar-se toda naquele papel transparente de cozinha (não me lembro como se chama).. apertei e apertei quase ao ponto de mal conseguir respirar.. vesti o vestido e fiquei toda contente 😄 aquele truque funciona.. isto até começar a andar e aquela porcaria fazia barulho por todo lado, algo do estilo como se estivesse vestida com um saco plástico.. mas funciona.. 🏆
Lá fomos os dois jantar, eu devia parecer que tinha engolido um pau a tentar andar sem fazer muito barulho.. o jantar foi bom, conversamos e ele até teve bem e brincalhão comigo.. yes! Valeu a pena estar aqui que nem uma tosta de pão de forma..
Até que.. recebeu um e-mail do trabalho.. estava à minha frente e eu estava distraída a olhar mas sem prestar atenção.. reparei que esse e-mail tinha um link dum site ao qual ele acedeu, estava ele a ver o site.. quando de repente começo a ouvir uns gemidos vindo do telemóvel dele.. E ele tb começa a ouvir.. ele muito atrapalhado (tem um IPhone) vejo ele a abrir as páginas em aberto e apressa-se a apagar a dita página de onde vinha o barulho.. olha para mim com cara de cãozinho abandonado, óh este site abriu esta página (mentira.. se abrisse abria na página acima, o meu telemóvel é igual ao dele)..
Bem meninas.. enquanto eu estava em casa a enfaixar-me em papel transparente o rapaz tb andou a enfaixar-se!
E eu não consigo parar de rir sozinha.. Andei eu em modo saco plástico para isto.. o papel a que uma pessoa se presta e a paga foi festa a um! Enfim.. pelo menos jantei muito bem e ele pagou a conta e tenho a confirmação que afinal o problema do rapaz não é estar impotente, e ainda vim o caminho todo a rir e ele a olhar para mim como se fosse maluca, contei-lhe do papel e ele continuou a olhar para mim como se fosse maluca.. e devo mesmo ser.. mas ainda me estou a rir!!
Mas fica a dica.. o papel funciona bem como cinta, convém é usarem num lugar com barulho para passarem despercebidas!
😂😂😂

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Não é papel.. é plástico!! 😂😂😂 os fusíveis queimaram mesmo hoje!!

janew -
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Desde 18 Jun 2016

Olá. Sei o que é isso.
Aos 3 meses já estava a contar os dias para ir trabalhar. Adoro os miúdos mas preciso de sair de casa e trabalhar. No primeiro aguentei 6 meses, mas já trabalhava remotamente.
Qto ao marido, o meu tbm teve duas fase assim. Principalmente na primeira vez, na segunda avisei-o logo para não se por com tretas. Completamente diferente. É compreensível, sono, cansaço... Mas irrita pq ele não se justifica!!
Meses depois de ter o mais velho estive mesmo em baixo (quase depressão) até que olhei ao espelho e me vi, estava igual (até mais magra, barriga lisinha...), o problema não era meu. Numa discussão disse-lhe que se ele não quer pode ser q um dia outro queira e cheguei a pedir o divórcio. Nunca houve outra pessoa, o problema era ele não falar.
era como se ele fosse a mae (que pari e tinha as alterações hormonais). Enfim...
Ele é mais velho que eu 7 anos, mas isso não justifica nada.
O pior é que isto é tema tabu, nunca fui capaz de desabafar com ninguém. Ninguém percebeu que esta foi a maior razão para a (quase) depressão há 4/5 anos atrás. E, sim, o trabalho e o ginásio salvou-me. Se tivesse ficado em casa teria "cortado os pulsos" (não literalmente, claro).
Conversem, mas, acima de tudo, olhe para o espelho e valorize-se. Não precisa de nenhum homem para se sentir bem.
Ah... Ao fim de 1 ano as coisas tendem a melhorar.
Ah, ainda ontem falei com um amigo que me contou que se separou pela razão inversa. Tinha o miúdo 8 meses e desistiu da relação. Mas, no caso dele, ela tratava-o mal.
Enfim... Relações.
Beijinhos

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Janew, obrigada pelo teu testemunho.. eu li vários artigos que há pais que assumem as “dores” da mãe, outros que deixam de ver a mulher como mulher e começam a olhar para elas como mães.. enfim.. mas sendo um assunto tabu socialmente (porque normalmente é da parte da mulher) deitou-me muito abaixo.. e ainda me afecta.
Eu sei que ainda estou redondinha mas também sei que não sou feia (também não sou linda de morrer), quando voltar a trabalhar volto à minha antiga forma de certeza.. e já lhe disse o mesmo.. se ele não quer também não se preocupe que há-de haver alguém que queira! Ontem notei um esforço da parte dele pela primeira vez, apesar do episódio do tlm daí tb ter levado a situação para o lado cómico, e já lhe disse que a nossa aproximação passa por aí, a intimidade não se faz só na cama.. pelo menos o primeiro passo está dado.. vou tentar tb ser mais “alegre” e “descontraída”..
Mas fonix.. daqui a nada já a quase 1 ano.. lol

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Quando digo ser verdadeiro, não me referia à existência de uma terceira pessoa. Mas de se conseguir falar realmente do que se sente, e isso, parecendo que não, é mesmo muito difícil. Sim, há homens que lhes custa aceitar a transformação da mulher em mãe, e isso não é fácil de admitir, nem de se conseguir falar. Há mulheres que se ocupam apenas em serem mães e se esquecem que também são mulheres e que há um todo a manter. Há homens que são demasiado infantis e que mal sentem o peso da responsabilidade, fecham-se em copas, afastam-se e começam a fantasiar uma vida com mais "liberdade". E haverá de tudo um pouco. Mas na minha opinião, e que já levo 20 anos de relação, o importante é saber realmente o que nos une ao nosso companheiro e alimentar esse sentimento. Fundamental.
O ser bonita, menos bonita, mais gorda ou mais magra é apenas um pormenor. Podemos ser a mulher mais bem sucedida e atraente, mas se não caminharmos na mesma direcção e perdermos completamente a sintonia com o nosso companheiro, de nada vale para salvar qualquer relacionamento.

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Concordo com o que disseste Carla.. daí neste momento estar a tentar aproximar-nos.
Em relação ao bonita/feia.. é claro que isso não tem nada a ver com a relação mas sim como tu te sentes e se estás mais gorda e não te sentes bonita afecta-te ainda mais porque inconsistentemente dás por ti a culpar-te, mesmo que racionalmente saibas que não.
Mais do que salvar a relação para mim é importante voltar a sentir-me bem e confiante e sei que passa por aí.. tudo o resto vem por acréscimo.. aliás o último comentário da Ansha resume bem o que sinto em relação ao voltar a trabalhar e a ele..
Quanto a ele.. é uma pessoa com um feitio muito peculiar e uma amiga em comum que trabalha directamente com crianças autistas e outros problemas, mais que uma vez afirmou-me que ele apresenta traços de Asperger (leves, mas a raiz está lá).
É muito complicado chegar a ele e em fases de stress emocionais ou emoções fortes eu sou a pessoa que ele bloqueia.. mas aqui já estou a entrar em pormenores da vida dele e não quero.

E como já devem reparar, eu sou chata e verbalizo tudo o que penso e sinto a ele o que não ajuda que como ele não fala eu tenho uma necessidade gigante de estar sempre a repetir as mesmas coisas na esperança que ele me diga alguma coisa.. imaginem isto grávida com as hormonas aos saltos?
Mais do que ninguém eu também sei onde falho e reconheço os meus erros.. é verdade que ele sofre do síndrome de Peter Pan (bloqueia tudo relacionado com a Morte, nem sequer fala disso, e ao ser eternamente criança na cabeça dele a morte não existe), a mãe ser como é tb não ajuda e alimenta essa necessidade.. mas acreditem que eu sou a pessoa que melhor o conhece e até consigo ser racional.. e sei que um (se não o) dos motivos deste afastamento é a filha, ele não sabe lidar com o que sente e mais uma vez esta-me a bloquear a mim.. O meu problema é o desagaste emocional, porque viver 6 anos nisto não é fácil e desgasta!
E ele sabe e eu vejo que ele sente-se culpado mas não consegue.. daí os joguinhos! Na maior parte das vezes tenho que provocar para ele reagir e normalmente é sempre à base do medo.
Neste momento, eu sei que enquanto eu não me sentir bem comigo própria não tenho a confiança necessária para conseguir provocar essa atitude..

Sinceramente, estou a sair de uma depressão e uso muito este fórum para desabafar e às vezes é difícil conseguir expor sem entrar em detalhes que não nos pertencem, assim opto por falar de mim e do que sinto mesmo que não consiga expor claramente, dai eu pouco falar dele em particular.. toquei neste ponto porque é algo relacionado com a minha necessidade de liberdade e voltar a trabalhar.

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Só um “à parte”, existem umas cintas maravilhosas Spanx 😉

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

Ansha escreveu:
Só um “à parte”, existem umas cintas maravilhosas Spanx 😉

😂😂😂 e de certeza que não fazem barulho... vou já já ver. Obrigada 😘😘

janew -
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Desde 18 Jun 2016

Boxexitas escreveu:
Janew, obrigada pelo teu testemunho.. eu li vários artigos que há pais que assumem as “dores” da mãe, outros que deixam de ver a mulher como mulher e começam a olhar para elas como mães.. enfim.. mas sendo um assunto tabu socialmente (porque normalmente é da parte da mulher) deitou-me muito abaixo.. e ainda me afecta.
Eu sei que ainda estou redondinha mas também sei que não sou feia (também não sou linda de morrer), quando voltar a trabalhar volto à minha antiga forma de certeza.. e já lhe disse o mesmo.. se ele não quer também não se preocupe que há-de haver alguém que queira! Ontem notei um esforço da parte dele pela primeira vez, apesar do episódio do tlm daí tb ter levado a situação para o lado cómico, e já lhe disse que a nossa aproximação passa por aí, a intimidade não se faz só na cama.. pelo menos o primeiro passo está dado.. vou tentar tb ser mais “alegre” e “descontraída”..
Mas fonix.. daqui a nada já a quase 1 ano.. lol

1 ano??? Chiiii....
Não fiquei "a seco" porque era chata e insistia e voltava a insistir, mas no último ano cansei-me disso. Chegava a perder o interesse só de imaginar a resposta. Ser sempre eu a ter a iniciativa cansa. Penso ser por isso que compreendo os homens que se afastam das mulheres por falta de intimidade.
Ok que não podemos estar sempre disponíveis, mas o inverso tbm não é aceitável. Virar as costas 365 noites/ano??? Sei justificar, sem dar miminho? Depois queixem-se, homens ou mulheres.
Tudo tem limites. A falta de intimidade (com ou sem sexo) mata uma relação. Para isso partilhava uma casa com um colega e não tinha metade das chatices.

Boxexitas -
Offline
Desde 18 Fev 2012

Eu não tenho coragem de tomar a iniciativa e ele tb não toma...

janew -
Offline
Desde 18 Jun 2016

Boxexitas escreveu:
Eu não tenho coragem de tomar a iniciativa e ele tb não toma...

Mas tem de passar a ter!
O meu marido até deve respirar de alívio quando eu me deito e me viro para o lado.
Fiquei com a fama... mas também tenho o proveito!

Tyta.B -
Offline
Desde 31 Jul 2015

A menina já tem o quartinho dela montado? Pode sempre tentar coloca-la lá a dormir. Pode ser que com ela noutro quarto ele se sinta mais relaxado e pelo menos troquem uns miminhos.

Boxexitas -
Offline
Desde 18 Fev 2012

Não me sinto confiante comigo e até parece que tenho vergonha e como levei pontos.. sei lá.. parece que vou perder a virgindade outra vez..
E tenho muito medo de levar uma nega e isso então é que vai ser a gota de água 😥

janew escreveu:

Boxexitas escreveu:Eu não tenho coragem de tomar a iniciativa e ele tb não toma...

Mas tem de passar a ter!
O meu marido até deve respirar de alívio quando eu me deito e me viro para o lado.
Fiquei com a fama... mas também tenho o proveito!

Boxexitas -
Offline
Desde 18 Fev 2012

Ainda não.. por agora vivo num T1. Estamos em processo de compra de casa mas esta a demorar imenso 😤😤
Eu acho que isso da miúda é um pouco desculpa.. porque a maior parte das vezes vou deita-la na caminha dela e ficamos os 2 sozinhos na sala.. e nada...
mas como já referi, é muito complicado de chegar a ele e quando ele não quer falar entra em modo congelador...

Tyta.B escreveu:
A menina já tem o quartinho dela montado? Pode sempre tentar coloca-la lá a dormir. Pode ser que com ela noutro quarto ele se sinta mais relaxado e pelo menos troquem uns miminhos.

Ana Maria Costa1 -
Offline
Desde 01 Fev 2019

Ui comprar casa com a relação nesse impasse, isso é que tem de avaliar muito bem...ficam depois com mais um imbróglio para resolver. Precisam mesmo de conversar a sério sobre o que vos mantém juntos!

janew -
Offline
Desde 18 Jun 2016

Boxexitas escreveu:
Não me sinto confiante comigo e até parece que tenho vergonha e como levei pontos.. sei lá.. parece que vou perder a virgindade outra vez..
E tenho muito medo de levar uma nega e isso então é que vai ser a gota de água 😥

Percebo isso. Mas somos mulheres modernas, não podemos estar à espera que sejam eles a dar o primeiro passo.
Se foi parto vaginal e/ou amamenta use lubrificante e coordene. É normal que seja fisicamente desconfortável.
Nos primeiros meses (parto vaginal com pontos, no primeiro arrancaram um bebé de 4 kg a fórceps), tinha de ser eu a controlar (é para parar, pára). Volto a apontar para os 12 meses até "a coisa" ficar normal e aceitarmos as mudanças (boas e más).
Até lá é ir assediando o marido (uma festinha aqui, outra ali,...). Se disser que não... é parvo, mas não leve isso a peito.
A longo prazo, se isso se manter (a não ser que haja doença), eu repensaria a relação.

Boxexitas -
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Desde 18 Fev 2012

E temos falado, quer dizer eu tenho falado... ele diz sempre o mesmo, que gosta de mim e que quer ficar comigo e com a menina mas para eu ir dar tempo ao tempo e para esperar que ela entre na creche e eu começar a trabalhar para aliviar um pouco o ar (foi o resultado da última conversa) tb me disse que desde a um ano para cá que não lhe apetece nada (desde que engravidei).. isto foi arrancado a ferros e não sei até que ponto não foi uma conversa a despache.. porque não se alongou mais. Eu noto que ele até esta a fazer um esforço, mas não é o suficiente.. é mesmo muito complicado conseguir percebe-lo por vezes.
Na minha opinião nós perdemos muito a nossa intimidade, não estou só a falar de sexo, mas no geral e muito se deveu a algumas situações externas a nós mas com influência directa.. o facto de dormirmos separados tanto na gravidez (ele ficou muito tempo engripado) como quando a miúda nasceu tb não ajudou, e isto graças às conversas de merda da mãe dele com as suas ideias fabulásticas do século passado, mas enfim..
Em relação à casa, eu já quis desistir mas mais uma vez nas minhas costas a mãe dele meteu-se no assunto e agora está já muito dinheiro ao barulho e caso eu desista perde o dinheiro. E ele insiste para eu não ser parva que tudo se resolve..
Mas enquanto isso aqui andamos neste impasse!

Ana Maria Costa1 escreveu:
Ui comprar casa com a relação nesse impasse, isso é que tem de avaliar muito bem...ficam depois com mais um imbróglio para resolver. Precisam mesmo de conversar a sério sobre o que vos mantém juntos!

janew -
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Desde 18 Jun 2016

Boxexitas,
um conselho de amiga (apesar de não a conhecer), realista e sem floreados: não compre casa enquanto a relação não voltar ao normal!
Está numa fase má da relação e, no pior cenário, farta-se e manda-o passear (ou ele a si). Quer ficar com mais um problema?
Um amigo meu separou-se da namorada aos 8 meses do filhote (ela deixou de ter interesse nele e ele fartou-se) e, o maior problema dele é a casa que têm em comum que ela não quer vender, mas ele precisa de vender.
O amor é lindo... mas quando corre mal pode virar pesadelo.

Boxexitas -
Offline
Desde 18 Fev 2012

Obrigada Janew. Eu agradeço todos os conselhos que me possam dar.
Isto da casa é complicado! Mas como os gastos referentes ao empréstimo tem sido todos da parte dele até à data, entro no empréstimo porque sem mim ele não consegue, mas não estou a pensar em pagar a prestação até ter a certeza.. e como a casa vai precisar de obras (e outro empréstimo) até lá se não se resolver eu não tenho qualquer gasto e depois logo se vê...

janew escreveu:
Boxexitas,
um conselho de amiga (apesar de não a conhecer), realista e sem floreados: não compre casa enquanto a relação não voltar ao normal!
Está numa fase má da relação e, no pior cenário, farta-se e manda-o passear (ou ele a si). Quer ficar com mais um problema?
Um amigo meu separou-se da namorada aos 8 meses do filhote (ela deixou de ter interesse nele e ele fartou-se) e, o maior problema dele é a casa que têm em comum que ela não quer vender, mas ele precisa de vender.
O amor é lindo... mas quando corre mal pode virar pesadelo.