A minha filha tem 3 mesinhos. Vivo com o meu namorado (mais namorido) e viviemos com os meus sogros porque ainda não comprámos casa.
E com isto, não me interpretem mal, eu tenho uma boa relação com a minha sogra, gosto muito dela e da pessoa que é e como nos ajuda. Disso não me posso queixar.
Mas deixa-me triste e, às vezes, irritada o facto de ela se esquecer que ela é avó e não mãe! Desde que a minha filha nasceu que sinto uma espécie de supervisão por parte dela, se estou a mudar a fralda, a dar de mamar ou simplesmente a brincar com a minha filha, ela tem sempre de aparecer e tocar, meter a mão, dizer "coisa boa da vó". Estou a ver algo para comprar para a minha filha e ela diz que já comprou. A minha bebé ainda nem come e já está a dizer que lhe vai faxer bolachas e sopas/papas. Como se fazer a introdução alimentar da minha filha não fosse o meu papel como mãe, que gosto e quero fazê-lo. E mais uma vez, não quer dizer que ela não lhe possa fazer e dar uma sopa mas esta intromissão é demais! Eu sou a mãe, ela é a avó. Cada macaco no seu galho!
Cá em casa, ficámos infetados com Covid após a visita de um familiar e ela, ao ver a minha filha também afetada, disse "também estás sempre com ela, o vírus amda aí" sendo que eu sou mãe e com 3 meses é de mim que ela precisa e sendo que, no dia seguinte pegava na bebé (testando também positivo) e abraçava-a e beijava-a.
Algo que me deixa mto chateada. São momentos nossos! Meus e da minha filha! É um papel que é meu, por direito e por amor e eu tenho todo o direito de o fazer como eu quero e de educar a minha filha como achar melhor. Seja na alimentação, na roupa que veste ou quando toma banho (sim porque até isso ela sabe que é melhor ser a X horas).
Seria pedir mto que ela se colocasse no lugar dela?
Quero que a minha filha tenha uma boa relação com os avós e é claro que não me importo que sejam eles a mudar-lhe uma fralda, a sentarem com ela no sofá um bocadinho, a darem-lhe o biberão quando extraio leite de vezes em quando. Coisas simples e esporádicas e podem dar críticas CONSTRUTIVAS e SEM IMPOR nada, aceito isso. Sendo que os pais somos nós e teremos sempre a última palavra. Mas parece que não "se toca" destas situações.
Eu gosto dela, mesmo. Mas ter uma filha e saber que, percebendo ou não, está a "tirar" o meu lugar e poder de decisão como mãe deixa-me genuinamente muito triste e às vezes irritada.
Não disse nada nunca e apenas comentei 1x com o meu namorado que diz que ela não faz por mal e que não gosta de me ver triste. Não quero que ele tenha discussão com a mãe porque também não gosto que se intrometam na minha relação com a minha filha, é mãe dele. E sei que não gosta de me ver triste e, por outro lado, sei que pode até não fazer por mal. Mas tem de aprender a ser avó que é o papel dela porque a mãe sou eu. Às vezes parece até que compete comigo e com os meus pais que só vêm a neta 2x por semana... imagino como seria se, tal como os meus pais, só a visse desta forma. Neste momento vive com a neta, vê-a todos os dias... Não precisa de a tirar do meu colo (outra coisa que detesto) sem pedir. Eu não a vou inpedir de pegar na neta mas não tem de ma tirar dos braços minuto a minuto com o "anda cá à vó, anda"... Ela ainda dorme no nosso quarto mas sei que a partir do momento em que dormir no quartinho dela me vai tirar o papel de mãe de a ir buscar, alimentar e acalmar quando chorar. É capaz de a ir buscar e levá-la para o quarto dos avós e dizer que a menina estava a chorar... espero que esteja errada, sinceramente e que se lembre que esse é o meu papel e que nunca lhe pedi para o fazer por mim. Quero que ela seja a avó. Mãe já tem ela.
Mas se isto continuar, no futuro quando a minha filha perceber as coisas posso vir a ser desautorizada como mãe. Isso não admito.
Não sei como o fazer... Quais foram as vossas experiências desse lado?