No seguimento de um outro tópico que crie há umas semanas, vejo-me numa situação em que nunca imaginei estar… Ao fim de 20 anos de relação as coisas rebentaram. Resumindo o meu companheiro tem um problema com apostas desportivas e nos últimos anos tem torrado um disparate de dinheiro. Neste momento chegou a um ponto que deve perto de 3000 eur em cartões de crédito. Tanto quanto confirmei no mês passado não tinha outros créditos. Tenho andado a engolir e ele disse que ia parar de jogar. Mas esta já foi a terceira vez e já percebi que ando a ser parva e a gastar a minha vida com alguém que não merece.
Ontem disse-lhe para ele ir uns dias para casa do pai que fica a 10 minutos da nossa. Onde ele tem quarto e todas as condições. O meu sogro vive sozinho numa moradia de 10 assoalhadas e não tem dificuldade de saúde ou financeira.
Esta noite ele dormiu na sala, quando ele se preparava para sair para trabalhar e perguntei-lhe se esta tarde ia buscar algumas coisas dele para que possa ir para casa do pai. A resposta dele foi simplesmente: “temos que resolver a questão da casa”… Já percebi que vai ser difícil…
Comprámos esta casa há 5 anos. A entrada que foi dada veio da venda da casa que eu tinha só em meu nome. Ele agora está a dizer que temos de vender a casa e cada um fica com metade.
Ajudem-me pf que medidas é que eu devo tomar para me proteger? Ao contrário dele eu não tenho para onde ir. A minha mãe vive perto, mas numa casa que não é dela e nem sequer tem um quarto para mim. Não tenho irmãos nem familia a não ser a minha mãe que mal tem que chegue para ela. e um pai ausente.
O meu filho tem 10 anos e já se está a aperceber das coisas, quero protegê-lo ao máximo, mas não posso sacrificar-me por este homem…
A prestação da casa está associada a uma conta em nome dos dois, mas curiosamente apenas o meu ordenado é que lá está domiciliado. Ainda tenho outra preocupação, ele tem um cartão de crédito dessa conta conjunta com um plafond de 1800 eur. Cartão esse que eu não posso cancelar porque está em nome dele.
Desculpem a desorganização do meu texto, mas estou desesperada. Tenho 45 anos e com um filho de 10 anos, sem a minha casa faço o quê? ☹
Procure um advogado rapidamente que a possa orientar legalmente.
A casa dificilmente não será dos dois, se ambos a compraram, se o crédito é comum, se foi 50%-50%(tenho ideia que quando comprei a minha casa há 6 anos podíamos definir nas finanças a percentagem que cada um teria na casa), ele pode exigir a parte dele. Teriam que avaliar a casa e comprar-lhe a parte dele. Veja com um advogado a forma de provar que a entrada foi só do seu dinheiro, talvez conseguisse "reduzir esse valor".
Quanto ao resto, não sendo casados, penso que facilmente se consegue colocar de fora.
Procure uma ajuda profissional para se proteger a si e ao seu filho.
Primeiro de tudo deve aconselhar-se com um bom advogado.
Deve reunir provas de que a entrada para a compra dessa casa foi apenas com o seu dinheiro, caso contrário não terá como considerar essa parte.
Em caso de divorcio a casa será para "dividir". Terão de apurar qual o montante em divida da casa ao banco e quanto ela valerá no mercado actual, o que "sobrar" será dividido pelos dois ou então quem ficar com a casa tem de dar tornas ao outro e assumir o crédito sozinho.
Quanto ao cartão dessa conta conjunta, retire-lhe o cartão e cancele o mesmo no balcão do banco, você pode fazê-lo uma vez que pertence à conta (mas só o poderá fazer quando não existirem dividas associadas a esse cartão).
Embora apenas o seu salário entre na conta de onde sai a prestação da conta, certamente ele terá como provar que paga outras despesas.
Se estiverem casados ou em união de facto as dividas dele também são suas. Resolva a situação do divórcio/separação o mais rapidamente possível. Devem também tratar das responsabilidades parentais do vosso filho.
Olá Vanessa,
Lamento que a vossa situação tenha tido este desfecho. Pensava que o seu companheiro tivesse atinado e deixasse o vício do jogo.
Contacte urgentemente um bom advogado. Pode ser que consiga "reaver" a entrada da casa mostrando que o dinheiro era seu e que foi proveniente da venda de uma casa sua.
Conseguimos proteger os nossos filhos até um certo ponto... ele vai fazer perguntas... não minta. Diga a verdade adaptando o discurso à idade dele.
Muita força e coragem!
Gaba
Obrigada,
Eu esta manhã fui a casa do irmão dele desabafar o grande segredo. o irmão ficou estupefacto... Entretanto durante essa conversa o meu companheiro ligou-me a dizer que queria que as coisas resultassem e que há semanas que não jogava que já percebeu a asneira que andava a fazer etc... Eu alinhei, julgo que nesta fase não tenho nada a perder e tudo a ganhar. As coisas ou se resolvem de uma maneira ou de outra, o fato do meu cunhado agora estar a par da situação tirou-me um peso de cima.
Ao telefone, disse-lhe que queria que ele fosse comigo ao banco para cancelar o dito cartão (eu não posso porque não sou a titular do cartão) e ele disse que sim.
Disse que queria registar nessa conta que ele não poderia ter mais cartões de crédito. (imagino que dê para fazer isso)
Ele concordou. Nesta fase já não tenho nada a perder. Estou convencida que ele quando chegar a casa vai estar calmo e tenho de aporveitar isso para me proteger o possivel junto do banco.
Outra coisa, nós não somos casados. nem sequer estamos registados nas finaças como união de fato.
O que é que acham?
Acho que cada vez tem mais a perder...quanto mais se arrastar em algo que não se vai resolver, mais perdem todos.
Aproveite esta oportunidade para colocar as situações legais. Vai ter longos anos pela frente para resolver esta situação, proteja-se desde já.
Não pode cancelar cartões onde deve dinheiro, tem de liquidar tudo primeiro.
Colocando de lado o dinheiro: quer ou não estar com ele? Tem de pensar no que quer dessa relação.
Obrigada,
Eu esta manhã fui a casa do irmão dele desabafar o grande segredo. o irmão ficou estupefacto... Entretanto durante essa conversa o meu companheiro ligou-me a dizer que queria que as coisas resultassem e que há semanas que não jogava que já percebeu a asneira que andava a fazer etc... Eu alinhei, julgo que nesta fase não tenho nada a perder e tudo a ganhar. As coisas ou se resolvem de uma maneira ou de outra, o fato do meu cunhado agora estar a par da situação tirou-me um peso de cima.
Ao telefone, disse-lhe que queria que ele fosse comigo ao banco para cancelar o dito cartão (eu não posso porque não sou a titular do cartão) e ele disse que sim.
Disse que queria registar nessa conta que ele não poderia ter mais cartões de crédito. (imagino que dê para fazer isso)
Ele concordou. Nesta fase já não tenho nada a perder. Estou convencida que ele quando chegar a casa vai estar calmo e tenho de aporveitar isso para me proteger o possivel junto do banco.
Outra coisa, nós não somos casados. nem sequer estamos registados nas finaças como união de fato.
O que é que acham?
Eu gosto muito dele. mas mesmo gostando, se não atinar não vou ter outra opção. Porque eu quero e mereço viver uma vida tranquila.
o cartão que eu falei em cancelar é um cartão onde ele é titular, mas que pertence à nossa conta conjunta e esse cartão não tem dívidas. A pouca esperança que me resta é precisamente por saber que ele não se descontrolou ao ponto de ter gasto dinheiro desse cartão em jogo.
As dívidas que ele tem são de um cartão universo e do cartão da conta dele.
Vanessa, às vezes tentamos arranjar desculpas para justificar as ações de quem amamos. Não acha que ele já teve oportunidades mais que suficientes para mudar? O que lhe garante que desta vez será mesmo a sério? Espero, sinceramente, que ele aprenda de vez e que consigam ultrapassar esta fase má, mas como disse a MisaL, não se deixe arrastar em algo que não tem solução.
Se gosta dele, se têm uma vida em conjunto feliz, se o único problema (mesmo sendo grande) é o vício do jogo, percebo que queira salvar a relação e dar-lhe outra oportunidade. Agora penso que tem de proteger e impor regras muito claras para lhe dar outra oportunidade e defender o seu património.
Um vício é difícil de ultrapassar e não se consegue só com boa vontade. O seu companheiro deveria começar a ser acompanhado e fazer terapia, para além de ter acesso limitado a dinheiro. Imponha-lhe o cancelamento dos cartões de crédito (mal consiga pagar as dívidas) e a transferência para a sua conta de metade da prestação da casa e metade das despesas familiares. Acredito que ele esteja sinceramente arrependido...mas o impulso de jogar vai voltar a atacar. O ideal até era ficar com o ordenado dele e ficar responsável pela gestão do dinheiro, pelo menos até saldar as dívidas.
"O pior cego é aquele que não quer ver"
Tive na familia caso idêntico, mas o elemento feminino é que andava a contrair dividas em cartões de crédito, ia usando uns para liquidar contas de outros.
É livre de continuar com essa pessoa, na minha familia ele também foi perdoando várias situações, até que chegou a ponto que rebentou a bomba...(2 filhos menores de idade)
No seu caso:
-o cartão que pertence à conta de ambos pode ser cancelado por si (apesar de ser o nome dele que consta no cartão), tem de entregar o cartão e pedir o cancelamento (já ontem era tarde), mas como já disse anteriormente não pode existir divida associada a esse cartão. Após esse cancelamento ele pode pedir outro, mantenha-se atenta.
-com as vossas senhas das finanças, solicite on-line o "Mapa de responsabilidades" no banco de Portugal, a informação constante no mapa não está actualizada à data actual mas sim com cerca de 3 meses antes. Nesses mapas pode verificar os créditos associados a cada um de vocês (algo me diz que ficará surpreendida).
há dois dias atrás estive a ver com o acesso das finanças o mapa de responsabilidades. Quando lhe pedi a PW ele achou achou estranho, mas deu-ma.No mês de dezembro o total de valor em dívida que ele tinha éra de 1.100Eur. Também vi o meu e não tenho qualquer dívida.
Quanto às despesas da casa ele transfere todos os meses metade do valor. Para já nunca falhou.
Estou a refletir na abordagem que vou ter e nas exigencias que vou fazer.
Sabe uma coisa... a adição é considerada uma doença. Não é um capricho, não é uma fase, é uma doença. E como qualquer doença, precisa de ser tratada.
Alguma vez viu um drogado dizer: pronto, vou parar. Já viu algum fumador dizer: pronto, vou parar.
Eles até podem dizer, até podem querer parar, mas não se pára uma adição assim de uma hora para a outra.
É preciso muito trabalho, muita força de vontade, é uma luta constante, diária contra o vicio. E quantos deles, mesmo com ajuda, mesmo com força de vontade, têm recaídas, ou voltam ao vicio ao fim de uns meses ou anos. E mesmo os que conseguem sair do vicio, mesmo após anos e anos, eles continuam a lutar contra a constante vontade de experimentar mais uma vez.
Com o jogo é a mesma coisa. Lá porque o seu marido lhe disse que ia parar, isso pode não querer dizer nada. Pode ser somente uma manobra de distração perante a sua ameaça de separação.
Se ele quer mesmo parar, não basta dizer, ele tem de arranjar ajuda. Porque uma pessoa não é viciada só porque sim, ela está doente.
O que me parece é que o seu marido está a sentir um aperto e está a dizer-lhe o que você quer ouvir. Mas sem ajuda profissional, receio que isso sejam só promessas vazias.
Obrigada,
Eu esta manhã fui a casa do irmão dele desabafar o grande segredo. o irmão ficou estupefacto... Entretanto durante essa conversa o meu companheiro ligou-me a dizer que queria que as coisas resultassem e que há semanas que não jogava que já percebeu a asneira que andava a fazer etc... Eu alinhei, julgo que nesta fase não tenho nada a perder e tudo a ganhar. As coisas ou se resolvem de uma maneira ou de outra, o fato do meu cunhado agora estar a par da situação tirou-me um peso de cima.
Ao telefone, disse-lhe que queria que ele fosse comigo ao banco para cancelar o dito cartão (eu não posso porque não sou a titular do cartão) e ele disse que sim.
Disse que queria registar nessa conta que ele não poderia ter mais cartões de crédito. (imagino que dê para fazer isso)
Ele concordou. Nesta fase já não tenho nada a perder. Estou convencida que ele quando chegar a casa vai estar calmo e tenho de aporveitar isso para me proteger o possivel junto do banco.
Outra coisa, nós não somos casados. nem sequer estamos registados nas finaças como união de fato.
O que é que acham?
Não quero ser pessimista mas...
Isso parece a conversa do meu ex...
"vou mudar...Não vai voltar a acontecer.... nao faço isso a X tempo... quero que venhas comigo aqui e ali para resolver isso...."
O seu marido é viciado em jogo o meu ex é viciado em estupefacientes" ambos os casos são doenças que eles nao admitem e na cabeça deles conseguem parar e bla blabla.
Os cartões de crédito não podem ser cancelado enquanto as dívidas não estão pagas, (e com certeza ele sabe disso e vai usá-lo on-line mesmo que destrua o físico)
Os vícios de um companheiro dão cabo de uma família. Deixam traumas nas crianças.
Posso dizer-lhe que ando a 8 anos em tribunais por causa dos vícios dele e para garantir a minha segurança e dos meus filhos e para garantir os direitos deles
Avalie tudo com calma. Aproveite para se informar de tudo legalmente, veja forma do seu marido pedir ajuda, caso ele queira.
Pense assim: às 9:00 estava desesperada a querer uma separação letigiosa com o seu marido a criar problemas e às 11 tudo estava resolvido...a probabilidade disso não correr bem é elevadíssima.
Ganhe agora tempo para refletir e implementar mudanças na vossa vida e no comportamento dele.
há dois dias atrás estive a ver com o acesso das finanças o mapa de responsabilidades. Quando lhe pedi a PW ele achou achou estranho, mas deu-ma.No mês de dezembro o total de valor em dívida que ele tinha éra de 1.100Eur. Também vi o meu e não tenho qualquer dívida.
Quanto às despesas da casa ele transfere todos os meses metade do valor. Para já nunca falhou.
Estou a refletir na abordagem que vou ter e nas exigencias que vou fazer.
Claro que não está nada resolvido nem ultrapassado.
Pode parecer, estranho, mas o fato de ter falado com o meu cunhado que é uma pessoa próxima, tirou-me um peso de cima. Haver alguem do lado dele que está a par da situação, não ser um segredo...
Agora, vou refletir e acompanhar a situação de perto.
Pareceu-me que teve muito mais peso a casa do que a vossa relação. Não estou a desvalorizar, pesa muito poder ficar sem casa, mas não se esqueça de ter esse assunto tratado, pensado, porque ele pode sempre um dia destes dizer-lhe: vou viver para a casa do meu pai e quero metade desta casa.
Veja com um advogado, agora com mais tempo, sobre o dinheiro que deu de entrada e se consegue fazer divisão percentual da casa.
Claro que não está nada resolvido nem ultrapassado.
Pode parecer, estranho, mas o fato de ter falado com o meu cunhado que é uma pessoa próxima, tirou-me um peso de cima. Haver alguem do lado dele que está a par da situação, não ser um segredo...
Agora, vou refletir e acompanhar a situação de perto.
