Bom dia,
Gostaria de ter algumas opiniões no sentido de saber se estarei a pensar bem.
O meu marido tem uma filha de 15 anos que está em guarda partilhada.
A mãe é boa mãe, mas por vezes também tem decisões dificeis de entender, como por exemplo levar a miúda para um bar à noite, o que faz com que não saibamos até que ponto a miúda anda bem "controlada".
Esta semana o meu marido recebeu uma mensagem dela a perguntar se podia ir ao cinema com as amigas à noite.
A verdade é que isto foi numa 4ª feira, ou seja, ela ia ter aulas no dia seguinte de manhã e para ir ao cinema, teria que apanhar autocarro. Isto tudo de noite.
Não concordei logo desde início mas o meu marido, meio de pé atrás, decidiu dizer que sim.
Às 1h da manhã acordei e perguntei se ele sabia de alguma coisa dela, e ele disse que não, que ela apenas tinha colocado um storie no insta. Ou seja, não avisou o pai se já tinha chegado ou se estava tudo bem. Dado que ia nessa noite para a casa da mãe, nunca iriamos saber se ela chegou bem, a não ser que ela avisasse.
Não é a primeira vez que ela faz isto e o meu marido já falou com ela. No entanto, eu fico furiosa porque acho uma falta de respeito, e vejo que o meu marido é muito pacato e apenas conversa mas depois não parte para nenhuma ação.
Gostaria de perguntar se serei eu a exagerar ou se estarei a pensar bem.
É normal uma rapariga de 15 anos, sair para um cinema à noite, com 2 amigas também de 15 anos, sozinhas, a meio da semana? E depois não dizer nada ao pai se chegou bem?
Obrigada desde já.
Olá! Bem, vou deixar aqui a minha "mera opinião".
Eu pelo menos não acho de todo normal, essas saídas a meio da semana, durante a noite. Cinema??!! Existem fins de semana, em que não existe a preocupação de se levantarem cedo para as aulas...
Em relaçao á ida para um bar, não entendi se ela tava sozinha com amigas, ou se a mãe estava presente. Se a mãe estava com ela, isso é algo que apenas é da responsabilidade da mãe, gostando ou não. Há que não esquecer NUNCA, que a miúda tem pai e mãe, e as responsabilidades apenas a eles diz respeito, não deixando claro de ter a sua própria opinião, e de a partilhar com o pai. Mas não interferindo demasiado, é um conselho...
Sou mãe, e também tenho um enteado.
Dou a minha opinião, digo o que acho correcto e não, mas nunca interferindo, porque afinal de contas o miúdo tem a mãe e o pai, que são/têm de ser responsáveis por ele. Claro que há situações que também me incomodam, que me deixam de pé atrás, mas pronto.
Tente falar com o seu marido, explicar que esse tipo de saídas podem ser feitas nos fins de semana, e depois também é uma questão do pai conversar com a mãe.
Olá! Eu vou relatar a minha experiência de madrasta de um rapaz de 17 anos...
Ele tem pai e mãe... decisões, definições, regras sobre a sua vida nos estudos, namoros e saídas são com a mãe e com o pai dele!
O pai consulta-me para opinião, eu dou, a minha opinião, ele depois decide... por vezes alerto o pai para certas situações e depois o pai decide... converso com o pai sobre os estudos, namoros, saídas, compras do filho, mas depois o pai decide... em concordância e com conversas com a ex mulher... fomento que o faça, mas não me meto, não oiço, não "concordo", não "decido", não me meto...
Meto-me no que envolve a rotina diária da nossa casa, o bom funcionamento, a paz e o que pode resvalar na educação, rotina da nossa filha em comum.
A minha filha de 5 anos já sabe que algumas coisas são permitidas ao irmão que não são ela, por exemplo, o uso de palavrões em casa... o pai e a mãe dele concordam, mas eu não concordo e o pai aceita essa minha postura, por isso já agora eu digo à minha filha... o mano faz, diz, acontece, etc... mas ele tem pai e mãe e ela tem o mesmo pai mas outra mãe...
Por isso intervenções com o meu enteado é com barulho em horas de sono da minha filha, desarrumação em casa, cumprir tarefas... de resto ele tem em mim uma amiga, já falou comigo da namorada, já contei histórias da minha adolescência como "aviso" e cuidados que ele deve ter e ele já desabafou comigo... mas sou amiga. Pai e mãe ele tem! E espero se um dia me separar a madrasta da minha filha tenha este bom senso e me deixe ser mãe e o pai ser pai!
Educar os filhos dos outros é muito fácil.
E contra mim falo, porque já "eduquei" muitos e achava-me a dona da razão. Só que, entretanto, fui mãe e levei um banho de realidade. O meu filho mais novo é perito em mostrar que as regras são para ser quebradas (e ainda nem chegou à adolescência). Acredito que me vá dar algum trabalho.
Fale com o seu marido, mas lembre-se que a miúda tem mãe e pai e são eles que decidem. Há miúdos em que proibir não é solução e é preciso negociar.
Ah... concordo consigo, mas...
É melhor que o adolescente peça para sair que saia às escondidas. Tive colegas que faziam isso. E outras que casaram aos 18 anos para terem liberdade, ou que engravidaram para casar.
Educar é muito difícil.
"É normal uma rapariga de 15 anos, sair para um cinema à noite, com 2 amigas também de 15 anos, sozinhas, a meio da semana? E depois não dizer nada ao pai se chegou bem?"
Tendo em conta que houve a festa do cinema com preços atrativos, não é anormal, e não é nada anormal não avisar o pai que chegou, uma vez que estava em casa da mãe, ao cuidado da mãe.
Em relação a ter ido a um bar, com ou sem a mãe, também é normal, está na idade em que começam a sair, e antes começar a ir com a mãe do que sozinha com as amigas (que entretanto há -de chegar a altura), pode até não gostar, mas é daquelas coisas que não tem mesmo nada a ver consigo.
Quando diz que não é a primeira vez que faz isso ao seu marido, é o quê exactamente?
Um conselho... É madrasta... Não tem responsabilidade sobre o enteado. Para isso tem pai e mãe... N lhe cabe a si interferir na forma como eles educam e estabelecem as rotinas. Claro... Pode dar a sua opinião ao seu marido mas por ai fica... Eu não sou mãe de enteado mas tenho uma filha e não gostaria que nenhuma madrasta se metesse na forma como a educamos e no que autorizamos. Isso caberia a mim e meu ex marido. Respondendo à questão não acho anormal atendendo que houve descontos especiais. E a verdade é que muitos adolescentes não se deitam as 10h porque têm aulas às 8h... Portanto... Entre ir ao cinema ou ficar no tik tok.... N veria mal nisso. E se a dormida foi em casa da mãe também talvez seja normal ela depois falar com a mãe. Se o pai fica ansiosa também pode pedir a ela que lhe diga algo.
Olá Ana!
Com 15 anos até é uma idade razoável para começar a sair há noite, desde que nunca sozinha(o) e que os adultos em casa saibam onde está. Se saiu com a mãe, talvez a mãe lhe mostre o que é a "vida da noite" e não aprende sozinha como muitos o fazem. Até quem sabe, um dia mais tarde sai com um grupo de amigas e a mãe está na mesa ao lado com o grupo de amigas também.
Em relação ao cinema, houve realmente o cima a 3€ salvo erro e acho que era durante a semana, posso estar enganada. Se o pai concorda e a mãe concorda, a sua opinião é apenas uma opinião. Eu também sou madrasta e dou a minha mera opinião quando pedida, se não nem abro a boca.
Se foi para casa da mãe então tem que avisar a mãe que chegou a não ser que tenha dito ao pai que lhe diria alguma coisa quando chegasse.
O pai podia começar a encutir uma mensagem de "estou no sitio X", "agora vou ao sitio Y", "estou a ir para casa", "já cheguei a casa". Isso já tem haver por parte da família incutir essa regra, norma, o que lhe quiser chamar.
Espero ter ajudado!
Mas ficou combinado que ela diria alguma coisa ao pai? O pai pediu-lhe isso directamente?
Sim, ele pediu para ela lhe dizer alguma coisa e ela nada disse. E este tema é um tema já muito falado.
O pai passa a vida a dizer a ela que ela tem que dizer quando chega, ou quando chega, mas ela nunca avisa.
Ele explica que "a minha responsabilidade de pai não acaba quando sais daquela porta para fora", mas na vez seguinte, ela volta a fazer a mesma coisa, de não avisar o pai este tipo de coisas.
"É normal uma rapariga de 15 anos, sair para um cinema à noite, com 2 amigas também de 15 anos, sozinhas, a meio da semana? E depois não dizer nada ao pai se chegou bem?"
Tendo em conta que houve a festa do cinema com preços atrativos, não é anormal, e não é nada anormal não avisar o pai que chegou, uma vez que estava em casa da mãe, ao cuidado da mãe.
Em relação a ter ido a um bar, com ou sem a mãe, também é normal, está na idade em que começam a sair, e antes começar a ir com a mãe do que sozinha com as amigas (que entretanto há -de chegar a altura), pode até não gostar, mas é daquelas coisas que não tem mesmo nada a ver consigo.
Quando diz que não é a primeira vez que faz isso ao seu marido, é o quê exactamente?
Não é a primeira vez que ele lhe diz que nestas situações, ela tem que o avisar. Neste caso especifico, que já tinha chegado a casa.
Ele sabe que ela saiu, mas depois como sabe se ela está bem ou se já está em casa?
Este tema já é muito falado, onde ele explica que ele não deixa de ser pai quando ela sai da porta para fora, mas na vez seguinte, lá está ela de novo a não lhe dizer nada. Que horas chega, onde está, quando vem...
ClaraMiguel escreveu:Mas ficou combinado que ela diria alguma coisa ao pai? O pai pediu-lhe isso directamente?Sim, ele pediu para ela lhe dizer alguma coisa e ela nada disse. E este tema é um tema já muito falado.
O pai passa a vida a dizer a ela que ela tem que dizer quando chega, ou quando chega, mas ela nunca avisa.
Ele explica que "a minha responsabilidade de pai não acaba quando sais daquela porta para fora", mas na vez seguinte, ela volta a fazer a mesma coisa, de não avisar o pai este tipo de coisas.
E pedir à mãe que avise, não é opção? De qualquer forma eu explicaria da próxima vez que ela pedisse que a condição para poder ir é avisar o pai que chegou e não sendo cumprida essa condição, as saídas deixam de poder existir. E se realmente ela não avisar, resta saber se o pai consegue no pedido seguinte dizer que não e explicar o porquê.
Ana Galvão 15 escreveu:ClaraMiguel escreveu:Mas ficou combinado que ela diria alguma coisa ao pai? O pai pediu-lhe isso directamente?
Sim, ele pediu para ela lhe dizer alguma coisa e ela nada disse. E este tema é um tema já muito falado.
O pai passa a vida a dizer a ela que ela tem que dizer quando chega, ou quando chega, mas ela nunca avisa.
Ele explica que "a minha responsabilidade de pai não acaba quando sais daquela porta para fora", mas na vez seguinte, ela volta a fazer a mesma coisa, de não avisar o pai este tipo de coisas.E pedir à mãe que avise, não é opção? De qualquer forma eu explicaria da próxima vez que ela pedisse que a condição para poder ir é avisar o pai que chegou e não sendo cumprida essa condição, as saídas deixam de poder existir. E se realmente ela não avisar, resta saber se o pai consegue no pedido seguinte dizer que não e explicar o porquê.
Sim verdade, concordo.
Felizmente, ela repensou e até me veio pedir desculpa, por ter visto que fiquei chateada
Tudo acaba por se resolver.