A sogra quer um neto - e não se cala com isso | De Mãe para Mãe

A sogra quer um neto - e não se cala com isso

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Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Olá a todas,
Antes demais, aceitem um pedido de desculpas por abrir mais um tópico sobre a sogra e por trazer a discussão mais uma coisa que me desagrada. Não quero mesmo que a minha participação neste fórum vos seja “tóxica”, como aquelas “amigas” que nos ligam e estão uma hora a despejar os queixumes delas e chegam ao fim sem sequer nos perguntarem como estamos. Enfim, se algum dia eu estiver perto disso, avisem-me!

O problema é este: a sogra quer um neto, ou uma neta. E está sempre a lembrar-me disso, não há dia que não traga o assunto à baila. Eu perdi uma gestação no ano passado, como saberão algumas de vós. Só agora estamos a tentar outra vez. Ora, vai para o 4º ciclo e ainda não aconteceu, e já me basta chegar ao dia da M e ela aparecer. Não preciso mesmo de alguém a dizer-me que já está mais que na altura, que já estou a ficar velha, que tenho de tratar disso e que ela quer netos para ficarem com ela ao fim de semana e irem para aldeia com ela passar as férias grandes (enfim!). Ainda por cima, acrescenta à exigência de me emprenhar rapidamente a de casar antes da criança nascer. “Ah, mas não quero netos sem que se casem!” “Um filho precisa de pais casados. Casai! É o dinheiro? Eu pago-vos o casamento. Que quereis mais?”. Nada. Não queremos casar. Para nós, que estamos juntos há vários anos, o amor não precisa de um contrato. E somos felizes assim. Mas ela quer que nós nos casemos.

Oh pá, eu gosto muito dela. E ela trata-me como filha, mas aí também reside um problema, porque ela é o oposto da minha mãe e trata os filhos adultos como se fossem pré-adolescentes. O que já resultou em algumas respostas minhas que, sendo naturais para mim, lhe caíram menos bem.

Ora, esta exigência de netos incomoda-me. Eu tento ser compreensiva, mas já não sei o que dizer. Se respondo “para o ano”, resmunga e o tema passa a ser conversa de jantar; se não digo nada, repete até ter uma resposta. E sinceramente, cansa-me e põe ainda mais pressão sobre esta fase de tentativas. Já respondi que vamos ter filhos quando nós acharmos que devemos ter, mas depois o tema passa a ser a infertilidade e os problemas de gestação em idade avançada. E nem me atrevo a contar-lhe que estamos a tentar, nem imagino como seria. E é que nós vivemos a muitos km de distância, mas nem ao telefone se cala com o assunto.

Alguém passou por isto? Como é que lidaram?

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

Eu não tinha deixado chegar sequer a esse ponto.
Normalmente respondo torto para que percebam que o assunto não lhes diz respeito.
Mas.... e o seu marido? O que é que ele responde à mãe?
(não são casados, não interessa, é marido.)

anacmrodrigues -
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Desde 21 Mar 2011

Cortei logo quando começou a falar disso. Já andávamos a tentar mas era uma coisa nossa e não queria aquela pressão. Respondi que isso só estava nos nossos planos daí a 5 anos. Nunca mais disse nada. Quando demos a notícia nem acreditava 🤣

Fev 2017 - consulta e exames OK, Inicio ac folico e iodo
Maio 2017 - inicio dos treinos
Agosto 2017 - inicio do ovusitol
Outubro 2017 - Conceive Plus
11/11/2017 - Positivo!

Flor de cerejeira -
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Desde 20 Abr 2020

Entendo o que sentes, mas o certo é que a vida é vossa e cada um sabe o que quer fazer e qual o melhor momento para o fazer.
Certamente a tua sogra não diz por mal, ele deve mesmo querer um neto e por isso fala no assunto o que não deixa de ser incomodativo primeiro porque é algo constante e depois porque estando uma pessoa a tentar é péssimo estarem sempre a fazer pressão.
Ainda por cima se ela te trata bem, como se fosses uma filha certamente só quererá o vosso bem, ainda assim não deixa de ser uma situação incomodativa porque ela não tem nada haver com o assunto.
É um assunto complicado, o ideal seria conseguir ignorar e responder com naturalidade...mas sei que na prática não é bem assim.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Pois, mas como é que se trilham limites sem ferir suscetibilidades e criar um problema familiar? A dinâmica familiar naquela família é muito diferente da da minha. Eu respeito, mas gosto que não me confundam por filha, precisamente porque é isso que dá azo ao excesso de confiança. Por exemplo, eu sou filha única, mas nunca houve papariquices lá em casa. Os meus pais sempre me incentivaram a ser muito autónoma e a lutar para ter as minhas próprias coisas, a dar valor ao trabalho e à minha autodeterminação. Do tipo: se tiveste 18 no teste não fizeste mais do que a tua obrigação, que só estudas e no próximo ainda conseguirás ter 19. Se queres ir de férias com os amigos vais fazer um part-time e pagas as tuas férias. Ora, isso deu-me estaleca para a vida, mas sobretudo senso de liberdade e senso do meu espaço, da minha individualidade. E os meus pais sempre respeitaram esse espaço. Mas a mãe do rapaz não é assim - trata-os como se ainda fossem crianças e invade-lhes o espaço todo a todo o momento. Com o meu marido agora está um bocadinho melhor, mas chega a "galinhar" sobre aspetos da nossa vida, a querer saber de mais. Uma das que me chateou - há uns tempos - foi perguntar-me o meu salário. Ora, eu não pergunto isso a ninguém, não o pergunto decerto à minha sogra. E não lhe respondi. Disse-lhe que essa pergunta não se faz. O rapaz ficou escandalizado - não estava habituado a impor limites porque não os percebia dessa forma (foi socializado assim) - e na altura foi preciso explicar-lhe que se tratou de uma invasão do meu espaço e que esse era um limite que eu achava que deveria ser respeitado. Ele percebeu e acabou por concordar. O mesmo agora - disse-lhe que vamos ter filhos quando quisermos, mas ela não percebeu, e continua a insistir. Eu sei que não faz por mal, e o meu marido tem uma abordagem que é de dizer que há-de ser para breve, para ela não se preocupar, e que velhos são os trapos e isso não se diz, que sabe lá ela se não é ele próprio infértil (quando vem com a conversa da infertilidade). Mas é sempre a mesma lenga-lenga de conversa entediante e sempre a mesma imposição de vontades. Isso chateia-me, porque tenho de estar sempre a fazer um esforço de assertividade que às vezes me falta, porque não gosto muito de lidar com conflitos. E para cortar o mal pela raiz, sem ter de dizer que estou a tentar, era dar uma resposta mais brusca, não?

carlabrito escreveu:
Eu não tinha deixado chegar sequer a esse ponto.
Normalmente respondo torto para que percebam que o assunto não lhes diz respeito.
Mas.... e o seu marido? O que é que ele responde à mãe?
(não são casados, não interessa, é marido.)

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Passei isso com a minha mãe. Desde que me lembro de existir(ainda devia ser adolescente) que queria netos, era assunto quase diário. Lidava bem, dizia que também queria ser mãe e aconteceria um dia, não avisei quando comecei a tentar e nunca me chateou isso.
Quanto ao casar, digam que não querem. Que não casam porque não querem. Aí nunca ninguém disse nada, porque sempre disse que não casava, não é assunto.

LAMF -
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Desde 07 Abr 2018

Olá os meus sogros tratam-me como uma filha. Após 3 anos de casados essa conversa veio a ser assunto recorrente, até que lhes dissemos que andávamos a 1 ano a tentar. Nunca mais tocaram no assunto. Acredita que não fazem por mal, simplesmente a infertilidade ou dificuldade em engravidar é um tema tabú/desconhecido para muitas pessoas.

Sobre LAMF

Início treinos 2016
Eu endometriose profunda, ele astenospermia
2017-2018 - 2 IIU's (-), FIV (0 embriões),
2019- 2021 - ICSI maio TEF (-), ICSI out TEF (-), TEC fev (-) e junh (-), ICSI out 1 embrião, TEC maio (-)
2022- ICSI fev e out sem embriões D5
2023 - doação de ovocitos

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Quase sempre aquilo que nos desagrada melhora com a verdade. Pode ser uma saída dizer que estão a tentar e pedirem tempo sem perguntas.

Antónia Bastos -
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Desde 07 Jul 2020

Boa noite...
Até me arrepiei na parte em que li que ela faz exigências incluindo que quer netos para passar fins de semana fora e férias grandes!!! Socorro!!!
Como já acima disseram, nunca deixaria a minha sogra chegar a esse ponto. Por mais tonta que seja (e é) acho que jamais se atreveria a tal coisa!

Inevitavelmente as pessoas questionam sobre isso. Também a mim me questionavam. Levavam sempre em tom pouco simpático que ia acontecer quando eu quisesse e não era por me perguntarem que ia acontecer mais cedo. A conversa morria ali...

Se há coisas que não tolero de forma nenhuma é invasão de privacidade. E pra mim esses comentários, então qnd feitos de forma sistemática são invasores da privacidade...

Mas vá adiante... Se não gosta ou está cansada desses comentários, tem que arranjar forma de eliminá-los, mesmo que para isso tenha que ferir susceptibilidades, não fere a sua susceptibilidade quando é sistemática no tema?

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Admiro a indiferença aos comentários, Misal. Também eu queria assim uns nervos de aço. Eu bem tento, mas estando a tentar engravidar, estas conversas acabam por ecoar alguns receios que eu própria tenho. E eu tenho plena consciência que é por isso que me afeta um pouco mais.

Quanto a casar, já dissemos que não queremos. Estamos juntos há seis anos e há seis anos que o repito. Mas volta e meia vem o assunto. é mesmo um assunto para ela, mas é que não se apercebe que é só dela mesmo. Mas por que razão alguém há de querer impor a outros um casamento? Um dia destes, porque estas saídas têm sido mais recorrentes recentemente, andei a magicar uma resposta: "Pois eu quero que a Maria e Manuel se divorciem. Vai divorciar-se se eu lhe disser que quero muito e lhe pago o divórcio?"

MisaL escreveu:
Passei isso com a minha mãe. Desde que me lembro de existir(ainda devia ser adolescente) que queria netos, era assunto quase diário. Lidava bem, dizia que também queria ser mãe e aconteceria um dia, não avisei quando comecei a tentar e nunca me chateou isso.
Quanto ao casar, digam que não querem. Que não casam porque não querem. Aí nunca ninguém disse nada, porque sempre disse que não casava, não é assunto.

Bambola -
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Desde 17 Maio 2020

Diga-lhe o que nos disse. O melhor é a sinceridade. Avise primeiro o filho. "Sogra querida, agradeço a preocupação e o carinho que tem por mim. Mas na minha vida e na minha barriga mando eu. Quando decidirmos começar os treinos será a primeira pessoa a sabe-lo e não quero voltar a ouvi-la a falar sobre isso."

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Pois, a LAMF e a Misal têm um bom ponto. Dizer a verdade poderia ser um meio de tentar terminar com o assunto. Mas eu tenho dois problemas com isso. 1. É que a família é toda assim. Já sei que se contar à mãe, os tios também vão saber, e os filhos dos tios e respectivos conjuges, tal como nós acabamos por saber as suas coisas, contadas pelas maes ou pais, sob pretexto de "não dizermos que sabemos". Aqui, o ditado de "nas costas dos outros leio as minhas" funciona como excelente preditor de comportamento familiar. Ora, eu não quero esse falatório sobre isto. É um assunto nosso e nem o meu marido quer. 2. Acredito mesmo que não resolveria o problema, pelo contrário. Tornaria o assunto tema de conversa ao jantar. Acreditem que naquela família tudo se discute em família, o que tem um lado bom, no sentido de não haver tabus, mas tem o lado horrível de tornar assunto colectivo coisas que são de foro individual e às vezes até mais íntimo. Ora, era o que faltava ter o meu PF e a frequência das relações sexuais discutidas com a mãe dele. Pois, há perigo de que isso aconteça, e não posso abrir esse espaço.

Já pensei em dizer simplesmente: "pode parar de falar nesse assunto, por favor? Incomoda-me que esteja sempre a falar disso, deixa-me desconfortável e agradecia que não repetisse."

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Sim, essa das férias foi mandada por recado por telefone e gerou discórdia lá em casa. O meu marido costumava ir passar o mes de agosto com os avós na aldeia, ou pelo menos quinze dias, e portanto achou normal. Fê-lo desde os dois ou tres anos até ser adolescente. Mas eu achei que muitos anos teriam de passar para eu deixar um filho meu ir sem os pais, ou pelo menos um de nós, passar férias com alguém. E aqui, não interessa mesmo quem: nem com os pais dele, nem com os meus. Mas sinceramente, isso é um problema que não tem de ser antecipado. Abespinhou-me, não gostei. Mas não dei muita importância. Ainda nem sequer temos filhos. Se tiver de me chatear com isso, chateio-me depois. A juntar a essas há outras: ensinar o terço ao menino, batizá-lo... Ora, nós somos ateus...! enfim, isso são chatices para depois. Nem me vou preocupar com isso já.

Antónia Bastos escreveu:
Boa noite...
Até me arrepiei na parte em que li que ela faz exigências incluindo que quer netos para passar fins de semana fora e férias grandes!!! Socorro!!!
Como já acima disseram, nunca deixaria a minha sogra chegar a esse ponto. Por mais tonta que seja (e é) acho que jamais se atreveria a tal coisa!
Inevitavelmente as pessoas questionam sobre isso. Também a mim me questionavam. Levavam sempre em tom pouco simpático que ia acontecer quando eu quisesse e não era por me perguntarem que ia acontecer mais cedo. A conversa morria ali...
Se há coisas que não tolero de forma nenhuma é invasão de privacidade. E pra mim esses comentários, então qnd feitos de forma sistemática são invasores da privacidade...
Mas vá adiante... Se não gosta ou está cansada desses comentários, tem que arranjar forma de eliminá-los, mesmo que para isso tenha que ferir susceptibilidades, não fere a sua susceptibilidade quando é sistemática no tema?

ClaudiaMata -
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Desde 09 Jun 2013

Infelizmente a minha sogra também é assim e muitas vezes faz comentários menos próprios porque não tem qualquer tipo de filtro. Acho que nao vai conseguir sair desse "sítio" sem lhe dar uma resposta mais amarga. Isso foi o que me aconteceu a pouco tempo e acabou em discussão, mas eu acabei por dizer o que ia na alma e até agora não houve mais comentários do gênero.

Muita força!!

Catiuxa -
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Desde 04 Jul 2020

Olá Anotski85,

Lamento mas não tenho uma solução milagrosa para esse problema. Os meus sogros são desbocados e metidos, mas o meu marido alimenta isso, por isso acabo por não os culpar a eles mas sim ao meu marido, que lhe dá fé de tudo o que fazemos. Quando há algo que realmente eu quero manter só entre nós tenho de o avisar para ficar calado, ao que ele responde "Ai lá estás tu! Mas qual é o problema, são os meus pais...!".... Sim, o problema maior são os filhos e não os pais, se desde o início, eles estabelecerem limites, não teremos que nós, "as noras malvadas", fazermos o papel de más....
Se é tentante, com toda a certeza, esse tipo de conversa está a incomodar todo o processo...
A minha sugestão, se não quer ficar mal na fita com a sua sogra, diga ao seu marido para tomar uma posição firme em relação a ela (ela aceitará melhor se for o próprio filho a reclamar)... Ou simplesmente se afaste, pelo que percebi vivem a uma distância considerável, então evite as deslocações a casa deles, e simplesmente está sempre ocupada quando eles ligam.. Se mandarem recado pelo seu marido, diga-lhe que a partir de agora não quer saber desse assunto, ele que guarde as opiniões da mãe só para ele...
Espero que ajude, mas a verdade é que não há soluções milagrosas....

PS... No meu caso, o metido, é mesmo o meu sogro 🤦‍♀️🤦‍♀️🤦‍♀️

Vai correr tudo bem.....

Beijinhos

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Quanto ao casamento, eu e o meu companheiro estamos juntos desde 2013 e se alguém nos pergunta se vamos casar, a nossa resposta é sempre a mesma "mas nós já estamos casados!" O que é mesmo como nós sentimos, sentimo-nos casados. Mas tenho o benefício de nenhuma das avós ser religiosa o suficiente para achar mal filhos fora do casamento religioso 🤷. Para elas nunca foi problema, por isso nunca me chatearam com isso.
.
Com filhos, volta e meia a sogra tinha essa conversa mas a nossa abordagem era um pouco diferente, era a do "sim, sim". Primeiro, arranjámos logo um nome para a suposta criança, a leonorzinha. Então quando perguntava nós "sim, sim, qualquer dia fazemos uma leonorzinha" e ele para a mãe "já imaginaste a leonorzinha assim e assado" . Ela ficava contente com estas conversas do faz de conta e nós evitávamos assuntos mais sérios. 😅
.
E sim, desde que nasceu já começa com as conversas de o miúdo passar lá às férias grandes. Eu disse logo, só depois dos 3 anos. Por isso a senhora achava que este ano ele ia já lá passar férias sozinho (oi? Ainda tem só 2 anos e meio?). Para o ano logo se vê o que dizemos. Se bem que se antes era um assunto impensável deixá-lo sozinho, realmente agora já me imagino a deixar tipo um fds 🤷. Mas gostava que ele tivesse essa experiência de férias com os avós sim. até já me imagino a deixá-lo lá para frequentar a natação de verão... (Tipo colônia de férias que há na terrinha)

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Também adorava que os meus tivessem essa memória das férias de verão na aldeia sem pais, mas não estou com sorte 😛 A miúda não quer mais do que duas noites e os avós não incentivam.

CatiaS_S escreveu:
Quanto ao casamento, eu e o meu companheiro estamos juntos desde 2013 e se alguém nos pergunta se vamos casar, a nossa resposta é sempre a mesma "mas nós já estamos casados!" O que é mesmo como nós sentimos, sentimo-nos casados. Mas tenho o benefício de nenhuma das avós ser religiosa o suficiente para achar mal filhos fora do casamento religioso 🤷. Para elas nunca foi problema, por isso nunca me chatearam com isso.
.
Com filhos, volta e meia a sogra tinha essa conversa mas a nossa abordagem era um pouco diferente, era a do "sim, sim". Primeiro, arranjámos logo um nome para a suposta criança, a leonorzinha. Então quando perguntava nós "sim, sim, qualquer dia fazemos uma leonorzinha" e ele para a mãe "já imaginaste a leonorzinha assim e assado" . Ela ficava contente com estas conversas do faz de conta e nós evitávamos assuntos mais sérios. 😅
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E sim, desde que nasceu já começa com as conversas de o miúdo passar lá às férias grandes. Eu disse logo, só depois dos 3 anos. Por isso a senhora achava que este ano ele ia já lá passar férias sozinho (oi? Ainda tem só 2 anos e meio?). Para o ano logo se vê o que dizemos. Se bem que se antes era um assunto impensável deixá-lo sozinho, realmente agora já me imagino a deixar tipo um fds 🤷. Mas gostava que ele tivesse essa experiência de férias com os avós sim. até já me imagino a deixá-lo lá para frequentar a natação de verão... (Tipo colônia de férias que há na terrinha)

Teresa.A -
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Desde 28 Nov 2019

Ai, que tantos problemas com as sogras ficvam resolvidos se os homens crescessem e largassem as saias da mãe...
O problema parece-me que é um problema recorrente de falta de limites que o seu marido devia começar a impor, até para facilitar a vossa vida no futuro.
Se ele não o fizer, quando o bebé vier as intromissões vão aumentar.
Claro que pode ser a Anotski85 a disser qualquer coisa do género  "pode parar de falar nesse assunto, por favor? Incomoda-me que esteja sempre a falar disso, deixa-me desconfortável e agradecia que não repetisse." e ir comecando a impor os limites, mas vai ser sempre vista como a má da fita. Se for o filho isso já nao acontece.
Por aqui sempre foi a estratégia que adoptamos: se eu tenho um problema com a minha sogra fala o marido, se o problema é com a minha mãe falo eu. Assim ninguém fica mal visto, mas também qualquer dos 2 já impunha limites aos pais antes de estarmos juntos.
Criar limites tão tarde não é fácil, mas é possível.
Boa sorte 🍀

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Bom dia a todas Sorriso

Muito obrigada pelas vossas opiniões. Eu hoje vou jantar com os meus sogros e logo vejo como corre. Se a conversa vier à baila, e acredito que venha porque de facto tem sido recorrente, vou ser sincera e dizer que o assunto me está a chatear.

Quanto às sugestões de afastamento, não é caso para tanto. Afastar-nos de pessoas que amamos porque essas pessoas às vezes são mais chatinhas e metediças não é uma solução, porque todos nós, a certa altura da vida, fazemos isso aos outros, até com a melhor das intenções, e não queremos afastá-los. A minha mãe e o meu pai também fazem coisas que a mim me parecem menos bem e nem por isso me afasto deles ou os gosto menos. Eles são como são. A diferença é que com eles já tenho mais do que construída e consolidada uma forma de gerir problemas e desagrados. E eu, talvez por não ter irmãos, dou muita importância às relações familiares. Tenho uma família muito pequena e quero que os meus filhos, quando eu os tiver, tenham uma família que, apesar de pequena, seja unida e capaz de gerir as suas divergências. Por isso é que vos vim pedir conselhos sobre como gerir esta. Sorriso

Misal e CatiaS, as férias com os avós são boas, é verdade. Vocês fizeram-me lembrar de umas férias que passei com os meus avós maternos, devia ter uns 5 anos, e adorei. Guardo memórias muito felizes desse verão. Para mim, discutir isso com os meus sogros agora é claramente pôr o carro à frente dos bois. Quando engravidar e a criança nascer, logo me preocupo com isso. Agora é prematuro. Mas de facto vocês têm razão, ir de férias com avós pode ser uma coisa muito boa. Eu não sei como reagirei. Por agora acho que antes dos 4 ou 5 anos me parece cedo. Mas logo verei depois como decidirei quando a questão se colocar. CatiaS, tu podes ir experimentando com um fim de semana aqui e ali, e vais vendo como corre e te sentes.

Beijinhos, e obrigada!

Cannelle -
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Desde 27 Fev 2017

Que sorte! Quem me dera ter uma sogra assim (foi-me bem com a minha, mas tem mesmo muito pouca cultura, e apesar de ser muito esperta tem um atraso mental qualquer, que faz com que tenha ideais e manias muito estranhas e ideias fixas). E a sorte de ter avós tão presentes e activos para a minha filha. 😔 A minha mãe já faleceu (foi uma avó incrível para a minha sobrinha 😔), o meu pai tem demência, o meu sogro faleceu, e a minha sogra é como é... não é uma avó normal embora goste muito da neta.
Os avós são essenciais para o desenvolvimento das crianças, e para as tornar mais felizes e completas.
Das melhores memórias que tenho da minha infância foi precisamente parte das férias de verão em casa dos avós (e os meus avós nem eram avós modernos para a época, nem muito presentes e carinhosos comigo, tinham uma clara preferência pelo meu irmão que era afilhado. Imaginem se fossem...).

Quanto á sogra ser demasiado intrusiva, será que dizer com carinho (sem se mostrar irritada) o que pensa ela não aceitaria? Dizer que fica feliz com a preocupação dela com vocês, mas vocês são felizes assim, e que não ajuda fazer pressão, que a deixa incomodada. Que dar-lhe um neto está nos vossos planos, mas que estar constantemente a falar nisso não ajuda, coloca pressão. E pedir-lhe por favor para não voltar a tocar no assunto.
Nem todas as pessoas são boas a ler sinais, e nem todas conseguem perceber o que vai exactamente na cabeça da outra pessoa. Às vezes conversando (com calma, com compreensão e empatia) evitam-se muitos mal entendidos e problemas.

Se a sogra for uma pessoa empática e compreensiva eu falava o que sentia (com cuidado com as palavras). Se não for usava a regra básica num casamento: "cada um controla a família do seu lado" , e pedia ao companheiro para falar com a mãe e fazer terminar o assunto.

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Anotski85 escreveu:
Bom dia a todas
Muito obrigada pelas vossas opiniões. Eu hoje vou jantar com os meus sogros e logo vejo como corre. Se a conversa vier à baila, e acredito que venha porque de facto tem sido recorrente, vou ser sincera e dizer que o assunto me está a chatear.
Quanto às sugestões de afastamento, não é caso para tanto. Afastar-nos de pessoas que amamos porque essas pessoas às vezes são mais chatinhas e metediças não é uma solução, porque todos nós, a certa altura da vida, fazemos isso aos outros, até com a melhor das intenções, e não queremos afastá-los. A minha mãe e o meu pai também fazem coisas que a mim me parecem menos bem e nem por isso me afasto deles ou os gosto menos. Eles são como são. A diferença é que com eles já tenho mais do que construída e consolidada uma forma de gerir problemas e desagrados. E eu, talvez por não ter irmãos, dou muita importância às relações familiares. Tenho uma família muito pequena e quero que os meus filhos, quando eu os tiver, tenham uma família que, apesar de pequena, seja unida e capaz de gerir as suas divergências. Por isso é que vos vim pedir conselhos sobre como gerir esta.
Misal e CatiaS, as férias com os avós são boas, é verdade. Vocês fizeram-me lembrar de umas férias que passei com os meus avós maternos, devia ter uns 5 anos, e adorei. Guardo memórias muito felizes desse verão. Para mim, discutir isso com os meus sogros agora é claramente pôr o carro à frente dos bois. Quando engravidar e a criança nascer, logo me preocupo com isso. Agora é prematuro. Mas de facto vocês têm razão, ir de férias com avós pode ser uma coisa muito boa. Eu não sei como reagirei. Por agora acho que antes dos 4 ou 5 anos me parece cedo. Mas logo verei depois como decidirei quando a questão se colocar. CatiaS, tu podes ir experimentando com um fim de semana aqui e ali, e vais vendo como corre e te sentes.
Beijinhos, e obrigada!

Ben que eu queria mas o marido não quer xD. E agora com o covid veio estragar tudo Triste

catit -
Offline
Desde 04 Nov 2010

Bom dia meninas,

Anotski85, eu realmente não sei como reagiria, felizmente nem do meu lado nem do lado do meu marido tenho uma situação do género, mas eu sou da mesma opinião, acho que deveria de ser o teu marido a falar com os pais dele, tal como se alguma vez ele não gostasse de alguma atitude relativamente aos teus pais, deverias de ser tu a falar. Acho que realmente era a forma mais fácil e assim não teriam de ferir suscetibilidades.
Mas percebo essa dificuldade, o teu marido possivelmente nunca se importou que os pais dele fossem metediços e agora é mais complicado, tanto que o teu marido não está habituado a impor limites e tal como os teus sogros não estão habituados também a limites.
Eu acho importante haver agora esta fase de adaptação, porque depois de vir o netinho/a poderá se calhar ser um bocado mais complicado..
Mas vai correr tudo bem, fala com o teu marido sobre isso e vejam o melhor para vocês e de certeza que chegarão a uma conclusão Piscar o olho

Anotski85 escreveu:
Bom dia a todas
Muito obrigada pelas vossas opiniões. Eu hoje vou jantar com os meus sogros e logo vejo como corre. Se a conversa vier à baila, e acredito que venha porque de facto tem sido recorrente, vou ser sincera e dizer que o assunto me está a chatear.
Quanto às sugestões de afastamento, não é caso para tanto. Afastar-nos de pessoas que amamos porque essas pessoas às vezes são mais chatinhas e metediças não é uma solução, porque todos nós, a certa altura da vida, fazemos isso aos outros, até com a melhor das intenções, e não queremos afastá-los. A minha mãe e o meu pai também fazem coisas que a mim me parecem menos bem e nem por isso me afasto deles ou os gosto menos. Eles são como são. A diferença é que com eles já tenho mais do que construída e consolidada uma forma de gerir problemas e desagrados. E eu, talvez por não ter irmãos, dou muita importância às relações familiares. Tenho uma família muito pequena e quero que os meus filhos, quando eu os tiver, tenham uma família que, apesar de pequena, seja unida e capaz de gerir as suas divergências. Por isso é que vos vim pedir conselhos sobre como gerir esta.
Misal e CatiaS, as férias com os avós são boas, é verdade. Vocês fizeram-me lembrar de umas férias que passei com os meus avós maternos, devia ter uns 5 anos, e adorei. Guardo memórias muito felizes desse verão. Para mim, discutir isso com os meus sogros agora é claramente pôr o carro à frente dos bois. Quando engravidar e a criança nascer, logo me preocupo com isso. Agora é prematuro. Mas de facto vocês têm razão, ir de férias com avós pode ser uma coisa muito boa. Eu não sei como reagirei. Por agora acho que antes dos 4 ou 5 anos me parece cedo. Mas logo verei depois como decidirei quando a questão se colocar. CatiaS, tu podes ir experimentando com um fim de semana aqui e ali, e vais vendo como corre e te sentes.
Beijinhos, e obrigada!

Orshya -
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Desde 17 Jan 2020

Olá Anotski85.
Já passei por tudo o que estás a passar.
Pela insistência de quererem netos e por uma perda gestacional.
Os comentários por parte da família tornaram - se mais incomodativos depois do casamento. Como eu costumo dizer, antes de insistirem que querem netos, sabendo que era essa a nossa vontade, perguntem de está tudo bem... Mas ninguém nos pergunta de estamos bem... Querem netos e ponto.
Uma forma de termos acabado com esse tipo de comentários foi dizer que tinha sofrido um aborto.
Explicamos o que aconteceu e pedimos para não haver mais comentários e dissemos mesmo que nos tinham magoado este tempo todo, sabendo que não era de propósito, com os comentários que faziam.
Remédio Santo!!!
Sabem que estamos a tentar portanto estão caladinhos.
Já estou novamente gravida, mas ainda não contamos à família.

MisaL -
Offline
Desde 17 Abr 2019

Não é indiferença, eu não acho estranho. Só me afetaria se tivesse dito que não queria falar disso ou não queria casar ou ter filhos e continuassem com a conversa ou se viesse de estranhos. Acho aceitável essas conversas entre família ou amigos se houver relação para tal.
Eu até admitiria casar, mas batizar (eu) os filhos, nem pensar. Para mim serão batizados se assim o entenderem um dia. Se me chateassem com isso, iria responder, mas eu sempre disse isso, não é assunto, porque não adianta falarem. Se nós dissermos as coisas e continuarem é caso para uma pessoa se aborrecer, se nunca se disse nada....entre relações próximas não acho essa intromissão.
Acho que está fazer certo, manter a boa relação que têm e o que a incomodar dizer calmamente que não quer muito nesta altura, que vai acontecer, mas que não quer que seja tema constante. Acho que se forem pessoas sensatos (não parecem ser pessoas mal educadas ou toscas), vão entender.

Anotski85 escreveu:
Admiro a indiferença aos comentários, Misal. Também eu queria assim uns nervos de aço. Eu bem tento, mas estando a tentar engravidar, estas conversas acabam por ecoar alguns receios que eu própria tenho. E eu tenho plena consciência que é por isso que me afeta um pouco mais.
Quanto a casar, já dissemos que não queremos. Estamos juntos há seis anos e há seis anos que o repito. Mas volta e meia vem o assunto. é mesmo um assunto para ela, mas é que não se apercebe que é só dela mesmo. Mas por que razão alguém há de querer impor a outros um casamento? Um dia destes, porque estas saídas têm sido mais recorrentes recentemente, andei a magicar uma resposta: "Pois eu quero que a Maria e Manuel se divorciem. Vai divorciar-se se eu lhe disser que quero muito e lhe pago o divórcio?"

MisaL escreveu:Passei isso com a minha mãe. Desde que me lembro de existir(ainda devia ser adolescente) que queria netos, era assunto quase diário. Lidava bem, dizia que também queria ser mãe e aconteceria um dia, não avisei quando comecei a tentar e nunca me chateou isso.
Quanto ao casar, digam que não querem. Que não casam porque não querem. Aí nunca ninguém disse nada, porque sempre disse que não casava, não é assunto.

Li0202 -
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Desde 30 Abr 2020

Olá Anotski85,
Também já passei por isso, felizmente consegui acalmar um pouco essa pressão. A minha sogra também andava sempre a pedir um neto, mas como sabe que o meu marido não gosta dessa intromissão, só me dizia isso quando ele não estava. Até que houve um dia que lhe disse que ainda tinha muita coisa para fazer antes dos filhos, na altura já tínhamos pensando em começar os treinos. Nunca mais tocou no assunto quando estava apenas comigo. A pressao acabou de vez no meu jantar de aniversário ela queria que a minha mãe a apoia se nessa pressão e o meu pai não a deixou adiantar, disse lhe que não se tinha que meter que a vida é nossa. Desde esse dia nunca mais tocou no assunto e quando algum familiar pergunta diz logo que nos é que sabemos 😊
O casamento foi fácil porque o meu marido sempre disse que nós não queríamos e que estávamos muito bem assim, depois de nós juntarmos o assunto acabou ali.
Não é uma situação fácil, eu na altura tinha 26 e disse lhe que queria dedicar-me à minha carreira, viajar e que provavelmente só depois dos 30 é que íamos pensar nisso, agora com 27 estamos nos treinos e se tudo correr bem vai ter uma surpresa antecipada 😉
Se o meu testemunho não ajudar ao menos não se sinta sozinha nesta pressão das sogras 🙂

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Os vossos testemunhos ajudam sempre, Li0202. Obrigada.

Orshya, eles sabem que nós perdemos a primeira gravidez e que queremos ter filhos. Na altura ficámos tão felizes com o positivo que contámos. Mas por isso mesmo ela poderia ter um bocadinho mais de tacto. Acho que vou falar com eles logo à noite. Já estive aqui a pensar no que dizer para conseguir levar a conversa de forma empática. Vamos ver se corre bem.

Misal, obrigada. Eles não são nada toscos, até são pessoas muito esclarecidas e cultas . A minha sogra é que às vezes é um bocadinho mimada. Faz umas birrinhas e insistências a tentar levar a dela avante. Mas nada que não se contorne também.

Ouvir-vos ajudou-me.
Depois conto como correu!

Li0202 -
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Desde 30 Abr 2020

Boa sorte 🍀

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Orshya escreveu:
Olá Anotski85.
Já passei por tudo o que estás a passar.
Pela insistência de quererem netos e por uma perda gestacional.
Os comentários por parte da família tornaram - se mais incomodativos depois do casamento. Como eu costumo dizer, antes de insistirem que querem netos, sabendo que era essa a nossa vontade, perguntem de está tudo bem... Mas ninguém nos pergunta de estamos bem... Querem netos e ponto.
Uma forma de termos acabado com esse tipo de comentários foi dizer que tinha sofrido um aborto.
Explicamos o que aconteceu e pedimos para não haver mais comentários e dissemos mesmo que nos tinham magoado este tempo todo, sabendo que não era de propósito, com os comentários que faziam.
Remédio Santo!!!
Sabem que estamos a tentar portanto estão caladinhos.
Já estou novamente gravida, mas ainda não contamos à família.

Orshya, que bom que conseguiste engravidar novamente! Acho que deves contar só quando te sentires confortável para o fazer.
Muitos parabéns ☺️ desejo-te uma gravidez muito tranquila e cheia de saúde! Que corra tudo bem!

Andreissse -
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Desde 13 Nov 2015

Eu seria sincera... Acho que tudo na vida o ideal é ser sincera. Diria para n me andar constantemente a perguntar isso porque acaba por se tornar incomodativo. Que queremos ser pais e faremos por isso e quando acontecer será a primeira a ser avisado. Quanto ao casar diria que entendo que para ela viver junto n é mesma coisa mas que para vocês é indeferente que o q procura é uma companheiro e não um marido. Quanto aos maridos serem filhos da mamã acho que um dia todas nós seremos sogras e poderemos vir a ter noras e aí talves ne custe q o nosso menino q tanto falava connosco o deixe porque a mulher é uma implicativa. Desde q n fale das vossas relações sexuais, coisas íntimas, acho q os maridos como as esposas tem total legitimidade para falarem do q quiserem com os pais e destes ligarem quando quiserem, falarem... Acho que é preciso tb entender que o marido além de marido tb é filho de alguém....

Teresa.A -
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Desde 28 Nov 2019

Andreissse escreveu:
Eu seria sincera... Acho que tudo na vida o ideal é ser sincera. Diria para n me andar constantemente a perguntar isso porque acaba por se tornar incomodativo. Que queremos ser pais e faremos por isso e quando acontecer será a primeira a ser avisado. Quanto ao casar diria que entendo que para ela viver junto n é mesma coisa mas que para vocês é indeferente que o q procura é uma companheiro e não um marido. Quanto aos maridos serem filhos da mamã acho que um dia todas nós seremos sogras e poderemos vir a ter noras e aí talves ne custe q o nosso menino q tanto falava connosco o deixe porque a mulher é uma implicativa. Desde q n fale das vossas relações sexuais, coisas íntimas, acho q os maridos como as esposas tem total legitimidade para falarem do q quiserem com os pais e destes ligarem quando quiserem, falarem... Acho que é preciso tb entender que o marido além de marido tb é filho de alguém....

Mas sabe que é possível crescer e deixar de ser menino da mamã e continuar a falar aberta e frequentemente com os pais.
Um homem adulto seria capaz de dizer à mãe que está a ser incomodativa e não deixava para a mulher a desconfortável situação de ter de dizer à sogra (que ainda por cima tem conhecimento da perda que ambos sofreram!) que já chega de estar sempre a insistir que quer um neto.
Se eu algum dia estiver a deixar a minha nora de tal forma incomodada, que anda há que tempos a pensar como é que me há de dizer tal coisa espero que o meu filho tenha o discernimento de me meter no devido lugar.
De outra forma vou achar que falhei como mãe.
Falhei porque não tenho uma relação franca e adulta com o meu filho e falhei poque não lhe incuti no meu filho o instinto de defesa da companheira.
E nada disto significa não falar com os pais. Apenas significa que o neu filho cresceu

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

Anotski85 escreveu:
Pois, mas como é que se trilham limites sem ferir suscetibilidades e criar um problema familiar? A dinâmica familiar naquela família é muito diferente da da minha. Eu respeito, mas gosto que não me confundam por filha, precisamente porque é isso que dá azo ao excesso de confiança. Por exemplo, eu sou filha única, mas nunca houve papariquices lá em casa. Os meus pais sempre me incentivaram a ser muito autónoma e a lutar para ter as minhas próprias coisas, a dar valor ao trabalho e à minha autodeterminação. Do tipo: se tiveste 18 no teste não fizeste mais do que a tua obrigação, que só estudas e no próximo ainda conseguirás ter 19. Se queres ir de férias com os amigos vais fazer um part-time e pagas as tuas férias. Ora, isso deu-me estaleca para a vida, mas sobretudo senso de liberdade e senso do meu espaço, da minha individualidade. E os meus pais sempre respeitaram esse espaço. Mas a mãe do rapaz não é assim - trata-os como se ainda fossem crianças e invade-lhes o espaço todo a todo o momento. Com o meu marido agora está um bocadinho melhor, mas chega a "galinhar" sobre aspetos da nossa vida, a querer saber de mais. Uma das que me chateou - há uns tempos - foi perguntar-me o meu salário. Ora, eu não pergunto isso a ninguém, não o pergunto decerto à minha sogra. E não lhe respondi. Disse-lhe que essa pergunta não se faz. O rapaz ficou escandalizado - não estava habituado a impor limites porque não os percebia dessa forma (foi socializado assim) - e na altura foi preciso explicar-lhe que se tratou de uma invasão do meu espaço e que esse era um limite que eu achava que deveria ser respeitado. Ele percebeu e acabou por concordar. O mesmo agora - disse-lhe que vamos ter filhos quando quisermos, mas ela não percebeu, e continua a insistir. Eu sei que não faz por mal, e o meu marido tem uma abordagem que é de dizer que há-de ser para breve, para ela não se preocupar, e que velhos são os trapos e isso não se diz, que sabe lá ela se não é ele próprio infértil (quando vem com a conversa da infertilidade). Mas é sempre a mesma lenga-lenga de conversa entediante e sempre a mesma imposição de vontades. Isso chateia-me, porque tenho de estar sempre a fazer um esforço de assertividade que às vezes me falta, porque não gosto muito de lidar com conflitos. E para cortar o mal pela raiz, sem ter de dizer que estou a tentar, era dar uma resposta mais brusca, não?

carlabrito escreveu:Eu não tinha deixado chegar sequer a esse ponto.
Normalmente respondo torto para que percebam que o assunto não lhes diz respeito.
Mas.... e o seu marido? O que é que ele responde à mãe?
(não são casados, não interessa, é marido.)

Sim. Infelizmente sim.
Temos que ver que são pessoas de outras gerações.
Provavelmente as mulheres nunca tiveram o espaço delas.
Ora porque os maridos controlavam tudo, ora porque na família, na rua, na vizinhança tudo se partilhava, tudo se sabia, tudo se comentava.
E então muitas vezes só percebem que estão a incomodar e a passar os limites, quando levam com uma atitude mais brusca. Uma resposta mais torta.
Por não estarem à espera disso. Porque pensam que podem ter o poder ou o conhecimento de tudo.
Não quer dizer que seja por mal.
Mas este tipo de intromissão, de cusquice também me enerva e muito.
Os meus sogros também eram assim. Aliás, ainda são para o meu marido. Que me enerva que lhes conte demasiado.
Mas a mim deixaram de perguntar, precisamente porque houve alguns momentos que tive que ser mais bruta para se porem no lugar.