Sou madastra desabafo | Page 4 | De Mãe para Mãe

Sou madastra desabafo

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T zero -
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Desde 17 Jul 2009

BagaLaranja escreveu:

guialmi escreveu:Só mais uma coisinha: muita gente comenta que se o pai não pode estar a 100% com as crianças, se há dias em que não pode estar o tempo todo com elas, não devia ter pedido guarda partilhada. E se a mãe não puder estar a 100% com as crianças, o pai deve pedir guarda exclusiva?

Mas podem ter guarda partilhada e levar em consideracao os dias em que nao estao disponíveis. Tenho um amigo com guarda partilhada que vai ajustando os dias porque a mae trabalha por turnos. A crianca ou está com a mae ou com o pai (só em último caso fica com a madrastra, quando ambos os pais estao a trabalhar). Nao me faz sentido alterar as rotinas das criancas e tirá-las da mae para as entregar á avó, tio, vizinha, cao, piriquito... Ao pai sim. E se o pai até tem turnos fixos, mais fácil ficava.

Também conheço um caso assim: guarda partilhada em que ambos os pais têm que se ausentar frequentemente para fora do país. Ao ponto de, se o que se ausentou (numa semana em que devia ter a guarda) chegar até à hora de jantar, o outro vai com a criança ao aeroporto e dá boleia ao ex até à respectiva casa, onde deixa ex, criança e mochila. Sem felicidade, mas sem dramas. São pequenos sacrifícios para a estabilidade e o conforto da criança.

Sobre T zero

Madrinha surpreendida e orgulhosa da Igraine e sua Fadinha Sorriso

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

T zero escreveu:

BagaLaranja escreveu:
guialmi escreveu:Só mais uma coisinha: muita gente comenta que se o pai não pode estar a 100% com as crianças, se há dias em que não pode estar o tempo todo com elas, não devia ter pedido guarda partilhada. E se a mãe não puder estar a 100% com as crianças, o pai deve pedir guarda exclusiva?

Mas podem ter guarda partilhada e levar em consideracao os dias em que nao estao disponíveis. Tenho um amigo com guarda partilhada que vai ajustando os dias porque a mae trabalha por turnos. A crianca ou está com a mae ou com o pai (só em último caso fica com a madrastra, quando ambos os pais estao a trabalhar). Nao me faz sentido alterar as rotinas das criancas e tirá-las da mae para as entregar á avó, tio, vizinha, cao, piriquito... Ao pai sim. E se o pai até tem turnos fixos, mais fácil ficava.

Também conheço um caso assim: guarda partilhada em que ambos os pais têm que se ausentar frequentemente para fora do país. Ao ponto de, se o que se ausentou (numa semana em que devia ter a guarda) chegar até à hora de jantar, o outro vai com a criança ao aeroporto e dá boleia ao ex até à respectiva casa, onde deixa ex, criança e mochila. Sem felicidade, mas sem dramas. São pequenos sacrifícios para a estabilidade e o conforto da criança.


Mas esse tipo de flexibilidade é o ideal, não haja dúvidas. Se os adultos puserem as crianças em primeiro lugar, tudo se resolve. As minhas filhas têm um colega cujos pais estão separados desde os 4 ou 5 anos dele e muita gente nem sequer sabe disso. O miúdo (agora adolescente) está com o pai ou a mãe conforme os horários e as disponibilidades de ambos (o pai já esteve a trabalhar no estrangeiro) e a vontade própria dele. Mas isso implica maturidade e saber separar muito bem as coisas. Neste caso, na realidade, também não sabemos se a criança, no tempo em que está com a mãe, está mesmo com a mãe e se as rotinas foram alteradas para pior ou não. Podemos supor que a guarda foi alterada devido a mudanças na vida da mãe, por exemplo, que tornaram difícil ela estar sempre com as crianças. Ou que esta questão dos turnos não é para sempre, vão rodando.
Seja como for (e voltando a certos comentários já feitos), alguém que esteja com um homem ou mulher com filhos não pode partir do princípio que o regime de guarda se vai manter inalterável. Ou que o pai/mãe tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Era o que mais faltava! Tem que falar com ela, claro, porque é uma mudança grande na vida do casal, mas sê-lo-á mesmo que o pai se possa ocupar das crianças. Sinceramente, cada vez mais admiro o meu marido pela forma como colocou os filhos do primeiro casamento como prioridade, embora lhe tenham feito a vida negra e o tenham tentado afastar de vários modos. Como entretanto se tornou também o pai dos meus filhos, esse altruísmo e generosidade foram-me devolvidos em dobro.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Ninguém defendeu que um pai tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Mas pedir para alterar a guarda para que no fim seja a namorada a ficar as crianças, e não ele, não terá grande lógica.
Quantos pais não espantam os filhos para casa dos avós nos dias em que é suposto serem eles a ficar com as crianças. Alguém acha isso correcto? Se os espantar para os "braços" da namorada já é normal? Eu acho mesmo que para isso vai a mãe buscar os filhos nesses dias e fica com eles aquelas 4 horas, indo depois o pai busca-los a casa da mãe. Provavelmente até os miúdos preferiam isso.
Mas parece que algumas users ficaram ofendidas por haver quem ache que as madrastas/padrastos não têm obrigações! Eu admiro muito quem consegue tratar os enteados com essa dedicação, e nunca tentei sequer dizer que estão erradas, simplesmente entendo quem não queira ou tenha aptidão para isso. Eu não teria e não tenho pretensões a que o meu namorado tenha.

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

Dois recados ao pai das crianças:
1) como tem crianças a cargo com idade inferior a 12 anos pode pedir no trabalho para ter um horário que permita cuidar dos seus filhos;
2) reveja a relação com a sua namorada. É alguém que não respeita os seus filhos e está muito longe de ser uma companheira para si.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Tyta.B escreveu:
Ninguém defendeu que um pai tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Mas pedir para alterar a guarda para que no fim seja a namorada a ficar as crianças, e não ele, não terá grande lógica.
Quantos pais não espantam os filhos para casa dos avós nos dias em que é suposto serem eles a ficar com as crianças. Alguém acha isso correcto? Se os espantar para os "braços" da namorada já é normal? Eu acho mesmo que para isso vai a mãe buscar os filhos nesses dias e fica com eles aquelas 4 horas, indo depois o pai busca-los a casa da mãe. Provavelmente até os miúdos preferiam isso.
Mas parece que algumas users ficaram ofendidas por haver quem ache que as madrastas/padrastos não têm obrigações! Eu admiro muito quem consegue tratar os enteados com essa dedicação, e nunca tentei sequer dizer que estão erradas, simplesmente entendo quem não queira ou tenha aptidão para isso. Eu não teria e não tenho pretensões a que o meu namorado tenha.

Falando por mim, não é coisa que me ofenda, mas acho estranho imaginar que se passem 10 ou 15 anos no relacionamento e não haver uma aproximação e cumplicidade entre os filhos e o/a companheiro(a).

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Sansa escreveu:

Tyta.B escreveu:Ninguém defendeu que um pai tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Mas pedir para alterar a guarda para que no fim seja a namorada a ficar as crianças, e não ele, não terá grande lógica.
Quantos pais não espantam os filhos para casa dos avós nos dias em que é suposto serem eles a ficar com as crianças. Alguém acha isso correcto? Se os espantar para os "braços" da namorada já é normal? Eu acho mesmo que para isso vai a mãe buscar os filhos nesses dias e fica com eles aquelas 4 horas, indo depois o pai busca-los a casa da mãe. Provavelmente até os miúdos preferiam isso.
Mas parece que algumas users ficaram ofendidas por haver quem ache que as madrastas/padrastos não têm obrigações! Eu admiro muito quem consegue tratar os enteados com essa dedicação, e nunca tentei sequer dizer que estão erradas, simplesmente entendo quem não queira ou tenha aptidão para isso. Eu não teria e não tenho pretensões a que o meu namorado tenha.

Falando por mim, não é coisa que me ofenda, mas acho estranho imaginar que se passem 10 ou 15 anos no relacionamento e não haver uma aproximação e cumplicidade entre os filhos e o/a companheiro(a).


Sansa, eu adoro crianças mas não vou ser hipocrita ao dizer que sinto empatia com todas elas, até pq quem aqui tb não acha que não há crianças más?! Para mim há crianças más sim! ( que seja ou não culpa delas, aí é outra conversa)
Eu tenho o exemplo de uma amiga em q o enteado lhe fez a vida negra! E só tinha 8 anos. Teoricamente seria a mãe dele q massacrava a criança para o fazer, se era assim ou não, não sei, mas era o q a minha amiga me contava.
Isto tudo para vos dizer q nem sempre o quadro é assim tão lindo!
Outra coisa, alguém aqui falou em sobrinhos. Eu amo os meus sobrinhos como filhos , fico com eles , trato, etc sem qq sacrifício. Mas eu conheço os meus sobrinhos desde q nasceram, convivemos desde aí (Não vou falar na questão de sangue pq acho q é possível amar alguém sem ser sangue do nosso sangue ) É completamente diferente conhecer uma criança já com uma certa idade, uma história de vida, que se calhar nem vê com bons olhos a madrasta pq é inevitável querer q o pai estivesse com a mãe, seja ou não essa a razão da sua separação.
Outra coisa, a educação. Imaginemos q até são miúdos super mal educados ... sinceramente acho q essas 4h diárias sozinha com as crianças se podem tornar num pesadelo para a namorada do pai.
Nunca namorei com ninguém com filhos. Se calhar não estou a saber pôr-me no lugar de alguém assim. Falo mais pelos exemplos q tenho perto de mim ( de amigas)

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Tyta.B escreveu:
Ninguém defendeu que um pai tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Mas pedir para alterar a guarda para que no fim seja a namorada a ficar as crianças, e não ele, não terá grande lógica.
Quantos pais não espantam os filhos para casa dos avós nos dias em que é suposto serem eles a ficar com as crianças. Alguém acha isso correcto? Se os espantar para os "braços" da namorada já é normal? Eu acho mesmo que para isso vai a mãe buscar os filhos nesses dias e fica com eles aquelas 4 horas, indo depois o pai busca-los a casa da mãe. Provavelmente até os miúdos preferiam isso.
Mas parece que algumas users ficaram ofendidas por haver quem ache que as madrastas/padrastos não têm obrigações! Eu admiro muito quem consegue tratar os enteados com essa dedicação, e nunca tentei sequer dizer que estão erradas, simplesmente entendo quem não queira ou tenha aptidão para isso. Eu não teria e não tenho pretensões a que o meu namorado tenha.

Sabemos que seriam 3 horas e meia, 3 dias por semana (em semanas alternadas), não sabemos sequer se seria permanente ou se o horário do pai vai sofrendo alterações. Também não sabemos se, na semana da mãe, é ela que os vai buscar e fica com eles, mas ok. Se a mãe pedir ajuda à sua própria mãe, já ninguém vai dizer que os está a "despejar" na avó, mas apenas que uma mãe solteira, coitada, precisa de apoio. E não estou a falar deste caso concreto porque ninguém faz ideia das razões da alteração da guarda.
Eu não fico nada ofendida por se ser de opinião que as madrastas/padrastos não têm obrigações, simplesmente não vejo as coisas dessas maneira. Para mim, o funcionamento em família implica compromissos, cedências e entreajuda, e como os enteados, a existir, fazem parte da família (assim como sogros, já agora) não se trata de uma obrigação, mas de algo natural, dentro de certos limites, como é evidente. Fazer as refeições para os meus enteados não era expectável? Ou ficar com eles quando o pai se ausentava? Ou levá-los a um parque. sozinha, nas férias? Ou comprar-lhes um miminho? Não são crianças estranhas, são os filhos da pessoa com quem partilho a vida...e ninguém está a falar de ser segunda mãe ou de gostar dos enteados como filhos.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

guialmi escreveu:

Tyta.B escreveu:Ninguém defendeu que um pai tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Mas pedir para alterar a guarda para que no fim seja a namorada a ficar as crianças, e não ele, não terá grande lógica.
Quantos pais não espantam os filhos para casa dos avós nos dias em que é suposto serem eles a ficar com as crianças. Alguém acha isso correcto? Se os espantar para os "braços" da namorada já é normal? Eu acho mesmo que para isso vai a mãe buscar os filhos nesses dias e fica com eles aquelas 4 horas, indo depois o pai busca-los a casa da mãe. Provavelmente até os miúdos preferiam isso.
Mas parece que algumas users ficaram ofendidas por haver quem ache que as madrastas/padrastos não têm obrigações! Eu admiro muito quem consegue tratar os enteados com essa dedicação, e nunca tentei sequer dizer que estão erradas, simplesmente entendo quem não queira ou tenha aptidão para isso. Eu não teria e não tenho pretensões a que o meu namorado tenha.

Sabemos que seriam 3 horas e meia, 3 dias por semana (em semanas alternadas), não sabemos sequer se seria permanente ou se o horário do pai vai sofrendo alterações. Também não sabemos se, na semana da mãe, é ela que os vai buscar e fica com eles, mas ok. Se a mãe pedir ajuda à sua própria mãe, já ninguém vai dizer que os está a "despejar" na avó, mas apenas que uma mãe solteira, coitada, precisa de apoio. E não estou a falar deste caso concreto porque ninguém faz ideia das razões da alteração da guarda.
Eu não fico nada ofendida por se ser de opinião que as madrastas/padrastos não têm obrigações, simplesmente não vejo as coisas dessas maneira. Para mim, o funcionamento em família implica compromissos, cedências e entreajuda, e como os enteados, a existir, fazem parte da família (assim como sogros, já agora) não se trata de uma obrigação, mas de algo natural, dentro de certos limites, como é evidente. Fazer as refeições para os meus enteados não era expectável? Ou ficar com eles quando o pai se ausentava? Ou levá-los a um parque. sozinha, nas férias? Ou comprar-lhes um miminho? Não são crianças estranhas, são os filhos da pessoa com quem partilho a vida...e ninguém está a falar de ser segunda mãe ou de gostar dos enteados como filhos.

Acha mesmo que uma mãe que deixe os filhos com a avó não é julgada? Nos primeiros tempos de separada o pai do meu filho chegava a ficar 3/4/5 semanas sem o vir buscar, e eu tinha de me valer dos meus pais se tivesse um reunião, precisasse de ir ao cabeleireiro ou simplesmente saísse 2 horas para um café sossegado. Quer que lhe diga algumas coisas que ouvi na altura? Engraçado que ao pai nunca ninguém apontou o dedo, pelo menos à minha frente.
Eu acho normal que uma madrasta cozinhe para os enteados, já não me parece, por exemplo, que tenha a obrigação de vigiar tpcs, porque isso implica ter de ajudar. Se a madrasta tiver tanto jeito como eu para dar explicações, a criança não vai perceber nada e vão acabar os 2 frustrados um com o outro, o que também não vai melhorar o ambiente em casa.
Eu acho que uma madrasta ou padrasto tem a obrigação de respeitar as crianças , tem a obrigação de entender que a vida do parceiro está condicionada e de aceitar, tem a obrigação de se manter por perto quando as crianças estão presentes, ter de ser ela sozinha a tratar dos miúdos não acho que seja uma obrigação sua. Com isto nao quero dizer que eu estou certa e os outros errados. Apenas que aceito quem não queira ter de cuidar de enteados e por isso mesmo nunca coloquei o meu namorado nessa posição. Isso faz de mim fria ou má pessoa, que seja Sorriso

BagaLaranja -
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Desde 02 Abr 2014

Eu nao tenho enteados nem gostaria de ter, e nao tenho jeitinho nenhum para criancas, mas se tivesse enteados e vivessem cá em casa (mesmo que em regime partilhado) nao ia perceber que nesses dias eu fizesse vida de solteira e dissesse "os filhos sao teus, por isso cozinhas, levas-os a sair, e tudo o que filhos implicam. Nesses dias sou solteira, quando eles cá nao estao entao estamos juntos". É estranho. Dois adultos que vivem juntos com criancas fazem a vida juntos. Uns cozinham, outros levam ao parque, umas vezes juntos, outras vezes em separado... Nao se pode dizer "eu só cozinho se as criancas nao estiverem cá em casa, ou cozinho para ti e tu cozinhas para as criancas". Que estranha relacao seria essa... Ou estao juntos como família ou nao estao.
Agora se o pai impingir as criancas á madrasta e nao se ocupar delas, também nao posso concordar. E se for contra a vontade da mae e criancas muito menos.
Também é possível que a mae precise de ajuda, ou de trabalhar, ou prefira ter algum tempo livre e por isso exija que o pai faca a sua parte - tenho uma amiga que dizia que se divorciasse pelo menos o pai passava a ter de tomar conta das criancas, já que quando estavam juntos nao tomava. De qualquer maneira a obrigacao é do pai e nao da madrasta. No entanto a madrasta faz parte da família pelo que nao se pode excluir da família nesses dias. Ou faz parte sempre ou nunca faz.

BagaLaranja -
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Desde 02 Abr 2014

Quanto aos pais e sogros acho uma discussao mais complicada. Há pais e sogros com os quais nao nos damos bem. Eu com os meus (de ambos os lados) nao consigo passar muito tempo. Dá para fazer uma visitinha, um fim de semana... Mas mais que isso parece que andamos em clima de guerra. Morar na mesma casa e davamos todos em doidos. Se um casal tiver uma relacao saudável com os pais de ambos, acho que faria todo o sentido acolhe-los quando precisassem. Claro que a prestacao de alguns cuidados nao sao para todos, nem todos temos vocacao para enfermeiro... Agora se a relacao nao é boa, seria impossível viver na mesma casa...

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Tyta.B escreveu:

guialmi escreveu:
Tyta.B escreveu:Ninguém defendeu que um pai tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Mas pedir para alterar a guarda para que no fim seja a namorada a ficar as crianças, e não ele, não terá grande lógica.
Quantos pais não espantam os filhos para casa dos avós nos dias em que é suposto serem eles a ficar com as crianças. Alguém acha isso correcto? Se os espantar para os "braços" da namorada já é normal? Eu acho mesmo que para isso vai a mãe buscar os filhos nesses dias e fica com eles aquelas 4 horas, indo depois o pai busca-los a casa da mãe. Provavelmente até os miúdos preferiam isso.
Mas parece que algumas users ficaram ofendidas por haver quem ache que as madrastas/padrastos não têm obrigações! Eu admiro muito quem consegue tratar os enteados com essa dedicação, e nunca tentei sequer dizer que estão erradas, simplesmente entendo quem não queira ou tenha aptidão para isso. Eu não teria e não tenho pretensões a que o meu namorado tenha.

Sabemos que seriam 3 horas e meia, 3 dias por semana (em semanas alternadas), não sabemos sequer se seria permanente ou se o horário do pai vai sofrendo alterações. Também não sabemos se, na semana da mãe, é ela que os vai buscar e fica com eles, mas ok. Se a mãe pedir ajuda à sua própria mãe, já ninguém vai dizer que os está a "despejar" na avó, mas apenas que uma mãe solteira, coitada, precisa de apoio. E não estou a falar deste caso concreto porque ninguém faz ideia das razões da alteração da guarda.
Eu não fico nada ofendida por se ser de opinião que as madrastas/padrastos não têm obrigações, simplesmente não vejo as coisas dessas maneira. Para mim, o funcionamento em família implica compromissos, cedências e entreajuda, e como os enteados, a existir, fazem parte da família (assim como sogros, já agora) não se trata de uma obrigação, mas de algo natural, dentro de certos limites, como é evidente. Fazer as refeições para os meus enteados não era expectável? Ou ficar com eles quando o pai se ausentava? Ou levá-los a um parque. sozinha, nas férias? Ou comprar-lhes um miminho? Não são crianças estranhas, são os filhos da pessoa com quem partilho a vida...e ninguém está a falar de ser segunda mãe ou de gostar dos enteados como filhos.

Acha mesmo que uma mãe que deixe os filhos com a avó não é julgada? Nos primeiros tempos de separada o pai do meu filho chegava a ficar 3/4/5 semanas sem o vir buscar, e eu tinha de me valer dos meus pais se tivesse um reunião, precisasse de ir ao cabeleireiro ou simplesmente saísse 2 horas para um café sossegado. Quer que lhe diga algumas coisas que ouvi na altura? Engraçado que ao pai nunca ninguém apontou o dedo, pelo menos à minha frente.
Eu acho normal que uma madrasta cozinhe para os enteados, já não me parece, por exemplo, que tenha a obrigação de vigiar tpcs, porque isso implica ter de ajudar. Se a madrasta tiver tanto jeito como eu para dar explicações, a criança não vai perceber nada e vão acabar os 2 frustrados um com o outro, o que também não vai melhorar o ambiente em casa.
Eu acho que uma madrasta ou padrasto tem a obrigação de respeitar as crianças , tem a obrigação de entender que a vida do parceiro está condicionada e de aceitar, tem a obrigação de se manter por perto quando as crianças estão presentes, ter de ser ela sozinha a tratar dos miúdos não acho que seja uma obrigação sua. Com isto nao quero dizer que eu estou certa e os outros errados. Apenas que aceito quem não queira ter de cuidar de enteados e por isso mesmo nunca coloquei o meu namorado nessa posição. Isso faz de mim fria ou má pessoa, que seja


Claro que não, és uma pessoa completamente normal que também teve em conta o outro lado, que muitas vezes é esquecido.
Eu não vejo mal nenhum em que a comanheira/o do pai/mãe (não gosto da palavra madrasta/padrasto) se encarregue e até faça pelos filhos do companheiro, nalguma situação em que o outro não possa, porque eventualmente um dia trabalhe mais tarde, ou esteja ausente por algum motivo, não por sistema, porque embora pareça pouco, 3 dias por semana, é uma grande responsabilidade. Eu acho, pelo que foi contado, que o pai não teve em consideração a companheira, assumiu simlesmente que ela tinha de o fazer.
Claro que numa relação saudável deve haver companheirismo, cedências e óbvio que os filhos devem ser sempre uma prioridade, mas tudo isso deve ser mútuo e não assumido só por uma parte. Porque se aconselham a autora a arranjar um namorado sem filhos, também poderiam sugerir que o pai arranjasse uma companheira que já fosse mãe.

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Em relação aos idosos, há sempre uma desculpa para não se cuidar deles.(o ideal seria que nunca ficassem dependentes) Ou porque não há espaço em casa, ou porque não se tem os cuidados necessários, ou porque num lar bom estão melhores. Os idosos nesta fase precisam essencialmente de muito amor. Com vontade, tudo se consegue. Lá está, é tudo uma questão de se querer. (Estou obviamente falar de famílias em que sempre houve harmonia familiar.)

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

E ainda sobre obrigações, responsabilidades, etc. Temos o caso dos avós, muitos deles já com alguma idade, e ficam muitas vezes encarregues de ir buscar os netosc à escola e cuidar deles até os pais chegarem. Quando vou buscar a minha filha, já ouvi várias senhoras a comentarem entre si, que estavam incubidas dos netos x dias por semana. Em tom um pouco de queixume, porque provavelmente, tal como a autora do tópico, lá no fundo preferiam estar a relaxar no sofá, e não é obviamente por não gostarem dos netos. Mas esse sentido de obrigação pesa, ainda para mais para uma mulher sem filhos fazer isso pelos filhos dos outros.
Por isso me custa um pouco, pensar que daqui a algubs anos, depois de tanta dedicação, sejam colocados num lar à espera de morrerem..

Flor.1987 -
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Desde 09 Fev 2019

Sansa escreveu:
A mim entristece-me essa ideia de que um enteado “não nos é nada”. Como é que não nos é nada? Então mas não é família? Não só os laços de sangue é que têm significado.

Não Sansa , os enteados não nos são nada.
Caberá a cada madrasta ou padrasto fazer com que passem a ser . Se houver carinho , amizade , cumplicidade, empatia , amor , claro que passam a ser da nossa família, como tantas pessoas que o são sem serem do nosso sangue !
Mas na prática, conheço um homem , apaixono-me por ele , vou viver com ele e entretanto começo a ter que conviver com os filhos dele , não, não me são nada se não tenho relação afetiva com eles .
Creio que para a autora do tópico os enteados não lhe são nada para além de filhos do companheiro, porque há respeito mas não há amor . E como disse, caso um dia me divorcie e o meu marido tenha uma companheira, a única coisa que exijo da pessoa perante os meus filhos é respeito. Amor não se pode exigir ...
Compreendo a postura da sansa se foi criada por uma madrasta , teve efectivamente sorte na pessoa que o seu pai escolheu. Mas não tem que ser assim... em muitos casos não é assim !

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Tyta.B escreveu:

guialmi escreveu:
Tyta.B escreveu:Ninguém defendeu que um pai tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Mas pedir para alterar a guarda para que no fim seja a namorada a ficar as crianças, e não ele, não terá grande lógica.
Quantos pais não espantam os filhos para casa dos avós nos dias em que é suposto serem eles a ficar com as crianças. Alguém acha isso correcto? Se os espantar para os "braços" da namorada já é normal? Eu acho mesmo que para isso vai a mãe buscar os filhos nesses dias e fica com eles aquelas 4 horas, indo depois o pai busca-los a casa da mãe. Provavelmente até os miúdos preferiam isso.
Mas parece que algumas users ficaram ofendidas por haver quem ache que as madrastas/padrastos não têm obrigações! Eu admiro muito quem consegue tratar os enteados com essa dedicação, e nunca tentei sequer dizer que estão erradas, simplesmente entendo quem não queira ou tenha aptidão para isso. Eu não teria e não tenho pretensões a que o meu namorado tenha.

Sabemos que seriam 3 horas e meia, 3 dias por semana (em semanas alternadas), não sabemos sequer se seria permanente ou se o horário do pai vai sofrendo alterações. Também não sabemos se, na semana da mãe, é ela que os vai buscar e fica com eles, mas ok. Se a mãe pedir ajuda à sua própria mãe, já ninguém vai dizer que os está a "despejar" na avó, mas apenas que uma mãe solteira, coitada, precisa de apoio. E não estou a falar deste caso concreto porque ninguém faz ideia das razões da alteração da guarda.
Eu não fico nada ofendida por se ser de opinião que as madrastas/padrastos não têm obrigações, simplesmente não vejo as coisas dessas maneira. Para mim, o funcionamento em família implica compromissos, cedências e entreajuda, e como os enteados, a existir, fazem parte da família (assim como sogros, já agora) não se trata de uma obrigação, mas de algo natural, dentro de certos limites, como é evidente. Fazer as refeições para os meus enteados não era expectável? Ou ficar com eles quando o pai se ausentava? Ou levá-los a um parque. sozinha, nas férias? Ou comprar-lhes um miminho? Não são crianças estranhas, são os filhos da pessoa com quem partilho a vida...e ninguém está a falar de ser segunda mãe ou de gostar dos enteados como filhos.

Acha mesmo que uma mãe que deixe os filhos com a avó não é julgada? Nos primeiros tempos de separada o pai do meu filho chegava a ficar 3/4/5 semanas sem o vir buscar, e eu tinha de me valer dos meus pais se tivesse um reunião, precisasse de ir ao cabeleireiro ou simplesmente saísse 2 horas para um café sossegado. Quer que lhe diga algumas coisas que ouvi na altura? Engraçado que ao pai nunca ninguém apontou o dedo, pelo menos à minha frente.
Eu acho normal que uma madrasta cozinhe para os enteados, já não me parece, por exemplo, que tenha a obrigação de vigiar tpcs, porque isso implica ter de ajudar. Se a madrasta tiver tanto jeito como eu para dar explicações, a criança não vai perceber nada e vão acabar os 2 frustrados um com o outro, o que também não vai melhorar o ambiente em casa.
Eu acho que uma madrasta ou padrasto tem a obrigação de respeitar as crianças , tem a obrigação de entender que a vida do parceiro está condicionada e de aceitar, tem a obrigação de se manter por perto quando as crianças estão presentes, ter de ser ela sozinha a tratar dos miúdos não acho que seja uma obrigação sua. Com isto nao quero dizer que eu estou certa e os outros errados. Apenas que aceito quem não queira ter de cuidar de enteados e por isso mesmo nunca coloquei o meu namorado nessa posição. Isso faz de mim fria ou má pessoa, que seja


Eu não insinuei que era fria ou má pessoa, apenas que temos perspetivas diferentes.
O julgamento social de que foi vítima quando se divorciou é lamentável e não tem justificação possível. Mas eu vivi um outro lado que raramente aparece aqui no fórum - o do pai que foi crucificado por se ter divorciado pela sua própria família. Aquilo que lhe disseram a si,, acredite que ele ouviu parecido ou pior...e não foi só ouvir...imagina o que é ser banido da vida familiar (falo de família alargada, mas à moda antiga, todos a viver perto e a fazer vida comum), ser excluído de casamentos, aniversários (incluindo os dos próprios filhos), até ameaças de porrada houve? O absurdo que é juntarem-se todos para as festas das crianças e ele não ser convidado?
Eu sei que isto não tem muito a ver com o tema do tópico, mas é só para mostrar uma outra perspetiva(isto já foi há muito tempo, tenho esperança que entretanto as mentalidades tenham mudado). A mãe das crianças, neste caso, foi sempre vista como a coitada que teve de criar os filhos sozinha, sem ajudas, elogiadíssima pela minha sogra (mesmo à minha frente)...
Qualquer ao papel da madrasta/padrasto (pessoalmente, aqui em casa nunca se usou essa palavra, escrevo-a aqui para simplificar), que cada família encontre o seu equilíbrio e se todos forem felizes, está tudo certo. Acredito (mas é apenas a minha convicção pessoal) que numa família onde há filhos que não são comuns, importa haver não apenas respeito, mas também afeto e havendo esse envolvimento emocional, o cuidar das crianças, mesmo na ausência do pai ou mãe, surge como natural. Para mim, na minha maneira de ver as coisas, é estranho que o padrasto ou madrasta não se encarregue de pequenas tarefas como ir buscar a criança à escola, por ex., ou ajudar numa tarefa escolar, quando necessário, da mesma forma que acharia estranho não ter essas atenções com uma sogra (ir buscá-la à fisioterapia, ou ajudá-la com as compras).
Aliás, eu nem sequer sou uma pessoa particularmente afetiva e reconheço (com pena minha e algum arrependimento) que não se criou uma relação particularmente íntima entre mim e os meus enteados. Mas fiz o que pude, com as condições (muito adversas) que tivemos e admiro sobretudo o pai deles pela capacidade que teve de contornar as dificuldades que lhe puseram.
Quanto a este caso concreto, acho que pouco mais há dizer, até porque temos muito pouca informação. Fica a discussão e o levantar de questões que devem preocupar quem está separada com fihos ou quem namora ou pode vir a namorar alguém com filhos.

janew -
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Desde 18 Jun 2016

carlaper escreveu:
E ainda sobre obrigações, responsabilidades, etc. Temos o caso dos avós, muitos deles já com alguma idade, e ficam muitas vezes encarregues de ir buscar os netosc à escola e cuidar deles até os pais chegarem. Quando vou buscar a minha filha, já ouvi várias senhoras a comentarem entre si, que estavam incubidas dos netos x dias por semana. Em tom um pouco de queixume, porque provavelmente, tal como a autora do tópico, lá no fundo preferiam estar a relaxar no sofá, e não é obviamente por não gostarem dos netos. Mas esse sentido de obrigação pesa, ainda para mais para uma mulher sem filhos fazer isso pelos filhos dos outros.
Por isso me custa um pouco, pensar que daqui a algubs anos, depois de tanta dedicação, sejam colocados num lar à espera de morrerem..

A minha sogra disse logo que não ficava com o neto, porque têm a sua vida: consultas, (mtas) compras e idas à terra. Na altura seria apenas de Maio a Julho, pois em Setembro já tinhamos vaga na creche. Também se recusou a ficar uma noite com ele (quase 3 anos) com a desculpa de que ele acordava cedo e acordava as tias (>30 anos). Era só UMA noite, essa "desculpa" foi tão esfarrapada... No dia seguinte tivemos de fazer um desvio enorme para o levar lá (tinha consulta perto da casa da avó, daí dar jeito ficar lá a dormir).
Mas tudo bem, não "impinjo" filhos a quem não os quer. Mas quando vem com as lamechiches que não vê os netos... "Decida-se mulher!"
Entretanto já ficaram uma semana com os dois e sei que foi duro. Mas aí foi ela q se ofereceu.
Se eu tivesse no caso deste pai, depois das queixas, preferia contratar alguém para os ir buscar, ou mesmo mudar de horário, do que aborrecer a pessoa que escolhi para partilhar a vida. Mas acredito que repensaria a relação, principalmente se não havendo nada que os une (papel assinado, nem filhos em comum). O divórcio ainda dá algum trabalho...
Está no direito dela, mas ele também tem direito a despachá-la.
Por outro lado, vejo pelo meu marido, há pessoas que decidem coisas sem perguntar aos afetados. Ao mudar o regime deviam ter falado disso antes.

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

Concordo com a Sansa... e para mim não é linear dissociar os enteados do pai...
Os filhos fazem parte daquele pai, são uma extensão mas não se pode dissociar nem podemos primeiro amar o homem e só depois aparecem aqueles acrescentos...
Quando conheci o meu namorado ele tinha dois filhos, um já adulto e outro ainda bem pequeno, comecei a gostar dele já com esse dado, fazia parte dele nunca imaginei ou pensei numa vida com ele sem eles existirem.
Acho que são coisas que temos que falar muito abertamente quando conhecemos alguém, muito antes de começar uma relação, o meu namorado explicou-me claramente a sua situação, que um dos filhos estudava fora mas podia eventualmente quando acabasse o curso voltar a casa e viver com ele e o mais pequeno fazia uma guarda partilhada ajustada aos horários dos dois...
Por isso nunca pensei que iria ter uma vida com ele sem pelo menos o filho mais pequeno estar bastante presente na nossa vida...
Desde que os conheci não foi um amor à primeira vista, não me eram nada mas são parte do meu namorado, por isso são mais que familiares distantes ou filhos de amigos ou vizinhos...
Encontro em cada um deles partes do pai, tenho um carinho imenso por eles desde que os conheço e a dedicação que lhes tenho veio logo porque lá está, são parte do homem que escolhi...
Por isso também me custa essa definição que não nos são nada porque o meu homem num todo é-me alguma coisa a partir do momento que gosto dele e os filhos são parte dele.

Flor.1987 escreveu:

Sansa escreveu:A mim entristece-me essa ideia de que um enteado “não nos é nada”. Como é que não nos é nada? Então mas não é família? Não só os laços de sangue é que têm significado.

Não Sansa , os enteados não nos são nada.
Caberá a cada madrasta ou padrasto fazer com que passem a ser . Se houver carinho , amizade , cumplicidade, empatia , amor , claro que passam a ser da nossa família, como tantas pessoas que o são sem serem do nosso sangue !
Mas na prática, conheço um homem , apaixono-me por ele , vou viver com ele e entretanto começo a ter que conviver com os filhos dele , não, não me são nada se não tenho relação afetiva com eles .
Creio que para a autora do tópico os enteados não lhe são nada para além de filhos do companheiro, porque há respeito mas não há amor . E como disse, caso um dia me divorcie e o meu marido tenha uma companheira, a única coisa que exijo da pessoa perante os meus filhos é respeito. Amor não se pode exigir ...
Compreendo a postura da sansa se foi criada por uma madrasta , teve efectivamente sorte na pessoa que o seu pai escolheu. Mas não tem que ser assim... em muitos casos não é assim !

shicat -
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Desde 25 Set 2013

Há aqui algumas variantes que não sabemos e que não nos permitem avaliar muito bem a reação da autora do post.
Mas reafirmo que me faz muita confusão este «separar das águas».
E quando se questiona como seria se uma namorada do nosso ex quisesse ser mãe dos nossos filhos, eu digo-vos, preferia, de longe, uma mulher que se interessasse pela minha filha o suficiente para a ir buscar à escola e ajudar com os tpcs que uma que a tratasse como um inconveniente a suportar de 15 em 15 dias. Por muito que, provavelmente, me custasse ter alguém desconhecido a imiscuir-se na educação da minha filha, tenho a certeza que custaria muito mais à miúda ver-se no papel de indesejada pela companheira do pai (que eles sentem!).

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Parece-me que a autora é também mãe. Confesso que fiquei curiosa para saber que tipo de relação terá este pai com os filhos/as da autora, o tipo de guarda, a relação entre os filhos de ambos.

AndreiaSPA -
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Desde 28 Maio 2012

Ansha escreveu:

Sansa escreveu:
Tyta.B escreveu:Ninguém defendeu que um pai tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Mas pedir para alterar a guarda para que no fim seja a namorada a ficar as crianças, e não ele, não terá grande lógica.
Quantos pais não espantam os filhos para casa dos avós nos dias em que é suposto serem eles a ficar com as crianças. Alguém acha isso correcto? Se os espantar para os "braços" da namorada já é normal? Eu acho mesmo que para isso vai a mãe buscar os filhos nesses dias e fica com eles aquelas 4 horas, indo depois o pai busca-los a casa da mãe. Provavelmente até os miúdos preferiam isso.
Mas parece que algumas users ficaram ofendidas por haver quem ache que as madrastas/padrastos não têm obrigações! Eu admiro muito quem consegue tratar os enteados com essa dedicação, e nunca tentei sequer dizer que estão erradas, simplesmente entendo quem não queira ou tenha aptidão para isso. Eu não teria e não tenho pretensões a que o meu namorado tenha.

Falando por mim, não é coisa que me ofenda, mas acho estranho imaginar que se passem 10 ou 15 anos no relacionamento e não haver uma aproximação e cumplicidade entre os filhos e o/a companheiro(a).

Sansa, eu adoro crianças mas não vou ser hipocrita ao dizer que sinto empatia com todas elas, até pq quem aqui tb não acha que não há crianças más?! Para mim há crianças más sim! ( que seja ou não culpa delas, aí é outra conversa)
Eu tenho o exemplo de uma amiga em q o enteado lhe fez a vida negra! E só tinha 8 anos. Teoricamente seria a mãe dele q massacrava a criança para o fazer, se era assim ou não, não sei, mas era o q a minha amiga me contava.
Isto tudo para vos dizer q nem sempre o quadro é assim tão lindo!
Outra coisa, alguém aqui falou em sobrinhos. Eu amo os meus sobrinhos como filhos , fico com eles , trato, etc sem qq sacrifício. Mas eu conheço os meus sobrinhos desde q nasceram, convivemos desde aí (Não vou falar na questão de sangue pq acho q é possível amar alguém sem ser sangue do nosso sangue ) É completamente diferente conhecer uma criança já com uma certa idade, uma história de vida, que se calhar nem vê com bons olhos a madrasta pq é inevitável querer q o pai estivesse com a mãe, seja ou não essa a razão da sua separação.
Outra coisa, a educação. Imaginemos q até são miúdos super mal educados ... sinceramente acho q essas 4h diárias sozinha com as crianças se podem tornar num pesadelo para a namorada do pai.
Nunca namorei com ninguém com filhos. Se calhar não estou a saber pôr-me no lugar de alguém assim. Falo mais pelos exemplos q tenho perto de mim ( de amigas)


Não querendo ofender ninguém, mas não concordo de todo com este comentário, um pouco quadrado!
Que raio de ideia é essa de não se fazer intimidade com crianças mais velhas, que conhecemos com 4/5/6 anos e por aí fora?!?!??! Então não haveria adoções de crianças mais velhas....Por já têm uma certa idade e foram criadas por outras pessoas...Que tolice!!!
Enfim...

2 IIU no HSM; A caminho da FIV-IVI(exatamente 5 anos depois, será agora?- SIM FOI AGORA!!!!!! )
Porque o que não nos destrói, torna-nos mais FORTES!

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

fmmartins escreveu:
Parece-me que a autora é também mãe. Confesso que fiquei curiosa para saber que tipo de relação terá este pai com os filhos/as da autora, o tipo de guarda, a relação entre os filhos de ambos.

Bem, se é mãe inventou entretanto para apimentar Sorriso onde refere isso?

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

fmmartins escreveu:
Parece-me que a autora é também mãe. Confesso que fiquei curiosa para saber que tipo de relação terá este pai com os filhos/as da autora, o tipo de guarda, a relação entre os filhos de ambos.

Pq dizes isso? Já me perdi...

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

carlaper escreveu:

fmmartins escreveu:Parece-me que a autora é também mãe. Confesso que fiquei curiosa para saber que tipo de relação terá este pai com os filhos/as da autora, o tipo de guarda, a relação entre os filhos de ambos.

Bem, se é mãe inventou entretanto para apimentar onde refere isso?

No perfil dela, assim que iniciou o tópico. Agora já não aparece. Eu tenho cá para mim que andamos a perder tempo com um tópico de treta.

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

carlaper escreveu:
E ainda sobre obrigações, responsabilidades, etc. Temos o caso dos avós, muitos deles já com alguma idade, e ficam muitas vezes encarregues de ir buscar os netosc à escola e cuidar deles até os pais chegarem. Quando vou buscar a minha filha, já ouvi várias senhoras a comentarem entre si, que estavam incubidas dos netos x dias por semana. Em tom um pouco de queixume, porque provavelmente, tal como a autora do tópico, lá no fundo preferiam estar a relaxar no sofá, e não é obviamente por não gostarem dos netos. Mas esse sentido de obrigação pesa, ainda para mais para uma mulher sem filhos fazer isso pelos filhos dos outros.
Por isso me custa um pouco, pensar que daqui a algubs anos, depois de tanta dedicação, sejam colocados num lar à espera de morrerem..

Exactamente! E é suposto os avós amarem os netos! Então, se já “ custa” fazer isso a alguém q amamos mt mais irá custar fazer isso a alguém q não sentimos esse amor...

Mama_Xana -
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Desde 15 Maio 2012

shicat escreveu:
Há aqui algumas variantes que não sabemos e que não nos permitem avaliar muito bem a reação da autora do post.
Mas reafirmo que me faz muita confusão este «separar das águas».
E quando se questiona como seria se uma namorada do nosso ex quisesse ser mãe dos nossos filhos, eu digo-vos, preferia, de longe, uma mulher que se interessasse pela minha filha o suficiente para a ir buscar à escola e ajudar com os tpcs que uma que a tratasse como um inconveniente a suportar de 15 em 15 dias. Por muito que, provavelmente, me custasse ter alguém desconhecido a imiscuir-se na educação da minha filha, tenho a certeza que custaria muito mais à miúda ver-se no papel de indesejada pela companheira do pai (que eles sentem!).

Precisamente o que penso! Sendo o desfecho desta situação a autora aguentar e fazer o que o companheiro lhe pede, as crianças vão-se sentir indesejadas e sempre como um estrovo. Isso sim é para mim o mais grave desta situação, e volto a dizer não entendo porque não conversaram antes e durante o processo de alteração de responsabilidades parentais!
O pai necessitando de ajuda não podia partir do principio que a companheira estava disponível e disposta a assumir qualquer tarefa, tinham que o ter discutido e arranjado soluções antes de ter o problema nas mãos.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

shicat escreveu:
Há aqui algumas variantes que não sabemos e que não nos permitem avaliar muito bem a reação da autora do post.
Mas reafirmo que me faz muita confusão este «separar das águas».
E quando se questiona como seria se uma namorada do nosso ex quisesse ser mãe dos nossos filhos, eu digo-vos, preferia, de longe, uma mulher que se interessasse pela minha filha o suficiente para a ir buscar à escola e ajudar com os tpcs que uma que a tratasse como um inconveniente a suportar de 15 em 15 dias. Por muito que, provavelmente, me custasse ter alguém desconhecido a imiscuir-se na educação da minha filha, tenho a certeza que custaria muito mais à miúda ver-se no papel de indesejada pela companheira do pai (que eles sentem!).

Eu também dizia isso, até a madrasta do meu filho tentar decidir com que psicólogo o meu filho ia fazer terapia (queria que fosse um primo dela) ou se podia ou não ir para as aulas de judo (que fez parte da "terapia" por ter sido vitima de bulliyng). Na altura tive de ter uma conversa muito séria com o pai do meu filho, ela e a família dela tratam o meu filho muito bem, mas daí a achar que a opinião deles tem tanto peso como a minha...

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Ansha escreveu:

fmmartins escreveu:Parece-me que a autora é também mãe. Confesso que fiquei curiosa para saber que tipo de relação terá este pai com os filhos/as da autora, o tipo de guarda, a relação entre os filhos de ambos.

Pq dizes isso? Já me perdi...

Se clicares no nome da pessoa, aparece algumas informações sobre a mesma. Eu fiz isso quando surgiu o tópico e aparecia a informação de que era mãe. Se fores ver agora já não aparece nada. Eu tenho quase a certeza absoluta de que vi bem.

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

AndreiaSPA escreveu:

Ansha escreveu:
Sansa escreveu:
Tyta.B escreveu:Ninguém defendeu que um pai tem de pedir autorização à companheira para ter os filhos mais tempo. Mas pedir para alterar a guarda para que no fim seja a namorada a ficar as crianças, e não ele, não terá grande lógica.
Quantos pais não espantam os filhos para casa dos avós nos dias em que é suposto serem eles a ficar com as crianças. Alguém acha isso correcto? Se os espantar para os "braços" da namorada já é normal? Eu acho mesmo que para isso vai a mãe buscar os filhos nesses dias e fica com eles aquelas 4 horas, indo depois o pai busca-los a casa da mãe. Provavelmente até os miúdos preferiam isso.
Mas parece que algumas users ficaram ofendidas por haver quem ache que as madrastas/padrastos não têm obrigações! Eu admiro muito quem consegue tratar os enteados com essa dedicação, e nunca tentei sequer dizer que estão erradas, simplesmente entendo quem não queira ou tenha aptidão para isso. Eu não teria e não tenho pretensões a que o meu namorado tenha.

Falando por mim, não é coisa que me ofenda, mas acho estranho imaginar que se passem 10 ou 15 anos no relacionamento e não haver uma aproximação e cumplicidade entre os filhos e o/a companheiro(a).

Sansa, eu adoro crianças mas não vou ser hipocrita ao dizer que sinto empatia com todas elas, até pq quem aqui tb não acha que não há crianças más?! Para mim há crianças más sim! ( que seja ou não culpa delas, aí é outra conversa)
Eu tenho o exemplo de uma amiga em q o enteado lhe fez a vida negra! E só tinha 8 anos. Teoricamente seria a mãe dele q massacrava a criança para o fazer, se era assim ou não, não sei, mas era o q a minha amiga me contava.
Isto tudo para vos dizer q nem sempre o quadro é assim tão lindo!
Outra coisa, alguém aqui falou em sobrinhos. Eu amo os meus sobrinhos como filhos , fico com eles , trato, etc sem qq sacrifício. Mas eu conheço os meus sobrinhos desde q nasceram, convivemos desde aí (Não vou falar na questão de sangue pq acho q é possível amar alguém sem ser sangue do nosso sangue ) É completamente diferente conhecer uma criança já com uma certa idade, uma história de vida, que se calhar nem vê com bons olhos a madrasta pq é inevitável querer q o pai estivesse com a mãe, seja ou não essa a razão da sua separação.
Outra coisa, a educação. Imaginemos q até são miúdos super mal educados ... sinceramente acho q essas 4h diárias sozinha com as crianças se podem tornar num pesadelo para a namorada do pai.
Nunca namorei com ninguém com filhos. Se calhar não estou a saber pôr-me no lugar de alguém assim. Falo mais pelos exemplos q tenho perto de mim ( de amigas)

Não querendo ofender ninguém, mas não concordo de todo com este comentário, um pouco quadrado!
Que raio de ideia é essa de não se fazer intimidade com crianças mais velhas, que conhecemos com 4/5/6 anos e por aí fora?!?!??! Então não haveria adoções de crianças mais velhas....Por já têm uma certa idade e foram criadas por outras pessoas...Que tolice!!!
Enfim...


Se foi isso que interpretou, não foi de todo o q quis dizer! ( acha mesmo q iria pensar assim?!)
O q quis dizer é q eu amo os meus sobrinhos, não automaticamente por serem do meu sangue, daí acreditar q quem cuida é quem ama , como por exemplo nos casos de adopção. Mas pq nasceram no meu seio familiar, temos laços, criámos esses laços, ok?
Ag, imaginemos q conheço duas crianças filhas do meu namorado , q nunca antes tinha visto nem eles a mim. A ligação não é obviamente automática . Podem gostar uns dos outros ou não . La pq são crianças não quer dizer q eu as adore. Há tb empatias neste tipo de relações.
Ou seja, eu não acho q se possa comparar enteados a sobrinhos, só isso ( como alguém referiu acima)

Ansha -
Offline
Desde 13 Abr 2016

fmmartins escreveu:

Ansha escreveu:
fmmartins escreveu:Parece-me que a autora é também mãe. Confesso que fiquei curiosa para saber que tipo de relação terá este pai com os filhos/as da autora, o tipo de guarda, a relação entre os filhos de ambos.

Pq dizes isso? Já me perdi...

Se clicares no nome da pessoa, aparece algumas informações sobre a mesma. Eu fiz isso quando surgiu o tópico e aparecia a informação de que era mãe. Se fores ver agora já não aparece nada. Eu tenho quase a certeza absoluta de que vi bem.


Ah sim, certamente é treta! Mas já agora abriu-se um tema interessante

janew -
Offline
Desde 18 Jun 2016

fmmartins escreveu:

carlaper escreveu:
fmmartins escreveu:Parece-me que a autora é também mãe. Confesso que fiquei curiosa para saber que tipo de relação terá este pai com os filhos/as da autora, o tipo de guarda, a relação entre os filhos de ambos.

Bem, se é mãe inventou entretanto para apimentar onde refere isso?

No perfil dela, assim que iniciou o tópico. Agora já não aparece. Eu tenho cá para mim que andamos a perder tempo com um tópico de treta.


É um tópico interessante, mesmo se for treta. Pelo menos a mim já me levou a pensar.
E se fosse eu, que adoro o meu cantinho e sossego? Estaria disposta a ceder o meu conforto por amor?
Talvez...