O que fazer quando a minha sogra se mete demasiado na minha relação com a minha filha? | De Mãe para Mãe

O que fazer quando a minha sogra se mete demasiado na minha relação com a minha filha?

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Vanessa Seixas -
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Desde 23 Jan 2022

A minha filha tem 3 mesinhos. Vivo com o meu namorado (mais namorido) e viviemos com os meus sogros porque ainda não comprámos casa.
E com isto, não me interpretem mal, eu tenho uma boa relação com a minha sogra, gosto muito dela e da pessoa que é e como nos ajuda. Disso não me posso queixar.

Mas deixa-me triste e, às vezes, irritada o facto de ela se esquecer que ela é avó e não mãe! Desde que a minha filha nasceu que sinto uma espécie de supervisão por parte dela, se estou a mudar a fralda, a dar de mamar ou simplesmente a brincar com a minha filha, ela tem sempre de aparecer e tocar, meter a mão, dizer "coisa boa da vó". Estou a ver algo para comprar para a minha filha e ela diz que já comprou. A minha bebé ainda nem come e já está a dizer que lhe vai faxer bolachas e sopas/papas. Como se fazer a introdução alimentar da minha filha não fosse o meu papel como mãe, que gosto e quero fazê-lo. E mais uma vez, não quer dizer que ela não lhe possa fazer e dar uma sopa mas esta intromissão é demais! Eu sou a mãe, ela é a avó. Cada macaco no seu galho!

Cá em casa, ficámos infetados com Covid após a visita de um familiar e ela, ao ver a minha filha também afetada, disse "também estás sempre com ela, o vírus amda aí" sendo que eu sou mãe e com 3 meses é de mim que ela precisa e sendo que, no dia seguinte pegava na bebé (testando também positivo) e abraçava-a e beijava-a.

Algo que me deixa mto chateada. São momentos nossos! Meus e da minha filha! É um papel que é meu, por direito e por amor e eu tenho todo o direito de o fazer como eu quero e de educar a minha filha como achar melhor. Seja na alimentação, na roupa que veste ou quando toma banho (sim porque até isso ela sabe que é melhor ser a X horas).
Seria pedir mto que ela se colocasse no lugar dela?

Quero que a minha filha tenha uma boa relação com os avós e é claro que não me importo que sejam eles a mudar-lhe uma fralda, a sentarem com ela no sofá um bocadinho, a darem-lhe o biberão quando extraio leite de vezes em quando. Coisas simples e esporádicas e podem dar críticas CONSTRUTIVAS e SEM IMPOR nada, aceito isso. Sendo que os pais somos nós e teremos sempre a última palavra. Mas parece que não "se toca" destas situações.

Eu gosto dela, mesmo. Mas ter uma filha e saber que, percebendo ou não, está a "tirar" o meu lugar e poder de decisão como mãe deixa-me genuinamente muito triste e às vezes irritada.

Não disse nada nunca e apenas comentei 1x com o meu namorado que diz que ela não faz por mal e que não gosta de me ver triste. Não quero que ele tenha discussão com a mãe porque também não gosto que se intrometam na minha relação com a minha filha, é mãe dele. E sei que não gosta de me ver triste e, por outro lado, sei que pode até não fazer por mal. Mas tem de aprender a ser avó que é o papel dela porque a mãe sou eu. Às vezes parece até que compete comigo e com os meus pais que só vêm a neta 2x por semana... imagino como seria se, tal como os meus pais, só a visse desta forma. Neste momento vive com a neta, vê-a todos os dias... Não precisa de a tirar do meu colo (outra coisa que detesto) sem pedir. Eu não a vou inpedir de pegar na neta mas não tem de ma tirar dos braços minuto a minuto com o "anda cá à vó, anda"... Ela ainda dorme no nosso quarto mas sei que a partir do momento em que dormir no quartinho dela me vai tirar o papel de mãe de a ir buscar, alimentar e acalmar quando chorar. É capaz de a ir buscar e levá-la para o quarto dos avós e dizer que a menina estava a chorar... espero que esteja errada, sinceramente e que se lembre que esse é o meu papel e que nunca lhe pedi para o fazer por mim. Quero que ela seja a avó. Mãe já tem ela.

Mas se isto continuar, no futuro quando a minha filha perceber as coisas posso vir a ser desautorizada como mãe. Isso não admito.

Não sei como o fazer... Quais foram as vossas experiências desse lado?

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

O melhor que tem a fazer é arranjar o seu cantinho, não tem que comprar pode alugar, estando aí é natural que a avó intervenha. Ou se preferir ir para os seus pais...

Cassandra Gomes -
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Desde 23 Jan 2022

pois. olhe aqui por estes lados tambem nao é facil. estou a passar pelo mesmo ou pior. nao existe respeito nenhum por mim. quer comprar tudo (vejam la que até a primeira roupinha da menina queria comprar) quando ela nasceu. fez o enxoval todo, (agradeço) mas ficou chateada por nao usar tudo o que ela queria que eu usasse. ainda por cima fez ate uma muda de roupa pra cada dia que tivesse no hospital. enfim. isto nao tem sido fácil. ela ajuda muito, nao nego. mas la esta, cada macaco no seu galho. e eu ja tive varias discussoes com ela , pq ela metesse demais tanto na relação como agr na educaçao da minha filha. eu nao admito isso. e depois digam me se acham normal, vir aqui a casa sempre que lhe apetece e SEM AVISAR!! (ODEIO). ja pedi pra avisarem antes , ja que me ligam pra chatear e tambem podem mandar mensagem ou ligar a perguntar se estou em casa. mas nao. diz que o filho tambem paga a renda e que ela pode vi quando quiser. eu disse que nao era assim que funcionvam as coisas. la por o filho pagar renda nao o direito de chegar aqui abrir a porta e entrar como se a casa fosse da maria joana. enfim. o meu namorado/marido ainda por cima esta a trabalhar fora, e pro mes que vem vou trabalhar , nao posso ficar em casa a ganhar uma pechincha e com contas pra pagar. e ela vai pra avó dela (mae do meu namorado), e vai ser um pesadelo todos os dias sair do trabalho e ainda ter que ir la a casa (que por sinal moram logo ali ao lado, sao tipo 500m) e ainda ouvir isto e aquilo. e depois nao é so isso, é que ela desobece me. eu digo: nao faças isso á menina
e ela insisti uma vez, insiste duas, e eu repito, e ela coninua a contrariar e comeca logo a discutir aos berros literalmente. ainda por cima debaixo do meu teto , que eu mando aqui alguma coisa. help. preciso mesmo de creche ou ama na minha zona, sou de fatima. atençao , eu nunca neguei visitas, so peço que avisem como pessoas normais, mas nao..

Cassandra Gomes -
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Desde 23 Jan 2022

ela é daquelas que fala no ouvido da miuda , e que diz que a mae é ma e etc etc.. influencia muito a miuda. e eu nao gosto disso, o que vale é que ela nao percebe ainda.. e eu tenho a certeza que lhe vai dar comida que nao quero que lhe dê, vou começar agr a introduzir a sopa, e tenho a certeza que vai querer dar mais qualquer coisa. nao vou saber de metade das coisas que se vao passar enquanto estiver a trabalhar.. so quero que chegue a hora de ir embora, e ir buscar a miuda. eu nao me sinto nada bem em deixa la , mas nao tenho outra alternativa, a minha familia esta a 20 min de mim e é chato la ir todos os dias buscar a menina.basicamente nao gosto da maneira como foram criados. esqueçam. e eu nao quero que a minha seja igual a eles ou influenciada.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Arranjarem a vossa casa, sem dúvida. Os casais precisam de privacidade e espaço.
Tive as minhas coisas com a minha sogra e mãe mas elas iam embora e pronto, estava na minha casa, à minha vontade.
Não consigo imaginar 24h x 7 dias! 🤯

Desde 26 Out 2019

Sou da opinião, que quando pensamos viver com o namorado/marido, devemos alugar ou comprar uma casa para nós e que não deve ser nem muito longe nem muito perto dos pais/sogros... Porque viver com o namorado/marido em casa dos sogros/pais, a médio/longo prazo, pode não dar muito bom resultado ...assim como, se for muito perto ,também podem acabar por andar sempre "enfiados" nas nossas casas e continuarem a " meterem-se" em assuntos que não devem . No seu caso, acho ,que deveriam mesmo ponderar e começarem a procurar uma casa , para vocês... E até saírem dai, é ser firme e ir dizendo que agradece a ajuda, mas que a mãe é você e a última palavra nas decisões que dizem respeito há sua filha ,é sua e do seu namorado. Quando alguma atitude não lhe agradar acho que deve falar com a sua sogra educadamente e dizer que não lhe agrada que tenha esta ou aquela atitude.

Ana1416 (não verificado)

Pior coisa é viver com pais e sogros...arranjem uma casa e vão à vossa vida.
Enquanto viver com eles pouco pode fazer..está na casa deles

miriam_flores -
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Desde 15 Dez 2021

Até sair daí vai alimentar mais esse mau estar

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Eu não suportaria isso.. sempre vivi em apartamentos pequenos e simples mas onde ninguém entra sem eu convidar. Acho que não há nada a fazer.

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Cassandra Gomes escreveu:
ela é daquelas que fala no ouvido da miuda , e que diz que a mae é ma e etc etc.. influencia muito a miuda. e eu nao gosto disso, o que vale é que ela nao percebe ainda.. e eu tenho a certeza que lhe vai dar comida que nao quero que lhe dê, vou começar agr a introduzir a sopa, e tenho a certeza que vai querer dar mais qualquer coisa. nao vou saber de metade das coisas que se vao passar enquanto estiver a trabalhar.. so quero que chegue a hora de ir embora, e ir buscar a miuda. eu nao me sinto nada bem em deixa la , mas nao tenho outra alternativa, a minha familia esta a 20 min de mim e é chato la ir todos os dias buscar a menina.basicamente nao gosto da maneira como foram criados. esqueçam. e eu nao quero que a minha seja igual a eles ou influenciada.

Vinte minutos não é nada se isso lhe der paz de espírito.

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Fizeram me isso uma vez, tentar tirar do colo sem me pedir. Eu não deixei. Nunca mais aconteceu. Tem de calcular tudo o que faz e nunca abrir precedentes. Se a avó for buscar a bebé ao berço por exemplo, logo dessa vez tem de chamar a atenção.

Rics44 -
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Desde 19 Dez 2020

Olá. Independentemente da sua situação atual, e de ser necessário estar em casa dos seus sogros, o que deve pesar mais é a sua tranquilidade e da sua filha.
Penso que deve tentar ser assertiva com ela e começar a negar ou a impor a sua vontade quando achar necessário, afinal como disse a filha é sua e ela é apenas a avó e deve perceber isso. Se não gostar, olhe azar, não é por estar em casa dela que lhe deve a sua filha! Tente impor se, pela sua filha. Mais tarde vai pensar sobre isto e vai agradecer ter tomado uma posição. E o seu marido o que acha disto? Penso que também deve ajudar a separar as águas...
Tudo de bom, um beijinho

soso silva -
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Desde 12 Maio 2013

Em primeiro arranjem um espacinho vosso sem a magoar acima de tudo. É tente que ela perceba o lugar dela. Não permita que ela passe por cima dos pais. Comigo também tentaram mas não permiti de forma alguma. Ainda agora tentam quando nos damos ordens e chora e eu respondo os pais somos nós nos e que educamos.

GABA -
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Desde 22 Out 2010

Olá Vanessa,
A solução para todos os seus problemas é saírem da casa deles já.
Acredito que financeiramente seja mais fácil estar na casa dos pais do seu namorado, mas se quer evitar os problemas que tem atualmente, comprem casa já hoje.
A sra. está na casa dela e acha-se no direito de fazer tudo o que quer relativamente a todas as situações que descreveu acima. Não deveria ser assim, mas é. A Vanessa pode e deverá impor-se, colocar limites, no entanto prepare-se para que essas limitações não sejam bem-vindas e o seu namorado defender/desvalorizar o comportamento da mãe.
Quando um dia for trabalhar quem é que vai ficar com a menina? os pais do seu namorado? sabe que nessa altura ela vai fazer como quer e não como você quer...
Sejam independentes. Comprem casa. Quando acabar a licença de maternidade/paternidade coloquem a menina num infantário. Assim terá de volta o controle da sua vida e da sua família.
A mãe do seu namorado nessa altura terá que se habituar a nova situação. Não vai gostar, mas paciência. A mãe é você, não ela. Para não estarem dias sem ver a menina poderão por exemplo ir busca-la ao infantário ao final da tarde e você vai busca-la e leva-la para a SUA casa. O seu canto. As suas regras.
Quando acabei a minha licença de maternidade e o pai a licença de paternidade colocamos o nosso filho num infantário. A minha sogra, reformada (adoro-a e nunca se meteu na nossa vida) ofereceu-se para ficar com ele uns meses. Educadamente agradeci, mas disse que ía para o infantário. O que acontecia era que uns dias eles íam busca-lo ao final da tarde e ficavam cerca de hora e meia, 2 horas com ele, outros dias iam os meus pais. Funcionou maravilhosamente bem.
Dou-me super bem com os meus sogros, adoro-os e sei que posso contar com eles para tudo, mas.... cada um na sua casa....

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Gaba

GABA -
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Desde 22 Out 2010

Cassandra Gomes escreveu:
ela é daquelas que fala no ouvido da miuda , e que diz que a mae é ma e etc etc.. influencia muito a miuda. e eu nao gosto disso, o que vale é que ela nao percebe ainda.. e eu tenho a certeza que lhe vai dar comida que nao quero que lhe dê, vou começar agr a introduzir a sopa, e tenho a certeza que vai querer dar mais qualquer coisa. nao vou saber de metade das coisas que se vao passar enquanto estiver a trabalhar.. so quero que chegue a hora de ir embora, e ir buscar a miuda. eu nao me sinto nada bem em deixa la , mas nao tenho outra alternativa, a minha familia esta a 20 min de mim e é chato la ir todos os dias buscar a menina.basicamente nao gosto da maneira como foram criados. esqueçam. e eu nao quero que a minha seja igual a eles ou influenciada.

Olá Cassandra,
O que são 20 minutos da sua vida para evitar toda a confusão com a avó paterna? eu até fazia 1 hora por dia se fosse preciso! Faça os 20 minutos e ganhe paz, tranquilidade. Se já sabe o que vai acontecer ainda pondera lá deixar a menina? nem que a avó me pagasse para deixar lá o meu filho... não ía...

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Gaba

Joana Silva33 -
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Desde 17 Dez 2020

Não há dinheiro que pague a nossa privacidade. Para mim seria impensável viver com os meus sogros.. A não ser que fosse mesmo necessário!! Se fosse a si tentaria alugar nem que fosse um T0.

PapoilaQuerida -
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Desde 25 Out 2019

Olá Vanessa, escrevo só para dar outro ponto de vista Sorriso
Realmente é uma situação chata mas peço-lhe para tentar fazer um pequeno exercício de diferentes pontos de vista apenas e só para que a convivência com a sua sogra seja mais tranquila. Pode ajudar ou não, até porque só a Vanessa sabe realmente como se sente.
Em primeiro lugar, a Vanessa foi mãe há muito pouco tempo, o que significa duas coisas:
1º, as suas hormonas ainda estão a "pupular" e acredite, isso influencia o nosso comportamento! Tudo nos irrita!
2º, o seu instinto maternal está nos píncaros...toda e qualquer tentativa de nos "tirarem" o bebé é visto como uma ameaça... e isso é normal (e até bom sinal na minha opinião) mas às vezes tendemos a exagerar (principalmente pelas hormonas e privação de sono, acredite).
Lembro-me que comigo, após uma semana a tentar que o meu bebé mamasse e sem conseguir, a minha sogra (médica) foi muito clara, ele está a passar fome! Temos que lhe dar LA. Chorei baba e ranho mas cedi porque percebi que era verdade. Simplesmente eu não tinha leite suficiente. A minha sogra ensinou-me a fazer o biberão e preparava-se para ser ela a dar e eu - no alto das minhas hormonas disse (acho que gritei na verdade) - Não! sou eu que lhe vou dar o 1º biberão! (acho que ela percebeu na hora pelo meu olhar e tom de voz que não ia permitir).
Sei que ela não fez por mal (acho que não fazem mesmo, é só para tentar ajudar) mas cabe-nos a nós saber impor limites.
No seu caso, a viver com os sogros, tem mesmo que impor esses limites mas também tem que ter jogo de cintura para conseguir uma boa convivência. Não podemos ter sol na eira e chuva no nabal, ou seja, vivendo com ela, não pode querer que ela não tenha uma palavra a dizer, desculpe, mas é mesmo assim! A Vanessa tem é que perceber qual é a linha que não quer que seja ultrapassada e falar abertamente com a sua sogra, mas tem também que tentar ser compreensiva com o lado dela.
Só a título de comparação, eu não tive ajuda nenhuma! E foi horrível! Os meus pais já faleceram, a minha sogra trabalha, o meu marido tem negócio próprio portanto nem licença de paternidade gozou (eu, mãe de 1ª viagem fiquei sozinha com um recém nascido logo após a saída da maternidade) e para ajudar à festa, o meu bebé nasceu em plena pandemia, não tinha visitas nem aquela ajuda "extra".
Tomar banho e alimentar-me eram luxos e acredite que teria dado tudo para ter essa ajuda que só quem não a tem é que dá valor.
Beijinhos e muita força

FIV+ICSI 10 Jan/20
TEC 11Fev20
POSITIVO Beta 89 21Fev20

Mag_M -
Offline
Desde 13 Jul 2018

PapoilaQuerida escreveu:
Olá Vanessa, escrevo só para dar outro ponto de vista
Realmente é uma situação chata mas peço-lhe para tentar fazer um pequeno exercício de diferentes pontos de vista apenas e só para que a convivência com a sua sogra seja mais tranquila. Pode ajudar ou não, até porque só a Vanessa sabe realmente como se sente.
Em primeiro lugar, a Vanessa foi mãe há muito pouco tempo, o que significa duas coisas:
1º, as suas hormonas ainda estão a "pupular" e acredite, isso influencia o nosso comportamento! Tudo nos irrita!
2º, o seu instinto maternal está nos píncaros...toda e qualquer tentativa de nos "tirarem" o bebé é visto como uma ameaça... e isso é normal (e até bom sinal na minha opinião) mas às vezes tendemos a exagerar (principalmente pelas hormonas e privação de sono, acredite).
Lembro-me que comigo, após uma semana a tentar que o meu bebé mamasse e sem conseguir, a minha sogra (médica) foi muito clara, ele está a passar fome! Temos que lhe dar LA. Chorei baba e ranho mas cedi porque percebi que era verdade. Simplesmente eu não tinha leite suficiente. A minha sogra ensinou-me a fazer o biberão e preparava-se para ser ela a dar e eu - no alto das minhas hormonas disse (acho que gritei na verdade) - Não! sou eu que lhe vou dar o 1º biberão! (acho que ela percebeu na hora pelo meu olhar e tom de voz que não ia permitir).
Sei que ela não fez por mal (acho que não fazem mesmo, é só para tentar ajudar) mas cabe-nos a nós saber impor limites.
No seu caso, a viver com os sogros, tem mesmo que impor esses limites mas também tem que ter jogo de cintura para conseguir uma boa convivência. Não podemos ter sol na eira e chuva no nabal, ou seja, vivendo com ela, não pode querer que ela não tenha uma palavra a dizer, desculpe, mas é mesmo assim! A Vanessa tem é que perceber qual é a linha que não quer que seja ultrapassada e falar abertamente com a sua sogra, mas tem também que tentar ser compreensiva com o lado dela.
Só a título de comparação, eu não tive ajuda nenhuma! E foi horrível! Os meus pais já faleceram, a minha sogra trabalha, o meu marido tem negócio próprio portanto nem licença de paternidade gozou (eu, mãe de 1ª viagem fiquei sozinha com um recém nascido logo após a saída da maternidade) e para ajudar à festa, o meu bebé nasceu em plena pandemia, não tinha visitas nem aquela ajuda "extra".
Tomar banho e alimentar-me eram luxos e acredite que teria dado tudo para ter essa ajuda que só quem não a tem é que dá valor.
Beijinhos e muita força

Totalmente o meu sentir. 🙏♥️

AlexaManarte -
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Desde 08 Abr 2021

Passei pelo mesmo, não com sogros mas com os meus pais .. (e eu quando estava grávida tinha era medo dessas situações com os sogros) e dizia que os meus pais era na boa porque eram os meus pais... e paguei pela boca. O certo e que nunca vivi com os meus sogros por isso não sei, mas com os meus pais vivi e foi horrível .. o meu primeiro filho na altura com 8 meses quando nos mudamos para lá, pareciam eles os pais e eu a irmã do meu filho ... Literalmente. Cheguei a chorar de raiva ..até que decidi sair e ponto até hoje cada um na sua casa e temos todos uma relação ótima. Enquanto aí estiver não vai mudar nada, nem mesmo com conversas nem com avisos, mesmo que entendam na primeira vez vai voltar acontecer pois será sempre mais forte que eles... Boa sorte

Positivo - Setembro 2015
15-06-16 as 21:30 nasceu o meu príncipe as 40+4 com 3.580kg 💙
Positivo - Abril 2021
17-12- 21 as 03:29 nasceu a minha princesa as 40+5 com 3.160kg 💗

Anete SSilva -
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Desde 07 Jun 2021

Olá!
Terem o vosso cantinho seu dúvida que é vantajoso e benéfico para construírem a vossa família sem grandes interferências... mas digo... que não é só isso que basta... é preciso em algumas coisa colocar travão e noutras relativizar...
Digo isto porque eu tenho uma sogra assim e realmente o primeiro ano de vida da nossa filha foi complexo e eu não vivia com ela, aliás, nem vivia com o pai da minha filha... bastava ir lá 1x ou 2x por semana para sentida que ela era muito crítica com o meu desempenho, que queria se sobrepor a mim, que interferia nas decisões, que eu dizia para fazer de uma maneira virava costas e ela fazia de outra... quando falava com as amigas sempre a me criticar, sempre a dizer que a criança era muito agarrada à mãe... enfim... não foi bom... nada!
Mas aprendi duas coisa nesse processo... primeiro, eu estava com as hormonas à flor da pele e com uma sensibilidade extra em relação a tudo dada a conjuntura... tinha perdido um bebé antes de ter a minha filha, o pai dela não queria estar comigo... tinha o peso todo em cima de mim, estava exausta e as críticas e o não me sentir valorizada pioravam tudo!
Falando com o pai da minha filha também percebi que ela tinha imensas frustrações como mãe... mãe ausente e queria compor as coisas através dos netos... já com a primeira mulher dele tinha sido assim, tinha uma real inveja de mães presentes, que aguentavam tudo, tomar conta de um bebé, sem homem presente, com emprego... ela não conseguiu, por isso tinha essa frustração logo a necessidade de mostrar que era muito eficiente (porque sempre se sentiu inapta) e para minimizar a minha competência... porque o filho elogiava muito a mãe dos filhos dele e ela com isso sentia-se mal... enfim... pesei isso tudo e acalmei um pouco as minhas emoções...
Depois disso escolhi "lutas" em algumas coisas comecei a impor-me e educadamente mas de forma firme dizer que os pais é que decidiam... e se a nossa decisão era esta era para cumprir... o pai ajudou nisso, o incluir em tudo e sempre o mencionar fez com que formássemos uma união nesse sentido, porque assim também ele se sentia ultrapassado e também ele imponha limites... dois é muito mais forte! não é preciso brigar... somente referir que é papel dos pais!
Em algumas coisas apelei ao bom senso... disse-lhe mesmo... gostava que lhe tivessem feito isso como mãe... e ela percebeu...
Outras coisas não liguei...
E outras usei o humor... fazia piada e seguia em frente!
Agora uma coisa te digo... tem muito a ver com a nossa confiança, quando eu ganhei mais confiança como mãe, quando eu perdi muitas das minhas inseguranças e comecei a transparecer mais senhora de mim, mais segura, todas essas energias que aparecem a querer se meter afastam-se! Confia! É um processo como mãe! Vais conseguir! Foca-te no teu papel e não te arrependas um dia da energia que gastaste com o que não interessava nada e perdeste a fazer por ti, pelo teu companheiro e pela tua filha! Foco! Força!

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Acho que passamos um pouco todas por esse incómodo. No meu caso, sem morar com a minha sogra, quando se acabou a licença e aos 8 meses a deixei com ela para tomar conta das 8às 17h senti-a isso. E acredito que haja nas sogras uma espécie de "ciúme" também. E agora, olhando de fora, com a cabeça muito mais "limpa" vejo que isso é tudo um reflexo da nossa insegurança. No fundo no fundo no fundo essas coisas ameaçam o nosso papel de mães, temos medo que outra pessoa o ocupe porque no fundo atualmente as coisas de mãe que são nossas são essas pequenas coisas... Mais à frente verá que ser mãe é muito mais que escolher uma roupinha ou fazer bolachinhas. Mas isso só mesmo com tempo poderá sentir e constatar. Você é a mãe. A menos que o seja de modo omisso, não haverá quem lhe tire lugar. À parte disto tudo, aluguem uma casa. Viver com outras pessoas será sempre uma fonte de conflitos por melhor que as pessoas sejam, ainda para mais quando na equação está uma recém-mamã e um bebé.