Estou grávida de quase 37 semanas, sempre fui uma pessoa calma, que acata as ordens dos profissionais de saúde e que não entra em pânico facilmente. Até há poucos dias, onde começam a sair notícias sobre as alterações nas maternidades.
Já estão a decorrer várias medidas em diversos hospitais sobre a proibição do pai no internamento e na sala de parto. Esta decisão ainda não é uniforme, há sítios que o fazem, outros não, outros ainda nem têm nada definido.
A minha dúvida é, para quem é perigoso o pai estar presente, tendo este bata, óculos, mascara e luvas? Dizem que é para proteger a mãe e o bebé, mas caso o pai tenha o vírus a mãe também o terá.
Dizem que deixam o pai ver o bebé 10min, nesses 10min não existe risco de contágio?
Concordo, embora me custe, com a proibição da visita dos avós, mas será justo para as mães num momento de extrema ansiedade estarem sozinhas?
Que impacto terá esta proibição no momento do parto?
Aliás, se for uma cesariana, a mãe estará sozinha no hospital durante 3 dias, será razoável?
Desculpem o desabafo, muitos dizem que não é altura de ser egoísta e concordo que estamos a viver uma crise que tem de ser gerida. Mas não deveria haver bom senso e pensarem numa situação que fosse um meio termo? Condicionarem o percurso do pai na maternidade, aliás, nos privados as mães têm quartos só para elas, não seria razoável existirem cedências desde que cumpríssemos todos os métodos de prevenção?
Se de repente nos proibirem de ver e estar com o nosso filho também vamos aceitar sem questionar?