Responsabilidade parental/ Guarda da criança | De Mãe para Mãe

Responsabilidade parental/ Guarda da criança

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MariaLagosta -
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Desde 16 Out 2019

Boa noite a todas.

Vou separar-me do pai do meu bebé de 5 meses.

Esta decisão foi muito pensada, mas sinto-me tão infeliz na relação que infelizmente é a única solução.

O meu problema é a regulação do poder paternal.

Idealmente, eu gostaria de ficar com a guarda do bebé, mas gostaria que ele visse o menino todos os dias que possa, porque acho importante a presença do pai na vida dele.

Apesar de não o achar mau pai, é irresponsável e desatento, e não tem rotinas nem horários que se adequem a uma criança, motivo pelo qual a guarda partilhada ou alternada me assustam.

Ele não concorda, pelo que teremos de ir a tribunal fazer a regulação.

Alguma mamã me pode dizer o que devo esperar? Tenho estado muito nervosa com esta situação, e coloco a hipótese (apesar de não me agradar) de me manter nesta relação para não ser afastada do meu filhote.

Penso que hoje em dia já não faz diferença, mas não somos casados.

Obrigada desde já a todas

Telma Isabel -
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Desde 04 Maio 2010
I Love DMPM

Olá mamã.
Não te sei dar respostas, passei só para te desejar tudo de bom e que esta fase corra pelo melhor. Tenta não te enervar. Não percebo muito destas questões mas penso que sendo o bebé tão pequenino não é costume pernoitar longe da mãe.Pelo menos é essa a ideia que tenho.
Vai correr tudo bem
Um beijinho 😘

7-3-2010 e 12-7-2019...os dias mais felizes da minha vida!
Os meus tesouros nasceram!

MariaLagosta -
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Desde 16 Out 2019

Telma Isabel escreveu:
Olá mamã.
Não te sei dar respostas, passei só para te desejar tudo de bom e que esta fase corra pelo melhor. Tenta não te enervar. Não percebo muito destas questões mas penso que sendo o bebé tão pequenino não é costume pernoitar longe da mãe.Pelo menos é essa a ideia que tenho.
Vai correr tudo bem
Um beijinho 😘

Muito obrigada pela força, tem sido uma altura de muito stress e lágrimas, agradeço as palavras de apoio!

Um beijinho

Veronica Valente -
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Desde 21 Jun 2019

Olá mamã, tente procurar um advogado para a ajudar nessa situação e talvez até consiga um acordo amigável com o pai do bebé. De qualquer forma o advogado vai lhe indicar o que fazer. Desejo lhe muita sorte. Temos um bebé praticamente da mesma idade 😍
Força e um beijinho 😙

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Lamento muito…
É irreversível mesmo? Pergunto isso porque com um bebé de 5 meses (por mim falo) passei grandes angústias que hoje atribuo à montanha russa hormonal pela qual o meu corpo passou… Quero com isto dizer que nessa altura tinha mesmo uma perspetiva muito deturpada de certas coisas que hoje nem concebo… Enfim, no meu caso não se tratava da relação com o meu marido mas sim com outros familiares. Acho que já disse isto outras vezes, mas os primeiros meses depois deo nascimento do bebé parece que fiquei mesmo meio "tolinha"... Em função disto pergunto se será uma boa altura para tomar decisões destas… Se cogita ficar com ele (e ele consigo) para não se afastar do bebé é porque pelo menos do lado dele há vontade. Mas pronto não sei o que se passa portanto é mera especulação. De qualquer modo o ideal é consultar um advogado de família… Por exemplo enquanto amamentar sei que o bebé tem que viver consigo... Mas o advogado saberá muito melhor estes detalhes.

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

Mamã digo desde já que tem toda a minha admiração por querer procurar a sua felicidade. Também é de valor perceber que é importante que pai e filho mantenham o contato o mais possível, quanto ao resto acredito que muita sobrecarga sobre as mulheres vem de elas próprias acreditarem que só elas conseguem cuidar bem dos filhos e da casa, não tem de ser assim, até porque a necessidade aguça o engenho, e se os homens tiverem de fazer também aprendem e se adaptam ( é preciso é quererem). Posto isto o melhor mesmo é começar pela regulação e verá que com um bebé dessa idade os seus direitos serão acautelados, a primazia é normalmente dada à mãe.

MariaLagosta -
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Desde 16 Out 2019

Antes de mais, obrigada a todas pelas palavras, que são mais importantes do que consigo descrever, obrigada mesmo de coração.

Esta relação já teve muitos momentos maus, promessas de mudança que não se cumpriram, etc.

Apenas cogito a hipótese de ficar pelo meu bebé, porque ser mãe é um sonho que sempre tive, e não há nada que me dê mais força na vida que o meu pequeno.

Mas a relação com o pai é impossível, não há carinho nem compreensão, sendo que todas as responsabilidades e preocupações são minhas porque, em palavras dele, "é suposto ser assim".

Cansei de me sentir sozinha e ter de me preocupar com tudo (inclusivamente com o pai), tratar da casa e do bebé sozinha e ainda ter de gerir as coisas de acordo com o que lhe dá jeito a ele. Eventualmente o amor foi desaparecendo, e sobrou só a desilusão.

Já nos separamos antes e na altura disse-me que iria fazer tudo para que o bebé não ficasse comigo, o que só alimenta o meu desespero, e acabou por fazer com que eu voltasse atrás.

Tem sido horrível viver assim, só com medo do que vem no futuro.

Vou seguir o conselho de procurar um advogado.

Mais uma vez, eternamente grata pelo apoio que aqui senti!

Um grande beijinho a todas

Mama_Xana -
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Desde 15 Maio 2012

MariaLagosta escreveu:
Antes de mais, obrigada a todas pelas palavras, que são mais importantes do que consigo descrever, obrigada mesmo de coração.
Esta relação já teve muitos momentos maus, promessas de mudança que não se cumpriram, etc.
Apenas cogito a hipótese de ficar pelo meu bebé, porque ser mãe é um sonho que sempre tive, e não há nada que me dê mais força na vida que o meu pequeno.
Mas a relação com o pai é impossível, não há carinho nem compreensão, sendo que todas as responsabilidades e preocupações são minhas porque, em palavras dele, "é suposto ser assim".
Cansei de me sentir sozinha e ter de me preocupar com tudo (inclusivamente com o pai), tratar da casa e do bebé sozinha e ainda ter de gerir as coisas de acordo com o que lhe dá jeito a ele. Eventualmente o amor foi desaparecendo, e sobrou só a desilusão.
Já nos separamos antes e na altura disse-me que iria fazer tudo para que o bebé não ficasse comigo, o que só alimenta o meu desespero, e acabou por fazer com que eu voltasse atrás.
Tem sido horrível viver assim, só com medo do que vem no futuro.
Vou seguir o conselho de procurar um advogado.
Mais uma vez, eternamente grata pelo apoio que aqui senti!
Um grande beijinho a todas

Antes de mais lamento muito a situação e pelo que estás a passar.
Vejo que é uma situação bem pensada, pelo que aconselho que consulte um advogado onde poderá tirar duvidas e sobretudo proteger-se.
Dou-lhe os meus parabéns por querer que o pai continue a sua relação com o vosso filho, porque essa deve prevalecer às magoas dos pais.
Desejo-lhe de coração que seja feliz, os nossos filhos sentem e só conseguem ser felizes com a mãe também feliz e tranquila.
Desejo-lhe tudo de bom.

MariaLagosta -
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Desde 16 Out 2019

Mama_Xana escreveu:

MariaLagosta escreveu:Antes de mais, obrigada a todas pelas palavras, que são mais importantes do que consigo descrever, obrigada mesmo de coração.
Esta relação já teve muitos momentos maus, promessas de mudança que não se cumpriram, etc.
Apenas cogito a hipótese de ficar pelo meu bebé, porque ser mãe é um sonho que sempre tive, e não há nada que me dê mais força na vida que o meu pequeno.
Mas a relação com o pai é impossível, não há carinho nem compreensão, sendo que todas as responsabilidades e preocupações são minhas porque, em palavras dele, "é suposto ser assim".
Cansei de me sentir sozinha e ter de me preocupar com tudo (inclusivamente com o pai), tratar da casa e do bebé sozinha e ainda ter de gerir as coisas de acordo com o que lhe dá jeito a ele. Eventualmente o amor foi desaparecendo, e sobrou só a desilusão.
Já nos separamos antes e na altura disse-me que iria fazer tudo para que o bebé não ficasse comigo, o que só alimenta o meu desespero, e acabou por fazer com que eu voltasse atrás.
Tem sido horrível viver assim, só com medo do que vem no futuro.
Vou seguir o conselho de procurar um advogado.
Mais uma vez, eternamente grata pelo apoio que aqui senti!
Um grande beijinho a todas

Antes de mais lamento muito a situação e pelo que estás a passar.
Vejo que é uma situação bem pensada, pelo que aconselho que consulte um advogado onde poderá tirar duvidas e sobretudo proteger-se.
Dou-lhe os meus parabéns por querer que o pai continue a sua relação com o vosso filho, porque essa deve prevalecer às magoas dos pais.
Desejo-lhe de coração que seja feliz, os nossos filhos sentem e só conseguem ser felizes com a mãe também feliz e tranquila.
Desejo-lhe tudo de bom.

Agradeço sinceramente o apoio e a compreensão que tenho sentido aqui. Quando comecei a pensar em terminar a relação senti-me egoísta e culpada por "desfazer a família", mas não quero que o meu filho me veja triste, ou que cresça a pensar que se deve manter numa relação infeliz se já não há amor.

Acima de tudo, sei que o pai o ama (como não amar este doce?), e apesar de enquanto casal a situação ser irremediável, não quero privar o meu menino de todo o amor e carinho que o pai lhe dá.

A minha prioridade é que possamos dar ao meu filho um ambiente pacífico e seguro, onde se sinta sempre apoiado, calmo e amado, porque eu não tive isso na minha infância e hoje sei que me fez falta.

Mais uma vez agradeço os conselhos que me deram, e que vou seguir, e se houver alguma mamã na mesma situação que eu, estou disponível para falarmos, e para a recordar precisamente das palavras da Mama_Xana: "Desejo-lhe de coração que seja feliz, os nossos filhos sentem e só conseguem ser felizes com a mãe também feliz e tranquila."

Um abraço apertado a todas, obrigada por serem tão compreensivas e disponíveis neste momento menos feliz.

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

Olá Maria! Sinto muito pelo que estás a passar e revejo-me porque separei-me do pai da minha filha quando ela tinha 4 meses e tinha exactamente essas dúvidas todas... entretanto o pai dela e eu reatámos por isso não tive que ir com isso para a frente mas o que te diria é que dialogar bastante é o melhor que fazem... explicares calmamente isso tudo que nos disseste a nós, que queremos o melhor para o vosso filho, que queres que esteja com o pai e tenham uma relação forte mas que também te preocupa as rotinas e bem estar do bebé...
No meu caso as conversas calmas ajudavam muito, como também ajudava mesmo separados eu comunicar sempre muito relativo à nossa filha, como ela estava, coisas que ia fazendo, doenças, tudo... pedia-lhe opinião sobre coisas a fazer e ele sentia-se incluído e isso dava alguma calma... acho que é totalmente possível separar a relação que não correu bem e o facto de serem pais e por isso devem ser amigos e ter respeito um pelo outro.
Estás com a cabeça bem arrumada, sensata e equilibrada, desejo-te muita força e se precisares e conselhos ou desabafar estou aqui.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

MariaLagosta escreveu:
Antes de mais, obrigada a todas pelas palavras, que são mais importantes do que consigo descrever, obrigada mesmo de coração.
Esta relação já teve muitos momentos maus, promessas de mudança que não se cumpriram, etc.
Apenas cogito a hipótese de ficar pelo meu bebé, porque ser mãe é um sonho que sempre tive, e não há nada que me dê mais força na vida que o meu pequeno.
Mas a relação com o pai é impossível, não há carinho nem compreensão, sendo que todas as responsabilidades e preocupações são minhas porque, em palavras dele, "é suposto ser assim".
Cansei de me sentir sozinha e ter de me preocupar com tudo (inclusivamente com o pai), tratar da casa e do bebé sozinha e ainda ter de gerir as coisas de acordo com o que lhe dá jeito a ele. Eventualmente o amor foi desaparecendo, e sobrou só a desilusão.
Já nos separamos antes e na altura disse-me que iria fazer tudo para que o bebé não ficasse comigo, o que só alimenta o meu desespero, e acabou por fazer com que eu voltasse atrás.
Tem sido horrível viver assim, só com medo do que vem no futuro.
Vou seguir o conselho de procurar um advogado.
Mais uma vez, eternamente grata pelo apoio que aqui senti!
Um grande beijinho a todas

Sinceramente eu acho que um pai que nunca cuidou do filho não vai ser depois de separado que vai se dispor a ter esse trabalho. Provavelmente só diz isso para a manipular.
O pai do meu filho também me dizia coisas dessas e na hora da verdade nao quis guardar partilhada e passava semanas sem aparecer.
Não se prenda a uma relação só por causa do bebé. Isso não é vida. Nenhum filho quer uma mãe infeliz.
Boa sorte

Mama do Martim -
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Desde 29 Mar 2010

Tyta.B escreveu:

MariaLagosta escreveu:Antes de mais, obrigada a todas pelas palavras, que são mais importantes do que consigo descrever, obrigada mesmo de coração.
Esta relação já teve muitos momentos maus, promessas de mudança que não se cumpriram, etc.
Apenas cogito a hipótese de ficar pelo meu bebé, porque ser mãe é um sonho que sempre tive, e não há nada que me dê mais força na vida que o meu pequeno.
Mas a relação com o pai é impossível, não há carinho nem compreensão, sendo que todas as responsabilidades e preocupações são minhas porque, em palavras dele, "é suposto ser assim".
Cansei de me sentir sozinha e ter de me preocupar com tudo (inclusivamente com o pai), tratar da casa e do bebé sozinha e ainda ter de gerir as coisas de acordo com o que lhe dá jeito a ele. Eventualmente o amor foi desaparecendo, e sobrou só a desilusão.
Já nos separamos antes e na altura disse-me que iria fazer tudo para que o bebé não ficasse comigo, o que só alimenta o meu desespero, e acabou por fazer com que eu voltasse atrás.
Tem sido horrível viver assim, só com medo do que vem no futuro.
Vou seguir o conselho de procurar um advogado.
Mais uma vez, eternamente grata pelo apoio que aqui senti!
Um grande beijinho a todas

Sinceramente eu acho que um pai que nunca cuidou do filho não vai ser depois de separado que vai se dispor a ter esse trabalho. Provavelmente só diz isso para a manipular.
O pai do meu filho também me dizia coisas dessas e na hora da verdade nao quis guardar partilhada e passava semanas sem aparecer.
Não se prenda a uma relação só por causa do bebé. Isso não é vida. Nenhum filho quer uma mãe infeliz.
Boa sorte

O pai dos meus também quando eu falava em separação dizia que queria a guarda partilhada dos miúdos,eu um dia fartei me,sorri e disse ok,então começa já a treinar que eu esta noite vou sair. Meninas,aquilo entrou a 100 mas ele arrancou a 200,saiu logo e nunca mais repetiu a gracinha. Estamos separados há quase 3 anos e NUNCA levou os miúdos,no tribunal ficou com direito a um sábado de 15 em 15 dias das 10h as 18h sem pernoitas,e nunca apareceu,vinha a minha casa de mês a mês ver os filhos 15 min.

MariaLagosta -
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Desde 16 Out 2019

Mamãs, lamento que tenham passado por isso. Tenho muito respeito por todas as mães, mas especialmente as mães que ficam sem ajuda tão cedo na vida dos nossos filhos.

Aproveito para perguntar, conseguem gerir bem a vossa vida?

Como lidam as crianças com estas situações?

Um abraço de coração a todas

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

MariaLagosta escreveu:
Mamãs, lamento que tenham passado por isso. Tenho muito respeito por todas as mães, mas especialmente as mães que ficam sem ajuda tão cedo na vida dos nossos filhos.
Aproveito para perguntar, conseguem gerir bem a vossa vida?
Como lidam as crianças com estas situações?
Um abraço de coração a todas

Como as crianças lidam com estas situações deve depender muito dos pormenores da situação e da personalidade da própria criança.
Sinceramente eu nunca vi nenhuma tristeza nem desilusão no meu filho enquanto foi pequeno. Mas eu não lhe falava mal do pai nem criava expectativas de que ele fosse aparecer. Quando ele o vinha buscar eu literalmente só lhe dizia quando o pai já estava à nossa porta. Da mesma forma quando ele desmarcava o meu filho nem ficava a saber que era suposto o pai te-lo vindo buscar e falhou. Não me lembro de alguma vez ele ter feito perguntas, as crianças adaptam-se à realidade que têm e a do meu filho sempre foi a de um pai pouco interessado e talvez por isso ele nunca questionou onde o pai estava ou porque não aparecia mais vezes.
A partir dos 6/7 anos a situação alterou-se, o pai arranjou uma namorada que lhe meteu algum juízo na cabeça e ele tornou-se mais assíduo nas visitas e mesmo nas dormidas em casa do pai, que nunca tinham acontecido até então.
Eu geri a minha vida muito bem, mas eu sou uma pessoa que liga pouco ao que dizem de mim por isso eu continuei a viver o mais normalmente possível, não me comportei como uma viúva de 80 anos, que por vezes é o que parece que se espera das mulheres divorciadas com filhos. E quando sentia necessidade de arejar e falar com uma pessoa adulta (eu trabalho ao lado de um senhor com idade para ser meu pai, e só vivo com o meu filho, por isso necessidade de falar com um adulto sem ser sobre trabalho era algo que eu sentia muito quando o meu filho era pequeno) deixava-o nos meus pais (que ficavam felizes por o terem umas horas) e saía com amigos.
No entretanto encontrei um companheiro mas quanto a isto não tenho uma verdadeira experiência a relatar porque não vivemos juntos por opção, por isso ele não tem uma verdadeira relação de padrasto com o meu filho.

MariaLagosta -
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Desde 16 Out 2019

Tyta.B escreveu:

MariaLagosta escreveu:Mamãs, lamento que tenham passado por isso. Tenho muito respeito por todas as mães, mas especialmente as mães que ficam sem ajuda tão cedo na vida dos nossos filhos.
Aproveito para perguntar, conseguem gerir bem a vossa vida?
Como lidam as crianças com estas situações?
Um abraço de coração a todas

Como as crianças lidam com estas situações deve depender muito dos pormenores da situação e da personalidade da própria criança.
Sinceramente eu nunca vi nenhuma tristeza nem desilusão no meu filho enquanto foi pequeno. Mas eu não lhe falava mal do pai nem criava expectativas de que ele fosse aparecer. Quando ele o vinha buscar eu literalmente só lhe dizia quando o pai já estava à nossa porta. Da mesma forma quando ele desmarcava o meu filho nem ficava a saber que era suposto o pai te-lo vindo buscar e falhou. Não me lembro de alguma vez ele ter feito perguntas, as crianças adaptam-se à realidade que têm e a do meu filho sempre foi a de um pai pouco interessado e talvez por isso ele nunca questionou onde o pai estava ou porque não aparecia mais vezes.
A partir dos 6/7 anos a situação alterou-se, o pai arranjou uma namorada que lhe meteu algum juízo na cabeça e ele tornou-se mais assíduo nas visitas e mesmo nas dormidas em casa do pai, que nunca tinham acontecido até então.
Eu geri a minha vida muito bem, mas eu sou uma pessoa que liga pouco ao que dizem de mim por isso eu continuei a viver o mais normalmente possível, não me comportei como uma viúva de 80 anos, que por vezes é o que parece que se espera das mulheres divorciadas com filhos. E quando sentia necessidade de arejar e falar com uma pessoa adulta (eu trabalho ao lado de um senhor com idade para ser meu pai, e só vivo com o meu filho, por isso necessidade de falar com um adulto sem ser sobre trabalho era algo que eu sentia muito quando o meu filho era pequeno) deixava-o nos meus pais (que ficavam felizes por o terem umas horas) e saía com amigos.
No entretanto encontrei um companheiro mas quanto a isto não tenho uma verdadeira experiência a relatar porque não vivemos juntos por opção, por isso ele não tem uma verdadeira relação de padrasto com o meu filho.

Espero ter a mesma sensatez e força que a Tyta.B teve!

Infelizmente já sou a "ovelha negra" da família por ter tido o meu filho antes do casamento, e agora ao deixar o pai sei que vou ficar isolada do ponto de vista familiar, uma vez que a minha família é conservadora e não vê com bons olhos as separações.

Vou tentar recuperar as amizades que afastei injustamente durante a relação, espero que possa ter algum apoio assim.

Apesar disso vou tentar seguir em frente, e da minha parte vou esforçar-me para ter uma relação civilizada com o pai, mas não sei se ele fará o mesmo.

Fico feliz e esperançosa por saber que o futuro poderá não ser tão negro como eu pensava.

Estou verdadeiramente grata pelas vossas respostas!

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

MariaLagosta escreveu:

Tyta.B escreveu:
MariaLagosta escreveu:Mamãs, lamento que tenham passado por isso. Tenho muito respeito por todas as mães, mas especialmente as mães que ficam sem ajuda tão cedo na vida dos nossos filhos.
Aproveito para perguntar, conseguem gerir bem a vossa vida?
Como lidam as crianças com estas situações?
Um abraço de coração a todas

Como as crianças lidam com estas situações deve depender muito dos pormenores da situação e da personalidade da própria criança.
Sinceramente eu nunca vi nenhuma tristeza nem desilusão no meu filho enquanto foi pequeno. Mas eu não lhe falava mal do pai nem criava expectativas de que ele fosse aparecer. Quando ele o vinha buscar eu literalmente só lhe dizia quando o pai já estava à nossa porta. Da mesma forma quando ele desmarcava o meu filho nem ficava a saber que era suposto o pai te-lo vindo buscar e falhou. Não me lembro de alguma vez ele ter feito perguntas, as crianças adaptam-se à realidade que têm e a do meu filho sempre foi a de um pai pouco interessado e talvez por isso ele nunca questionou onde o pai estava ou porque não aparecia mais vezes.
A partir dos 6/7 anos a situação alterou-se, o pai arranjou uma namorada que lhe meteu algum juízo na cabeça e ele tornou-se mais assíduo nas visitas e mesmo nas dormidas em casa do pai, que nunca tinham acontecido até então.
Eu geri a minha vida muito bem, mas eu sou uma pessoa que liga pouco ao que dizem de mim por isso eu continuei a viver o mais normalmente possível, não me comportei como uma viúva de 80 anos, que por vezes é o que parece que se espera das mulheres divorciadas com filhos. E quando sentia necessidade de arejar e falar com uma pessoa adulta (eu trabalho ao lado de um senhor com idade para ser meu pai, e só vivo com o meu filho, por isso necessidade de falar com um adulto sem ser sobre trabalho era algo que eu sentia muito quando o meu filho era pequeno) deixava-o nos meus pais (que ficavam felizes por o terem umas horas) e saía com amigos.
No entretanto encontrei um companheiro mas quanto a isto não tenho uma verdadeira experiência a relatar porque não vivemos juntos por opção, por isso ele não tem uma verdadeira relação de padrasto com o meu filho.

Espero ter a mesma sensatez e força que a Tyta.B teve!
Infelizmente já sou a "ovelha negra" da família por ter tido o meu filho antes do casamento, e agora ao deixar o pai sei que vou ficar isolada do ponto de vista familiar, uma vez que a minha família é conservadora e não vê com bons olhos as separações.
Vou tentar recuperar as amizades que afastei injustamente durante a relação, espero que possa ter algum apoio assim.
Apesar disso vou tentar seguir em frente, e da minha parte vou esforçar-me para ter uma relação civilizada com o pai, mas não sei se ele fará o mesmo.
Fico feliz e esperançosa por saber que o futuro poderá não ser tão negro como eu pensava.
Estou verdadeiramente grata pelas vossas respostas!


Eu também venho de uma família muito conservadora e machista. E engravidei por acidente com 19 anos... foi um choque. Quando me separei do pai do meu filho, foi outro golpe para eles. E quando me recusei a voltar a viver com eles e comportar-me como uma freira foi o golpe final. Desde aí que a minha relação com os meus pais foi se deteriorando... Mas do meu filho eles gostam muito e tratam muito bem, até porque é rapaz... Se fosse rapariga eu pensava 2 vezes em deixar que eles convivessem sem a minha supervisão, mas sendo "macho" é na boa.
Não se preocupe, a vida vai se compondo sozinha. Os seus pais até a podem surpreender e apoiarem-na. E caso não apoiem, aprendem a respeitar. Acho mesmo que são raros os casos em que os pais ficam contra a filha. Tudo se supera.
Boa sorte.

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Querida, lamento imenso pelo que estás a passar. Já aqui te deram mt bons conselhos.
Tb eu atravessei uma fase mt difícil do meu relacionamento, qd o bébé tinha 4 meses. Felizmente tudo passou. Mas no teu caso pareces-me mesmo decidida e acho mt bem que tenhas as ideias organizadas, pareces uma mulher madura e sensata. Não fiques presa a quem não te faz feliz.
Tudo vai correr bem. Ele provavelmente só disse essas coisas para te travar.
Força! Faz o teu caminho 😘

Ana Maria Costa1 -
Offline
Desde 01 Fev 2019

Tyta.B escreveu:

MariaLagosta escreveu:
Tyta.B escreveu:
MariaLagosta escreveu:Mamãs, lamento que tenham passado por isso. Tenho muito respeito por todas as mães, mas especialmente as mães que ficam sem ajuda tão cedo na vida dos nossos filhos.
Aproveito para perguntar, conseguem gerir bem a vossa vida?
Como lidam as crianças com estas situações?
Um abraço de coração a todas

Como as crianças lidam com estas situações deve depender muito dos pormenores da situação e da personalidade da própria criança.
Sinceramente eu nunca vi nenhuma tristeza nem desilusão no meu filho enquanto foi pequeno. Mas eu não lhe falava mal do pai nem criava expectativas de que ele fosse aparecer. Quando ele o vinha buscar eu literalmente só lhe dizia quando o pai já estava à nossa porta. Da mesma forma quando ele desmarcava o meu filho nem ficava a saber que era suposto o pai te-lo vindo buscar e falhou. Não me lembro de alguma vez ele ter feito perguntas, as crianças adaptam-se à realidade que têm e a do meu filho sempre foi a de um pai pouco interessado e talvez por isso ele nunca questionou onde o pai estava ou porque não aparecia mais vezes.
A partir dos 6/7 anos a situação alterou-se, o pai arranjou uma namorada que lhe meteu algum juízo na cabeça e ele tornou-se mais assíduo nas visitas e mesmo nas dormidas em casa do pai, que nunca tinham acontecido até então.
Eu geri a minha vida muito bem, mas eu sou uma pessoa que liga pouco ao que dizem de mim por isso eu continuei a viver o mais normalmente possível, não me comportei como uma viúva de 80 anos, que por vezes é o que parece que se espera das mulheres divorciadas com filhos. E quando sentia necessidade de arejar e falar com uma pessoa adulta (eu trabalho ao lado de um senhor com idade para ser meu pai, e só vivo com o meu filho, por isso necessidade de falar com um adulto sem ser sobre trabalho era algo que eu sentia muito quando o meu filho era pequeno) deixava-o nos meus pais (que ficavam felizes por o terem umas horas) e saía com amigos.
No entretanto encontrei um companheiro mas quanto a isto não tenho uma verdadeira experiência a relatar porque não vivemos juntos por opção, por isso ele não tem uma verdadeira relação de padrasto com o meu filho.

Espero ter a mesma sensatez e força que a Tyta.B teve!
Infelizmente já sou a "ovelha negra" da família por ter tido o meu filho antes do casamento, e agora ao deixar o pai sei que vou ficar isolada do ponto de vista familiar, uma vez que a minha família é conservadora e não vê com bons olhos as separações.
Vou tentar recuperar as amizades que afastei injustamente durante a relação, espero que possa ter algum apoio assim.
Apesar disso vou tentar seguir em frente, e da minha parte vou esforçar-me para ter uma relação civilizada com o pai, mas não sei se ele fará o mesmo.
Fico feliz e esperançosa por saber que o futuro poderá não ser tão negro como eu pensava.
Estou verdadeiramente grata pelas vossas respostas!

Eu também venho de uma família muito conservadora e machista. E engravidei por acidente com 19 anos... foi um choque. Quando me separei do pai do meu filho, foi outro golpe para eles. E quando me recusei a voltar a viver com eles e comportar-me como uma freira foi o golpe final. Desde aí que a minha relação com os meus pais foi se deteriorando... Mas do meu filho eles gostam muito e tratam muito bem, até porque é rapaz... Se fosse rapariga eu pensava 2 vezes em deixar que eles convivessem sem a minha supervisão, mas sendo "macho" é na boa.
Não se preocupe, a vida vai se compondo sozinha. Os seus pais até a podem surpreender e apoiarem-na. E caso não apoiem, aprendem a respeitar. Acho mesmo que são raros os casos em que os pais ficam contra a filha. Tudo se supera.
Boa sorte.

Veja lá é se sendo machistas não o educam assim também...

Tyta.B -
Offline
Desde 31 Jul 2015

Ana Maria Costa1 escreveu:

Tyta.B escreveu:
MariaLagosta escreveu:
Tyta.B escreveu:
MariaLagosta escreveu:Mamãs, lamento que tenham passado por isso. Tenho muito respeito por todas as mães, mas especialmente as mães que ficam sem ajuda tão cedo na vida dos nossos filhos.
Aproveito para perguntar, conseguem gerir bem a vossa vida?
Como lidam as crianças com estas situações?
Um abraço de coração a todas

Como as crianças lidam com estas situações deve depender muito dos pormenores da situação e da personalidade da própria criança.
Sinceramente eu nunca vi nenhuma tristeza nem desilusão no meu filho enquanto foi pequeno. Mas eu não lhe falava mal do pai nem criava expectativas de que ele fosse aparecer. Quando ele o vinha buscar eu literalmente só lhe dizia quando o pai já estava à nossa porta. Da mesma forma quando ele desmarcava o meu filho nem ficava a saber que era suposto o pai te-lo vindo buscar e falhou. Não me lembro de alguma vez ele ter feito perguntas, as crianças adaptam-se à realidade que têm e a do meu filho sempre foi a de um pai pouco interessado e talvez por isso ele nunca questionou onde o pai estava ou porque não aparecia mais vezes.
A partir dos 6/7 anos a situação alterou-se, o pai arranjou uma namorada que lhe meteu algum juízo na cabeça e ele tornou-se mais assíduo nas visitas e mesmo nas dormidas em casa do pai, que nunca tinham acontecido até então.
Eu geri a minha vida muito bem, mas eu sou uma pessoa que liga pouco ao que dizem de mim por isso eu continuei a viver o mais normalmente possível, não me comportei como uma viúva de 80 anos, que por vezes é o que parece que se espera das mulheres divorciadas com filhos. E quando sentia necessidade de arejar e falar com uma pessoa adulta (eu trabalho ao lado de um senhor com idade para ser meu pai, e só vivo com o meu filho, por isso necessidade de falar com um adulto sem ser sobre trabalho era algo que eu sentia muito quando o meu filho era pequeno) deixava-o nos meus pais (que ficavam felizes por o terem umas horas) e saía com amigos.
No entretanto encontrei um companheiro mas quanto a isto não tenho uma verdadeira experiência a relatar porque não vivemos juntos por opção, por isso ele não tem uma verdadeira relação de padrasto com o meu filho.

Espero ter a mesma sensatez e força que a Tyta.B teve!
Infelizmente já sou a "ovelha negra" da família por ter tido o meu filho antes do casamento, e agora ao deixar o pai sei que vou ficar isolada do ponto de vista familiar, uma vez que a minha família é conservadora e não vê com bons olhos as separações.
Vou tentar recuperar as amizades que afastei injustamente durante a relação, espero que possa ter algum apoio assim.
Apesar disso vou tentar seguir em frente, e da minha parte vou esforçar-me para ter uma relação civilizada com o pai, mas não sei se ele fará o mesmo.
Fico feliz e esperançosa por saber que o futuro poderá não ser tão negro como eu pensava.
Estou verdadeiramente grata pelas vossas respostas!

Eu também venho de uma família muito conservadora e machista. E engravidei por acidente com 19 anos... foi um choque. Quando me separei do pai do meu filho, foi outro golpe para eles. E quando me recusei a voltar a viver com eles e comportar-me como uma freira foi o golpe final. Desde aí que a minha relação com os meus pais foi se deteriorando... Mas do meu filho eles gostam muito e tratam muito bem, até porque é rapaz... Se fosse rapariga eu pensava 2 vezes em deixar que eles convivessem sem a minha supervisão, mas sendo "macho" é na boa.
Não se preocupe, a vida vai se compondo sozinha. Os seus pais até a podem surpreender e apoiarem-na. E caso não apoiem, aprendem a respeitar. Acho mesmo que são raros os casos em que os pais ficam contra a filha. Tudo se supera.
Boa sorte.

Veja lá é se sendo machistas não o educam assim também...


Ele já tem 17 anos, e não foi educado pelos meus pais mas sim por mim, nada tem de machista. Simplesmente os meus pais são óptimos a destruir a auto estima das mulheres, e esse risco sendo homem ele não corria.

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

Olhe menos mal então!

MariaLagosta -
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Desde 16 Out 2019

Bem, venho aqui deixar a atualização da situação e desabafar.

Fui ao tribunal dar entrada do pedido de regulação de poder paternal, onde fui aconselhada por funcionários a não arranjar já um advogado.

Fui também "alertada" que a guarda alternada será o mais provável, ou seja, a pretensão do pai concretiza-se.

Terei de aguardar para ser chamada lá novamente, mas estou totalmente destruída e ainda não parei de chorar desde que saí do tribunal.

Não vou baixar os braços, mas não posso deixar de me sentir desiludida e até frustrada com a informação que me deram, não consigo imaginar o meu filho a dormir longe de mim, sem conseguir ter a certeza que está a ser devidamente cuidado e que tem tudo o que necessita.

Fica novamente o meu agradecimento por todo o apoio que me deram por aqui, estou de facto grata de coração por pessoas que nem me conhecem terem perdido um pouco do seu tempo para me confortar.

Um grande abraço de coração a todas

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

Mamã tenha calma, a lei não tem uma regra concreta em relação a isso, é o tribunal que determina tendo em conta o interesse da criança e segundo critérios como a idade. Aos 5 meses, não será de certo essa a opção. Força!

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Que mania têm os funcionários do tribunal de dar opiniões. Eles são funcionários do tribunal. É claro que um bom advogado ajuda fundamentando os seus motivos. Cada situação é uma situação e varia de juiz para juiz.