Sem saber o que fazer e será que estou a exagerar? | De Mãe para Mãe

Sem saber o que fazer e será que estou a exagerar?

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43 mensagens
Antónia maria -
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Desde 06 Ago 2019

Olá. Sou mãe de primeira viagem e estou a adorar a experiência. Antes de engravidar a minha relação com cunhada e sogra era normal. Mas desde que o bebé nasceu as coisas mudaram. Estão sempre com comentários desagradáveis que me irritam muito. Por exemplo: o bebé não precisa comer de noite. Fazerem sempre má cara quando vamos passar um fim de semana fora e até dizerem para ficarem com o bebé. Claro que finjo que não ouço. Tentam pegar no bebé como eu pego e sinto que por vezes querem ocupar meu lugar. As vezes quando jantamos juntos até me sinto a mais E parece que não faço ali falta. O pior é que quando começar a trabalhar são elas quem vão tomar conta do meu bebe, e eu não consigo confiar muito, no outro dia engasgaram o bebé a tentar por a chucha coisa que o bebé nunca gostou.
Será que estou a exagerar e é meu coração de mãe a falar mais alto? Eu quero me dar bem com todos nem quero problemas. Por favor ajudem-me

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Olá,
É normal começarmos a ver coisas e a tudo nos irritar, mas não estão de todo a tomar o seu lugar, também estão a tentar ter um lugar. Eu nunca me aborreci muito com comentários e opiniões, se acho que sim mudo, se acho que não faço à minha maneira, não vejo grande razão para despender energias com isso. Por exemplo, eu acho que não necessita de gorro dentro de casa, mas que mal tem deixar que a avó o ponha quando está lá em casa?! É um exemplo parvo, mas há muita gente que faz um drama com estas situações, eu acho que não vale a pena.
Só noto uma situação, como vai deixar o bebé a pessoas que não confia? Se acha que vão fazer aquilo que não quer, que vão desautorizá-la o melhor é ponderar já a ida para uma creche, é a melhor maneira de continuarem bem.

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

Olá! Sim, estás a exagerar um pouco também por causa das hormonas que são tramadas, ficamos umas mães galinhas e tudo nos faz confusão, parece que nos tolda o bom senso e ficamos super possessivas, isso passa com o tempo mas também temos que contrariar um pouco moldando o nosso pensamento... eu pelo menos fazia assim para me deixar de tretas (sim, eu chamava assim os meus ataques de mau feitio com os outros e ser super sufocante com a minha filha).
Os nossos bebés são nossos mas também são dos avós, tios, pai, irmãos, etc... todos querem o seu lugar, todos querem tocar, conviver, fazer coisas e opinar porque é uma maneira de se sentirem incluídos na vida daquela pessoa pequenina que tanto gostam...
Têm que respeitar a vontade da mãe, é verdade mas acho que também temos que relativizar perante o entusiasmo dos outros que é muito normal...
Depois também temos que parar de pensar que só nós é que sabemos tudo e fazemos tudo certo e os outros fazem tudo mal... todos vão falhar, ninguém é perfeito mas faz parte...
Temos que saber também criar pontes com os outros, permitir que nos ajudem, que participem todos... eu sigo totalmente a máxima "é preciso uma aldeia para criar uma criança" por isso todos participam, todos opinam, eu decido mas partilho os momentos e adoro que gostem da minha filha, adoro que a mimem, que queiram estar com ela, que queiram pegar, etc...
Relaxa e aproveita a maternidade!

sphiren -
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Desde 04 Set 2011

Não sei se estará a exagerar ou não... Eu pessoalmente foram mais as vezes que me sentia "a mais" quando com o então namorado com a familia dele. Houve momentos melhores, outros piores. Uns anos antes de estar grávida tudo melhorou bastante, mas eu também saí da casa deles (viviamos juntos). Agora que estou grávida não só não estou pra comentários de merda como também sinto que me veem como uma barriga de aluguer e querem "arrancar" o bébé assim que possível. A coisa excelente no meio disto tudo é vivermos super longe e não vão cuidar do meu bébé. Senão também eu andaria ansiosa.
Se não quer que elas cuidem do seu bébé, se não consegue relaxar, arranje outra solução. Acho que é o melhor que posso dizer.

Ritta Cardoso -
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Desde 06 Set 2018

Anete Silva escreveu:
Olá! Sim, estás a exagerar um pouco também por causa das hormonas que são tramadas, ficamos umas mães galinhas e tudo nos faz confusão, parece que nos tolda o bom senso e ficamos super possessivas, isso passa com o tempo mas também temos que contrariar um pouco moldando o nosso pensamento... eu pelo menos fazia assim para me deixar de tretas (sim, eu chamava assim os meus ataques de mau feitio com os outros e ser super sufocante com a minha filha).
Os nossos bebés são nossos mas também são dos avós, tios, pai, irmãos, etc... todos querem o seu lugar, todos querem tocar, conviver, fazer coisas e opinar porque é uma maneira de se sentirem incluídos na vida daquela pessoa pequenina que tanto gostam...
Têm que respeitar a vontade da mãe, é verdade mas acho que também temos que relativizar perante o entusiasmo dos outros que é muito normal...
Depois também temos que parar de pensar que só nós é que sabemos tudo e fazemos tudo certo e os outros fazem tudo mal... todos vão falhar, ninguém é perfeito mas faz parte...
Temos que saber também criar pontes com os outros, permitir que nos ajudem, que participem todos... eu sigo totalmente a máxima "é preciso uma aldeia para criar uma criança" por isso todos participam, todos opinam, eu decido mas partilho os momentos e adoro que gostem da minha filha, adoro que a mimem, que queiram estar com ela, que queiram pegar, etc...
Relaxa e aproveita a maternidade!

Excelente comentário.

Antónia maria -
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Desde 06 Ago 2019

Muito obrigado pelos vossos comentários. Era isso que queria ouvir, porque não tenho desabafado com ninguem e queria perceber se é as tais hormonas chatas...
O que acham estranho é se o bebé está a chorar muito, nunca me o dão a mim e tentam elas resolver a situação, só se eu for apanha-lo é que me o dão. Mas pronto são coisas da minha cabeça, espero que tudo isto passe. Obrigada mesmo 😊😊

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

As pessoas fazem isso para se sentirem úteis e eficientes... tipo, eu consegui "calar" o bebé, também me acontecia e nós temos algo em nós que acciona quando o nosso filho chora que temos que ir logo acudir... existem pessoas chatinhas é verdade, mas às vezes só querem ajudar... eu assim que acalmei as hormonas comecei a explicar calmamente que quando a minha filha chorava eu ficava muito mais calma se ela estivesse no meu colo e as pessoas compreenderam... faz o mesmo, explica...

Antónia maria escreveu:
Muito obrigado pelos vossos comentários. Era isso que queria ouvir, porque não tenho desabafado com ninguem e queria perceber se é as tais hormonas chatas...
O que acham estranho é se o bebé está a chorar muito, nunca me o dão a mim e tentam elas resolver a situação, só se eu for apanha-lo é que me o dão. Mas pronto são coisas da minha cabeça, espero que tudo isto passe. Obrigada mesmo 😊😊

Antónia maria -
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Desde 06 Ago 2019

Um dia disseram -me uma que me custou tanto. " o bebé cria -se muito bem sem a mãe. Ai enganei-me sem mãe não queremos, queria dizer sem mama ".
Mas aquilo pode não ter sido por mal e eu ficou logo passada. Mas depois não dei importância e pronto. Sou mesno eu a exagerar

Antónia maria -
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Desde 06 Ago 2019

Anete silva vou fazer isso. Obrigada 😊

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Antónia maria escreveu:
Um dia disseram -me uma que me custou tanto. " o bebé cria -se muito bem sem a mãe. Ai enganei-me sem mãe não queremos, queria dizer sem mama ".
Mas aquilo pode não ter sido por mal e eu ficou logo passada. Mas depois não dei importância e pronto. Sou mesno eu a exagerar

Eu devo então estar ainda carregadíssima de hormonas... um comentário desses a uma recém mãe é rude, no mínimo e quem o faz é com intenção de ferir o outro. Mas pronto, junto-me ao clube das exageradas.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Sansa escreveu:

Antónia maria escreveu:Um dia disseram -me uma que me custou tanto. " o bebé cria -se muito bem sem a mãe. Ai enganei-me sem mãe não queremos, queria dizer sem mama ".
Mas aquilo pode não ter sido por mal e eu ficou logo passada. Mas depois não dei importância e pronto. Sou mesno eu a exagerar

Eu devo então estar ainda carregadíssima de hormonas... um comentário desses a uma recém mãe é rude, no mínimo e quem o faz é com intenção de ferir o outro. Mas pronto, junto-me ao clube das exageradas.


Mais uma exagerada. Eu perguntava logo se isso era um desejo que estava difícil de reprimir… e já agora, as users que defendem que nem só a mãe sabe cuidar do seu bebé, acham normal que seja a avó a achar que só ela sabe cuidar do neto? Porque muitas vezes é disso que se trata, de verdadeiros atentados à opinião da mãe, que pede que se faça uma coisa e a avó faz outra, seja pelas costas ou não.
Eu percebo que é bom tentar acalmar uma mãe e dizer-lhe para relevar algumas coisas, mas não se pode deixar uma avó (ou tia ou seja lá quem for) "mandar" mais que a própria mãe.
Eu acho que nada deve ser deixado por dizer, se a mãe está incomodada com alguma situação deve falar, há é certas formas de falar mais eficazes, e geralmente depende de quem está do outro lado a forma mais eficaz. Pode-se responder em tom de brincadeira, ou ter conversas sérias, ou ser mais ríspida, mas não é bom acumular sem dizer nada.

Eu percebo bem a angustia de quem passa por isso, mas não, eu não tinha problemas com a sogra, era com os meus pais mesmo, portanto nem era uma situação de cisma por não ser a minha família, era porque queriam mesmo cuidar do meu filho como se fosse deles, aliás até de mim eles gostariam de continuar a tratar como de uma criança apesar de eu já ter 36 anos.

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

Eu acho normal que a avó saiba cuidar do neto, a tia, o tio, os primos, os irmãos, etc... adoro que tomem conta da minha filha, que a mimem, que me ajudem, que me aliviem a carga, adoro ver a ligação da minha filha com toda a família, permito que todos tomem conta da minha filha e opinem e não me sinto nem um pouco desautorizada, diminuída ou retraída se isso for feito com respeito por mim... a minha mãe sabe cuidar muito bem, tem uma calma que às vezes eu não tenho, adoro, não tem as hormonas ao rubro, a minha irmã foi uma mãe super completa, descontraída, sabe imenso, os meus irmãos são pais dedicados, todos têm o seu papel...
Não sinto que ao quererem cuidar de minha filha e até de mim me estejam a desrespeitar, gostam de mim, todos os pais têm isso, querem cuidar, querem ser úteis, querem ajudar, querem participar... acho que temos que ter empatia, acho que temos que ser bondosos com os outros, quero ensinar a minha filha a ser uma pessoa carinhosa, incluir todos, tratar bem todos, não crio animosidades desnecessárias... um dia a minha filha vai perder os avós como eu perdi e quero que tenha memórias, de momentos bons, do colo, do afecto, das brincadeiras, não quero que tenha memórias de uma mãe nervosa, a reclamar e impor o seu espaço porque se sente diminuída... quero uma filha feliz e quero ser feliz e por isso passar um relacionamento cordial com todos... eu penso assim e aconselho isso porque é naquilo que eu acredito...

Tyta.B escreveu:

Sansa escreveu:
Antónia maria escreveu:Um dia disseram -me uma que me custou tanto. " o bebé cria -se muito bem sem a mãe. Ai enganei-me sem mãe não queremos, queria dizer sem mama ".
Mas aquilo pode não ter sido por mal e eu ficou logo passada. Mas depois não dei importância e pronto. Sou mesno eu a exagerar

Eu devo então estar ainda carregadíssima de hormonas... um comentário desses a uma recém mãe é rude, no mínimo e quem o faz é com intenção de ferir o outro. Mas pronto, junto-me ao clube das exageradas.

Mais uma exagerada. Eu perguntava logo se isso era um desejo que estava difícil de reprimir… e já agora, as users que defendem que nem só a mãe sabe cuidar do seu bebé, acham normal que seja a avó a achar que só ela sabe cuidar do neto? Porque muitas vezes é disso que se trata, de verdadeiros atentados à opinião da mãe, que pede que se faça uma coisa e a avó faz outra, seja pelas costas ou não.
Eu percebo que é bom tentar acalmar uma mãe e dizer-lhe para relevar algumas coisas, mas não se pode deixar uma avó (ou tia ou seja lá quem for) "mandar" mais que a própria mãe.
Eu acho que nada deve ser deixado por dizer, se a mãe está incomodada com alguma situação deve falar, há é certas formas de falar mais eficazes, e geralmente depende de quem está do outro lado a forma mais eficaz. Pode-se responder em tom de brincadeira, ou ter conversas sérias, ou ser mais ríspida, mas não é bom acumular sem dizer nada.
Eu percebo bem a angustia de quem passa por isso, mas não, eu não tinha problemas com a sogra, era com os meus pais mesmo, portanto nem era uma situação de cisma por não ser a minha família, era porque queriam mesmo cuidar do meu filho como se fosse deles, aliás até de mim eles gostariam de continuar a tratar como de uma criança apesar de eu já ter 36 anos.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Anete Silva escreveu:
Eu acho normal que a avó saiba cuidar do neto, a tia, o tio, os primos, os irmãos, etc... adoro que tomem conta da minha filha, que a mimem, que me ajudem, que me aliviem a carga, adoro ver a ligação da minha filha com toda a família, permito que todos tomem conta da minha filha e opinem e não me sinto nem um pouco desautorizada, diminuída ou retraída se isso for feito com respeito por mim... a minha mãe sabe cuidar muito bem, tem uma calma que às vezes eu não tenho, adoro, não tem as hormonas ao rubro, a minha irmã foi uma mãe super completa, descontraída, sabe imenso, os meus irmãos são pais dedicados, todos têm o seu papel...
Não sinto que ao quererem cuidar de minha filha e até de mim me estejam a desrespeitar, gostam de mim, todos os pais têm isso, querem cuidar, querem ser úteis, querem ajudar, querem participar... acho que temos que ter empatia, acho que temos que ser bondosos com os outros, quero ensinar a minha filha a ser uma pessoa carinhosa, incluir todos, tratar bem todos, não crio animosidades desnecessárias... um dia a minha filha vai perder os avós como eu perdi e quero que tenha memórias, de momentos bons, do colo, do afecto, das brincadeiras, não quero que tenha memórias de uma mãe nervosa, a reclamar e impor o seu espaço porque se sente diminuída... quero uma filha feliz e quero ser feliz e por isso passar um relacionamento cordial com todos... eu penso assim e aconselho isso porque é naquilo que eu acredito...

Tyta.B escreveu:

Sansa escreveu:
Antónia maria escreveu:Um dia disseram -me uma que me custou tanto. " o bebé cria -se muito bem sem a mãe. Ai enganei-me sem mãe não queremos, queria dizer sem mama ".
Mas aquilo pode não ter sido por mal e eu ficou logo passada. Mas depois não dei importância e pronto. Sou mesno eu a exagerar

Eu devo então estar ainda carregadíssima de hormonas... um comentário desses a uma recém mãe é rude, no mínimo e quem o faz é com intenção de ferir o outro. Mas pronto, junto-me ao clube das exageradas.

Mais uma exagerada. Eu perguntava logo se isso era um desejo que estava difícil de reprimir… e já agora, as users que defendem que nem só a mãe sabe cuidar do seu bebé, acham normal que seja a avó a achar que só ela sabe cuidar do neto? Porque muitas vezes é disso que se trata, de verdadeiros atentados à opinião da mãe, que pede que se faça uma coisa e a avó faz outra, seja pelas costas ou não.
Eu percebo que é bom tentar acalmar uma mãe e dizer-lhe para relevar algumas coisas, mas não se pode deixar uma avó (ou tia ou seja lá quem for) "mandar" mais que a própria mãe.
Eu acho que nada deve ser deixado por dizer, se a mãe está incomodada com alguma situação deve falar, há é certas formas de falar mais eficazes, e geralmente depende de quem está do outro lado a forma mais eficaz. Pode-se responder em tom de brincadeira, ou ter conversas sérias, ou ser mais ríspida, mas não é bom acumular sem dizer nada.
Eu percebo bem a angustia de quem passa por isso, mas não, eu não tinha problemas com a sogra, era com os meus pais mesmo, portanto nem era uma situação de cisma por não ser a minha família, era porque queriam mesmo cuidar do meu filho como se fosse deles, aliás até de mim eles gostariam de continuar a tratar como de uma criança apesar de eu já ter 36 anos.


Ó Anete, pareces ter uma família muito unida e com muito bom senso, mas não podes achar que todas as famílias são iguais.
Eu não discordo de todo do que dizes, mas há mínimos e limites que têm de ser respeitados.
Alguma vez a tua sogra ou a tua mãe te disseram algo remotamente parecido com o que foi dito a esta mãe?

sphiren -
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Desde 04 Set 2011

Concordo quando dizem aqui que passa o limite quando a avó, por exemplo, acham que sabem cuidar melhor do bébé do que a própria mãe e tentam quase que assumir o comando ou enfiar á força as suas metodologias.
Acho que, podem ter mais experiência, podem já ter sido pais, podem até ter dicas e/ou sugestões muito muito boas mesmo. Mas não devem ser ordens que tenham que ser acatadas.

Por exemplo... fui escolher o bercinho com o meu marido. O meu sogro escolheu um e cismou com aquele... Nós escolhemos outro e ele por isso começou logo a preguejar a fazer uma birra de outro mundo a dizer que o bébé ia ficar cheio de dores e feridas naquele berço que nós escolhemos, sem razão aparente, apenas porque ficou de beicinho por escolhermos um outro... A qualidade do que escolhemos era excelente, nem sequer foi esse o problema. Foi mesmo "gosto". Diferente teria sido dizer "eu gostei muito deste.Vocês não gostam? Pronto, a decisão é vossa.", e adiante. Ou quando a minha sogra diz que avó é mãe duas vezes por isso que ela saberá melhor e terá bem mais importancia na vida do meu bébé (sim, ouvi isto e não foi uma vez...). Isto faz-me sentir uma barriga de aluguer, prestes a parir um bébé para lhes dar como brinquedo no natal. Sim, faz-me sentir útil só para esse fim... E não acho de todo que seja "normal" a atitude, acho rude!

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Anete Silva escreveu:
Eu acho normal que a avó saiba cuidar do neto, a tia, o tio, os primos, os irmãos, etc... adoro que tomem conta da minha filha, que a mimem, que me ajudem, que me aliviem a carga, adoro ver a ligação da minha filha com toda a família, permito que todos tomem conta da minha filha e opinem e não me sinto nem um pouco desautorizada, diminuída ou retraída se isso for feito com respeito por mim... a minha mãe sabe cuidar muito bem, tem uma calma que às vezes eu não tenho, adoro, não tem as hormonas ao rubro, a minha irmã foi uma mãe super completa, descontraída, sabe imenso, os meus irmãos são pais dedicados, todos têm o seu papel...
Não sinto que ao quererem cuidar de minha filha e até de mim me estejam a desrespeitar, gostam de mim, todos os pais têm isso, querem cuidar, querem ser úteis, querem ajudar, querem participar... acho que temos que ter empatia, acho que temos que ser bondosos com os outros, quero ensinar a minha filha a ser uma pessoa carinhosa, incluir todos, tratar bem todos, não crio animosidades desnecessárias... um dia a minha filha vai perder os avós como eu perdi e quero que tenha memórias, de momentos bons, do colo, do afecto, das brincadeiras, não quero que tenha memórias de uma mãe nervosa, a reclamar e impor o seu espaço porque se sente diminuída... quero uma filha feliz e quero ser feliz e por isso passar um relacionamento cordial com todos... eu penso assim e aconselho isso porque é naquilo que eu acredito...

Tyta.B escreveu:

Sansa escreveu:
Antónia maria escreveu:Um dia disseram -me uma que me custou tanto. " o bebé cria -se muito bem sem a mãe. Ai enganei-me sem mãe não queremos, queria dizer sem mama ".
Mas aquilo pode não ter sido por mal e eu ficou logo passada. Mas depois não dei importância e pronto. Sou mesno eu a exagerar

Eu devo então estar ainda carregadíssima de hormonas... um comentário desses a uma recém mãe é rude, no mínimo e quem o faz é com intenção de ferir o outro. Mas pronto, junto-me ao clube das exageradas.

Mais uma exagerada. Eu perguntava logo se isso era um desejo que estava difícil de reprimir… e já agora, as users que defendem que nem só a mãe sabe cuidar do seu bebé, acham normal que seja a avó a achar que só ela sabe cuidar do neto? Porque muitas vezes é disso que se trata, de verdadeiros atentados à opinião da mãe, que pede que se faça uma coisa e a avó faz outra, seja pelas costas ou não.
Eu percebo que é bom tentar acalmar uma mãe e dizer-lhe para relevar algumas coisas, mas não se pode deixar uma avó (ou tia ou seja lá quem for) "mandar" mais que a própria mãe.
Eu acho que nada deve ser deixado por dizer, se a mãe está incomodada com alguma situação deve falar, há é certas formas de falar mais eficazes, e geralmente depende de quem está do outro lado a forma mais eficaz. Pode-se responder em tom de brincadeira, ou ter conversas sérias, ou ser mais ríspida, mas não é bom acumular sem dizer nada.
Eu percebo bem a angustia de quem passa por isso, mas não, eu não tinha problemas com a sogra, era com os meus pais mesmo, portanto nem era uma situação de cisma por não ser a minha família, era porque queriam mesmo cuidar do meu filho como se fosse deles, aliás até de mim eles gostariam de continuar a tratar como de uma criança apesar de eu já ter 36 anos.


Anete, mais uma vez, as famílias não são todas como a sua. A minha família, quando eu não faço o que eles mandam, viram-se para o meu filho e dizem coisas bonitas como "a tua mãe é burrinha, não faz o que eu digo". Isto com coisas tão simples como o que eu visto, o que eu como, ou outras mais radicais, como o apartamento onde vivo, ou que academia de estudo o miúdo deve andar. Eles querem controlar TUDO. E eu vejo algumas semelhanças em alguns relatos que leio por aqui.

Antónia maria -
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Desde 06 Ago 2019

Eu vou falar em tom de brincadeira para poder estar bem com todos. Acredito que os comentários não são por mal e é só para dizer qualquer coisa. Agora vou tentar responder em tom de brincadeira quando não gosto de algo. É eu quero muito que o meu filho se dê bem com todos. Por isso quero um bom ambiente familiar como eu sempre tive. É quero que se de-mos todos bem sempre. Obrigada a todas as mamãs. E sei que não sou nada exagerada, porque eu antes de fazer este post tenho pensado muito bem, porque me coloco sempre no lugar do outro para perceber o que sentir.😚

sphiren -
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Desde 04 Set 2011

Tyta.B escreveu:
A minha família, quando eu não faço o que eles mandam, viram-se para o meu filho e dizem coisas bonitas como "a tua mãe é burrinha, não faz o que eu digo".

Hipnotizado
Acho que podia fazer uma lista de coisas assim que ouço/leio... Que coisas bizarras para se dizer...

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

sphiren escreveu:

Tyta.B escreveu: A minha família, quando eu não faço o que eles mandam, viram-se para o meu filho e dizem coisas bonitas como "a tua mãe é burrinha, não faz o que eu digo".

Acho que podia fazer uma lista de coisas assim que ouço/leio... Que coisas bizarras para se dizer...


Se eu dissesse tudo o que já ouvi da minha família… é que eles já foram bem mais ofensivos que isto! Tudo porque acreditam piamente que só eles é que têm razão, só eles é que sabem viver, só eles é que sabem o que é melhor, mas não é "por mal". São assim. Principalmente o meu pai, a minha mãe está enfiada naquele vórtice, mas eu acredito que ela seria diferente com outro tipo de marido.
E essa situação do berço é semelhante a muitas a que eu passei. É apenas uma questão de gosto, porque carga de água é o gosto deles que tem de prevalecer? E sim, eles também fazem birrinha, mas depois descamba para ofensa. Sempre, seja qual for o tema!

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Tyta.B escreveu:

sphiren escreveu:
Tyta.B escreveu: A minha família, quando eu não faço o que eles mandam, viram-se para o meu filho e dizem coisas bonitas como "a tua mãe é burrinha, não faz o que eu digo".

Acho que podia fazer uma lista de coisas assim que ouço/leio... Que coisas bizarras para se dizer...

Se eu dissesse tudo o que já ouvi da minha família… é que eles já foram bem mais ofensivos que isto! Tudo porque acreditam piamente que só eles é que têm razão, só eles é que sabem viver, só eles é que sabem o que é melhor, mas não é "por mal". São assim. Principalmente o meu pai, a minha mãe está enfiada naquele vórtice, mas eu acredito que ela seria diferente com outro tipo de marido.
E essa situação do berço é semelhante a muitas a que eu passei. É apenas uma questão de gosto, porque carga de água é o gosto deles que tem de prevalecer? E sim, eles também fazem birrinha, mas depois descamba para ofensa. Sempre, seja qual for o tema!


Eu não acredito que se deva relevar tudo apenas porque “não é por mal”, porque rapidamente temos uma desculpa para sermos grosseiros, indelicados e cruéis com os outros em nome do “não foi por mal”. As pessoas também têm que assumir responsabilidade do que dizem.

sphiren -
Offline
Desde 04 Set 2011

Sansa escreveu:
As pessoas também têm que assumir responsabilidade do que dizem.

Isto é o que eu acho sempre que me diziam "ignora". Eu sempre ignorei, eu queria era paz. Mas já tive a "última vez" em que os irei ignorar, que foi a última visita onde ouvi ofensas diversas vezes e deixei andar para tentar ter paz e recebê-los bem na minha casa. Fiz de tudo para se sentirem á vontade mas já vi que nem é preciso, porque já se sentiam super á vontadinha. E acabou. A próxima vez que ouvir alguma coisa, vão levar com todo o meu sarcasmo Sorriso E tenho certeza que eu me irei sentir muito mais á vontade.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

sphiren escreveu:

Sansa escreveu: As pessoas também têm que assumir responsabilidade do que dizem.

Isto é o que eu acho sempre que me diziam "ignora". Eu sempre ignorei, eu queria era paz. Mas já tive a "última vez" em que os irei ignorar, que foi a última visita onde ouvi ofensas diversas vezes e deixei andar para tentar ter paz e recebê-los bem na minha casa. Fiz de tudo para se sentirem á vontade mas já vi que nem é preciso, porque já se sentiam super á vontadinha. E acabou. A próxima vez que ouvir alguma coisa, vão levar com todo o meu sarcasmo E tenho certeza que eu me irei sentir muito mais á vontade.


O problema em ignorar, em tentar-se ser cordial, colocar um sorriso simpático e ir engolindo, é que algumas (muitas) pessoas confundem simpatia e cordialidade com fraqueza, e então querem aproveitar que têm alguém mais fraco à sua frente, alguém que não lhes responde nem lhes faz frente, para poder exercer toda a sua superioridade, e dizerem as coisas mais estapafúrdias, e quando são finalmente confrontados, ou chamados à razão: “ah... não foi por mal”

aries23 -
Offline
Desde 18 Jul 2016

Este assunto é sempre complicado porque toda a família é impactada por uma avalanche de sentimentos. Todos andam com mil sentimentos mesmo sem alterações hormonais. E com as diferenças geracionais, há algum choque de formas de fazer as coisas que causa ainda mais insegurança e ansiedade às mães, enquanto que colocar em causa o conhecimento dos avós os possam fazer sentir incapazes e à parte.
É preciso muita compreensão e empatia para relativizar, mas é importante perceber que as mães precisam de mais compreensão e apoio. Afinal estão numa fase de recuperação, exaustão, privação de sono, para além das hormonas e de se sentirem inundadas dessa nova fase de vida e novos sentimentos. Pelo que não seria justo esperar que as mães é que tenham que relativizar quanto o que se devia era oferecer mais apoio.
Claro que relativizar é algo mais para nós, para não ficarmos afetadas. É controlar o que controlamos do nosso lado. Mas não acho que seja algo que as mães tenham que ouvir. Já é difícil para elas, e ainda têm que ajustar a outros que supostamente deviam ser mais maturos.
Eu própria também tive alguns conflitos. Para os avós eu não fazia nada bem. Achavam que eu devia dar-lhe leite de biberão com água de arroz para engordar. Que o bebé não dormia bem ou a noite porque faço tudo mal. Etc etc. Na fase mais vulnerável da minha vida fiquei mais insegura porque estava com privação de sono, exausta, estava insegura se estava a fazer as coisas bem porque ele não era gordinho, dormia mal etc etc. E chegavam a ser diretos nas suas opiniões e críticas.
A minha mãe sempre me ajudou muito e estou grata, mas ela chegou a dizer que faço tudo mal e fazer coisas contra o que eu e o meu marido não queríamos, muitas vezes por questões de segurança, porque ela sentia-se invalidada quanto a sua capacidade.
Apenas meses depois que consegui forças para ignorar as críticas alheias, vindas de todo o lado. Estou grata por ter lido o luvro da Constança.
Enfim. Ajuda sim relativizar mas não é justo esperarmos que as mães lidem com tudo especialmente nesta fase da vida.

aries23 -
Offline
Desde 18 Jul 2016

Sansa escreveu:

sphiren escreveu:
Sansa escreveu: As pessoas também têm que assumir responsabilidade do que dizem.

Isto é o que eu acho sempre que me diziam "ignora". Eu sempre ignorei, eu queria era paz. Mas já tive a "última vez" em que os irei ignorar, que foi a última visita onde ouvi ofensas diversas vezes e deixei andar para tentar ter paz e recebê-los bem na minha casa. Fiz de tudo para se sentirem á vontade mas já vi que nem é preciso, porque já se sentiam super á vontadinha. E acabou. A próxima vez que ouvir alguma coisa, vão levar com todo o meu sarcasmo E tenho certeza que eu me irei sentir muito mais á vontade.

O problema em ignorar, em tentar-se ser cordial, colocar um sorriso simpático e ir engolindo, é que algumas (muitas) pessoas confundem simpatia e cordialidade com fraqueza, e então querem aproveitar que têm alguém mais fraco à sua frente, alguém que não lhes responde nem lhes faz frente, para poder exercer toda a sua superioridade, e dizerem as coisas mais estapafúrdias, e quando são finalmente confrontados, ou chamados à razão: “ah... não foi por mal”

E depois, se apenas um lado se esforça a compreender o outro, o outro poderá piorar.
No meu caso bem tentei. A minha mãe queria fazer coisas que eu não sentia confortável, criticava e descordava. Eu tentava ser diplomática e escolher as minhas guerras. Há coisas que ela dava para o meu bebé comer que eu não me sentia confortável mas deixei-a fazer dizendo que se ela o fizer que me abisasse e assim sabia o que dizer ao médico se não corresse bem. E ela acabava por ignorar.
Se continuarmos a justificar o comportamento dos outros e esperar que as mães se adaptem, vão sentir que estão a seu direito de não serem compreensíveis e as mães é que estão erradas.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

aries23 escreveu:

Sansa escreveu:
sphiren escreveu:
Sansa escreveu: As pessoas também têm que assumir responsabilidade do que dizem.

Isto é o que eu acho sempre que me diziam "ignora". Eu sempre ignorei, eu queria era paz. Mas já tive a "última vez" em que os irei ignorar, que foi a última visita onde ouvi ofensas diversas vezes e deixei andar para tentar ter paz e recebê-los bem na minha casa. Fiz de tudo para se sentirem á vontade mas já vi que nem é preciso, porque já se sentiam super á vontadinha. E acabou. A próxima vez que ouvir alguma coisa, vão levar com todo o meu sarcasmo E tenho certeza que eu me irei sentir muito mais á vontade.

O problema em ignorar, em tentar-se ser cordial, colocar um sorriso simpático e ir engolindo, é que algumas (muitas) pessoas confundem simpatia e cordialidade com fraqueza, e então querem aproveitar que têm alguém mais fraco à sua frente, alguém que não lhes responde nem lhes faz frente, para poder exercer toda a sua superioridade, e dizerem as coisas mais estapafúrdias, e quando são finalmente confrontados, ou chamados à razão: “ah... não foi por mal”

E depois, se apenas um lado se esforça a compreender o outro, o outro poderá piorar.
No meu caso bem tentei. A minha mãe queria fazer coisas que eu não sentia confortável, criticava e descordava. Eu tentava ser diplomática e escolher as minhas guerras. Há coisas que ela dava para o meu bebé comer que eu não me sentia confortável mas deixei-a fazer dizendo que se ela o fizer que me abisasse e assim sabia o que dizer ao médico se não corresse bem. E ela acabava por ignorar.
Se continuarmos a justificar o comportamento dos outros e esperar que as mães se adaptem, vão sentir que estão a seu direito de não serem compreensíveis e as mães é que estão erradas.


O problema é assumirmos que todo o mundo é dotado de bom senso. NÃO! Não podemos. O bom senso escasseia. É triste, mas é verdade. Tal como não podemos assumir que o outro é capaz de assimilar os nossos pedidos e orientações, da mesma forma que nós o faríamos. Muitas pessoas são desinformadas, e os conhecimentos que têm não evoluíram, continuam os mesmos de há 50 anos atrás, e assumem o seguinte raciocínio como sendo universalmente válido: comigo foi assim e não aconteceu nada de mal, cá estou cheia de saúde.
E depois dão-se situações como já foram relatadas neste fórum, de uma avó que dá ao neto um alimento que contém um ingrediente ao qual o bebé é alérgico (colocando a saúde/vida do mesmo em perigo), apesar de lhe ter sido pedida que não o fizesse. Mas pronto, lá está, é avó, tem todo o direito e afinal os filhos não são nossos, são do mundo... *sigh

Antónia maria -
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Desde 06 Ago 2019

Isto é muito complicado. É a questão dos filhos serem de todos não consigo meter na minha cabeça. Pelo menos enquanto são bebés são nosso, somos nós que passamos por todo o procedimento é quando crescem são do mundo. Eu acho que os avós devem estar na vida dos netos e ajudar claro. Mas estarem sempre a mostrar que a ideia deles é que prevalece, é complicado. Eu com os meus pais são mais jovens e nunca interfiram em nada a não ser que eu peça opinião. São pessoas que pensam de outra maneira. Mas a vida é mesmo assim. Temos de ir tentando que corra tudo bem para bem Nós nossos filhos. Eu agora ouvi muitas opiniões que me deram força para resolver esta situação, e tentar também acalmar-me.

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

Como já comentei acima aconselhei a que falasse e explicasse o que incomoda, não estou de todo a preconizar que uma mãe tem que comer e calar assim como não estou de todo a dizer que todas as famílias são iguais às minhas, assim como não tenho de todo uma família perfeita onde todos se dão com o maior respeito e ninguém falha mas descrevo sim a minha postura porque acho que rancor e mau estar é tomar veneno e ficar à espera que os outros morram...
O que é que uma pessoa ganha em criar guerras desnecessárias? Fica mais ansiosa, mal humorada e menos bem disposta para tomar conta do bebé, afasta toda a gente e tem menos ajuda, acho que temos que saber lidar com os mal resolvidos, quem diz coisas desadequadas e quem tem más atitudes com assertividade mas com respeito para conseguir bons resultados.
Já ouvi coisas muito piores do que as que aqui descrevem e resolvi falando com calma, não resolvi nada ficando amuada, brigando, privando a minha filha de contacto com familiares... expliquei que estavam a invadir o meu espaço de mãe, que me estavam a faltar ao respeito, que o que tinham dito era desadequado e principalmente disse muitos vezes para se colocarem no meu lugar... umas vezes resultou outras vezes não resultou, mudamos os outros? Não! Vão sempre existir na nossa vida pessoas com pouco bom senso, desadequadas e mal resolvidas não sei é o que ganhamos a incitar ainda mais ao conflito! A minha postura é eu vou fazer o correcto se os outros não fazem eles é que estão errados, existe uma frase em inglês que diz isso muito bem, tipo dois errados não fazem um certo, por isso não entendo que mal tem dizer para relativizar porque o relativizar é para o bem da mãe não é um favor ou uma benevolência que estamos a dar ao "agressor verbal"...
Se acho que se dá muito pouco apoio às mães acho! Muito pouco! acho que existe uma enorme falta de noção com as nossas hormonas, o nosso sentimento de insegurança, fraqueza a nossa ansiedade na maternidade, o nosso espaço, as nossas regras e as nossas vontades agora acho que não é a criar guerras que resolvemos isso mas sim com ponderação e maturidade nas atitudes e discurso...
Meninas relativizar é para o nosso bem senão vivemos consumidas de ódio, rancor e mau estar...

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Anete Silva escreveu:
Como já comentei acima aconselhei a que falasse e explicasse o que incomoda, não estou de todo a preconizar que uma mãe tem que comer e calar assim como não estou de todo a dizer que todas as famílias são iguais às minhas, assim como não tenho de todo uma família perfeita onde todos se dão com o maior respeito e ninguém falha mas descrevo sim a minha postura porque acho que rancor e mau estar é tomar veneno e ficar à espera que os outros morram...
O que é que uma pessoa ganha em criar guerras desnecessárias? Fica mais ansiosa, mal humorada e menos bem disposta para tomar conta do bebé, afasta toda a gente e tem menos ajuda, acho que temos que saber lidar com os mal resolvidos, quem diz coisas desadequadas e quem tem más atitudes com assertividade mas com respeito para conseguir bons resultados.
Já ouvi coisas muito piores do que as que aqui descrevem e resolvi falando com calma, não resolvi nada ficando amuada, brigando, privando a minha filha de contacto com familiares... expliquei que estavam a invadir o meu espaço de mãe, que me estavam a faltar ao respeito, que o que tinham dito era desadequado e principalmente disse muitos vezes para se colocarem no meu lugar... umas vezes resultou outras vezes não resultou, mudamos os outros? Não! Vão sempre existir na nossa vida pessoas com pouco bom senso, desadequadas e mal resolvidas não sei é o que ganhamos a incitar ainda mais ao conflito! A minha postura é eu vou fazer o correcto se os outros não fazem eles é que estão errados, existe uma frase em inglês que diz isso muito bem, tipo dois errados não fazem um certo, por isso não entendo que mal tem dizer para relativizar porque o relativizar é para o bem da mãe não é um favor ou uma benevolência que estamos a dar ao "agressor verbal"...
Se acho que se dá muito pouco apoio às mães acho! Muito pouco! acho que existe uma enorme falta de noção com as nossas hormonas, o nosso sentimento de insegurança, fraqueza a nossa ansiedade na maternidade, o nosso espaço, as nossas regras e as nossas vontades agora acho que não é a criar guerras que resolvemos isso mas sim com ponderação e maturidade nas atitudes e discurso...
Meninas relativizar é para o nosso bem senão vivemos consumidas de ódio, rancor e mau estar...

Anete, vais de um extremo ao outro. Dizer que não se deve aceitar todas as críticas, ou ficar calada a todas as baboseiras que nos atiram, não significa que vamos entrar em guerra, nem que vamos criar rancor. As pessoas quando não sabem o lugar delas, temos que o indicar.
Não mudamos os outros, mas também não somos obrigadas a ter de os ouvir, e se é necessário usar um tom de voz mais sério para que essas pessoas percebam, então que seja. Como é que isto é brigar ou incitar ao conflito?

pinkpeonies -
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Desde 04 Mar 2008

Sansa escreveu:

Tyta.B escreveu:
sphiren escreveu:
Tyta.B escreveu: A minha família, quando eu não faço o que eles mandam, viram-se para o meu filho e dizem coisas bonitas como "a tua mãe é burrinha, não faz o que eu digo".

Acho que podia fazer uma lista de coisas assim que ouço/leio... Que coisas bizarras para se dizer...

Se eu dissesse tudo o que já ouvi da minha família… é que eles já foram bem mais ofensivos que isto! Tudo porque acreditam piamente que só eles é que têm razão, só eles é que sabem viver, só eles é que sabem o que é melhor, mas não é "por mal". São assim. Principalmente o meu pai, a minha mãe está enfiada naquele vórtice, mas eu acredito que ela seria diferente com outro tipo de marido.
E essa situação do berço é semelhante a muitas a que eu passei. É apenas uma questão de gosto, porque carga de água é o gosto deles que tem de prevalecer? E sim, eles também fazem birrinha, mas depois descamba para ofensa. Sempre, seja qual for o tema!

Eu não acredito que se deva relevar tudo apenas porque “não é por mal”, porque rapidamente temos uma desculpa para sermos grosseiros, indelicados e cruéis com os outros em nome do “não foi por mal”. As pessoas também têm que assumir responsabilidade do que dizem.

À conta do não é por mal, passei um mau bocado. Quando vem de pessoas que dizem tudo pela boca fora sem pensar, de forma rude e mal educada e depois no final é, não é por mal. A uma recém mãe faz muito mal. Mas se fosse eu que desse uma resposta mais torta ou mesmo com privação de sono não estivesse toda sorrisos, já era eu que tinha um feitio difícil. Tudo melhorou quando eu percebi que são pessoas que nunca vão pôr a mão na consciência antes de falar, que vivem no mundo delas. A solução passou a ser tornar mais distante e apesar de ser família directa não deixar que me afetem.

No fundo, sempre que há familiares que não sabem se pôr no seu devido lugar, são os pais que tem de arranjar formas de se adaptar a essa realidade. Quando não há bom senso, não há conversas, não há indirectas, que resultem. Resulta seguir em frente e aceitar que são assim mesmo, não concordando, e sermos superiores a isso.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Gosto imenso dos seus comentários, mas neste ponto vou sempre discordar da Anete. Há pessoas com quem simplesmente não se pode relativizar, porque só abre espaço a que elas extrapolem cada vez mais. Há que traçar limites, e deixa-los bem claros. Se o fazem com conversas sérias, em tom de brincadeira - que eu acho sempre que é o melhor quando se trata dos sogros, mostrar o absurdo da situação caricatuando-a, - ou começando a criar distância, depende muito de quem está do outro lado. Mas relativizar e engolir em seco, nunca. Só piora, porque os autoriza a continuar.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Acho que às vezes se misturam os assuntos. Eu parto do princípio que se está a lidar com gente normal, senão é crime, negligência, abusos, maus tratos... e a responsabilidade é nossa. Se acho super perigoso dormir com uma manta e a avó põe a manta, não posso deixar lá o bebé.
Se a família é gente normal, não vejo mal em opinarem, pegarem ao colo, cuidarem, etc... também não complico, relativizo, não sou nada possessiva e não o vejo como fraqueza. Se vou passar uma tarde com a família, não me faz qualquer confusão que passe a tarde ao colo de todos,ll o meu filho às vezes passa tardes a dormir ao colo da avó e ficam os 2 felizes.
Não tenho a família perfeita, de todo mesmo, também me sinto um pouco à parte por vezes, mas depois penso que também não têm que andar comigo ao colone aos abracinhos e se os miúdos estão felizes está tudo certo.
Se vir que os meus pequenos estão felizes na casa da avó até pode dizer-me que o meu leite não presta ou que não sei fazer sopa que passa tudo para 2o plano.

viguy -
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Desde 22 Fev 2017

Eu percebo e também defendo a posição de que inicialmente temos de saber colocar no lugar do outro e perceber que as pessoas têm boas intenções e ter principalmente a noção das diferenças entre gerações. Mas estamos a esquecer que em mais de metade das situações, a nova mãe pede empatia e é assertiva com os familiares mas não funciona. O problema principal reside no facto de as pessoas não perceberem o devido lugar delas. Cada uma tem uma função na família, cada uma tem uma posição em relação ao bebé. Se ninguém atropelar a função do outro, as coisas correm bem. Mas todas sabemos que isso não acontece. O que mais se vê são pais e sogros a atropelar os pais da criança. É complicado relativizar se o que chateia a nova mãe seja algo feito constantemente apesar de todas as conversas já tidas com todo o respeito e assertividade possível.

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