O papel do pai | De Mãe para Mãe

O papel do pai

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47 mensagens
Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

Minhas queridas sei que estão cansadas de me ler e de eu sempre trazer o mesmo assunto.
Preciso de vários pontos de vista e de pessoas que não tenham nenhum vínculo com a minha situação, comigo ou com o meu ex-marido.
Então é assim:
O meu filho nasceu em Outubro de 2018. O pai desde esse dia até Agosto de 2019 quando decidiu fugir de casa pela primeira vez pouco contacto teve com o filho. Apenas ajudava na hora do banho, depois na parte de secar e vestir eu lá me terminava e já pro fim nem isso. Nunca o vi a trocar fraldas ou a dar biberão ou o que quer que seja ao menino, nem tão pouco com ele ao colo ou o que é normal um pai fazer.
Ele foi embora em Agosto e voltou 1 mês e meio depois.
A relação pai-filho manteve-se igual.
Nessa altura o menino já interagia mais, já começava a dar passinhos, a segurar-se mas se ele gastava 30 minutos com ele por dia era muito.
O Pai foi embora de vez em Janeiro deste ano pelos motivos que já sabem
foi embora mesmo nos primeiros dias.
Então aí por milagre passou a saber o caminho para a creche para o ir buscar.
Começou por dia aqui dia ali e depois passou para todos os dias.
Todos os dias esses que recebo sempre a mesma mensagem "A que horas o vens buscar?"
Começou a pandemia e as coisas fechadas e ele teve cerca de quase 2 meses sem ter contacto físico com o menino.
Estive em casa em layoff até junho.
Em junho passou a ir buscá-lo 1 dia por semana, pegava nele pela hora de almoço e trazia-o ao fim do dia.
Explodi 1 dia e ele lá ficou com o menino 1 noite e 2 dias.
Julho vim trabalhar e manteve-se apenas a rotina da creche.
Agosto o Pai teve férias e eu passei a redução de horário trabalhando apenas 2 dias por semana.
Os 2 dias que o menino ia para a creche ele ia-o buscar, acho que chegou a ficar com o filho 2 noites
de 2ª para 3ª.
Agora o menino tem ido todos os dias para a creche e ele voltou a pegar nele todos os dias.
Este setembro continuo a trabalhar apenas 2 dias, mas como ele mudou de creche tenho-o ido levar a semana inteira para se habituar.
A questão é que ele pega no menino e fica com ele 1h30 e depois descarta-o.
Por exemplo ontem estive em casa, pegou no menino na creche às 16h30 e às 18h10 pôs se no carro para mo vir trazer.
Acham isso normal?
Normal de 1 pai que diz que ama o filho?

Eu não acho.

Desde 31 Jan 2020

Não , realmente pode não ser normal, ele já lhe disse se o seu filho se portava bem ou mal só com ele sem a mãe? Talvez possa não ter muita paciência (não é desculpa) , pergunte ao seu filho, se gosta de ir com o pai, dependendo da resposta já sabe +/- como deve agir

Clara 🤰 -
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Desde 05 Mar 2019

Infelizmente o que me parece é que o seu ex não tem interesse nenhum em estar com o menino vai se lá saber o porquê 🙄 eu sei que estas coisas são sempre muito complicadas mas realmente não vejo grande interesse da parte dele , se estivesse na sua situação punha os pontos nos Is , ou ele muda a atitude ou então tb não faz mais falta ter uma pessoa assim na vida do menino.(se estivesse na sua situação) .

Bambola -
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Desde 17 Maio 2020

A meu ver e pelo que diz nesta mensagem (não li as anteriores) não vejo o sentido em dizer se é normal ou anormal esses comportamentos e, deixar um filho sem o pai só porque está pouco tempo com ele. Quantos pais divorciados estão na mesma situação... Seria bom saber se o menino está à vontade com o pai e se aproveitam o pouco tempo que estão juntos e isso é o único que importa. Deixe a relação deles fluir, crescer. Também não é bom passar a frustação que tem à criança. Quer que o pai esteja mais tempo com ele? Use a cabeça e o diálogo. Não ataque o pai e partilhe com ele as VOSSAS responsabilidades.

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Eu sinceramente não acho que seja o pior que já vi. Até acho positivo ele o ir buscar todos os dias. Não vejo isso com maus olhos.
Acredite que há mts q não o fazem.
Agora, convinha é passar a pernoitar na casa do pai pelo menos 2 fim de semana por mês e dar pensão de alimentos, claro. Seria por aqui a minha luta.

Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

Ele diz sempre que o menino está em primeiro lugar na vida dele, que eu posso achar que não mas que ele ama o muito. Mas não vejo isso. Não acho normal uma pessoa que nunca aproveitou o tempo que partilhou o mesmo tecto com o filho para criar memórias e que agora só está com o menino quando não tem nada mais interessante para fazer. Eu apercebo me disso...Quando lhe digo algo ele vem ao ataque, que sou louca, doente, paranóica, etc etc

Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

Atenção o que estou aqui a dizer não é o não querer que o menino tenha uma relação com o pai. Pelo contrário. Qual é a necessidade de todos os dias ele me perguntar a que horas vou pegar no menino para ir para casa? Ou quando ele é que o vem trazer passar na mesma 1h e pouco com o menino? Não podia aproveitar mais tempo?

Bambola -
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Desde 17 Maio 2020

Agulha escreveu:
Atenção o que estou aqui a dizer não é o não querer que o menino tenha uma relação com o pai. Pelo contrário. Qual é a necessidade de todos os dias ele me perguntar a que horas vou pegar no menino para ir para casa? Ou quando ele é que o vem trazer passar na mesma 1h e pouco com o menino? Não podia aproveitar mais tempo?

Sim, estou a percebe-la, mas estou como a Ansha, há situações piores e há que definir pensão e noites com o pai. Em vez de pensar que está uma hora com o filho, pense que estão juntos vários dias por semana. Se manda sms, antecipe-se e diga que vai buscá-lo à hora que ele disser (mas que avise primeiro). Não cobre ao pai o que ele faz. Isso é ser conflituosa. Tem de ter calma e "trabalhe" com ele.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Bambola escreveu:

Agulha escreveu:Atenção o que estou aqui a dizer não é o não querer que o menino tenha uma relação com o pai. Pelo contrário. Qual é a necessidade de todos os dias ele me perguntar a que horas vou pegar no menino para ir para casa? Ou quando ele é que o vem trazer passar na mesma 1h e pouco com o menino? Não podia aproveitar mais tempo?

Sim, estou a percebe-la, mas estou como a Ansha, há situações piores e há que definir pensão e noites com o pai. Em vez de pensar que está uma hora com o filho, pense que estão juntos vários dias por semana. Se manda sms, antecipe-se e diga que vai buscá-lo à hora que ele disser (mas que avise primeiro). Não cobre ao pai o que ele faz. Isso é ser conflituosa. Tem de ter calma e "trabalhe" com ele.

Eu não sou a Agulha e estou a ficar estupefacta com o que estou a ler. No meio de tudo que leu, só conclui por fazer correções ao comportamento da mãe?

MSANDRAMB -
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Desde 12 Jan 2016

Anotski85 escreveu:

Bambola escreveu:
Agulha escreveu:Atenção o que estou aqui a dizer não é o não querer que o menino tenha uma relação com o pai. Pelo contrário. Qual é a necessidade de todos os dias ele me perguntar a que horas vou pegar no menino para ir para casa? Ou quando ele é que o vem trazer passar na mesma 1h e pouco com o menino? Não podia aproveitar mais tempo?

Sim, estou a percebe-la, mas estou como a Ansha, há situações piores e há que definir pensão e noites com o pai. Em vez de pensar que está uma hora com o filho, pense que estão juntos vários dias por semana. Se manda sms, antecipe-se e diga que vai buscá-lo à hora que ele disser (mas que avise primeiro). Não cobre ao pai o que ele faz. Isso é ser conflituosa. Tem de ter calma e "trabalhe" com ele.

Eu não sou a Agulha e estou a ficar estupefacta com o que estou a ler. No meio de tudo que leu, só conclui por fazer correções ao comportamento da mãe?

Já somos duas estupefactas!

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Muito sinceramente, Agulha, e não me leve a mal, acho que ainda está muito longe de ter o fim da relação pacificada na sua cabeça e enquanto isso não acontecer vai ser sempre muito difícil a gestão da parentalidade em conjunto. Pense na possibilidade de fazer alguma terapia...
Quanto ao que relata, está longe de ser o ideal mas não revela desinteresse do pai pelo filho, antes alguma dificuldade de assumir a responsabilidade pelas rotinas do filho. Acredito que se sinta desconfortável com as tarefas que no passado nunca assumiu :dar banho, dar comida, adormecer,... Não estou a desculpá-lo, tem de assumir as suas responsabilidades como é evidente, mas também não é justo da sua parte acusá-lo de não amar o filho. Não vá por aí... Sente-se com ele e falem serenamente sobre um regime de pernoitas que seja bom para todos mas sobretudo para a criança. O facto de o ir buscar à creche é positivo (não tem mais nada para fazer não é bem assim, podia eatar no café a ler o jornal), mantenham isso mas estabeleçam um horário mais definido. Tentem chegar a acordos e oficializem-nos. Que tudo corra bem!

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Eu interpretei o que a bambola disse como: “ vê o copo meio cheio em vez de meio vazio” ou seja, tem que fazer mais, claro, mas se não interferir na vida da agulha, pq não ir buscá-lo todos os dias e estar 2h com ele? Ou a agulha acha e ele faz isso para se descartar dos fins de semana e um dia por semana ( julgo q seja isto q fazem qd não é guarda partilhada )?

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

guialmi escreveu:
Muito sinceramente, Agulha, e não me leve a mal, acho que ainda está muito longe de ter o fim da relação pacificada na sua cabeça e enquanto isso não acontecer vai ser sempre muito difícil a gestão da parentalidade em conjunto. Pense na possibilidade de fazer alguma terapia...
Quanto ao que relata, está longe de ser o ideal mas não revela desinteresse do pai pelo filho, antes alguma dificuldade de assumir a responsabilidade pelas rotinas do filho. Acredito que se sinta desconfortável com as tarefas que no passado nunca assumiu :dar banho, dar comida, adormecer,... Não estou a desculpá-lo, tem de assumir as suas responsabilidades como é evidente, mas também não é justo da sua parte acusá-lo de não amar o filho. Não vá por aí... Sente-se com ele e falem serenamente sobre um regime de pernoitas que seja bom para todos mas sobretudo para a criança. O facto de o ir buscar à creche é positivo (não tem mais nada para fazer não é bem assim, podia eatar no café a ler o jornal), mantenham isso mas estabeleçam um horário mais definido. Tentem chegar a acordos e oficializem-nos. Que tudo corra bem!

Exacto, é isto que tb acho

Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

O estabelecido foi 2 fins de semana por mês e ir buscar à escola ao fim do dia e trazer o menino a casa.

Ele aproveita se do ir buscar o menino que sou eu que depois pego nele para o trazer para casa para se descartar dos fins de semana.
Incluindo o fim de semana do aniversário do pai que o menino passou comigo e não com o pai como estabelecido pela lei.
O menino não teve o seu mês de ferias da creche porque eu não tive férias e o pai não ia estragar o seu mês de férias para estar com ele e, apesar de estar o mesmo acordado e assinado e de na creche terem solicitado as datas das ferias eu é que tive de entregar 1 declaração a dizer que não ia ter férias e por isso o menino passaria lá o mês de Agosto neste caso.
A questão não é ser conflituosa, não o sou. Até tenho sido demasiado permissiva, atenciosa e sou eu que estou sempre a zelar pela relação dos 2.
Não tem nada a ver com ter ou não ultrapassado o divórcio porque sei bem separar as coisas.
Agora só acho estranho de repente quer o menino de repente descarta o. Como já aconteceu eu ir buscar o menino só porque estava aborrecido.

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

Eu não li os comentários de todas as mamãs, mas não poderá ser mais um caso de um pai que não acha muita piada à fase de bebés?
Que acha mais interessante quando eles já correm e são mais ativos?

mamãjoaninhavinct -
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Desde 08 Set 2020

Sou nova aqui no site e nunca tinha ouvido a sua história. Vou-lhe ser 100% honesta e acredite que sei do que falo porque passei exatamente pelo o que o seu filho está a passar.
O meu pai fugiu diversas vezes de casa quando eu era apenas uma bebé mas a minha mãe acabava sempre por o aceitar de volta. Na primeira vez que ele fugiu os meus pais tinham se casado a pouco mais de um mês e divorciaram-se logo após isso, mas como eu já disse, ela aceitou-o de novo vezes sem conta.
Eu, um bebé com 1 ou 2 anos, não podia dizer nada nem fazer nada, e de facto nem me lembro de nada mas a verdade é que isto afetou-me muito. A minha vida familiar sempre foi tóxica e eu fui-me desenvolvendo e criando a minha personalidade ao redor de um ambiente tóxico. Tudo isso fez com que eu ficasse com traumas e que passasse maior parte da minha infância em múltiplos psicólogos (tinha um problema neurológico relacionado com todo esse trauma).
O que quero dizer é que poupe o seu filho dos problemas entre você e o pai dele. Nem sempre os nossos pais são os nossos pais de sangue. Não tenha medo de o seu filho crescer sem um pai biológico. Pelo o que percebi toda esta situação também acaba por desgastá-la muito, algo que não é nada bom! Chegue a um acordo com o senhor em questão e se vir que ele não está minimamente interessado em fazer parte da vida do vosso filho, corte relações! Infelizmente nem toda a gente nasce para ter filhos e não vale a pena ficar a bater na mesma tecla, as pessoas não mudam.
Desculpe se fui bruta ou sincera demais mas custa-me imaginar o que tudo isto poderá afetar a sua vida e vida do seu filho! Se precisar de ajuda pode sempre mandar-me mensagem.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

MSANDRAMB escreveu:

Anotski85 escreveu:
Bambola escreveu:
Agulha escreveu:Atenção o que estou aqui a dizer não é o não querer que o menino tenha uma relação com o pai. Pelo contrário. Qual é a necessidade de todos os dias ele me perguntar a que horas vou pegar no menino para ir para casa? Ou quando ele é que o vem trazer passar na mesma 1h e pouco com o menino? Não podia aproveitar mais tempo?

Sim, estou a percebe-la, mas estou como a Ansha, há situações piores e há que definir pensão e noites com o pai. Em vez de pensar que está uma hora com o filho, pense que estão juntos vários dias por semana. Se manda sms, antecipe-se e diga que vai buscá-lo à hora que ele disser (mas que avise primeiro). Não cobre ao pai o que ele faz. Isso é ser conflituosa. Tem de ter calma e "trabalhe" com ele.

Eu não sou a Agulha e estou a ficar estupefacta com o que estou a ler. No meio de tudo que leu, só conclui por fazer correções ao comportamento da mãe?

Já somos duas estupefactas!


Somos 3

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Ansha escreveu:
Ou a agulha acha e ele faz isso para se descartar dos fins de semana e um dia por semana ( julgo q seja isto q fazem qd não é guarda partilhada )?

Pois, eu penso que o problema é mesmo esse, e näo é justo para a Agulha. Também precisa de poder desfrutar de um fim de semana ou outro.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

Bambola escreveu:
A meu ver e pelo que diz nesta mensagem (não li as anteriores) não vejo o sentido em dizer se é normal ou anormal esses comportamentos e, deixar um filho sem o pai só porque está pouco tempo com ele. Quantos pais divorciados estão na mesma situação... Seria bom saber se o menino está à vontade com o pai e se aproveitam o pouco tempo que estão juntos e isso é o único que importa. Deixe a relação deles fluir, crescer. Também não é bom passar a frustação que tem à criança. Quer que o pai esteja mais tempo com ele? Use a cabeça e o diálogo. Não ataque o pai e partilhe com ele as VOSSAS responsabilidades.

Eu ainda näo tomei café, por isso admito que me possa ter pasado ao lado a parte em que a Agulha sugere "deixar um filho sem um pai".
A Agulha pretende que o pai cumpra a sua parte enquanto progenitor, e näo é a ficar com ele um par de horas por dia (ou menos) para se descartar dos fins de semana, que o vai fazer.
Deixar as coisas fluirem? Entäo e só fluírem para acomodar as vontades dele?
É assim täo insólito um ser humano querer apreciar um fim de semana ou outro com amigos, sem ter de ter a presenca constante dos filhos? A Bambola acha que a Agulha näo tem direito a isso?

Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

Vou vos contar mais 1 pormenor.
A última noite que ele quis ficar com o filho foi do dia 24 para o dia 25 de Agosto.
Ora no dia 24 veio buscar o menino pelas 10h30 da manhã mais ou menos.
Tudo muito bem e claro está 1 segunda feira e estava de férias podia ter ficado muito bem com o menino no fim de semana como estipulado, mas claro aos fins de semana dá mais jeito outras coisas.
Na terça feira, dia 25, a avó paterna do menino fazia anos. Pois bem quando eu acordei na terça tinha um vendaval de mensagens a queixar-se do menino. Que não tinha parado durante a noite que sim está super bem disposto, até que disse, olha tenho umas coisas para fazer agora de manhã (ia comprar as coisinhas para o menino levar pra nova creche) e depois trago o comigo para casa.
A resposta pronta foi logo Ok a que horas vens?
Não sei tudo depende de quando me despachar, mas pela hora de almoço mais ou menos.
Eram 12h30 recebo uma mensagem.
Ah disse ao menino se queria ir pra mamã e ele está sempre a ir pra porta a chamar mamã, uma forma simpatica de dizer "já está na hora".
Lá fui buscar o menino, estava com ar triste.
O resto da terça feira não mais se lembrou do menino.
Por vezes manda mensagens às 11 e tal da noite só a perguntar se ele já adormeceu e por aí vai.

Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

Vou vos contar mais 1 pormenor.
A última noite que ele quis ficar com o filho foi do dia 24 para o dia 25 de Agosto.
Ora no dia 24 veio buscar o menino pelas 10h30 da manhã mais ou menos.
Tudo muito bem e claro está 1 segunda feira e estava de férias podia ter ficado muito bem com o menino no fim de semana como estipulado, mas claro aos fins de semana dá mais jeito outras coisas.
Na terça feira, dia 25, a avó paterna do menino fazia anos. Pois bem quando eu acordei na terça tinha um vendaval de mensagens a queixar-se do menino. Que não tinha parado durante a noite que sim está super bem disposto, até que disse, olha tenho umas coisas para fazer agora de manhã (ia comprar as coisinhas para o menino levar pra nova creche) e depois trago o comigo para casa.
A resposta pronta foi logo Ok a que horas vens?
Não sei tudo depende de quando me despachar, mas pela hora de almoço mais ou menos.
Eram 12h30 recebo uma mensagem.
Ah disse ao menino se queria ir pra mamã e ele está sempre a ir pra porta a chamar mamã, uma forma simpatica de dizer "já está na hora".
Lá fui buscar o menino, estava com ar triste.
O resto da terça feira não mais se lembrou do menino.
Por vezes manda mensagens às 11 e tal da noite só a perguntar se ele já adormeceu e por aí vai.

Agulha -
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Desde 14 Nov 2017

Vou vos contar mais 1 pormenor.
A última noite que ele quis ficar com o filho foi do dia 24 para o dia 25 de Agosto.
Ora no dia 24 veio buscar o menino pelas 10h30 da manhã mais ou menos.
Tudo muito bem e claro está 1 segunda feira e estava de férias podia ter ficado muito bem com o menino no fim de semana como estipulado, mas claro aos fins de semana dá mais jeito outras coisas.
Na terça feira, dia 25, a avó paterna do menino fazia anos. Pois bem quando eu acordei na terça tinha um vendaval de mensagens a queixar-se do menino. Que não tinha parado durante a noite que sim está super bem disposto, até que disse, olha tenho umas coisas para fazer agora de manhã (ia comprar as coisinhas para o menino levar pra nova creche) e depois trago o comigo para casa.
A resposta pronta foi logo Ok a que horas vens?
Não sei tudo depende de quando me despachar, mas pela hora de almoço mais ou menos.
Eram 12h30 recebo uma mensagem.
Ah disse ao menino se queria ir pra mamã e ele está sempre a ir pra porta a chamar mamã, uma forma simpatica de dizer "já está na hora".
Lá fui buscar o menino, estava com ar triste.
O resto da terça feira não mais se lembrou do menino.
Por vezes manda mensagens às 11 e tal da noite só a perguntar se ele já adormeceu e por aí vai.

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

Não, não é um pai normal mas é o pai que ele sabe ou quer ser... e é isso que tem.
Eu sei que custa, eu sei que imaginamos e queremos diferente para os nossos filhos mas
digo que para teu bem e do teu filho tens que aceitar e fazer as "pazes" com esse pai...
Importa é como tu és como mãe e importa o que o teu filho recebe... se "só" recebe isso do pai
terá com certeza muito mais gente na vida dela a lhe dar muito e isso é que importa.
Vais te maltratar com o que o que o pai é ou deixa de ser para quê? Ele vai mudar? Não!
Quem perde é ele e acredita que um dia vai se arrepender... conheço muitos homens a quem
isso acontece, assim como muitas mulheres...
O pai da minha filha também passou por uma fase de "confusão" e "ausência" quem perdeu foi
ele... eu sei disse e ele sabe disso... hoje a minha filha tem uma ligação muito mais forte
comigo, eu é que sou o porto de abrigo dela e o pai sabe que é assim e sabe que isso aconteceu
pela sua ausência... mas eu não andei a referir isso, nem me maltratei com isso, a vida tratou
de lhe mostrar a realidade...
Agulha! Arruma esse assunto para teu bem, ele não é o homem que querias, ele não é o pai
que querias mas a tua vida e do teu filho pode ser bem mais que isso tudo...e vai ser...

soniamst -
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Desde 22 Dez 2016

Ora bem, se o estipulado na regulação do poder paternal é ele ir buscar o menino à creche e depois ir levá-lo a sua casa, exija que assim seja feito mesmo que ele o vá buscar à creche e leve directo para sua casa. Se ficou estipulado que ele passaria um fim de semana de 15 em 15 dias com o menino exija que o faça da mesma maneira que ele faz consigo, tipo na sexta feira manda mensagem a perguntar "A que horas vens buscar o menino", faça sempre isso no dia que ele o tiver de vir buscar, vai ver que muita coisa vai mudar. Faça-o cumprir o estipulado, mas não poderá contar com mais que isso (que ele passe mais tempo com o filho).

Mag_M -
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Desde 13 Jul 2018

Pelo que percebo, é um pai quando lhe convém - ou seja, quando lhe apetece -, muito longe do estipulado, e a mãe tem de se "ajeitar" a estes apetites.
Para mim não estará em causa o amor pelo filho; esse quero acreditar que o tem, pois caso contrário nunca desejaria tê-lo perto nem interagir com ele. O que senti do relato da Agulha foi que ela tem a vida condicionada às vontades do pai do menino, e não consegue tirar, por isso tempo para ela.
Por isso confesso que também fiquei algo pasmada com algumas coisas que li.
No entanto, nestas coisas ou se resolve conversando ou na lei, parece-me.
Lembrei-me agora se seria útil fazer um registo semanal/quinzenal/mensal das horas que o pai passa com a criança, versus o que estava estipulado passar, e mostrar-lhe. Desta forma evitava a discussão e iniciava a conversa logo pela parte racional, talvez ajudasse.

Agulha -
Offline
Desde 14 Nov 2017

Mag_M escreveu:
Pelo que percebo, é um pai quando lhe convém - ou seja, quando lhe apetece -, muito longe do estipulado, e a mãe tem de se "ajeitar" a estes apetites.
Para mim não estará em causa o amor pelo filho; esse quero acreditar que o tem, pois caso contrário nunca desejaria tê-lo perto nem interagir com ele. O que senti do relato da Agulha foi que ela tem a vida condicionada às vontades do pai do menino, e não consegue tirar, por isso tempo para ela.
Por isso confesso que também fiquei algo pasmada com algumas coisas que li.
No entanto, nestas coisas ou se resolve conversando ou na lei, parece-me.
Lembrei-me agora se seria útil fazer um registo semanal/quinzenal/mensal das horas que o pai passa com a criança, versus o que estava estipulado passar, e mostrar-lhe. Desta forma evitava a discussão e iniciava a conversa logo pela parte racional, talvez ajudasse.

Exato é mesmo isso.
Por exemplo, houve e continua a haver alturas em que ele manda-me mensagens às 10 da noite a dizer "sei que é encima da hora, mas amanhã estou de folga e vou buscar o menino para passar o dia comigo".
Ou seja, tem sido sempre assim. É demasiado desgastante para mim...Por exemplo ele vai buscar o menino à creche, eu saio ás 18h e fico sempre condicionada, por 2 motivos. Tenho de ir buscar o menino e quando pego no menino ou ele já está de pijamas vestido ou com uma roupa nada a ver. Se preciso ir a algum sítio depois do trabalho sinto-me na obrigação de o informar, olha hoje pego nele mais tarde porque preciso de fazer umas coisas primeiro e tenho, sempre, de dar horas específicas.
Isso desgasta-me...deixa-me muito mais esgotada e cansada.
Fiquei com as responsabilidades que tinham sido feitas para os 2 quando nos casamos, com isso tenho 1 emprego e 2 extras. Dão me trocos, mas preciso desses trocos para pagar as contas e dar uma vida estável ao menino e fora essas coisas todas ainda sou obrigada a conviver diariamente com ele, com as bocas, os insultos e assim.
Ele dá X valor que serve para os gastos mensais do menino com alimentação.
A creche, a roupa, fraldas, produtos de higiene, consultas e etc sou eu que pago.
Já nem digo nada porque ele faz-se de vítima de que não tem possibilidades, mas esquece-se que vivemos num meio pequeno e que eu tenho 1 cérebro e 2 olhos...mas pronto.
Só queria eu ter estabilidade no meio desta época instável que o país atravessa e dar também estabilidade ao menino que noto-o nervoso, com sindrome do abandono sempre a chamar mãe e com medo de estar sozinho.

guialmi -
Offline
Desde 13 Jul 2013

Agulha, mas é perfeitamente legítimo que queira um horário pré-estabelecido para não andar sempre às vontades do pai da criança. Explique-lhe isso, diga que precisa de saber com o que contar e que esta instabilidade não é boa nem para si nem para a criança (sem acusações, sem cobranças...a Agulha é mais madura que ele, mantenha o discurso num plano puramente racional). Durante a semana, estabeleçam um horário - ele vai, por exemplo, buscar o menino à 2ª, 4ª e 6ª e fica com ele até às 20.00 (ou outra solução, foi só um exemplo). Depois fica com ele um fim de semana por mês (nesta fase talvez seja melhor assim, espaçado, para ele se habituar a cuidar a tempo inteiro de um bebé). Alterações devem ser comunicadas na semana anterior (por ex, no domingo diz-lhe que queria ficar com a criança mais tempo na folga, ou que não quer usar os 3 dias). De algum modo ainda está a ceder aos interesses dele, é verdade, mas encare isto como uma fase de transição em que o menino não perde o contacto com o pai e dá-lhe espaço para consolidar a relação pai-filho.

Anotski85 -
Offline
Desde 09 Jun 2020

guialmi escreveu:
Agulha, mas é perfeitamente legítimo que queira um horário pré-estabelecido para não andar sempre às vontades do pai da criança. Explique-lhe isso, diga que precisa de saber com o que contar e que esta instabilidade não é boa nem para si nem para a criança (sem acusações, sem cobranças...a Agulha é mais madura que ele, mantenha o discurso num plano puramente racional). Durante a semana, estabeleçam um horário - ele vai, por exemplo, buscar o menino à 2ª, 4ª e 6ª e fica com ele até às 20.00 (ou outra solução, foi só um exemplo). Depois fica com ele um fim de semana por mês (nesta fase talvez seja melhor assim, espaçado, para ele se habituar a cuidar a tempo inteiro de um bebé). Alterações devem ser comunicadas na semana anterior (por ex, no domingo diz-lhe que queria ficar com a criança mais tempo na folga, ou que não quer usar os 3 dias). De algum modo ainda está a ceder aos interesses dele, é verdade, mas encare isto como uma fase de transição em que o menino não perde o contacto com o pai e dá-lhe espaço para consolidar a relação pai-filho.

Considero esta a melhor sugestão. Estando no seu lugar, Agulha, faria esta proposta, acrescentando um registo escrito dos horários, como propôs a Mag (acho eu). A conversa a fazer com o pai, para apresentar esta proposta, deverá frisar que se trata de uma fase de transição para que a prazo (médio) venha a ser cumprido o estipulado formalmente de maneira a que todos beneficiem de alguma previsibilidade na gestão do quotidiano. Salientaria também que o menino sente toda esta instabilidade e precisa de aumentar o convívio com o pai para se sentir seguro e confortável com ele, e que esta fase de transição pretende dar espaço para esse fortalecimento de laços entre pai e filho antes de passar ao regime formalizado. E não demonstre abertura para variações ao acordo e para "gestão de imprevistos" a não ser que sejam casos devidamente justificados (saúde, trabalho, por aí).
Nos diálogos, Agulha, não permita que a insultem. Seja o seu ex-marido seja quem for. A partir do momento em que a conversa desenrola para falta de respeito, corte-a pela raiz, em qualquer circunstância e especialmente à frente do menino. Só aceite conversas sob um princípio de respeito mútuo (vale para os dois, o que requer muita paciência da sua parte, para não lhe saltar a tampa também).
Muita paciência, Agulha. Pelo seu bebé.

Tyta.B -
Offline
Desde 31 Jul 2015

Eu percebo bem o que a agulha está a passar, eu até passei por pior, que o pai do meu filho era capaz de aparecer de 4 em 4 semanas, e quando aparecia ficava com o filho 2 ou 3 horas. Uma vergonha!
Mas eu tinha os meus pais a ajudar-me e por isso cagava nele, desprezava-o mesmo, não exigia nada. Ia-lhe lembrando que isso não era benéfico para o miúdo, mas não exigia grande coisa, porque não precisava, quando queria descansar, ou fazer algo adulto, sair jantar com amigos etc, (e não me lixem ser mãe é muito bom mas nós precisamos de conversar com pessoas adultas de vez em quando), pedia aos meus pais que só ficavam felizes por ter o neto.
Mas a agulha precisa, por isso, no seu caso, acho mesmo que tem de fazer valer o que ficou definido.
Se ele quer ir buscar o filho todos os dias, maravilhoso, só faz bem à criança, mas os fins de semana estipulados têm de ser cumpridos, se não a agulha dá em doida. Ninguém consegue viver assim.
E lamento muito, faz muita diferença passar todos os fins de semana com os filhos e com um pai que ajuda e auxilia, ou passar os fins de semana todos sozinha com uma criança, sem poder ir tomar um cafe sossegada, ir à cabeleireira mimar-se um pouco, ou simplesmente dor mir até mais tarde.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

*lamento o termo que usei, só agora ao reler me apercebi, mas verdade seja dita, era o que eu fazia ahah.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Anotski85 escreveu:

guialmi escreveu:Agulha, mas é perfeitamente legítimo que queira um horário pré-estabelecido para não andar sempre às vontades do pai da criança. Explique-lhe isso, diga que precisa de saber com o que contar e que esta instabilidade não é boa nem para si nem para a criança (sem acusações, sem cobranças...a Agulha é mais madura que ele, mantenha o discurso num plano puramente racional). Durante a semana, estabeleçam um horário - ele vai, por exemplo, buscar o menino à 2ª, 4ª e 6ª e fica com ele até às 20.00 (ou outra solução, foi só um exemplo). Depois fica com ele um fim de semana por mês (nesta fase talvez seja melhor assim, espaçado, para ele se habituar a cuidar a tempo inteiro de um bebé). Alterações devem ser comunicadas na semana anterior (por ex, no domingo diz-lhe que queria ficar com a criança mais tempo na folga, ou que não quer usar os 3 dias). De algum modo ainda está a ceder aos interesses dele, é verdade, mas encare isto como uma fase de transição em que o menino não perde o contacto com o pai e dá-lhe espaço para consolidar a relação pai-filho.

Considero esta a melhor sugestão. Estando no seu lugar, Agulha, faria esta proposta, acrescentando um registo escrito dos horários, como propôs a Mag (acho eu). A conversa a fazer com o pai, para apresentar esta proposta, deverá frisar que se trata de uma fase de transição para que a prazo (médio) venha a ser cumprido o estipulado formalmente de maneira a que todos beneficiem de alguma previsibilidade na gestão do quotidiano. Salientaria também que o menino sente toda esta instabilidade e precisa de aumentar o convívio com o pai para se sentir seguro e confortável com ele, e que esta fase de transição pretende dar espaço para esse fortalecimento de laços entre pai e filho antes de passar ao regime formalizado. E não demonstre abertura para variações ao acordo e para "gestão de imprevistos" a não ser que sejam casos devidamente justificados (saúde, trabalho, por aí).
Nos diálogos, Agulha, não permita que a insultem. Seja o seu ex-marido seja quem for. A partir do momento em que a conversa desenrola para falta de respeito, corte-a pela raiz, em qualquer circunstância e especialmente à frente do menino. Só aceite conversas sob um princípio de respeito mútuo (vale para os dois, o que requer muita paciência da sua parte, para não lhe saltar a tampa também).
Muita paciência, Agulha. Pelo seu bebé.

Já agora acrescento que até isto considero ser condescender à ideia de que é a Agulha que "tem de trabalhar com ele", como a Bambola sugeriu. Que fique claro que ninguém nasce educado a ser pai, mas também ninguém nasce educado a ser mãe, e um ex marido é isso mesmo, ex-marido, não um segundo filho que temos de educar a assumir o seu papel de pai. As únicas responsabilidades que qualquer ex-esposa tem para com o seu ex-marido são as que entroncam nas responsabilidades parentais. E estas são igualmente distribuíveis. A única coisa que um homem não pode fazer na educação de um bebé é dar-lhe a mama. De resto, pode fazer tudo. Não temos, nem devemos, nem queremos, tratar os homens como se fossem uns inaptos, incapazes, mentecaptos. Pelos nossos direitos, pelos direitos e bem estar das crianças, é até pela sua própria dignificação do sexo masculino e do papel de pai.
E sublinho uma coisa: quem está a gerar um conflito não é a Agulha, é quem incumpre o acordo relativo à distribuição das responsabilidades parentais - neste caso, o ex-marido. Exigir o cumprimento não é ser conflituoso. É ser recto.

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