RISCO TRISSOMIA 21 DE 1/2 E RECORRÊNCIA EM 2ª GRAVIDEZ?

Bom ano 2017 para todas as meninas do fórum!
Acompanho este fórum desde que engravidei do meu menino hoje com 5 anos e tem sido importante ler e partilhar experiências.
Hoje quero partilhar convosco a minha vivência para me ajudar a recomeçar e, ao mesmo tempo, ajudar outras meninas com uma situação parecida.
Em Setembro de 2016, com 37 anos, voltei a engravidar pela 2ª vez esperando dar um mano/a ao meu menino, mas não correu bem.
Com 11 semanas de gravidez os meus resultados no rastreio integrado – bioquímico (PAPP e o Beta alterados) + ecografia (TN 2.7mm) davam um risco para trissomia 21 de 1/2! Encarei as análises como o fiz da primeira vez que estive grávida com serenidade, mas de repente, tinha 50% de probabilidades do meu bebé sofrer uma anomalia e o meu mundo desabou.
Dei por mim a procurar desesperadamente respostas e, ao mesmo tempo, exemplos de falsos positivos com um risco tão elevado como o meu, para alimentar a esperança de se tratar de um mero erro, mas não aconteceu.
Realizei a biópsia das vilosidades coriónicas às 13 semanas que veio a confirmar o resultado. Sei que algumas de vós teriam continuado a gravidez e outras decidiriam o mesmo que eu.. e espero que não me censurem...foi uma decisão muito difícil. Uma semana depois, a 15 de Novembro 16 fiz a IMG e doeu MUITO. Ainda dói e acho que vai doer durante muito tempo.
Este final não foi feliz, para mim, para a minha família e para o meu bebé a quem peço perdão pela minha decisão cobarde. Mas acredito que ainda haverá um final feliz no meio destas intempéries da vida, para todas nós e espero que ainda para mim.
Hoje quase 2 meses depois parece que posso voltar a tentar…o corpo está preparado, mas a cabeça ainda não…preciso de mais tempo. Tempo que todos me dizem não ter e que a idade não perdoa...que estou a ficar velha... Acresce ainda ao fator idade, o risco de voltar a acontecer.. A recorrência de poder ter outra gravidez com trissomia 21 livre ou outras anomalias genéticas é de mais 1%...
Há aqui mães com um testemunho semelhante ao meu? Com idade superior a 35 anos que tenham tido um risco para trissomia tão elevado como o meu, ou seja, de 1/2? E esse risco foi confirmado ou tiveram a felicidade de ser falso positivo?
Gostava também de ler se houve situações de recorrência de anomalia genética numa gravidez seguinte?
Sei que há sempre probabilidade, mas a verdade é que somos mais do que estatística, somos pessoas! O que nos move a continuar...o amor, esperança...
Obrigado por me lerem.