A saga continua - desemprego | De Mãe para Mãe

A saga continua - desemprego

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Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Alô mamas e futuras mamãs
Isto é um desespero só.
Vi uma notícia já antiga de uma mãe que não tinha onde deixar o filho e apresentou se numaa das formações do IEFP com o filho. Tentaram tirar lhe o subsídio ou expulsa lá do curso ( não percebi bem) mas ela ripostou publicamente e até creche para o filho lhe arranjaram.
Se soubesse quando fui chamada tinha levado o meu filho com sorte arranjavam lhe creche já que o CEI é para lar mas anexado a uma creche. Ou então mandavam me para casa e o meu marido podia ir trabalhar.
Agora vem o dia da semana para procura activa de emprego que eu tiro com muito gosto a meio da semana que sempre corta ali a semana e parece que passa mais rápido. Aproveito e faço as diligências todas para o centro de emprego e não vá aparecer algo que me agrade (mas a amamentar quem é que me chama?) mas agora dizem que para apresentar na entidade não serve mail. Tem que ser a declaração presencial (carimbo). Pois bem. Lá fui eu a dois ou três sítios do meu interesse. E acabei o dia a sentir me um lixo. Um não tinha vagas e não carimbou. Outro deixei candidatura mas não tinha ninguém para assinar. O outro não tinha como deixar candidatura e ninguém para assinar. Vim para casa e mandei um currículo e amanhã lá vou eu mostrar aquilo e dizerem me que não serve. Pois muito bem mas eu não vou andar a pedir carimbos feita maluca para me dizerem que não há ninguém que assine e depois ainda me marcam falta no "trabalho" por falta de comprovativo. O mais ridículo é que o contrato diz 4dias para procura activa de emprego e na legislação do centro de emprego diz que procura activa de emprego é candidaturas online, candidaturas presenciais emails entre outros. Então porque a obrigatoriedade do carimbo? Segundo a senhora do centro de emprego daqui "e mails pode mandar a qualquer hora não precisa de ser no dia da procura" então mas eu estou a "trabalhar" tenho um dia especifico que é meu direito para esse fim porque raio vou eu fazer nos outros dias ddepois de um dia de "trabalho" de cuidar da casa e do bebé (claro que isto ninguém quer saber.) desculpem o testamento mas fico perdida no meio destas burocracias e a pensar que tenho só 26anos e o país para o qual eu contribuo não quer saber de mim nem imagino quando chegar a "velha"

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Provavelmente vai me acontecer o mesmo que acontecesse aos idosos que estão lá. Largada num lar ao cuidado de pessoas que o estado manda para lá sem qualquer formação ou aptidão para cuidar de idosos.
Vivi até agora numa ilusão de um país e de um sociedade onde o que importava eram as pessoas. Desde que tive o meu filho percebi que isso não é bem assim. Desde as prioridades as grávidas e bebés de colo (em 1ano de prioridade em filas apenas duas vezes ma deram) até ao desemprego grávida. Passando pelas horas de amamentação vs ninguém te vai chamar. Sim chegaram me a dizer que mais valia abdicar das horas se quisesse arranjar trabalho. Nao esquecendo o engano dos incentivos à natalidade. É muito bonito
dizer para os ter mas estou a beira de não ter creche. Se fosse rica já tinha e não precisava de ser privada. .bem vejo quem deixa os filhos em algumas ipss afinal quanto maior for o rendimento maior a contribuição. Sinto me frustrada. E espero conseguir educar o meu filho para ser e fazer diferente e se assim o conseguir já fiz o meu papel. Já dizia o Ronaldo "eu não vou mudar o mundo. Tu não vais mudar o mundo. Mas podemos fazer a diferença" assim o espero com a educação que espero conseguir transmitir ao meu filho. Que espero que nunca tenha que passar por estas situações.

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Provavelmente vai me acontecer o mesmo que acontecesse aos idosos que estão lá. Largada num lar ao cuidado de pessoas que o estado manda para lá sem qualquer formação ou aptidão para cuidar de idosos.
Vivi até agora numa ilusão de um país e de um sociedade onde o que importava eram as pessoas. Desde que tive o meu filho percebi que isso não é bem assim. Desde as prioridades as grávidas e bebés de colo (em 1ano de prioridade em filas apenas duas vezes ma deram) até ao desemprego grávida. Passando pelas horas de amamentação vs ninguém te vai chamar. Sim chegaram me a dizer que mais valia abdicar das horas se quisesse arranjar trabalho. Nao esquecendo o engano dos incentivos à natalidade. É muito bonito
dizer para os ter mas estou a beira de não ter creche. Se fosse rica já tinha e não precisava de ser privada. .bem vejo quem deixa os filhos em algumas ipss afinal quanto maior for o rendimento maior a contribuição. Sinto me frustrada. E espero conseguir educar o meu filho para ser e fazer diferente e se assim o conseguir já fiz o meu papel. Já dizia o Ronaldo "eu não vou mudar o mundo. Tu não vais mudar o mundo. Mas podemos fazer a diferença" assim o espero com a educação que espero conseguir transmitir ao meu filho. Que espero que nunca tenha que passar por estas situações.

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Qual é a tua área em profissional?

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Qual é a tua área em profissional?

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Hotelaria e turismo.
Maioritariamente empregada de andares

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Hotelaria e turismo.
Maioritariamente empregada de andares

Di_cris -
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Desde 28 Abr 2016

Quando estive desempregada, toda a documentação que reuni eram os e-mails que enviava ocm candidaturas, nunca me foi dada indicação de que não seriam válidos...

shicat -
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Desde 25 Set 2013

A verdade é que não podemos ter filhos a contar com subsídios ou apoios do Estado. E compreensão dos patrões? Isso é coisa que também não existe. Por essas e por outras é que os casais acabam por ter filhos cada vez mais tarde. Eu só engravidei já com 35 anos... quando finalmente tive uma situação estável em perspetiva. Mesmo assim, abdiquei das horas de amamentação porque não quis arriscar o primeiro contrato de trabalho que tive na vida. Antes disso eram estágios e recibos verdes e, nos períodos de desemprego, o IEFP não me levantava questões: como eu não tinha direito a subsídio (apesar de ter descontado como independente), não lhes interessava muito.
Mas olhe que não partilho dessa visão das IPSS serem para pessoas ricas. Eu consegui vaga quase por milagre numa (e fui a várias) porque sempre me disseram que davam prioridade a agregados com poucos rendimentos ou com outros problemas. Pago quase o máximo e pouco compensa em relação a uma privada... aliás, aqui, quem tem mesmo dinheiro (que isto de ganhar 1000 ou 5000 é igual nestas coisas) vai para as privadas que têm outros horários, outras atividades extra, outras condições.

TâniaS Neves -
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Desde 29 Mar 2014

Eu acho que essa situação não tem lógica nenhuma. O problema de quem está nos centros de emprego e nas seguranças sociais é que pensam que estão a dar alguma coisa que é delas. Se bem entendi tem que ter 4 procuras de emprego mensais certo? Procura no dia que quer, como quiser. Até pode ter 4 mails no mesmo dia, cumpriu os requisitos que são 4 mensais. de que zona é? Eu também estou desempregada e por aqui não tenho tido problemas mas já tenho ouvido vários casos como o seu. Tem que se impor, eles não inventam as leis deles e as pessoas têm que fazer, que era só o que mais faltava.

19.04.2013- começou o nosso sonho, apenas dois meses de tentativas
10.12.2013- nasce o nosso príncipe as 39+4 semanas
08.03.2017- começou mais um sonho, apenas dois meses de tentativas

janew -
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Desde 18 Jun 2016

Por isso é que a taxa de desemprego está a "descer". Com essas exigências quem não recebe nada do centro de emprego desiste e deixa de constar nas estatísticas. O meu marido bastou não reenviar uma carta para assumirem que estava empregado. O centro de emprego não serviu para nada, nem nos cursos o aceitavam!
Inscreva-se numa empresa de trabalho temporário, pode ser que arranje qquer coisa.
Quanto à creche, inscreva-o em todas as IPSS que conhecer, na sala do 1 ano é mais fácil (berçário enche só com os irmãos). Os meus vizinhos arranjaram vaga nesta altura, pois quem estava à frente não atendeu o telefone (deviam estar de férias).
Boa sorte!

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Eu sou de Aveiro.
O meu marido esteve desempregado em lx e nada disto foi assim.
Parece que é conforme a disposição de quem nos atende.
E podem dizer como já me disseram "se estás desempregada tens que aceitar tudo." ou no cei onde estou "há tens que aceitar e fazer porque nos andamos a descontar para te pagar" só espero que essas pessoas nunca passem pela minha situação e de tantas outras mulheres e homens.
Eu como desempregada tenho deveres/obrigações e direitos. E não me faz sentido cumprir as minhas obrigações e não ter direito aos meus direitos. Alguém algures no tempo lutou para que eu tivesse direitos hoje. E se eu cumpro as minhas obrigações o diabo que me leve se eu não usufruo dos meus direitos.
Gostava que não fossemos só números sabem? Que alguém nos ouvisse e entendesse sem a ameaça de "vamos lhe tirar o subsidio." aliás um dos deveres do centro de emprego é ajudar desempregados a encontrar emprego. Pois bem ate hoje ainda não conheci ninguém que me diga "o centro de emprego arranjou me este emprego... E ainda lá estou" então eles têm no site ofertas para a minha zona na minha área profissional porque não me chamam? Eu respondi e até agora nada. Nem vão chamar sabem porque? Porque eu estou a trabalhar de graça a preencher lacunas no sistema de graça. Deixa me triste estas coisas

SK. -
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Desde 14 Ago 2012

Em relação às IPSS concordo com a shicat. Normalmente as IPSS são precisamente para quem tem rendimentos baixos (ou não tem de todo). Na minha zona ainda fui a uma só para saber como funcionava e disseram-me que nem valia a pena ficar em lista de espera porque a prioridade vai para desempregados/baixos rendimentos. Nós com dois ordenados acima do mínimo nacional nunca iríamos ter vago e se tivéssemos seria como a shicat disse, iríamos pagar quase como numa privada.

É óbvio que não sei se já colocaram esta hipótese, mas tentaste procurar vaga numa IPSS da tua zona? Supondo que funcionam de igual modo em todo o país, se estão ambos desempregados teriam prioridade. E agora no fim de ano lectivo costumam existir vagas nos berçários por causa das transições de sala. Se isso fosse viável já tinha onde deixar o bebé e poderia procurar um emprego a sério.

Ah, e em relação à dificuldade em arranjar emprego por causa do bebé e das horas de amamentação... felizmente há empresas onde isso não é entrave nenhum (embora ache que não seja uma coisa que se deva abordar logo na entrevista de emprego) mas pessoalmente, se eu estivesse desesperada por encontrar um emprego decente, ponderava abdicar das horas de amamentação em prol de uma situação financeira mais estável.

SK. -
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Desde 14 Ago 2012

Múrias escreveu:
Pois bem ate hoje ainda não conheci ninguém que me diga "o centro de emprego arranjou me este emprego... E ainda lá estou" então eles têm no site ofertas para a minha zona na minha área profissional porque não me chamam? Eu respondi e até agora nada. Nem vão chamar sabem porque? Porque eu estou a trabalhar de graça a preencher lacunas no sistema de graça. Deixa me triste estas coisas

Só para dar uma luzinha de esperança: eu sou uma das pessoas que pode afirmar isso. Foi o centro de emprego que me chamou para a entrevista da empresa onde estou actualmente. No início foi para estágio profissional pelo IEFP (como quase sempre), depois para um contrato a recibos verdes e finalmente fiquei com contrato a sério. Já estou na empresa há 3 anos, com uma gravidez pelo meio em altura de renovação.

Agora em relação às ofertas disponíveis, a verdade é que realmente na maioria das vezes não chamam automaticamente mas podes candidatar-te à mesma. E aí já te chamam para entrevista. Espero que consigas encontrar algo decente em breve Sorriso

SK. -
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Desde 14 Ago 2012

shicat escreveu:
A verdade é que não podemos ter filhos a contar com subsídios ou apoios do Estado.

Faz-me uma confusão tremenda a quantidade de pessoas que decide engravidar de forma voluntária a contar com essas situações. Quando está apenas um elemento desempregado (e se o outro receber mais que o ordenado mínimo) ainda consigo entender, mas quando estão ambos desempregados aí não percebo mesmo.

(Múrias, atenção que este comentário não é dirigido a ti, pois nem conheço a vossa situação. Foi só um aparte.)

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Eu inscrevi o e continuo a inscrever em todas as ipss até fora da área de residência. E a da área de residência directa disse "se a sua situação de emprego se alterar venha cá porque nos damos prioridade a pais trabalhadores visto não terem como ficar com as crianças porque estão a trabalhar" dito pela coordenadora

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Mamã sk és oficialmente a primeira pessoa que conheço nessa situação. E fico feliz que contigo tenha resultado. É claramente uma questão de sorte já percebi não só no local de trabalho mas também no centro de emprego que te abrange. Comigo infelizmente a experiência não tem sido positiva. E espero depois de resolver esta nunca mais precisar do centro de emprego para nada.

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Mamã sk és oficialmente a primeira pessoa que conheço nessa situação. E fico feliz que contigo tenha resultado. É claramente uma questão de sorte já percebi não só no local de trabalho mas também no centro de emprego que te abrange. Comigo infelizmente a experiência não tem sido positiva. E espero depois de resolver esta nunca mais precisar do centro de emprego para nada.

SK. -
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Desde 14 Ago 2012

Penso que o problema maior esteja relacionado com os empregadores. O centro de emprego é apenas um meio (apesar de por vezes não funcionar muito bem) mas infelizmente existem inúmeras empresas cujo único interesse é ter um trabalhador de forma quase gratuita, como te está a acontecer.

É preciso ter sorte com as ofertas. No entanto, no meu caso sinceramente não foi tudo bonito e fácil... A entrevista de emprego teve de ser presencial na sede da empresa, a 150km do meu local de residência, e o meu gestor disse que poderia recusar se alegasse não ter transporte. Acredito que logo aqui tenham existido várias recusas. Depois estive 7 meses à espera da aprovação do estágio, tempo durante o qual ia trabalhando à mesma e recebia apenas subsídio de alimentação, deslocações e uma bolsa de 100€ que a empresa me pagava por gentileza. Todos à minha volta diziam que estava a ser explorada e que nunca aceitariam tal coisa... e sei que muitos desempregados também recusavam. Mas pelo menos estava activa na minha área, a fazer contactos e mantinha a esperança de um contrato no fim do estágio, como referido na entrevista e que felizmente se comprovou. Não foi fácil mas por vezes situações que nos parecem terríveis acabam por se transformar em algo bom. É claro que infelizmente não é o caso do lar onde estás, que definitivamente quer funcionários por 80€, mas espero que entretanto te apareça uma luz ao fundo do túnel.

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Ainda bem que conseguis te fazer com que tudo acabasse bem e parabéns pelo esforço. No final compensou.
Pois eu acredito que tudo tem um sentido mesmo que não o consigamos ver na altura. E estar ali não vai ser diferente. E e

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Não me levem a mal mas sigam o meu raciocínio.
Contextualizado num mundo onde o dinheiro vale mais que a palavra das pessoas e que a corrupção é comum.
Claro que as instituições de solidariedade social não podem gritar que só aceitam gente com posses mas vejam comigo se tiverem 20criancas com os pais a pagar 200 euros (valor mandado para o ar) cada acham mesma que vão ter 20 crianças com os pais a pagar 30euros? Nesta onde estou vejo um misto e já vi pessoas a pagar esse valor ou próximo. Mas na da minha área de residência vos garanto que reina o dinheiro. E que me perdoem os defensores das públicas mas se pudesse por duzentos euros metia mais uns tro

Múrias -
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Desde 22 Set 2017

Trocados e metia o na privada pela menos até ao 4ano. Mas cada um sabe do seu filho.
Como já vos disse disseram me que davam prioridade a pais trabalhadores. Claro que os pais trabalhadores não têm com quem deixar as crianças mas também pagam mais. E eu sem conseguir creche para ele não consigo ir trabalhar logo deveria de haver uma ligação entre o centro de emprego /ss e as creches visto para além de mim e da minha família ser interesse do estado que eu esteja a contribuir activamente para a minha sociedade.
Desculpem me mas as vezes acho que vivo num país desenvolvido e depois acordo.