Parto em tempos de Covid | De Mãe para Mãe

Parto em tempos de Covid

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Maria Marques R... -
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Desde 04 Jun 2019

Estou grávida de quase 37 semanas, sempre fui uma pessoa calma, que acata as ordens dos profissionais de saúde e que não entra em pânico facilmente. Até há poucos dias, onde começam a sair notícias sobre as alterações nas maternidades.

Já estão a decorrer várias medidas em diversos hospitais sobre a proibição do pai no internamento e na sala de parto. Esta decisão ainda não é uniforme, há sítios que o fazem, outros não, outros ainda nem têm nada definido.

A minha dúvida é, para quem é perigoso o pai estar presente, tendo este bata, óculos, mascara e luvas? Dizem que é para proteger a mãe e o bebé, mas caso o pai tenha o vírus a mãe também o terá.
Dizem que deixam o pai ver o bebé 10min, nesses 10min não existe risco de contágio?

Concordo, embora me custe, com a proibição da visita dos avós, mas será justo para as mães num momento de extrema ansiedade estarem sozinhas?
Que impacto terá esta proibição no momento do parto?
Aliás, se for uma cesariana, a mãe estará sozinha no hospital durante 3 dias, será razoável?

Desculpem o desabafo, muitos dizem que não é altura de ser egoísta e concordo que estamos a viver uma crise que tem de ser gerida. Mas não deveria haver bom senso e pensarem numa situação que fosse um meio termo? Condicionarem o percurso do pai na maternidade, aliás, nos privados as mães têm quartos só para elas, não seria razoável existirem cedências desde que cumpríssemos todos os métodos de prevenção?

Se de repente nos proibirem de ver e estar com o nosso filho também vamos aceitar sem questionar?

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Se isto durar um ano, há tempo para se pensar em alternativas, mas neste momento de emergência não há. Infelizmente quem tem partos nesta altura sofre mais, mas não há alternativa, não há tempo útil para se arriscar.
E os bebés quando nascem quem decide são os médicos. Enquanto que nós podemos assinar um termo de responsabilidade e fazemos o que quisermos, até podemos sair depois do parto, os bebés não. Só saem com alta clínica, mesmo que quiséssemos assinar, não temos esse direito.
Força e que corra tudo bem

Siminhas -
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Desde 29 Jul 2019

Olá,

Hoje tive consulta no hospital e coloquei a questão da presença do pai no parto. Disseram que não é permitido. Fiquei muito triste. Andamos há meses a sonhar com esse momento e agora, vão tirar-nos isso.
Concordo com a necessidade de haver cuidado extra mas, neste caso parece-me excessivo. O meu marido, que está de quarentena em casa tem muito menos hipóteses de contrair o Covid do que qualquer funcionário do hospital. E vivemos juntos! Porque não pode assistir devidamente equipado?
Acho isto uma violência excessiva. É revoltante!

Maria Marques R... -
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Desde 04 Jun 2019

MisaL escreveu:
Se isto durar um ano, há tempo para se pensar em alternativas, mas neste momento de emergência não há. Infelizmente quem tem partos nesta altura sofre mais, mas não há alternativa, não há tempo útil para se arriscar.
E os bebés quando nascem quem decide são os médicos. Enquanto que nós podemos assinar um termo de responsabilidade e fazemos o que quisermos, até podemos sair depois do parto, os bebés não. Só saem com alta clínica, mesmo que quiséssemos assinar, não temos esse direito.
Força e que corra tudo bem

Percebo isso tudo, continuo a achar que uma mãe sozinha num hospital ocupa o dobro do tempo das enfermeiras, para não falar num pós cesariana em que a mãe nem tem força para levantar-se e agarrar o bebé. O tempo dos enfermeiros é sagrado, parece que também não tiveram isso em conta.

Enfim...é apenas um desabafo, o que tiver de ser será... : )

Maria Marques R... -
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Desde 04 Jun 2019

Siminhas escreveu:
Olá,
Hoje tive consulta no hospital e coloquei a questão da presença do pai no parto. Disseram que não é permitido. Fiquei muito triste. Andamos há meses a sonhar com esse momento e agora, vão tirar-nos isso.
Concordo com a necessidade de haver cuidado extra mas, neste caso parece-me excessivo. O meu marido, que está de quarentena em casa tem muito menos hipóteses de contrair o Covid do que qualquer funcionário do hospital. E vivemos juntos! Porque não pode assistir devidamente equipado?
Acho isto uma violência excessiva. É revoltante!

Exactamente, acho que tem de haver regras muito apertadas porque estamos a falar num perigo para a saúde pública, mas regras não deveriam ser proibições a este nível. Até aceito que o pai não fique nas horas antes à mulher entrar na sala de parto, mas no momento do nascimento deviam chamá-lo e este com toda a proteção poder assistir.

A nós é o primeiro filho, não sei se teremos outro, vão proibir-nos de viver este momento. Parece que voltámos aos anos 90, em que os pais ficavam na sala de espera a fumar, é ridículo.

Não vou falar sem provas, mas é sabido que uma mãe que passe por uma situação extrema de stress pode também vir a ter dificuldades em conseguir dar de mamar...é tudo muito cruel, não consigo aceitar.

anamacas -
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Desde 23 Set 2007

Infelizmente é para o bem de todos não só da mãe e do bebé...
É uma situação muito difícil de aceitar mas não há nada que possamos fazer para a modificar...Não fique a pensar no assunto, só a deixará ainda mais triste...
E numa cesariana não são três dias, são cinco...

yari -
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Desde 29 Fev 2020

Também não gostaria de passar por essa situação... Também não concordo com a medida e acho - a demasiado drástica. É que 10 minutos só dá para o pai ir dizer olá, verificar rapidamente o bebé, se está tudo bem e pouco mais. E depois se vivem juntos, caso o pai esteja infetado, a probabilidade de a mãe também estar é alta, por isso não sei em que proibir a presença do pai de assistir ao parto (com os cuidados necessários) possa ajudar.

mamagemelar -
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Desde 29 Ago 2011

Eu continuo a achar a medida sensata. Antes isso do que o bebe ter dois pais contaminados e ficar a tutela do hospital como foi o caso da bebe q acabou de nascer. É difícil mas é por um bem maior. Forca

Fez se luz no meu coracao a 22\11\2010... Rafaela as 00h10m e Fábio as 00h13m..Minhas vidas!!! Amo vos mto mto Afilhada e Madrinha babada da mnh kerida TWINMUMMY!!!mais uma madrinha e afilhada 5* SUSANA CORVOS mais uma afilhada linda. Sara78_98 . madrinha e afilhada da APIPAS querida!!!

Maria Marques R... -
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Desde 04 Jun 2019

anamacas escreveu:
Infelizmente é para o bem de todos não só da mãe e do bebé...
É uma situação muito difícil de aceitar mas não há nada que possamos fazer para a modificar...Não fique a pensar no assunto, só a deixará ainda mais triste...
E numa cesariana não são três dias, são cinco...

ahahah pior ainda se forem 5, mas acho que também depende do hospital

Maria Marques R... -
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Desde 04 Jun 2019

mamagemelar escreveu:
Eu continuo a achar a medida sensata. Antes isso do que o bebe ter dois pais contaminados e ficar a tutela do hospital como foi o caso da bebe q acabou de nascer. É difícil mas é por um bem maior. Forca

Certo, faria sentido se eu não fosse para casa com o bebé, eu ao estar exposta ao vírus no hospital acabo por passar também para o meu marido. Não há uma explicação lógica...

Siminhas -
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Desde 29 Jul 2019

Maria Marques Ribeiro escreveu:

Siminhas escreveu:Olá,
Hoje tive consulta no hospital e coloquei a questão da presença do pai no parto. Disseram que não é permitido. Fiquei muito triste. Andamos há meses a sonhar com esse momento e agora, vão tirar-nos isso.
Concordo com a necessidade de haver cuidado extra mas, neste caso parece-me excessivo. O meu marido, que está de quarentena em casa tem muito menos hipóteses de contrair o Covid do que qualquer funcionário do hospital. E vivemos juntos! Porque não pode assistir devidamente equipado?
Acho isto uma violência excessiva. É revoltante!

Exactamente, acho que tem de haver regras muito apertadas porque estamos a falar num perigo para a saúde pública, mas regras não deveriam ser proibições a este nível. Até aceito que o pai não fique nas horas antes à mulher entrar na sala de parto, mas no momento do nascimento deviam chamá-lo e este com toda a proteção poder assistir.
A nós é o primeiro filho, não sei se teremos outro, vão proibir-nos de viver este momento. Parece que voltámos aos anos 90, em que os pais ficavam na sala de espera a fumar, é ridículo.
Não vou falar sem provas, mas é sabido que uma mãe que passe por uma situação extrema de stress pode também vir a ter dificuldades em conseguir dar de mamar...é tudo muito cruel, não consigo aceitar.

É mesmo muito cruel.
Para nós tb será o primeiro e talvez único bebé. É demasiado injusto isto tudo.
Enfim, teremos que arranjar forças extra para lidar com isto sozinhas.
Desejo-lhe tudo de bom. Estamos juntas! <3

Teresa.A -
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Desde 28 Nov 2019

A explicação lógica é que não há equipamentos de proteção para "desperdiçar" com os pais e por isso só pode estar no hospital quem é essencial.
Eu sei que é duro. E posso estar a parecer fria. Mas é pelo bem de todos.
Eu estou aterrorizada que isto se prolongue e me aconteça a mim também, mas acho que pelos nossos bebés arranjamos força para tudo.
Um grande abraço a quem está nesta fase agora

Mamaciita -
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Desde 30 Jan 2020

Concordo que é de uma crueldade enorme... Também penso muito em como será na altura do meu parto, também vai ser cesariana.
Já agora, quando fiz cesariana o ano passado fiquei internada 3 dias.

RH -
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Desde 29 Abr 2013

A resposta é simples, os meios de protecção individual são escassos...não faz sentido nos tempos atuais, utilizar esse material para os pais estarem a assistir ao parto...e menos sentido faz que antes e após parto os pais estejam no hospital sem protecção, sujeitos a contrair o covid-19 e posteriormente transmitir quer à mãe quer ao bebé...compreendo que seja difícil para as mães estarem sozinhas, mas é a situação atual que temos...e o bem comum sobrepõe se às necessidades individuais de cada um...

Sobre RH

Treinos desde 2014
14 de abril de 2015 encaminhamento para consultas de infertilidade CHMA
1ª consulta 18 de Agosto -2ª 28 de Janeiro
Outubro 2018 cirurgia endometriose profunda hospital da Luz e desobstrução das trompas- fev 2023 aborto espontâneo

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Das duas cesarianas que fiz, foi ao fim do dia, a hora da visita já tinha acabado..o pai viu e foi se embora.. só o voltamos a ver ao na tarde do dia seguinte. No público costuma ser assim, ficamos sozinha com as dores da cesariana e tomar conta do recém nascido

acfv -
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Desde 29 Ago 2018

Também estou muito triste e assustada, mas temos de aceitar que é para protecção de todos! E vamos conseguir ultrapassar isto e vai correr bem.
Ninguém desejava este tipo de situações e estamos todos a fazer sacrificios..

Sobre acfv

Endometriose + Adenomiose Difusa
23/02/2018 - Laparoscopia
11/07/2018 - (+) (GN); 25/08/2018 AR às 8 semanas
25/10/2018 - (+) (GN) - Gravidez Quimica
11/03/2019 - Tiroidectomia total
15/07/19 Coito Programado (+)

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

É como os idosos, também ficam lá sozinhos e se estão internados nem se sabe grande coisa.
É por uma questão de reduzir pessoas. Não é só o pai assistir, são todos os pais e todos iam cruzar-se, e depois não é o pai é o acompanhante que para outra mulher podia ser a irmã... nestas alturas "quanto menos problemas melhor".
Imagine o stress se viesse a saber que o pai do bloco ao lado do seu estava infetado ou da cama ao lado. Pense que é para o bem de todos.
Há um ano estava grávida e ia ser horrível a mana não poder ir lá 😥

Maria Marques Ribeiro escreveu:

MisaL escreveu:Se isto durar um ano, há tempo para se pensar em alternativas, mas neste momento de emergência não há. Infelizmente quem tem partos nesta altura sofre mais, mas não há alternativa, não há tempo útil para se arriscar.
E os bebés quando nascem quem decide são os médicos. Enquanto que nós podemos assinar um termo de responsabilidade e fazemos o que quisermos, até podemos sair depois do parto, os bebés não. Só saem com alta clínica, mesmo que quiséssemos assinar, não temos esse direito.
Força e que corra tudo bem

Percebo isso tudo, continuo a achar que uma mãe sozinha num hospital ocupa o dobro do tempo das enfermeiras, para não falar num pós cesariana em que a mãe nem tem força para levantar-se e agarrar o bebé. O tempo dos enfermeiros é sagrado, parece que também não tiveram isso em conta.
Enfim...é apenas um desabafo, o que tiver de ser será... : )

Siminhas -
Offline
Desde 29 Jul 2019

Meninas,

A OMS já se pronunciou sobre a situação das grávidas face ao Covid-19. Podem confirmar no link, abaixo, que defendem o direito da mãe tem em ter acompanhante durante o parto. Porque é que em Portugal não se age em conformidade??

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=3083360511694427&id=10000061...

Xana_magueti -
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Desde 02 Set 2011

anamacas escreveu:

E numa cesariana não são três dias, são cinco...

🙂 atualmente são 3 dias salvo excepção de algum contratempo mãe e bebé.

06.07.2000 João
10.09.2005 Mariana
18.09.2014 Afonso
O meu mundo a três ♡♡♡

anamacas -
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Desde 23 Set 2007

Xana_magueti escreveu:

anamacas escreveu:
E numa cesariana não são três dias, são cinco...

🙂 atualmente são 3 dias salvo excepção de algum contratempo mãe e bebé.


Que bom!!
Eu fiquei cinco dias nas duas cesarianas...é muito tempo...

Maria Marques R... -
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Desde 04 Jun 2019

Siminhas escreveu:
Meninas,
A OMS já se pronunciou sobre a situação das grávidas face ao Covid-19. Podem confirmar no link, abaixo, que defendem o direito da mãe tem em ter acompanhante durante o parto. Porque é que em Portugal não se age em conformidade??
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=3083360511694427&id=10000061...

Infelizmente a OMS não tem poder para obrigar os hospitais a cumprir, eles dizem o que são as boas práticas, depois cabe ou não aos hospitais aceitarem. : /

Maria Marques R... -
Offline
Desde 04 Jun 2019

Teresa.A escreveu:
A explicação lógica é que não há equipamentos de proteção para "desperdiçar" com os pais e por isso só pode estar no hospital quem é essencial.
Eu sei que é duro. E posso estar a parecer fria. Mas é pelo bem de todos.
Eu estou aterrorizada que isto se prolongue e me aconteça a mim também, mas acho que pelos nossos bebés arranjamos força para tudo.
Um grande abraço a quem está nesta fase agora

Tudo a correr Teresa! : )

catarina_ohihohai -
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Desde 03 Jan 2020

Exacto. A Org Mundial da Saúde já emitiu recomendações... nós cá é que só nos dá para ignorar quem está a estudar o assunto e decidimos como nos apetece, cada hospital por si. Não vejo como é que é para o bem de todos, sinceramente. Vejamos:

Proteção da mãe:
Se o pai estiver infetado, a mãe à partida também já está. Não vai ser por passar o parto com ela que lhe vai passar o vírus, estiveram 9 meses a viver na mesma casa. Se esta já estiver infetada, estará e há medidas a adotar para proteger o bebé (já agora, que não passam por remover o bebé da mãe, segundo a OMS).

Proteção dos prof de saúde:
Para bem deles, é recomendado que adotem medidas de proteção, porque o pai pode estar infetado mas a mãe também! Quando se protegem de um, estão a proteger-se do outro (ou de qq outra pessoa que esteja no hospital sintomático ou não). Mais pai menos pai, não vejo como é que isso os pode pôr mais em risco, se estiverem a adotar as medidas que devem enqto prof de saúde (desinfetar mãos, fatos, máscaras, etc).

Proteção do bebé:
Se o pai estiver infetado, vai estar em contato com o bebé assim que for para casa. Portanto, é mais dia menos dia que isso vai acontecer. Estar no parto é o quê? Adiar o inadiável. Para além disso, se for naturalmente uma pessoa sintomática, irá com certeza tomar as devidas precauções para não o contaminar quando estiverem em casa.

Proteção dos restantes:
O pai, tal como a mãe e qq outra pessoa, deve adotar todas as medidas básicas (como não tocar em portas com as mãos ou botões de elevador, tossir para cima dos outros, etc) assim que entra num hospital. Para além disso, tal como está a ser adotado por alguns hospitais com bom senso, não deve sair mais do quarto da parturiente depois de dar entrada, levar todos os seus pertences consigo e comer lá dentro, fazer a higiene e só sairem juntos no dia da alta. Assim contêm o vírus, caso estejam contagiados, ao espaço da sala de partos.

Para além disto tudo, uma mulher sem apoio emocional como já foi dito antes, será uma sobrecarga no hospital. Não só precisará de muito mais apoio das enfªas durante e no pós-parto, como o stress e a ansiedade só complicarão o trabalho de parto (não estou a falar de cor, são estudos que o indicam), o que pode levar a mais intervenções > maior esforço do hospital (staff e recursos) e a estadias mais prolongadas (quando se deveria querer é a malta fora dali o mais rápido possível)... já para não falar de como isto tudo pode por em causa o bem estar tanto da mãe como do bebé, que é supostamente para isso que vamos para um hospital - para nos assegurar o bem-estar!

E já me alonguei... não teria qualquer problema em fazer um esforço em nome do bem comum. Aliás estou em quarentena há mais de 1 semana e estou preparada para quaisquer outras medidas. Mas isto não tem a ver com bem comum, é só casmurrice e perder o Norte em época de crise.

Às que vão parir em breve desejo-vos que num momento de tamanha fragilidade vão buscar forças às entranhas e exijam aquilo a que têm direito! Que não é a ter o pai/acompanhante no parto, é a ter um parto seguro e digno, é disso que se trata. Que eu saiba o Estado de Emergência ainda não aboliu a Constituição, que nos dá direito a saúde e dignidade - os direitos mais básicos. Força nisso, mulheres!

Siminhas -
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Desde 29 Jul 2019

Maria Marques Ribeiro escreveu:

Siminhas escreveu:Meninas,
A OMS já se pronunciou sobre a situação das grávidas face ao Covid-19. Podem confirmar no link, abaixo, que defendem o direito da mãe tem em ter acompanhante durante o parto. Porque é que em Portugal não se age em conformidade??https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=3083360511694427&id=10000061...

Infelizmente a OMS não tem poder para obrigar os hospitais a cumprir, eles dizem o que são as boas práticas, depois cabe ou não aos hospitais aceitarem. : /

A questão é que ainda hoje ouvi a ministra da saúde dizer que estão a seguir as recomendações da OMS para gerir a pandemia. Pelos vistos, não.

Teresa.A -
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Desde 28 Nov 2019

Acho que não estão a perceber bem o problema.
A dura realidade é que não há equipamentos de proteção suficiente para o pessoal médico, e por isso não pode ser gasto também em acompanhantes.
É necessário que todos os que circulam no hospital/maternidade tenham equipamentos de proteção para evitar contágio no hospital.
Não é uma questão do pai passar ao bebé. É o pai passar ao bebé e mãe do lado.
É boa prática a gravida ter acompanhante. Ok. Mas é imperativo não haver contaminação no hospital. Neste momento, infelizmente o imperativo de não haver contaminação sobrepõe-se pelo bem estar de todas as grávidas que estão nas urgências, nas salas de parto e internamento.
Fizemos agora uma encomenda de máscara, ventiladores e outros equipamentos médicos da china. Pela primeira vez estamos a importar material médico chinês, porque há escassez na Europa.
Talvez quando o equipamento de proteção chegar seja possível alterar a situação. Neste momento não é.
Eu sei que é duro. Eu também quero ter o meu marido na altura do parto, mas pode não ser possível e sim, é para o bem de todos.

Siminhas -
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Desde 29 Jul 2019

Teresa.A escreveu:
Acho que não estão a perceber bem o problema.
A dura realidade é que não há equipamentos de proteção suficiente para o pessoal médico, e por isso não pode ser gasto também em acompanhantes.
É necessário que todos os que circulam no hospital/maternidade tenham equipamentos de proteção para evitar contágio no hospital.
Não é uma questão do pai passar ao bebé. É o pai passar ao bebé e mãe do lado.
É boa prática a gravida ter acompanhante. Ok. Mas é imperativo não haver contaminação no hospital. Neste momento, infelizmente o imperativo de não haver contaminação sobrepõe-se pelo bem estar de todas as grávidas que estão nas urgências, nas salas de parto e internamento.
Fizemos agora uma encomenda de máscara, ventiladores e outros equipamentos médicos da china. Pela primeira vez estamos a importar material médico chinês, porque há escassez na Europa.
Talvez quando o equipamento de proteção chegar seja possível alterar a situação. Neste momento não é.
Eu sei que é duro. Eu também quero ter o meu marido na altura do parto, mas pode não ser possível e sim, é para o bem de todos.

Teresa,

A questão não é de todo essa.
No hospital deram-me um documento a informar que o pai/visitante à escolha poderá visitar mãe e bebé após o parto, precisamente quando a mãe já está a partilhar sala.
O que me revolta é não poder antes e durante o parto.
A própria obstetra do hospital me disse que não faz sentido.
Coloco em anexo, foto que tirei ao excerto do documento, a que me refiro, para não achar que a inventar.

mamagemelar -
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Desde 29 Ago 2011

Direito constitucional de saude e dignidade é ter um tratamento e acompanhamento responsavel e perante a crise instalada é o que é possível. Ha muitas maes que teem de dar a luz sozinhas... eu fui uma delas e sei a dor que é... mas se tivesse gravida neste momento acataria sem duvida as medidas tomadas. É suposto que num parto normal em que corra tudo bem uma mae consiga tratar do seu bebe. 2 ou 3 dias passarão a correr e depois estarão na seguranca do vosso lar a gozarem a vossa cria em seguranca. Pensamentos positivos e forca. Nós superamos tudo com forca e determinação.

Fez se luz no meu coracao a 22\11\2010... Rafaela as 00h10m e Fábio as 00h13m..Minhas vidas!!! Amo vos mto mto Afilhada e Madrinha babada da mnh kerida TWINMUMMY!!!mais uma madrinha e afilhada 5* SUSANA CORVOS mais uma afilhada linda. Sara78_98 . madrinha e afilhada da APIPAS querida!!!

catarina_ohihohai -
Offline
Desde 03 Jan 2020

Siminhas escreveu:

Teresa.A escreveu:Acho que não estão a perceber bem o problema.
A dura realidade é que não há equipamentos de proteção suficiente para o pessoal médico, e por isso não pode ser gasto também em acompanhantes.
É necessário que todos os que circulam no hospital/maternidade tenham equipamentos de proteção para evitar contágio no hospital.
Não é uma questão do pai passar ao bebé. É o pai passar ao bebé e mãe do lado.
É boa prática a gravida ter acompanhante. Ok. Mas é imperativo não haver contaminação no hospital. Neste momento, infelizmente o imperativo de não haver contaminação sobrepõe-se pelo bem estar de todas as grávidas que estão nas urgências, nas salas de parto e internamento.
Fizemos agora uma encomenda de máscara, ventiladores e outros equipamentos médicos da china. Pela primeira vez estamos a importar material médico chinês, porque há escassez na Europa.
Talvez quando o equipamento de proteção chegar seja possível alterar a situação. Neste momento não é.
Eu sei que é duro. Eu também quero ter o meu marido na altura do parto, mas pode não ser possível e sim, é para o bem de todos.

Teresa,
A questão não é de todo essa.
No hospital deram-me um documento a informar que o pai/visitante à escolha poderá visitar mãe e bebé após o parto, precisamente quando a mãe já está a partilhar sala.
O que me revolta é não poder antes e durante o parto.
A própria obstetra do hospital me disse que não faz sentido.
Coloco em anexo, foto que tirei ao excerto do documento, a que me refiro, para não achar que a inventar.

Exacto! Se a razão fosse a passagem aos outros pacientes/grávidas, como podem considerar que o pai vá na alta? Ou visitar por curtos períodos de tempo depois? Especialmente quando a mãe já pode estar a partilhar o espaço com outras pessoas?

Muitos hospitais têm quartos individuais para as grávidas do princípio ao fim. Se o pai/acompanhante entrar e só sair no fim, e os prof de saúde mantiverem os procedimentos de segurança, não vejo mesmo qual é a razão. Porque perigo de contágio não é.

Teresa.A -
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Desde 28 Nov 2019

Claro que não há perigo de contagio!
Os profissionais de saude estao mesmo só a ver se dão uma má experiência às gravidas...
Entretanto o hospital do SAMS já fechou por um surto interno.
Tenho pena que não compreendam a necessidade de sacrifício individual nesta altura.
Mas vão ter de se mentalizar, como eu já me mentalizei

Teresa.A -
Offline
Desde 28 Nov 2019

Claro que não há perigo de contagio!
Os profissionais de saude estao mesmo só a ver se dão uma má experiência às gravidas...
Entretanto o hospital do SAMS já fechou por um surto interno.
Tenho pena que não compreendam a necessidade de sacrifício individual nesta altura.
Mas vão ter de se mentalizar, como eu já me mentalizei

anamacas -
Offline
Desde 23 Set 2007

catarina_ohihohai escreveu:

Siminhas escreveu:
Teresa.A escreveu:Acho que não estão a perceber bem o problema.
A dura realidade é que não há equipamentos de proteção suficiente para o pessoal médico, e por isso não pode ser gasto também em acompanhantes.
É necessário que todos os que circulam no hospital/maternidade tenham equipamentos de proteção para evitar contágio no hospital.
Não é uma questão do pai passar ao bebé. É o pai passar ao bebé e mãe do lado.
É boa prática a gravida ter acompanhante. Ok. Mas é imperativo não haver contaminação no hospital. Neste momento, infelizmente o imperativo de não haver contaminação sobrepõe-se pelo bem estar de todas as grávidas que estão nas urgências, nas salas de parto e internamento.
Fizemos agora uma encomenda de máscara, ventiladores e outros equipamentos médicos da china. Pela primeira vez estamos a importar material médico chinês, porque há escassez na Europa.
Talvez quando o equipamento de proteção chegar seja possível alterar a situação. Neste momento não é.
Eu sei que é duro. Eu também quero ter o meu marido na altura do parto, mas pode não ser possível e sim, é para o bem de todos.

Teresa,
A questão não é de todo essa.
No hospital deram-me um documento a informar que o pai/visitante à escolha poderá visitar mãe e bebé após o parto, precisamente quando a mãe já está a partilhar sala.
O que me revolta é não poder antes e durante o parto.
A própria obstetra do hospital me disse que não faz sentido.
Coloco em anexo, foto que tirei ao excerto do documento, a que me refiro, para não achar que a inventar.

Exacto! Se a razão fosse a passagem aos outros pacientes/grávidas, como podem considerar que o pai vá na alta? Ou visitar por curtos períodos de tempo depois? Especialmente quando a mãe já pode estar a partilhar o espaço com outras pessoas?
Muitos hospitais têm quartos individuais para as grávidas do princípio ao fim. Se o pai/acompanhante entrar e só sair no fim, e os prof de saúde mantiverem os procedimentos de segurança, não vejo mesmo qual é a razão. Porque perigo de contágio não é.

Os quartos individuais não devem ser assim tantos nos hospitais públicos...nos privados sim, agora nos públicos devem ser uma minoria.

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