Violência no infantário | De Mãe para Mãe

Violência no infantário

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Arieth -
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Desde 19 Mar 2009

Olá mamãs,

Venho pedir o vosso auxilio. Tenho uma pequena de 4 anos que esta na creche, há algum tempo disse que 2 meninos tinham baixado as calças dela e estavam a mexer com ela. Fiquei perplexa e dirigi-me à escolinha e falei com a pedagoga. Que por sua vez, disse que por estas idades eles tendem a inventar histórias. Achei estranho e fui falando com ela com o objectivo de extrair a verdade. De facto aconteceu e falei com a mesma para que redobrasse a vigilância. Pois no meu entender as crianças são as menos culpadas, se houve falha é da parte das auxiliares e pedagogas que não desempenharam o seu papel. Naturalmente que depois desse episódio fiquei muito mais atenta.
Esta semana, na quarta-feira apareceu com uma enorme nódoa negra nas nádegas. Questionei-lhe e ela disse que não era nada, nem sabia como se tinha magoado.
Hoje decidi sentar e ter uma conversa mais descontraída com ela. Contou-me que a pedagoga tem batido nas mãos e no rabinho, inclusive exemplificou como a senhora fazia, baixava as calças e dava palmadas. Permanentemente pede para que não diga nada a Sra. X, que é um segredo nosso. Mas frisa que já não quer ir à escola nunca mais.
Mamãs estou a espumar por todos os lados, não sei se até amanhã me consigo conter pra não avançar nas fuças desta mulher. Gostaria de saber se alguma mamã já passou por isso e quais os passos a serem dados legalmente.

Obrigada

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Ariete Afonso

A minha princesa nasceu no dia 17/09/2012
O meu príncipe nasce no dia 01/06/2017

neag -
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Desde 18 Abr 2016

Eu nao passei por nada disso, mas se estivesse na sua situacao fazia queixa. Na policia tambem, nao sei se sera o sitio indicado mas a realidade é que é um abuso de poder. E nao ha nada mais verdadeiro que a palavra de uma crianca. E visto que a sua pequena ja nem quer ir a escola passou de violencia fisica para psicologica, o que se pode tornar numa expriencia traumatica.
Boa sorte mama, coragem a cima de tudo

Arieth -
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Desde 19 Mar 2009

Obrigada Neag.

Pretendo fazer queixa onde puder, no fundo preciso de orientação para concretizar esta acção.

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Ariete Afonso

A minha princesa nasceu no dia 17/09/2012
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Soph_713 -
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Desde 25 Mar 2015

Choque! Choque! Choque!

Faça queixa junto do ministério público!!!

E entretanto, tem onde deixar a menina?

aries23 -
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Desde 18 Jul 2016

Fogo se isso aconteceu mesmo etnão tem mesmo que proteger a sua menina... e talvez os outros meninos que andam nesse infantário! Será que não há nenhum sítio para fazer queixa?? Polícia?

As crianças como a sua filha são inocentes e indefesos, dependem muito dos adultos para se protegerem... Não deixa que a sua filha seja exposta a mais abusos que podem traumatizá-la e marcá-la, e muitas vezes começa pelos adultos a não acharem o que contam como relevante. Triste Espero que esta situação se resolva!

ClaudiaFE -
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Desde 27 Out 2016

Mamã, não quero de todo por em causa o que a sua filha lhe disse.. Mas analise primeiro essa situação.
São acusações muito graves e tem de averiguar bem as duas partes.
O meu filho houve uma altura que também não queria ir para o infantário e numa altura em que a sua educadora tinha sido operada foi dizer à avó que a educadora lhe tinha batido.
A minha mãe ligou-me logo indignada, acalmei-a pois sabia não ser verdade visto que a sra em questão estava de baixa.
E ali se criava um grande mal entendido.

As crianças têm destas fases..
Tente ver com outras mães da sala da sua filha, se situações idênticas à sua se têm pronunciado em casa.
Agora se realmente a educadora tiver mesmo feito isso, deverá fazer queixa.. E se houver mais casos as mamãs que se juntem pois assim têm mais força.

Espero que tudo se resolva da melhor maneira e muitas felicidades para a sua família. Sorriso

Sobre ClaudiaFE

A tomar Gestacare Preconceptivo e cápsulas de óleo de Gérmen de Trigo.
Início dos treinos: Fevereiro2017

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Não conhece outros pais? Seria importante, para uma eventual queixa ter outros testemunhos.

Desde 13 Set 2012

Olá!

É sempre preciso estarmos mesmo vigilantes e, nunca mas mesmo nunca, deixe a sua filha perceber que não acredita nela. Mesmo que vá averiguar a situação por todos os ângulos - era o que eu faria - para a sua filha você é o Porto seguro e, até prova em contrário, tem mesmo que a fazer acreditar que a vai defender a qualquer custo. Se ela deixar de confiar na mãe, nunca mais lhe conta nada e, sendo verdade, vai ficar exposta a todo o tipo de abusos em silêncio.

A Guialmi focou um ponto importantíssimo que é o testemunho de outros pais. Se conhecer algum pai ou mãe fale com eles a fim de perceber se também há queixas ou desconfianças.

É verdade que nestas fases os miúdos costumam fantasiar um bocado, mas entre a fantasia e a realidade, é preciso fazer distinções. Eles inventam mas as nódoas negras estão lá e de alguma forma lá foram parar. Terá ela caído e batido c o rabinho no chão? Terá sido agredida? Não sabemos mas, se houver outras situações do género, podemos descartar quedas.

O meu filho às vezes também não quer ir para a ama, mas em momento algum me disse que ela lhe bate ou lhe faz doi-doi. Diz que não quer ir porque quer ficar comigo. É esse o motivo. Quando eles não querem mas apontam a violência sofrida como motivo, é mesmo preciso ficar muito alerta.

Essa história de dois meninos lhe terem baixado as calças pode ser verdade, pois os miúdos ficam curiosos nessa idade e depois tudo depende da educação que recebem em casa. Cabe aos cuidadores travarem essas atitudes curiosas.

As crianças devem ser cuidadas por adultos por algum motivo; cabe aos adultos orientá-las no caminho certo. Detesto quando adultos com responsabilidade, classificam como irrelevantes alertas tão fortes. Se a mãe se queixa é porque a menina lhe deu motivos. Há que verificar a veracidade de tudo isso.

Saiba que, a partir do momento que faz queixa, não pode, de jeito nenhum, deixar a sua filha nesse infantário e com essa educadora. O risco é grande.

Eu sou um bocado maquiavélica e, em busca da verdade, utilizaria estratégias não muito ortodoxas mas muito eficazes. Um gravador minúsculo, uma câmara oculta, sei lá, logo pensaria o que fazer. Hoje em dia isso é quase um lugar comum. Se é ilegal? É, realmente é, mas agredir crianças também o é e alguém precisa fazer alguma coisa para o impedir.

Vá-nos mantendo informadas aqui... hoje é consigo, amanhã pode ser com qualquer uma de nós.

Beijinhos e tudo de bom

SMSantos

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Tem de ir fazer queixa na esquadra na sua zona. Eles depois pedem para que vocês passem no instituto de medicina legal para que se documente os hematomas pelo medico.
Depois disso e provável que sejam chamados pela CPCJ, pois eles também auxiliam nestes casos. O ministério publico abre um processo, e também obriga a escola a tomar medidas (no meu caso, a escola queria passar paninhos quentes, e nem o meu filho queriam mudar de turma).
Pelo menos foi assim que se passou comigo.
Boa sorte com essa luta.

Marlene Pires A... -
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Desde 23 Set 2016

Fale com a directora. Se ela se "esquivar" ou negar também, deve fazer queixa na Polícia.

Ariel Ab

neag -
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Desde 18 Abr 2016

Eu acho que da maneira como a mama descreveu a situacao nao é de uma crianca que inventa para nao ir a escola, se repararem a decriscao foi que a menina primeiro disse que nao sabia onde se tinha magoado, so depois de insistencia é que acabou por revelar o que prova medo por parte dela e inicio de trauma porque pediu constantemente segredo.
Nao ha nada como analisar bem as situacoes antes que em vez de se acreditar nos adultos/escolas/educadores se descarte a palavra de uma crianca. Mesmo que regila ou travessa é dificil eles engendrarem planos a este nível. Podia questionar sim se fosse a resposta que a nodoa foi feita pela educadora desde o incio, mas como nao foi assim o desenrolar parece-me mais grave que isso.
Eu vou ser mae de primeira viagem, mas ja lidei com criancas e sou muito interessada em psicologia.
Acho que o facto de comecar com inqueritos a outros pais possa trazer mais instabilidade a crianca, mas claro que nada como saber averiguar.
Coragem e mais uma vez desejo-lhe a maior sorte do mundo

Arieth -
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Desde 19 Mar 2009

Olá mamãs,

Hoje fui a creche da minha filha com o objectivo de falar com a directora. Infelizmente não estava e pedi para falar com a tal educadora. Disse-lhe tudo que estava engasgado, tive muita vontade de esgana-lá mas não o fiz. Começou por dizer que era mentira, mas eu sei que é verdade. Além disso descobri que também tem outra criança que diz que ela bate. Fiquei de ir falar com a avó e com a respectiva criança. A minha filha diz que a Sra. tb bate nos outros meninos. E é impressionante como a preocupação dela é que eu conte o "nosso segredo" a educadora. Para mim não há maior demonstração de medo pela senhora.
Conheço a filha que tenho, até é uma miúda que não dá muito trabalho, é obediente, mas muito comunicativa, claro que não é santa, mais nada que não seja o normal nestas crianças. Sempre foi uma rapariga que contava tudo o que se passava com ela ou que era relevante. não é a primeira creche que ela andou, e em todas as outras deu-se lindamente.
Ela continua a querer ir à creche, qualquer uma, menos onde está.
Segunda-feira tenho reunião agendada com a directora da escola, quero ver qual será a postura da mesma. Mas já tomei a minha decisão, independentemente do que a senhora dizer eu vou fazer queixa a polícia, CPCJ e segurança social.

Obrigada pela vosso apoio nessa hora de extrema angústia.

Ps: Como disse a minha filha já não vai meter os pés nesta creche, hoje fomos passear, pediu para ir ao parque do IKEA. Meteu conversa com a vigilante do parque e contou-lhe que a educadora bate-lhe na escolinha.
Estou desolada por acontecer isso a minha pequena. Triste

Sobre Arieth

Ariete Afonso

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ClaudiaFE -
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Desde 27 Out 2016

Querida mamã.. Lamento pelo que está a passar.
Espero que a justiça seja feita e essa pessoa tenha o que merece.
Força!!
Tudo a correr bem

Sobre ClaudiaFE

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Início dos treinos: Fevereiro2017

Arieth -
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Desde 19 Mar 2009

Olá Mamãs,

Consegui chegar à fala com a avó do menino que também queixa-se que a educadora bate-lhe. Pois bem, eles são da mesma sala e tem a mesma idade, a mãe da criança esta no estrangeiro e a avó é que tem tratado dele.
Segundo o que ela descreve, o miúdo tem um pavor a educadora, tb pede o favor a avó de não contar nada do que ele diz a senhora. Chora todos os dias porque não quer ir à escola. Disse que inclusive já teve uma reunião com a dona da escola onde explicou o ocorrido e o comportamento do neto. Mas como não tinha conhecimento de outro caso ficou na dúvida e deixou a criança na creche, mas foi acompanhando o desenrolar da situação.

Depois de ter acesso à esta informação da avó cheguei à seguinte conclusão:
- Não é a primeira vez que há violência neste externato;
- é a mesma educadora que esta a ser acusada de praticar violência;
- a dona da escola teve conhecimento do caso deste menino e chegou mesmo a ter uma reunião com a avó da criança;
- Na breve conversa que tive com a dona da creche, informou que era a primeira vez que tal situação ocorria, e pude confirmar com esta avó que é mentira. Portanto, a dona da creche para além de saber que não é o primeiro caso, também acoberta a funcionária.

Tinha a pretensão de alertar a dona da creche para o que estava a acontecer, e naturalmente proteger a minha filha, depois desta descoberta fica claro que a dona da creche é cúmplice desta violência física e psíquica que as nossas crianças são sujeitas.
Tomei o fôlego e liguei para polícia judiciária, necessitava mesmo de orientação já que o SOS criança funciona apenas de segunda a sexta e durante o fim de semana as chamadas são encaminhadas para a PJ. Estou esclarecida e na segunda-feira irei proceder com uma queixa a segurança social e polícia.

Mamãs não imaginam a culpa que tenho sentido por não escolhido uma creche melhor para ela, por não ter visto os sinais, por deixar que isso acontecesse. Sei que não tinha como saber, mas ainda assim a culpa não me deixa serenar.
Triste

Sobre Arieth

Ariete Afonso

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O meu príncipe nasce no dia 01/06/2017

neag -
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Desde 18 Abr 2016

Eu acho que foi a melhor atitude que poderia ter.
Ha coisas que nao se podem descartar e uma delas é o bem estar fisico e o psicologico é tambem bastante importante.
Com algumas situacoes destas esquecidas no tempo os miudos vao crescendo e tornam-se maus uns com os outros e la está este trauma por trás.
Nao se culpabilize, nao tinha como prever mas descobriu antes das coisas se complicarem e acho que deveria fazer uma reuniao com todos ps pais interessados para poderem dar uma olhada nos filhos, pq muitos com a rotina do dia a dia acabam por pensar que se aleijaram na brincadeira e nem fazem muito caso, e visto que a sua filha e o menino tem medo acredito que haja mais que tambem tenham e nem falem com esse receio.
sao situacoes bastante traumaticas numa crianca pois ainda estao numa idade muito tenra em que sao esponjas autenticas, tudo é uma grande aprendizagem e depois reflecte-se na personalidade.

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Joana gsantos -
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Desde 05 Jul 2015

Boa tarde, de forma a salvaguardar outras crianças pode dizer qual o nome da creche? Seria importante que este caso não se repetisse.

Isabel M. -
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Desde 24 Maio 2013

Mamã fico muito triste por si pela sua menina. Estas situações são revoltantes e deixam-me muito receosa com a entrada do meu menino no pre escolar. Eu sei que casos destes são minoritários mas, mesmo assim, acho que nem que seja um caso já é em demasia. Estamos a falar de crianças que não se podem defender.

Acho importante ser partilhado o nome das instituições onde ocorrem situações destas de forma a que os pais possam estar alertas e fazer escolhas em consciência, e também para as instituições não ficarem a achar que estas histórias saem impunes e caem no esquecimento.

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