Saídas de marido | De Mãe para Mãe

Saídas de marido

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44 mensagens
Filivila -
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Desde 17 Jan 2018

Boa noite,
Queria a vossa opinião. Meu companheiro tem novo emprego há cerca de 7 meses. Tem estado bastante ausente, desde formações que duram semanas, a jantares constantes. Tenho tentado ser compreensiva por ser novo emprego e uma oportunidade profissional. No entanto, sinto que não sou prioridade para ele. Fui operada em outubro, além de não me ter visitado ao hospital porque estava numa formação, no dia que vim para casa foi jantar com os colegas de trabalho e como não me podia mexer fiquei sem jantar, disse que vinha cedo mas surgiu pela 00:00.
Agora está 2 dias em formação e reuniões, e supostamente a empresa reservou quarto para todos os colaboradores a 5km de nossa casa, e portanto não vem dormir, mais uma vez, é está numa festa. Para a semana vai novamente mais 2 dias para Lisboa. Sinceramente, não gosto e nao sei mais o que fazer.

Podem me dar a vossa opinião.
Obrigado

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Isto é a sério?
1. É operada e o marido não consegue 30 minutinho para a visitar?
2. No dia que tem alta ele vai jantar com os colegas?
3. Prefere ficar a dormir num hotel a 5 km de casa do que partilhar cama consigo?
Qual é mesmo a dúvida?

LSL -
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Desde 28 Out 2010

Tyta.B escreveu:
Isto é a sério?
1. É operada e o marido não consegue 30 minutinho para a visitar?
2. No dia que tem alta ele vai jantar com os colegas?
3. Prefere ficar a dormir num hotel a 5 km de casa do que partilhar cama consigo?
Qual é mesmo a dúvida?

É que não conseguia dizer melhor!

Desde 13 Set 2012

lololol

Tita, 5 estrelinhas! viva o poder de síntese!

Mas sério, esse seu marido/companheiro/alguém que vai a casa comer, fazer necessidades e tomar banho parece-lhe mesmo digno de merecer partilhar a vida consigo? Ele que case com o novo emprego e partilhe a cama com as novas oportunidades profissionais!

Sabe, tenho vizinhos que fariam melhor e não me são nada!

Votos de boas decisões!

SMSantos

Andreissse -
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Desde 13 Nov 2015

Lamento mas seu marido està a ser tudo menos companheiro. O facto de ter de ir a formacoes, reunioes é obrigatorio numa empresa. Eu tambem as tenho de ir quer queira quer nao. A questao do hotel a minha empresa tb aplica isso e os colaboradores, estando em formacao, sao mesmo obrigados a pernoitar là assim como imensos motoristas que estao a 5 min de casa e tem de dormir no camiao. Nem tudo é tao simples numa empresa como querem parecer principalmente para colaboradores novos. O que o seu marido falhou redondamente foi nao a ter ido visitar quando foi operada. Aì tem todas as razoes e mais algumas para estar desiludida com a atitude dele. Eu procuraria ter uma conversa franca e tentar perceber se realmente as obrigacoes extras sao mesmo laborais ou ha "moura" na costa. Analise bem e converse assertivamente e com calma. Boa sorte.

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Mas isto é verdade???!

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Calma, não caiam todas em cima da rapariga
Gostei do comentário da andreissse.
Isto nas relações há muito que se lhe diga, há fases, por isso não é logo “ olho da rua”. Pondere, como foi a relação até aqui, se acha que realmente pode haver outra pessoa, se ele ainda a procura ( nas vezes em q está) e sobretudo fale com ele sobre quais são as perspectivas dele, se ele acha que isto é vida e até qd acha q irá durar
Boa sorte

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Mas essa alteração de comportamento foi só desde a mudança de emprego? Como era antes? Como é quando está consigo, mostra-se também distante e pouco interessado na relação?
Pode-se até admitir que as formações, (alguns) jantares, dormidas, etc, sejam mesmo obrigatórias (ou muito recomendáveis para a imagem na empresa), mas tê-la deixado no dia em que vem do hospital para ir com os amigos não tem justificação.
Penso que tem mesmo de o confrontar o mais rapidamente possível e dizer-.lhe o que sente. uma coisa é estar mais absorvido com o trabalho, outra é ter deixado de investir na relação. Tem de perceber se o novo trabalho nºão será um alibi para outras coisas...

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Mas essa alteração de comportamento foi só desde a mudança de emprego? Como era antes? Como é quando está consigo, mostra-se também distante e pouco interessado na relação?
Pode-se até admitir que as formações, (alguns) jantares, dormidas, etc, sejam mesmo obrigatórias (ou muito recomendáveis para a imagem na empresa), mas tê-la deixado no dia em que vem do hospital para ir com os amigos não tem justificação.
Penso que tem mesmo de o confrontar o mais rapidamente possível e dizer-.lhe o que sente. uma coisa é estar mais absorvido com o trabalho, outra é ter deixado de investir na relação. Tem de perceber se o novo trabalho nºão será um alibi para outras coisas...

Ana Ruca -
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Desde 28 Ago 2017

Ansha escreveu:
Calma, não caiam todas em cima da rapariga
Gostei do comentário da andreissse.
Isto nas relações há muito que se lhe diga, há fases, por isso não é logo “ olho da rua”. Pondere, como foi a relação até aqui, se acha que realmente pode haver outra pessoa, se ele ainda a procura ( nas vezes em q está) e sobretudo fale com ele sobre quais são as perspectivas dele, se ele acha que isto é vida e até qd acha q irá durar
Boa sorte

Verdade,na vida real se calhar sofrem bem pior e calam

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Ana Ruca escreveu:

Ansha escreveu:Calma, não caiam todas em cima da rapariga
Gostei do comentário da andreissse.
Isto nas relações há muito que se lhe diga, há fases, por isso não é logo “ olho da rua”. Pondere, como foi a relação até aqui, se acha que realmente pode haver outra pessoa, se ele ainda a procura ( nas vezes em q está) e sobretudo fale com ele sobre quais são as perspectivas dele, se ele acha que isto é vida e até qd acha q irá durar
Boa sorte

Verdade,na vida real se calhar sofrem bem pior e calam

Claro. Hoje em dia quem se atreve a ter opinião própria ou está a mentir ou tem inveja.

Eu gostava de ver qual seria a resposta se fosse um homem a dizer que a sua mulher lhe faz isto!
Gostamos tanto de nos considerarmos avançados, mas depois uma mulher tem continuar de aturar este tipo de falta de respeito e calar, onde já se viu ponderar afastar-se de um homem que não se interessa se ela passou por uma operação, se se consegue mexer ou se passa fome.

BagaLaranja -
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Desde 02 Abr 2014

Quando é que esse tipo de comportamento começou, com o novo emprego ou já era assim? Até é possível que tenha encontrado um emprego em que se dê bem com os colegas e goste de sair com eles, agora se para alguém solteiro não tem problema nenhum em sair todos os dias com os colegas, para alguém casado acho que uma vez por semana é aceitável (para mim se calhar ainda seria demasiado), agora assim como fala é que não. É questão para lhe perguntar se prefere estar com os colegas ou consigo e se preferir os colegas então que vá e não volte. Eu sei que formações e mesmo ficar em hotel a mando da empresa é dificil de recusar (essa dos 5km... pode sempre dizer que sim ao chefe e depois ir dormir a casa), agora quando foi operada não há desculpa para não dizer ao chefe o que se passa e sair à hora do almoço ou ao final do dia para a visitar. É indecente não visitar a mulher que foi operada e está no hospital! Quando a jantares com os colegas, e no dia em que a mulher voltou do hospital, é indesculpável! É que não há jantares obrigatórios com os colegas! Jantar com clientes tudo bem, jantar de vez em quando com os colegas/amigos tudo bem, agora não é todos os dias e muito menos quando chegou do hospital. Se a mulher não é prioridade, especialmente numa altura como essa (mas também no dia a dia), então não há relação, há apenas 2 pessoas a partilhar a mesma casa.

Sibila77 -
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Desde 26 Dez 2012

Isto é tão óbvio que a resposta até deve aparecer no Google...

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Vamos esperar que a filivila diga mais sobre o assunto...
Mas eu acho que em relação ao tema maridos e relações há uma gd tendência das outras pessoas dizerem “ ah eu não admitia isso” “ ah eu separava-me já” etc etc qd eu pessoalmente acho que há muita coisa em jogo não pode ser assim uma decisão do pé para a mão , é um assunto delicado que só ao casal cabe a decisão do q fazer. Os outros apena podem dar conselhos mas o melhor conselho que se pode dar entre marido e mulher, a meu ver, é ter calma e conversarem muito ! E só depois de dar várias oportunidades e de se ver mesmo q não dá mais aí sim começar a pensar na separação . Por isso é q hj em dia há tantos divórcios. Tudo bem q as pessoas são mais livres, mais independentes e não têm q se sujeitar a mts coisas q se sujeitavam antes , mas mesmo assim acho q se deve dar oportunidades às pessoas e às relações .
E isso dos direitos diferentes entre homens e mulheres nem falo nisso pq para mim não faz sentido em pleno século XXI. Concordo q as mulheres só aceitam isso porque querem.

Joca3080 -
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Desde 20 Nov 2017

Essa ausência não é nada normal! Esteja mais atenta e fale com ele, sobre isso. Não deixe prolongar mais essa situação! É fácil de perceber de que você e o seu filho não são uma prioridade. Eu ficava atenta a todos os pormenores!!!

helg@ -
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Desde 28 Dez 2013

Bem, eu já comentei este tópico noutro local... por isso vou apenas transcrever a minha resposta anterior...
Acho que deve ter uma conversa muito séria com o seu companheiro, explique-lhe o que sente sem medos. De acordo com o resultado da conversa pense bem no que quer para si.
O meu marido está muitas vezes fora em trabalho, por vezes dorme fora mas apenas quando a distância o justifica. A meu ver a 5km de casa não haveria justificação para dormir fora. Quanto aos jantares fora com os colegas de trabalho, desde que com ponderação não vejo motivo para não o fazer. Mas a família que ele escolheu tem de ser a sua prioridade.
Pelo menos eu não me sentiria bem se não sentisse que era uma prioridade na vida do meu marido.
Não tome decisões de cabeça quente, pondere bem toda a situação, e sobretudo conversem.

Sobre helg@

Minha pipoquinha linda, amor maior da minha vida ♡ ♡ ♡ primeiro dia do resto das nossas vidas 26/09/2013
A minha 2ª estrelinha ♡ ♡ ♡ aceitar que está fora do meu alcance...

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

A Tyta B. disse exatamente aquilo que nos passa pela cabeça à medida que vamos lendo o seu post!
Espero que nao tenham filhos em comum.
Quer mesmo uma pessoa assim ao seu lado?
Eu não queria. Nem oferecido!
E quer parecer-me que nao vai melhorar, mesmo que com uma conversa ele diga que sim!

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Tyta.B escreveu:

Ana Ruca escreveu:
Ansha escreveu:Calma, não caiam todas em cima da rapariga
Gostei do comentário da andreissse.
Isto nas relações há muito que se lhe diga, há fases, por isso não é logo “ olho da rua”. Pondere, como foi a relação até aqui, se acha que realmente pode haver outra pessoa, se ele ainda a procura ( nas vezes em q está) e sobretudo fale com ele sobre quais são as perspectivas dele, se ele acha que isto é vida e até qd acha q irá durar
Boa sorte

Verdade,na vida real se calhar sofrem bem pior e calam

Claro. Hoje em dia quem se atreve a ter opinião própria ou está a mentir ou tem inveja.
Eu gostava de ver qual seria a resposta se fosse um homem a dizer que a sua mulher lhe faz isto!
Gostamos tanto de nos considerarmos avançados, mas depois uma mulher tem continuar de aturar este tipo de falta de respeito e calar, onde já se viu ponderar afastar-se de um homem que não se interessa se ela passou por uma operação, se se consegue mexer ou se passa fome.

Exato. Gosto dos comentários segundo os quais "aturam bem pior e calam", que supõem que toda a gente atura, ou aturaria, algo assim e, se diz que não, está a mentir e armada em boa. Ou seja, ninguém é verdadeiramente capaz de pegar nas rédeas da sua vida e traçar limites que não admite sejam ultrapassados. Quando o diz, está a inventar. Pelo amor da santa!

Quando digo isto, não estou necessariamente a apelar ao divórcio (embora, se ele não me visitasse no hospital após uma cirurgia e não me apoiasse num pós-operatório pessoalmente duvido que lhe voltasse a olhar para a cara, mas isto sou eu). "Não admitir" certo comportamento significa traçar um limite e comunicá-lo à outra parte. Se esta estiver igualmente empenhada na relação, supõe-se que alterará alguma coisa do seu comportamento considerado intolerável pela pessoa que (supostamente) ama. Se não alterar, eu concluirei uma de duas coisas: ou não ama ou não está igualmente empenhado. E, neste caso, qualquer pessoa com 2 dedos de testa e um pingo de autoestima pensará se quer estar numa relação assim. Mas isto é uma segunda fase. Espera-se que, numa relação saudável, não se chegue a isto. É claro que eu duvido que a relação descrita seja saudável, mas continuam a ser duas coisas diferentes.

Eu só não percebi do teor da mensagem inicial que existiam filhos. Se não existirem, a ponderação parece-me a mim bastante mais fácil

Ana Ruca -
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Desde 28 Ago 2017

KellyPT escreveu:

Tyta.B escreveu:
Ana Ruca escreveu:
Ansha escreveu:Calma, não caiam todas em cima da rapariga
Gostei do comentário da andreissse.
Isto nas relações há muito que se lhe diga, há fases, por isso não é logo “ olho da rua”. Pondere, como foi a relação até aqui, se acha que realmente pode haver outra pessoa, se ele ainda a procura ( nas vezes em q está) e sobretudo fale com ele sobre quais são as perspectivas dele, se ele acha que isto é vida e até qd acha q irá durar
Boa sorte

Verdade,na vida real se calhar sofrem bem pior e calam

Claro. Hoje em dia quem se atreve a ter opinião própria ou está a mentir ou tem inveja.
Eu gostava de ver qual seria a resposta se fosse um homem a dizer que a sua mulher lhe faz isto!
Gostamos tanto de nos considerarmos avançados, mas depois uma mulher tem continuar de aturar este tipo de falta de respeito e calar, onde já se viu ponderar afastar-se de um homem que não se interessa se ela passou por uma operação, se se consegue mexer ou se passa fome.

Exato. Gosto dos comentários segundo os quais "aturam bem pior e calam", que supõem que toda a gente atura, ou aturaria, algo assim e, se diz que não, está a mentir e armada em boa. Ou seja, ninguém é verdadeiramente capaz de pegar nas rédeas da sua vida e traçar limites que não admite sejam ultrapassados. Quando o diz, está a inventar. Pelo amor da santa!
Quando digo isto, não estou necessariamente a apelar ao divórcio (embora, se ele não me visitasse no hospital após uma cirurgia e não me apoiasse num pós-operatório pessoalmente duvido que lhe voltasse a olhar para a cara, mas isto sou eu). "Não admitir" certo comportamento significa traçar um limite e comunicá-lo à outra parte. Se esta estiver igualmente empenhada na relação, supõe-se que alterará alguma coisa do seu comportamento considerado intolerável pela pessoa que (supostamente) ama. Se não alterar, eu concluirei uma de duas coisas: ou não ama ou não está igualmente empenhado. E, neste caso, qualquer pessoa com 2 dedos de testa e um pingo de autoestima pensará se quer estar numa relação assim. Mas isto é uma segunda fase. Espera-se que, numa relação saudável, não se chegue a isto. É claro que eu duvido que a relação descrita seja saudável, mas continuam a ser duas coisas diferentes.
Eu só não percebi do teor da mensagem inicial que existiam filhos. Se não existirem, a ponderação parece-me a mim bastante mais fácil


Simplesmente as relacoes conversam se..nao é " comigo porta fora logo ".. A não visita ao hospital é inadmissível óbvio..mas eu tenho um marido que viaja imenso em trabalho e sim,a nossa relação tremeu por isso,mas conversou se e tudo se resolveu..sentia me só na altura e ele estava sempre stressado com o trabalho..o diálogo foi essencial! Aliás já acabamos e voltamos várias vezes,com mais maturidade agora já estamos juntos à oito anos.Opinar na internet é tão fácil

LSL -
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Desde 28 Out 2010

E é por ainda existirem mentalidades de mulheres que acham normal este tipo de comportamento, que acham que as outras mulheres que dizem que não admitiriam este tipo de comportamento estão a mentir, que ainda existem tantas submissas aos comportamentos dos companheiros.
Para mim se se usa a palavra “sofrer” quando se fala de uma relação então está tudo perdido. Numa relação não é suposto sofrer. Ou estamos porque queremos e é bom ou mais vale não estarmos juntos.
Só se pode estar numa relação bem resolvida quando estamos bem resolvidas connosco. Uma relação é para termos e darmos apoio, ter um porto seguro, amor, carinho, atenção, cuidado. Se estas coisas não existem a relação tem de ser posta em causa. Tem de haver muita conversa e limar muitas arestas.
O meu marido trabalha 24 horas por dia! Está sempre ligado. Mesmo quando não está no local de trabalho tem de estar sempre ligado. Em todo o lado, em casa, de férias, sempre! Eu não gosto mas compreendo. E compreendo porque nos momentos em que não me pode mesmo falhar não falha. Porque mesmo sendo mais difícil para ele se eu estiver doente e precisar que ele fique em casa e me faça a comida e trate dos miúdos é isso que ele faz. E nem podia ser de outra maneira. Para estar em casa só quando lhe desse jeito não vale a pena. Para estar sozinha fico sozinha mesmo que não preciso de quem me aqueça os pés.
Os outros comportamentos do seu “companheiro” (que de companheiro pouco tem) são questionáveis mas não a visitar no hospital, não ficar consigo enquanto está em convalescença, deixá-la de propósito sem comer quando sabe que não o pode fazer sozinha. Para mim isso é demasiado grave.
Se aceita este comportamento ou não só você sabe mas valorize-se, coloque-se em primeiro, respeite-se. É o que falta a muitas mulheres respeito por si próprias.

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Ana Ruca escreveu:

KellyPT escreveu:
Tyta.B escreveu:
Ana Ruca escreveu:
Ansha escreveu:Calma, não caiam todas em cima da rapariga
Gostei do comentário da andreissse.
Isto nas relações há muito que se lhe diga, há fases, por isso não é logo “ olho da rua”. Pondere, como foi a relação até aqui, se acha que realmente pode haver outra pessoa, se ele ainda a procura ( nas vezes em q está) e sobretudo fale com ele sobre quais são as perspectivas dele, se ele acha que isto é vida e até qd acha q irá durar
Boa sorte

Verdade,na vida real se calhar sofrem bem pior e calam

Claro. Hoje em dia quem se atreve a ter opinião própria ou está a mentir ou tem inveja.
Eu gostava de ver qual seria a resposta se fosse um homem a dizer que a sua mulher lhe faz isto!
Gostamos tanto de nos considerarmos avançados, mas depois uma mulher tem continuar de aturar este tipo de falta de respeito e calar, onde já se viu ponderar afastar-se de um homem que não se interessa se ela passou por uma operação, se se consegue mexer ou se passa fome.

Exato. Gosto dos comentários segundo os quais "aturam bem pior e calam", que supõem que toda a gente atura, ou aturaria, algo assim e, se diz que não, está a mentir e armada em boa. Ou seja, ninguém é verdadeiramente capaz de pegar nas rédeas da sua vida e traçar limites que não admite sejam ultrapassados. Quando o diz, está a inventar. Pelo amor da santa!
Quando digo isto, não estou necessariamente a apelar ao divórcio (embora, se ele não me visitasse no hospital após uma cirurgia e não me apoiasse num pós-operatório pessoalmente duvido que lhe voltasse a olhar para a cara, mas isto sou eu). "Não admitir" certo comportamento significa traçar um limite e comunicá-lo à outra parte. Se esta estiver igualmente empenhada na relação, supõe-se que alterará alguma coisa do seu comportamento considerado intolerável pela pessoa que (supostamente) ama. Se não alterar, eu concluirei uma de duas coisas: ou não ama ou não está igualmente empenhado. E, neste caso, qualquer pessoa com 2 dedos de testa e um pingo de autoestima pensará se quer estar numa relação assim. Mas isto é uma segunda fase. Espera-se que, numa relação saudável, não se chegue a isto. É claro que eu duvido que a relação descrita seja saudável, mas continuam a ser duas coisas diferentes.
Eu só não percebi do teor da mensagem inicial que existiam filhos. Se não existirem, a ponderação parece-me a mim bastante mais fácil

Simplesmente as relacoes conversam se..nao é " comigo porta fora logo ".. A não visita ao hospital é inadmissível óbvio..mas eu tenho um marido que viaja imenso em trabalho e sim,a nossa relação tremeu por isso,mas conversou se e tudo se resolveu..sentia me só na altura e ele estava sempre stressado com o trabalho..o diálogo foi essencial! Aliás já acabamos e voltamos várias vezes,com mais maturidade agora já estamos juntos à oito anos.Opinar na internet é tão fácil

Por acaso, eu não disse "porta fora logo", como expliquei. Mas podia ter dito, porque podia perfeitamente ser essa a minha postura e o meu conselho e não tinha necessariamente de ser mentira (apesar de poder haver quem não concorde, obviamente). Para mim, alguém que acha que quem não admite certas coisas está provável ou necessariamente a mentir tem uma péssima noção das relações amorosas e do casamento e uma postura de submissão de bradar aos céus!

Moranguita2017 (não verificado)

Boa tarde .não li todos os comentários .
Uma mulher que é operada e o marido não arranja um bocadinho do seu tempo para ir visita-la no dia que sai do hospital ele prefere já tar com os colegas depois tem formação a 5km de sua casa e prefere dormir fora em vez de ir dormir com a namorada/esposa,você acha que merece isso ,um homem desses na sua vida???
A meu ver não acho nada normal um homem estar a 5km de casa e preferir dormir fora de casa porque supostamente 5km acaba por não ser assim tão longe.
Eu no seu caso falaria com ele e metia um ponto final nessas dormidas fora porque 5km pode muito bem ir dormir a casa .
Pense bem se é isso que quer para a sua vida

Ana Ruca -
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Desde 28 Ago 2017

KellyPT escreveu:

Ana Ruca escreveu:
KellyPT escreveu:
Tyta.B escreveu:
Ana Ruca escreveu:
Ansha escreveu:Calma, não caiam todas em cima da rapariga
Gostei do comentário da andreissse.
Isto nas relações há muito que se lhe diga, há fases, por isso não é logo “ olho da rua”. Pondere, como foi a relação até aqui, se acha que realmente pode haver outra pessoa, se ele ainda a procura ( nas vezes em q está) e sobretudo fale com ele sobre quais são as perspectivas dele, se ele acha que isto é vida e até qd acha q irá durar
Boa sorte

Verdade,na vida real se calhar sofrem bem pior e calam

Claro. Hoje em dia quem se atreve a ter opinião própria ou está a mentir ou tem inveja.
Eu gostava de ver qual seria a resposta se fosse um homem a dizer que a sua mulher lhe faz isto!
Gostamos tanto de nos considerarmos avançados, mas depois uma mulher tem continuar de aturar este tipo de falta de respeito e calar, onde já se viu ponderar afastar-se de um homem que não se interessa se ela passou por uma operação, se se consegue mexer ou se passa fome.

Exato. Gosto dos comentários segundo os quais "aturam bem pior e calam", que supõem que toda a gente atura, ou aturaria, algo assim e, se diz que não, está a mentir e armada em boa. Ou seja, ninguém é verdadeiramente capaz de pegar nas rédeas da sua vida e traçar limites que não admite sejam ultrapassados. Quando o diz, está a inventar. Pelo amor da santa!
Quando digo isto, não estou necessariamente a apelar ao divórcio (embora, se ele não me visitasse no hospital após uma cirurgia e não me apoiasse num pós-operatório pessoalmente duvido que lhe voltasse a olhar para a cara, mas isto sou eu). "Não admitir" certo comportamento significa traçar um limite e comunicá-lo à outra parte. Se esta estiver igualmente empenhada na relação, supõe-se que alterará alguma coisa do seu comportamento considerado intolerável pela pessoa que (supostamente) ama. Se não alterar, eu concluirei uma de duas coisas: ou não ama ou não está igualmente empenhado. E, neste caso, qualquer pessoa com 2 dedos de testa e um pingo de autoestima pensará se quer estar numa relação assim. Mas isto é uma segunda fase. Espera-se que, numa relação saudável, não se chegue a isto. É claro que eu duvido que a relação descrita seja saudável, mas continuam a ser duas coisas diferentes.
Eu só não percebi do teor da mensagem inicial que existiam filhos. Se não existirem, a ponderação parece-me a mim bastante mais fácil

Simplesmente as relacoes conversam se..nao é " comigo porta fora logo ".. A não visita ao hospital é inadmissível óbvio..mas eu tenho um marido que viaja imenso em trabalho e sim,a nossa relação tremeu por isso,mas conversou se e tudo se resolveu..sentia me só na altura e ele estava sempre stressado com o trabalho..o diálogo foi essencial! Aliás já acabamos e voltamos várias vezes,com mais maturidade agora já estamos juntos à oito anos.Opinar na internet é tão fácil

Por acaso, eu não disse "porta fora logo", como expliquei. Mas podia ter dito, porque podia perfeitamente ser essa a minha postura e o meu conselho e não tinha necessariamente de ser mentira (apesar de poder haver quem não concorde, obviamente). Para mim, alguém que acha que quem não admite certas coisas está provável ou necessariamente a mentir tem uma péssima noção das relações amorosas e do casamento e uma postura de submissão de bradar aos céus!


Desde quando conversar e ter uma postura civilizada é ser submissa? Caramba que confusao aí vai..

guialmi -
Offline
Desde 13 Jul 2013

LSL escreveu:
E é por ainda existirem mentalidades de mulheres que acham normal este tipo de comportamento, que acham que as outras mulheres que dizem que não admitiriam este tipo de comportamento estão a mentir, que ainda existem tantas submissas aos comportamentos dos companheiros.
Para mim se se usa a palavra “sofrer” quando se fala de uma relação então está tudo perdido. Numa relação não é suposto sofrer. Ou estamos porque queremos e é bom ou mais vale não estarmos juntos.
Só se pode estar numa relação bem resolvida quando estamos bem resolvidas connosco. Uma relação é para termos e darmos apoio, ter um porto seguro, amor, carinho, atenção, cuidado. Se estas coisas não existem a relação tem de ser posta em causa. Tem de haver muita conversa e limar muitas arestas.
O meu marido trabalha 24 horas por dia! Está sempre ligado. Mesmo quando não está no local de trabalho tem de estar sempre ligado. Em todo o lado, em casa, de férias, sempre! Eu não gosto mas compreendo. E compreendo porque nos momentos em que não me pode mesmo falhar não falha. Porque mesmo sendo mais difícil para ele se eu estiver doente e precisar que ele fique em casa e me faça a comida e trate dos miúdos é isso que ele faz. E nem podia ser de outra maneira. Para estar em casa só quando lhe desse jeito não vale a pena. Para estar sozinha fico sozinha mesmo que não preciso de quem me aqueça os pés.
Os outros comportamentos do seu “companheiro” (que de companheiro pouco tem) são questionáveis mas não a visitar no hospital, não ficar consigo enquanto está em convalescença, deixá-la de propósito sem comer quando sabe que não o pode fazer sozinha. Para mim isso é demasiado grave.
Se aceita este comportamento ou não só você sabe mas valorize-se, coloque-se em primeiro, respeite-se. É o que falta a muitas mulheres respeito por si próprias.

Eu por acaso não vi em nenhum comentário que houvesse alguém a dizer que os comportamentos em causa eram normais e aceitáveis.
Se calhar aqui a questão é a interpretação do verbo "admitir". Enquanto que para umas "não admitir" um determinado comportamento significa romper de imediato a relação (porque o consideram indesculpáveis, logo, sem solução), para outras significa que pode haver desculpa, se houver arrependimento e mudança. Claro, haverá ainda quem considere que ao parceiro (seja homem ou mulher) tudo se deve aceitar, mas para já não vi neste tópico ninguém com essa postura).
Eu não faço julgamentos sobre a "(im)perfeição" dos relacionamentos alheios. Quando a LSL diz que numa relação não é suposto sofrer , se é esse o caso da sua relação, ótimo para si. Apenas posso dizer que na minha já houve momentos de profundo sofrimento, causados por um, pelo outro, ou por ambos. Já fiz coisas que não são aceitáveis, ele já fez coisas que não são aceitáveis. Nessas situações, escolhemos enfrentar a crise, perdoar o outro e mudar. Claro, um de nós podia ter pensado "isto é tão grave que não tem volta a dar" - a posição que várias de vós defende (e estão no seu direito). Mas não foi esse o nosso caminho, e não foi por falta de amor-próprio, acomodação ou submissão.
Neste caso em concreto, penso que faltam muitos dados para poder afirmar inequivocamente que a relação está condenada - penso que é essa certeza que está ser posta em causa nalguns comentários. Às vezes, numa relação, perdemos o norte e fazemos coisas muito estúpidas, mas percebemos a tempo e mudamos .Nºao faço ideia se é esse o caso, só mesmo a autora para voltar ao tópico e ajudar-nos a perceber melhor.

Tyta.B -
Offline
Desde 31 Jul 2015

Claro que faltam aqui dados, mas é apenas com base nos dados fornecidos que podemos opinar. E na minha opinião, com base naquilo que eu li, eu sei bem o que faria.
MAS
a questão aqui é que não interessa se a Ana Ruca perdoava e esquecia. A questão é que a Ana Ruca chamou de mentirosas aquelas que disseram que não perdoavam, dizendo que na vida real até devem aturar pior e calar. E eu gostava mesmo de perceber porquê que tem obrigatoriamente de ser mentira.
A verdade da Ana Ruca é universal? Lá porque admitia isto todas as outras também têm de admitir?
E de certeza que se fosse um homem a dizer que não perdoava este tipo de atitudes à sua mulher, ninguém colocava em causa a veracidade das suas palavras, mas a uma mulher já colocam.
Se isto não é machismo é o quê?
Partir do principio que TODAS as mulheres aturam isto e pior não é supor que TODAS são submissas?
Partindo também do princípio que nós avaliamos o mundo com base na nossa realidade, eu posso então concluir que se a Ana Ruca acredita que todas somos submissas, é porque a Ana Ruca o é.

By the way, eu continuo a achar que este tópico é tanga.

Tyta.B -
Offline
Desde 31 Jul 2015

Claro que faltam aqui dados, mas é apenas com base nos dados fornecidos que podemos opinar. E na minha opinião, com base naquilo que eu li, eu sei bem o que faria.
MAS
a questão aqui é que não interessa se a Ana Ruca perdoava e esquecia. A questão é que a Ana Ruca chamou de mentirosas aquelas que disseram que não perdoavam, dizendo que na vida real até devem aturar pior e calar. E eu gostava mesmo de perceber porquê que tem obrigatoriamente de ser mentira.
A verdade da Ana Ruca é universal? Lá porque admitia isto todas as outras também têm de admitir?
E de certeza que se fosse um homem a dizer que não perdoava este tipo de atitudes à sua mulher, ninguém colocava em causa a veracidade das suas palavras, mas a uma mulher já colocam.
Se isto não é machismo é o quê?
Partir do principio que TODAS as mulheres aturam isto e pior não é supor que TODAS são submissas?
Partindo também do princípio que nós avaliamos o mundo com base na nossa realidade, eu posso então concluir que se a Ana Ruca acredita que todas somos submissas, é porque a Ana Ruca o é.

By the way, eu continuo a achar que este tópico é tanga.

Andreissse -
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Desde 13 Nov 2015

Tyta.B escreveu:
Claro que faltam aqui dados, mas é apenas com base nos dados fornecidos que podemos opinar. E na minha opinião, com base naquilo que eu li, eu sei bem o que faria.
MAS
a questão aqui é que não interessa se a Ana Ruca perdoava e esquecia. A questão é que a Ana Ruca chamou de mentirosas aquelas que disseram que não perdoavam, dizendo que na vida real até devem aturar pior e calar. E eu gostava mesmo de perceber porquê que tem obrigatoriamente de ser mentira.
A verdade da Ana Ruca é universal? Lá porque admitia isto todas as outras também têm de admitir?
E de certeza que se fosse um homem a dizer que não perdoava este tipo de atitudes à sua mulher, ninguém colocava em causa a veracidade das suas palavras, mas a uma mulher já colocam.
Se isto não é machismo é o quê?
Partir do principio que TODAS as mulheres aturam isto e pior não é supor que TODAS são submissas?
Partindo também do princípio que nós avaliamos o mundo com base na nossa realidade, eu posso então concluir que se a Ana Ruca acredita que todas somos submissas, é porque a Ana Ruca o é.
By the way, eu continuo a achar que este tópico é tanga.

Eu penso que o que a utilisadora quis dizer é que "quem está de fora racha lenha". Ou seja, é sempre muito mais fácil sermos radicais na relação dos outros do que na nossa propria relacao. Com isto nao estou a dizer que tolerava o comportamento, obvio que nao pois minha postura perante o relacionamento nao me permite isso. Mas o que dá a sensacao é que ha muita rispidez nos comentarios e toda gente sabe que quando envolve sentimentos ninguem consegue pedir um divorcio sem a minima ponderacao e sem dar uma oportunidade... Penso ser desnecessario essas rotulações de submissa, etc. As relacoes sao complexas e por alguem perdoar uma vez nao a torne submissa face a uma mulher q n tolere nada ou diga isso...

Ana Ruca -
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Desde 28 Ago 2017

Tyta.B escreveu:
Claro que faltam aqui dados, mas é apenas com base nos dados fornecidos que podemos opinar. E na minha opinião, com base naquilo que eu li, eu sei bem o que faria.
MAS
a questão aqui é que não interessa se a Ana Ruca perdoava e esquecia. A questão é que a Ana Ruca chamou de mentirosas aquelas que disseram que não perdoavam, dizendo que na vida real até devem aturar pior e calar. E eu gostava mesmo de perceber porquê que tem obrigatoriamente de ser mentira.
A verdade da Ana Ruca é universal? Lá porque admitia isto todas as outras também têm de admitir?
E de certeza que se fosse um homem a dizer que não perdoava este tipo de atitudes à sua mulher, ninguém colocava em causa a veracidade das suas palavras, mas a uma mulher já colocam.
Se isto não é machismo é o quê?
Partir do principio que TODAS as mulheres aturam isto e pior não é supor que TODAS são submissas?
Partindo também do princípio que nós avaliamos o mundo com base na nossa realidade, eu posso então concluir que se a Ana Ruca acredita que todas somos submissas, é porque a Ana Ruca o é.
By the way, eu continuo a achar que este tópico é tanga.

A minha verdade nao é universal só que tenho sempre reticencias sobre o que se escreve na net,seja homem ou mulher! As mulheres realmente são as suas principais inimigas com estes comentários...nota,eu nunca disse que admitia o que fosse.A Guiami disse tudo melhor que eu..as relações são dinâmicas e não estanques,não vivemos numa utopia

LSL -
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Desde 28 Out 2010

guialmi escreveu:

LSL escreveu:E é por ainda existirem mentalidades de mulheres que acham normal este tipo de comportamento, que acham que as outras mulheres que dizem que não admitiriam este tipo de comportamento estão a mentir, que ainda existem tantas submissas aos comportamentos dos companheiros.
Para mim se se usa a palavra “sofrer” quando se fala de uma relação então está tudo perdido. Numa relação não é suposto sofrer. Ou estamos porque queremos e é bom ou mais vale não estarmos juntos.
Só se pode estar numa relação bem resolvida quando estamos bem resolvidas connosco. Uma relação é para termos e darmos apoio, ter um porto seguro, amor, carinho, atenção, cuidado. Se estas coisas não existem a relação tem de ser posta em causa. Tem de haver muita conversa e limar muitas arestas.
O meu marido trabalha 24 horas por dia! Está sempre ligado. Mesmo quando não está no local de trabalho tem de estar sempre ligado. Em todo o lado, em casa, de férias, sempre! Eu não gosto mas compreendo. E compreendo porque nos momentos em que não me pode mesmo falhar não falha. Porque mesmo sendo mais difícil para ele se eu estiver doente e precisar que ele fique em casa e me faça a comida e trate dos miúdos é isso que ele faz. E nem podia ser de outra maneira. Para estar em casa só quando lhe desse jeito não vale a pena. Para estar sozinha fico sozinha mesmo que não preciso de quem me aqueça os pés.
Os outros comportamentos do seu “companheiro” (que de companheiro pouco tem) são questionáveis mas não a visitar no hospital, não ficar consigo enquanto está em convalescença, deixá-la de propósito sem comer quando sabe que não o pode fazer sozinha. Para mim isso é demasiado grave.
Se aceita este comportamento ou não só você sabe mas valorize-se, coloque-se em primeiro, respeite-se. É o que falta a muitas mulheres respeito por si próprias.

Eu por acaso não vi em nenhum comentário que houvesse alguém a dizer que os comportamentos em causa eram normais e aceitáveis.
Se calhar aqui a questão é a interpretação do verbo "admitir". Enquanto que para umas "não admitir" um determinado comportamento significa romper de imediato a relação (porque o consideram indesculpáveis, logo, sem solução), para outras significa que pode haver desculpa, se houver arrependimento e mudança. Claro, haverá ainda quem considere que ao parceiro (seja homem ou mulher) tudo se deve aceitar, mas para já não vi neste tópico ninguém com essa postura).
Eu não faço julgamentos sobre a "(im)perfeição" dos relacionamentos alheios. Quando a LSL diz que numa relação não é suposto sofrer , se é esse o caso da sua relação, ótimo para si. Apenas posso dizer que na minha já houve momentos de profundo sofrimento, causados por um, pelo outro, ou por ambos. Já fiz coisas que não são aceitáveis, ele já fez coisas que não são aceitáveis. Nessas situações, escolhemos enfrentar a crise, perdoar o outro e mudar. Claro, um de nós podia ter pensado "isto é tão grave que não tem volta a dar" - a posição que várias de vós defende (e estão no seu direito). Mas não foi esse o nosso caminho, e não foi por falta de amor-próprio, acomodação ou submissão.
Neste caso em concreto, penso que faltam muitos dados para poder afirmar inequivocamente que a relação está condenada - penso que é essa certeza que está ser posta em causa nalguns comentários. Às vezes, numa relação, perdemos o norte e fazemos coisas muito estúpidas, mas percebemos a tempo e mudamos .Nºao faço ideia se é esse o caso, só mesmo a autora para voltar ao tópico e ajudar-nos a perceber melhor.


Isto de “falar” escrito é uma treta e dá para que existam muitas interpretações.
Quando eu falo em não admitir não significa que acabe uma relação nesse momento. Significa que houve um erro grosseiro e que se é para avançar não pode voltar a existir. E para que a pessoa que errou tenha conhecimento disso tem de se conversar. Para mim a situação da cirurgia se não fosse um deal breaker era quase por ser demasiado grave e flagrante. Poderia ser conversada? Claramente, mas nunca mais as coisas seriam iguais.
Quando me referia aos comportamentos aceites pelas mulheres estava a ponderar sobre alguém que disse que quem dizia que não admitia isto estava a mentir porque sofria pior. Não aceito que se ache que dizer que não se admite certos comportamentos é mentira.
Quanto à parte de sofrer numa relação sim, acho que não se está numa relação para se sofrer. E por sofrer falo em ser mais infeliz do que feliz. Acho que é verdade as relações não são estanques, não são sempre iguais e temos de fazer muitas adaptações. É claro que um faz coisas que o outro não gosta, que há erros. No entanto acho que se esses comportamentos e/ou erros provocam no outro um mal estar tão grande que passa a fase da chatice ou desagrado para o sofrimento algo está muito errado. Ficar chateado, aborrecido, discutir, ter fases menos boas toda a gente tem. A verdade é que eu também tenho uma enorme dificuldade em perdoar. Muita mesmo. Acabo até a ter poucas pessoas à minha volta por causa disso. Portanto é normal que para mim algo que me fizesse sofrer e fosse difícil de perdoar para a maioria das pessoas para mim seria quase impossível. Estou a tentar melhorar nisto do perdão mas não é fácil.
Acho que o conseguirmos lidar com certas situações nas relações também tem a ver com os exemplos que tivemos e com as nossas vivências anteriores. Por isso é que há tantas discrepâncias na forma como se lidaria com esta situação.
Mais um tópico de xaxa mas que abriu a discussão.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Ana Ruca escreveu:

Tyta.B escreveu:Claro que faltam aqui dados, mas é apenas com base nos dados fornecidos que podemos opinar. E na minha opinião, com base naquilo que eu li, eu sei bem o que faria.
MAS
a questão aqui é que não interessa se a Ana Ruca perdoava e esquecia. A questão é que a Ana Ruca chamou de mentirosas aquelas que disseram que não perdoavam, dizendo que na vida real até devem aturar pior e calar. E eu gostava mesmo de perceber porquê que tem obrigatoriamente de ser mentira.
A verdade da Ana Ruca é universal? Lá porque admitia isto todas as outras também têm de admitir?
E de certeza que se fosse um homem a dizer que não perdoava este tipo de atitudes à sua mulher, ninguém colocava em causa a veracidade das suas palavras, mas a uma mulher já colocam.
Se isto não é machismo é o quê?
Partir do principio que TODAS as mulheres aturam isto e pior não é supor que TODAS são submissas?
Partindo também do princípio que nós avaliamos o mundo com base na nossa realidade, eu posso então concluir que se a Ana Ruca acredita que todas somos submissas, é porque a Ana Ruca o é.
By the way, eu continuo a achar que este tópico é tanga.

A minha verdade nao é universal só que tenho sempre reticencias sobre o que se escreve na net,seja homem ou mulher! As mulheres realmente são as suas principais inimigas com estes comentários...nota,eu nunca disse que admitia o que fosse.A Guiami disse tudo melhor que eu..as relações são dinâmicas e não estanques,não vivemos numa utopia

Cada vez tenho mais dúvidas.
Uma mulher que aconselhe outra a exigir respeito por parte do seu companheiro está a ser sua inimiga?
Porquê?

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Andreissse escreveu:

Tyta.B escreveu:Claro que faltam aqui dados, mas é apenas com base nos dados fornecidos que podemos opinar. E na minha opinião, com base naquilo que eu li, eu sei bem o que faria.
MAS
a questão aqui é que não interessa se a Ana Ruca perdoava e esquecia. A questão é que a Ana Ruca chamou de mentirosas aquelas que disseram que não perdoavam, dizendo que na vida real até devem aturar pior e calar. E eu gostava mesmo de perceber porquê que tem obrigatoriamente de ser mentira.
A verdade da Ana Ruca é universal? Lá porque admitia isto todas as outras também têm de admitir?
E de certeza que se fosse um homem a dizer que não perdoava este tipo de atitudes à sua mulher, ninguém colocava em causa a veracidade das suas palavras, mas a uma mulher já colocam.
Se isto não é machismo é o quê?
Partir do principio que TODAS as mulheres aturam isto e pior não é supor que TODAS são submissas?
Partindo também do princípio que nós avaliamos o mundo com base na nossa realidade, eu posso então concluir que se a Ana Ruca acredita que todas somos submissas, é porque a Ana Ruca o é.
By the way, eu continuo a achar que este tópico é tanga.

Eu penso que o que a utilisadora quis dizer é que "quem está de fora racha lenha". Ou seja, é sempre muito mais fácil sermos radicais na relação dos outros do que na nossa propria relacao. Com isto nao estou a dizer que tolerava o comportamento, obvio que nao pois minha postura perante o relacionamento nao me permite isso. Mas o que dá a sensacao é que ha muita rispidez nos comentarios e toda gente sabe que quando envolve sentimentos ninguem consegue pedir um divorcio sem a minima ponderacao e sem dar uma oportunidade... Penso ser desnecessario essas rotulações de submissa, etc. As relacoes sao complexas e por alguem perdoar uma vez nao a torne submissa face a uma mulher q n tolere nada ou diga isso...

É tão desnecessário chamar submissa a quem pondera aceitar estas situações, como chamar mentirosa a quem diz que não aceitaria.
E efectivamente é bem mais fácil falar/raciocinar de fora das situações, por isso tantas vezes pedimos conselhos a terceiros.
Mas no fim o que me faz ficar espantada é mesmo essa parte que referiu do "envolver sentimentos", porque eu perderia todo e qualquer sentimento por um homem que me fizesse o que está descrito no tópico. Eu já passei por uma separação (com o pai do meu filho) que foi inevitável precisamente porque o sentimento quebrou-se com a falta de companheirismo dele, e é o que mais aviso neste tipo de tópicos onde as mulheres se queixam dos maridos, 'falem com eles antes que as faltas de respeito escalem, porque o sentimento morre com elas', e isto da mulher ser operada e o companheiro nem a visitar é o cúmulo do desrespeito e falta de interesse possível numa relação (e daí também me custar a acreditar que seja verdade).