Vaginismo | Vaginismus | De Mãe para Mãe

Vaginismo | Vaginismus

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16 mensagens
Shiskiel -
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Desde 27 Set 2017

Olá a todas! Sou nova neste fórum e apesar de já haver dois tópicos sobre este assunto decidi começar outro porque sinto que mesmo assim existe pouca discussão sobre um assunto que afeta demasiadas mulheres que não tem ajuda ou não conseguem encontrar informação ou testemunhos de outras.

Venho aqui partilhar um pouco da minha experiência, vou-me alongar mas espero que dê conforto a outras mulheres como me deu a mim ao ler os vossos testemunhos e saber que não me encontro sozinha nesta questão.

Eu estava a iniciar a minha vida sexual e estava a correr tudo bem, nada fora do comum e estava perfeitamente saudável, um dia por tolice e curiosidade jovem o meu parceiro e eu tentamos usar um preservativo com estrias e foi a pior coisa que podíamos ter feito, estas arranharam-me as paredes vaginais e deixaram-me um ardor e uma dor insuportável no interior e na entrada da vagina.

A partir daí começaram os meus episódios, ao inicio achava estar ainda magoada e não ter curado totalmente mas meses passaram-se e cada vez que tentávamos pareciam vidros partidos a ser inseridos. Consultei vários ginecologistas, fiz exsudados vaginais e não acusava nada, todos me diziam que era perfeitamente saudável e que tinha que aprender a relaxar que com certeza que a minha dor era psicológica.

O meu companheiro ainda pesquisou e leu sobre exercícios de relaxamento durante a penetração, um deles era rodar os pés na posição de missionário e estar o mais próxima dele em termos de conforto de anatomia. Compramos diferentes tipos de lubrificante, preservativos e alguns sextoys para usar sozinha a ver se conseguia habituar-me a penetração mas nada resultou, era como se fosse um brinquedo estragado sem solução. Podem começar a questionar se eu realmente o que queria e desejava, acreditem, não era falta de desejo, e quando começávamos algum "momento" tudo corria bem até ao momento H em que lhe colocava o preservativo, a partir daí todo o desejo era substituído por nervosismos, tensão, suores frios, pânico e falta de ar, por mais que tentasse aguentar a dor acabava por sempre dizer que não conseguia mais.

Estivemos nesta situação durante 3 anos, até no dia 27/09/2017 ter consultado mais um ginecologista, encontrava-me cheia de esperanças de que seria agora que ia encontrar a minha solução, entrei lá nervosa e saí de lá em lágrimas, ele foi bruto a falar, e o exame foi horrível, sem lubrificante e com as luvas de latex que tanto conhecemos.. eu tentei ficar deitada, agarrar tudo o que conseguia para aguentar, tentei manter as lágrimas silenciosas e aguentar só para saber o que tinha até ele dizer "Olhe assim não consigo, não é normal doer-lhe aquilo que estou a fazer, não tenho paciência para as suas lamurias e vou transferi-la para outra medica, quer isso ou fica assim o resto da vida? A mim parece-me vaginismo mas também me parece que está a inventar a dor".

Dei uma versão curta do que ele me disse para não entrar em detalhes mas na altura tudo o que pensei foi que de facto este era o meu destino, ficar assim o resto da vida...
Até chegar a casa e com mais calma me lembrar da consulta e da palavra vaginismo... E foi aí que as portas para este mundo se abriram, em meia hora consegui perceber pelos testemunhos de outras e dos sintomas que era exatamente isto que tinha, 3 anos de médicos a insinuar que é uma dor inventada e que só preciso de relaxar quando o problema é muito maior....

Sei que nem todos concordam com o self-diagnóstico, eu também não, até sofrer durante 3 anos sem qualquer solução. O meu apoio tem sido o meu parceiro que entende e pesquisa comigo estas coisas, foi ele que encontrou este fórum e queria desde já agradecer partilharem as vossas histórias, foi um alivio saber que não sou a única, de que não estou louca e não estou a inventar dores, que de facto elas estão lá mas eu apenas não as consigo controlar.

Entrei neste mundo, estou a conhecer agora o tabú que ainda rodeia este assunto, as soluções que são propostas, as terapias e os kits, estou a embarcar numa self-discovery e espero ter resultados para poder vir aqui atualizar a minha jornada para que todas vejam que há solução e de que não há nada de errado, é normal e mais comum do que se pensa mas os nossos médicos nem sempre nos ouvem.

Vou de qualquer forma experimentar uma ginecologista no privado e sugerir esta ideia para ver onde me leva, mas não tenho nenhuma dúvida do que tenho nem do que sinto.

Entretanto já me começaram a responder em mensagens privadas sobre o comentário que deixei noutro post e agradeço imenso, enviem mensagens que irei responder, deixem comentários, não tenham receio de partilharem o que sentem, pensem que irá relaxar outras mulheres e ajudá-las a perceber que não são nenhum alien e que HÁ SOLUÇÃO.

O meu próximo está em mandar vir um kit do site: https://www.vaginismus.com/

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Obrigada!

Dryka -
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Desde 14 Jul 2012

Shiskiel embora nc tenha tido qualquer problema desses ( cada vez que sinto dor ou ardor é infecção ou fungo) acho muito bem que lutem pelo reconhecimento e tratamento da doença.
Até ha bem pouco tempo a fibromialgia era"manha" de quem se queixava e agora ja é tratado com todoo respeito por parte dos médicos e é de facto considerada uma doença bastante penosa para o portador infelizmente, pk cm em maioria dos casos n se encontra causa aparente e então a pessoa tem de aguentar msm mas pelo menos ja sao levados a sério!!
Alguns casos de vaginismo podem mesmo ser casos psicológico e precisar de acompanhamento, mas tem de se aprofundar a investigação a nivel fisico para tentar perceber cm tratar e tb para saber diferenciar em k casos é msm fisico, no caso de não ser os médicos tb tem de ter a sabedoria e sensibilidade de encaminhar as pessoas para psicológicos/sexologos para conseguirem ultrapassar isso, não é so dizer a pessoa " ah e tal isso é psicológico, desenrasque-se"...
TEM DE SE INVESTIR NA INVESTIGACAO SIM!!
Quando eu estava a ter o meu filho tb senti k me tratavam cm se fosse uma criança mimada,
Primeiro cheguei la e disse k me tinham rebentado as aguas e estavam logo a dizer-me, antes de me observar, secalhar foi so xixi... eu calei-me e qd me observaram realmente tinha rebentado...cm se eu ja n soubesse...
Depois foi uma enfermeira a fazer-mw o toque, todas tinham cuidado, so akela.......senhora é k era uma bruta e qd me queixava " ah n se queixe isto é msm assim" engraçado as anteriores n me magoaram...
Enfim isto tudo pra dizer que tem de haver mais profissionais de saúde com maior capacidade psicológica e sentimental para poder ajudar o seu paciente, para tentar perceber msm o que fazer para o ajudar!
Não desistam!!
Beijinhos e boa sorte

Sobre Dryka

Amo-te, deste-me o tesouro mais precioso...
(+) 13/10/2013
(♥) 24/06/2014
(AE) 08/2017

inesgarrote -
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Desde 03 Jan 2016

Colada.

Shiskiel -
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Desde 27 Set 2017

Olá!
Dryka agradeço teres deixado um comentário e concordo plenamente contigo.
Infelizmente parece que vamos sempre apanhar profissionais "incompetentes" e quero deixar aqui uma nota para as que tenham apanhado algum... Eu sei o quanto custa não ser ouvido e parece que quem devia ajudar não ajuda... Mas eles não são a maioria e temo-nos umas às outras para ajudar.

Bjs

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Obrigada!

Shiskiel -
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Desde 27 Set 2017

c:

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Obrigada!

Shiskiel -
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Desde 27 Set 2017

Inesgarrote não entendi o seu comentário.

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Obrigada!

inesgarrote -
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Desde 03 Jan 2016

Era apenas para seguir o tópico

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

O melhor caminho para encontrar uma solução para o seu problema será procurar um sexólogo e custa me até perceber que ainda não o tenha feito . Um ginecologista comum não vai estar preparado para as várias cambiantes do problema, mas também não me parece que sozinha vá ter sucesso.

Shiskiel -
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Desde 27 Set 2017

Olá Guialmi!
Obrigada por ter deixado o comentário.
Talvez lhe custe a entender... Mas eu só descobri o meu problema, que tinha vaginismo dia 27 de Setembro de 2017 por isso antes disso era impossível saber que precisava de um sexólogo.
Gostava de manter este tópico completamente free de julgamentos entre mulheres mas claro agradeço o seu conselho.

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Obrigada!

Star0506 -
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Desde 27 Set 2017

Shiskiel,
Não sou assim muito de participar no fórum, mas infelizmente vivi com este "palavrão" durante alguns anos, sendo que eu própria também achei durante muito tempo que isto era daquelas coisas que iria carregar até ao final da vida.

Eu descobri o vaginismo assim que iniciei a minha vida sexual, com 17 anos. Não era falta de desejo (nada mesmo), não era falta de apoio e carinho incondicional, não era falta de amor, mas havia qualquer coisa que não estava bem.

A primeira vez que fui ao ginecologista depois de ter percebido que alguma coisa não estava bem, fui mal-tratada, disseram que era inexperiente, que devia aguentar a dor, enfim. Em pleno séc. xxi, pergunto-me como se pode desvalorizar tanto a dor de uma mulher (eu tinha 17 anos, mas não era inferior a mulher nenhuma). O médico era tão inexperiente, que foi chamar o chefe de serviço de ginecologia, que fez questão de me colocar 2 dedos pela vagina acima enquanto eu me contorcia de dores. Senti-me violada.
E sim ocorreu no público, e nunca mais na minha vida eu irei permitir que algum médico me faça o que me fizeram.
Contar este episódio em terapia foi das coisas mais difíceis e libertadoras que fiz.

Fiquei ainda mais envergonhada, mais inibida, mais desesperada. Durante anos, eu e o meu companheiro (marido Sorriso ) lutámos muito para que a relação não sofresse.
Ninguém sabia e eu também não podia contar a ninguém, correndo o risco de ser humilhada (como tinha sido no médico).

Não conseguia usar tampões, penetração era impossível, nem sequer um dedo simplesmente. Era o mesmo que tentar colocar um dedo contra um punho fechado. Os primeiros sintomas tive anos antes, quando nunca conseguia usar um tampão.

A situação desgastou-nos tanto que procurei ajuda com uma sexóloga, fiz 1 ano de terapia e garanto que saí de lá outra pessoa.

Percebi que o vaginismo estava muito longe de ser um problema ginecológico ou por falta de vontade sexual.
Mas relacionava-se em muito com a forma como eu via o mundo desde sempre. Diversos factores aliados à minha personalidade de querer controlar tudo, ser perfeita, ser a melhor, não ser capaz de relaxar, de me "deixar ir", da pressão que a sociedade nos coloca enquanto mulheres e quanto falta de conhecimento eu tinha do meu corpo.

Aos poucos consegui 1 dedo, 2 dedos, tampões (s/ aplicador), até que conseguimos penetração. Conseguimos 1, 2, 3 vezes... Até que a nuvem acabou por me deixar. Sorriso No dia em que fui a uma ginecologista com sensibilidade para o tema (recomendado pela psicóloga), ela tratou-me como uma princesa, como uma mulher completa. Quando terminou a citologia (eu não senti dor alguma), perguntei: "Já?!"; a médica riu-se e disse: "quer que faça outra?!" - e foi aí que percebi que tinha vencido.

A verdade é que nem penso muito nisso. Vou ao ginecologista sem qualquer inibição ou dor, tanto que a minha ginecologista actual nem sequer sabe deste problema nem sonha. Já fiz citologias, ecografias, tudo, sem qualquer dor. Se tiver que ir ao ginecologista vou, sem qualquer problema.

Lembro-me que o evento que mais me deixou abalada (podia ter sido qualquer coisa, mas foi aquele evento) - quando um primo meu muito próximo me contou que ia ser pai. Eu fiquei tão feliz, tão feliz, que quando fiquei sozinha, chorei desalmadamente até perder as forças... porque pensei que nunca seria capaz de ser mãe. Senti-me muito mal como mulher.

E a coisa que mais desejo neste mundo é ser mãe, porque sei que sou capaz e isso não me persegue. Sou tão mulher como qualquer outra Sorriso

Procure ajuda, por favor Shiskiel. Não adie, não pense que se resolve sozinho. Não resolve. Procure ajuda. Não me canso de reforçar isto. O vaginismo é um problema psicológico, tem cura, não carregue esse peso, não se permita isso. GARANTO-LHE: Vai compensar!!

Um grande beijinho. E conte novidades!! Sorriso

mmmariann -
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Desde 03 Abr 2013

Que medicos aconselham?

Shiskiel -
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Desde 27 Set 2017

mmmariann escreveu:
Que medicos aconselham?

Eu tive a minha última consulta de ginecologia há 4 meses. Disseram que nada podiam fazer por mim porque o problema não se trata de nada físico, disseram que era perfeitamente saudável fisicamente, que tinha tudo para resultar bem mas que a minha mente estava a impedir os músculos de relaxar e que sobre isso os médicos de hospital nada podem fazer.
Fui aconselhada a seguir o terapeuta sexual que são pouquíssimos os que existem em Portugal, a comprar um kit de vaginismo com exercícios pélvicos, um diário para registar o progresso e como me vou sentido quando faço determinadas coisas para chegar à raiz do problema, este kit tinha também cilindros que vão desde o mais pequeno ao maior para a pessoa ir treinando sozinha ou com o parceiro aos poucos e poucos.

Infelizmente isto não é um assunto que os médicos possam dar algum medicamento ou fazer uma operação (na maioria dos casos) é uma estrada uma pouco solitário em termos de acompanhamento profissional.

Sobre Shiskiel

Obrigada!

Desalinhada -
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Desde 13 Set 2018

Star0506, como chorei ao ler o teu testemunho..
Sofri com vaginismo durante 11 anos. Em profundo silêncio e dor. Só sabia eu e o meu marido. Uma vez tentei contar a uma amiga, outra vez num fórum de forma anónima, e fui tão gozada que morria de vergonha. As mulheres conseguem ser tão cruéis, tão insensíveis.
Fazem tantos julgamentos..

Procurei médicos atrás de médicos e tive várias situações em que me senti "violada" pelos mesmos médicos. E cada dia ia piorando. Só tive um parceiro sexual, durante 11 anos, que é meu marido há dois, e apesar de ter sido o melhor companheiro nisto tudo, sempre que fazíamos sexo, era um elefante na sala. Era impensável ele sequer aproximar-se da vagina.

Finalmente, num acto de desespero porque queria mesmo engravidar, fiz uma última tentativa. Liguei para um hospital e pedi uma ginecologia. Sem investigar nomes, foi atirar à sorte. Descobri na consulta que era terapeuta sexual, e especialista em vaginismo. Foi o melhor acaso da minha vida. Mudou a minha vida em tudo.
Dois meses depois, consegui uma relação sexual com penetração. Tenho conseguido todos os dias. Ainda é um fantasma. Vai ser sempre. Mas é possível vencer o vaginismo.

Só queria deixar o meu testemunho, para ajudar. Caso precisem de alguma informação, mandem mensagem privada.

Ana Banana 33 -
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Desde 07 Ago 2020

Shiskiel escreveu:

mmmariann escreveu:Que medicos aconselham?

Eu tive a minha última consulta de ginecologia há 4 meses. Disseram que nada podiam fazer por mim porque o problema não se trata de nada físico, disseram que era perfeitamente saudável fisicamente, que tinha tudo para resultar bem mas que a minha mente estava a impedir os músculos de relaxar e que sobre isso os médicos de hospital nada podem fazer.
Fui aconselhada a seguir o terapeuta sexual que são pouquíssimos os que existem em Portugal, a comprar um kit de vaginismo com exercícios pélvicos, um diário para registar o progresso e como me vou sentido quando faço determinadas coisas para chegar à raiz do problema, este kit tinha também cilindros que vão desde o mais pequeno ao maior para a pessoa ir treinando sozinha ou com o parceiro aos poucos e poucos.
Infelizmente isto não é um assunto que os médicos possam dar algum medicamento ou fazer uma operação (na maioria dos casos) é uma estrada uma pouco solitário em termos de acompanhamento profissional.

Poderia indicar o médico? Ando à procura de um ginecologista especialista nessa área...

Desde 19 Jun 2021

Por favor podem aconselhar alguns médicos especialistas nesta área? Sinto-me tão sozinha Triste Estou na zona de Coimbra

CatarinaDN -
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Desde 26 Fev 2021

Olá a todas!

Aproveito para deixar o meu testemunho, pois concordo que ainda é um tema muito pouco falado e que precisa de deixar de ser tabu.

A minha vida sexual iniciou-se com o meu atual marido e, desde o início, que a "coisa" nunca corrida bem, pois tinha imensas dores. Tentámos várias vezes, mas eu nunca conseguia porque a dor era terrível.

Os primeiros passos para a solução foram os mais óbvios: ir ao médico de família e ao ginecologista (vi até mais do que um). O resultado era claro: não havia nenhum problema físico comigo. E foi então que veio a parte desesperante: se não havia nada físico, como é que eu ia resolver isto? Também não ajudou nada o facto de tanto o ginecologista como a média de família darem um tratamento "inovador": "tem que relaxar... beba um shot!".

Nesta fase só me apetecia bater em toda a gente. Tinha médicos a darem-me este conselho brilhante e, ao mesmo tempo, a fazerem pressão para eu me "resolver", caso contrário era a minha relação que ia ressentir-se. Passei-me porque senti-me incompreendida pelos médicos. Eu SABIA que havia alguma coisa errada... só não sabia o quê e não estava a conseguir ajuda.

Foi então que, em conversa com uma média amiga da família, ela sugeriu a possibilidade de ter vaginismo. Explicou-me o que era e encaminhou-me para um psicólogo especialista no assunto. O tratamento foi loooongo e, confesso, houve alturas em que eu quase que desejei que o problema fosse algo físico que desse para resolver com medicação ou cirurgia... pelo menos assim ficava resolvido.

Durante todo o processo martirizei-me por não conseguir algo tão natural para qualquer animal e sentia que o meu maior sonho - ser mãe - nunca iria acontecer porque não conseguia ter relações.

Hoje em dia não tenho qualquer problema de dizer que fui acompanhada pela psicóloga durante quase 7 anos e que, não só consegui ultrapassar o vaginismo, como consegui ser mãe!

Por isso, para aquelas que sofrem de vaginismo: HÁ CURA! E não, não é beber um shot ou fumar um charro para ficar relaxada. Neste percurso aprendi que, embora o vaginismo surja, normalmente, por algum tipo de trauma (maus tratos, violações ou até uma educação demasiado rígida em que é impingido o "ir virgem para o casamento"), a verdade é que em alguns casos (como o meu) é pura e simplesmente uma questão de personalidade... Um receio qualquer que possamos ter e que cria um bloqueio que é preciso desconstruir.

Um dos problemas que a psicóloga quis resolver comigo foi a necessidade de ter as coisas feitas ao meu gosto no que toca a arrumar a casa, por exemplo. Acreditem ou não, o meu tratamento passou por duas tarefas que, para mim, eram impensáveis até então: 1 - De vez em quando, sair de casa com a cama por fazer. 2 - Não arrumar a cozinha LOGO depois de jantar... sentar no sofá, ver uma série, relaxar um pouco e depois sim, arrumar.

Pode parecer estranho, mas foi mesmo assim. Por isso, não desesperem. É preciso muita paciência e um marido/namorado/parceiro de ouro ao vosso lado. Tendo isso, é uma questão de tempo. =)