Pagar despesas CUF vs SNS guarda partilhada

Olá,
Eu penso que não se pode obrigar ninguém a pagar médicos privados, uma vêz que o sistema de saúde público se destina a toadas as pessoas.
O muito que podem obrigar é se a criança não estiver isente a pagar metade cada parte, ou seja metade a mãe e metade o pai.
Mas esta é a minha ideia, saúde é saúde, não se vai estar a espera de quem pague ou deixe de pagar.

A questão creio que deveria ser colocada a uma advogado.

Mas tem a certeza que SNS dá a resposta adequada e rápida para as necessidades da criança?
É que, enquanto mãe, não ficava à espera do SNS se visse que o mesmo não me dava resposta atempadamente. Aliás é isso que faço e não deixaria de fazer em circunstância alguma.
Por outro lado, tendo em conta que refere que ela nem tenta...isso já não acho normal. A menos que seja uma doença/situação que precise de acompanhamento de especialistas, enquanto não é acompanhada por um especialista adequado no SNS.

Já falaram com ela sobre isso? Sendo algo que afecta ambos acho que o seu marido devia entrar em contacto com a mãe da filha e ver se conseguem um compromisso.
Eu compreendo que ela queira levar sempre a menina ao privado pois a minha experiência com o centro de saúde e hospital da minha zona é muito má, mas se diz que na sua área são bons deviam mesmo ter uma conversa e estipularem quando se vai ao público e ao privado...

eu não sei , é uma situação complicada, mas eu nunca recorreria a CUF a menos que tivesse seguro de saúde.
O meu filho foi operado no hospital público (adenoides, amigdalas, tubinhos), digo-te que sim, tive de esperar pela vez dele, mas não paguei nem um cêntimo e o cirurgião é um que também faz operações no privado e cufs e afins.

Se já falou com ela e ela insiste, o melhor é ir ver um advogado para ter a certeza. Logicamente, não estou a ver o tribunal a " obrigar" que a criança seja vista num privado.

No seu lugar, dizia-lhe que ia usar exatamente o mesmo critério que uso para o meu próprio filho (visto que já tem um). Não me parece lógico que tenham de pagar tudo no privado quando há alternativas no público, se ela as quiser pagar sozinha que o faça e dividem apenas os medicamentos. Claro que eu não conheço o vosso contexto e o grau de conflituosidade existente (já é estranho ser a madrasta a tratar de tudo com a mãe, eu pessoalmente não assumiria esse papel...).
No caso do meu marido, ele pagava uma pensão de alimentos (bastante alta) que incluía tudo (em teoria...), portanto estas questões não se colocavam.
No caso das minhas filhas posso dizer que faço uma mistura de público e privado. Tenho ADSE, mas como vivo longe de um grande centro de pouco me serve. Sempre foram ao privado para pediatra e oftalmologista (porque o SNS nestas áreas não dá resposta), mas em caso de doença súbita recorro ao centro de saúde e hospital. Uma delas tb foi sempre acompanhada em cardiologia no hospital pediátrico e penso que não poderia ter sido mais bem acompanhada.

Bem, deixo o meu caso, que me parece parecido
O meu filho tem pediatra particular... na CUF Descobertas... E Alergologista l´+a igualmente. E já foi lá ao dentista e ao Oftalmologista. E o pai tem de pagar metade. Tudo bem que eu tenho seguro (que pago eu sozinha) e as consultas não ficam muito caras, mas o pai tem de pagar metade, dito no Tribunal quando ele quis levantar cabelo quando o meu filho era pequeno exactamente por causa do SNS e do Pediatra.
Agora, quando tem uma queixa na hora, é claro que eu não corro para o Pediatra, quanto muito escrevo-lhe um mail (e, agora, para o Alergologista, pq ele é asmático) e vou ao Centro de Saúde.
O meu filho já teve 2 Pneumonias, ambas tratadas pelo SNS. Mas as consultas de rotina, vai ao privado e o pai paga e não bufa (nem pode).
um ex: O meu filho sempre fez as vacinas na CUF Descobertas, até pq eu prefiro vaciná-lo depois da consulta com o médico, para ele dizer que está tudo bem. Ao princípio as vacinas eram grátis mas, depois, passou-se a pagar 8 €. Eu fiquei surpreendida mas paguei. Dei a conhecer ao ex, que tb ficou surpreendido mas pagou. Este ano decidiu não pagar pq no SNS era grátis. Eu não fui de modas, coloquei-o em Tribunal. Aproveitei que ele estava em falha para comigo todo o 1º ano do infantário (para não parecer mesquinhez cobrar-lhe 4 €) e fiz-lhe um processo.
Ele, aconselhado pelo advogado, foi logo pagar-me os 4 €. Agora o Infantário foi inventar que tinha pago. Onde estavam as provas? ah! pois, não havia! Teve de acordar pagar tudo!
Agora o meu filho só vai voltar a ter vacinas aos 10 anos mas, por causa das tosses, no novo acordo ficou estipulado que ou é o pai a tratar das vacinas no centro de saúde (e que fique ele lá as horas à seca) ou eu levo-o à CUF Descobertas e o pai paga metade! como deve ser

D.Markes escreveu:

Obrigada pela tua experiência. Mas vocês têm guarda partilhada? Ou a guarda é só tua? Quando a guarda é total de um progenitor o outro tem que pagar tudo porque o progenitor que detém a guarda é que decide, mas sendo 50-50 já nao sei como é. No nosso acordo só diz despesas de saúde e educação. É como a creche, a menina anda na pré escola que é gratuita mas como a mae precisa do prolongamento andamos a pagar 140€ por causa da Mãe porque nós nao precisamos. Outro questão que também nao sei se somos obrigados a pagar.

Se só a mãe é que utiliza o prolongamento, porque é que vocês o pagam? Isso não faz nenhum sentido...
Quanto à experiência da DianaMar, respeito as opiniões, mas não vejo porque o pai há de pagar as vacinas quando são gratuitas no SNS...pediatra e alergologista concordo, porque são especialidades difíceis de obter no público.

Vou falar do meu caso particular, o meu filho foi seguido por uma psicóloga durante uns tempos. Eu consegui que fosse por intermedio da SS, portanto a clinica debitava as consultas à SS, eu não pagava nada. O meu ex, que tem a mania da superioridade, achava que o facto de ser uma psicóloga paga com dinheiros públicos fazia dela uma má psicóloga, e fez questão de levar o miúdo a umas consultas com um psicólogo "melhor"- segundo ele - que cobrava a hora a peso de ouro. Eu deixei bem claro que não ia pagar nada, depois de ter perdido horas e horas com relatórios medicos, relatórios da escola, horas na fila da SS... ele nem tentou levar o caso a tribunal, porque foi aconselhado por um amigo advogado que não valia a pena.

...

a Guarda é minha, as Responsabilidades Parentais são partilhadas.
Despesas escolares e de saúde 50-50
Quanto às vacinas, é mto simples, tal como disse a juíza. Não queria pagar falava ANTES e não DEPOIS da despesa feita. Ele sabia que ia haver vacinas, se não queria pagá-las só tinha de ir ele com o filho ao Centro de Saúde dar as vacinas grátis. Deixou para a Je, a "burra de carga", pagou-as!
Ele tb não queria pagar ATL que a mãe ficava com o David mas eu disse que eu não podia ir buscar o David tão cedo e que não confiava nos pais dele (nem sequer nele) para ajudar o meu filho a fazer os TPC, coisa que ajudam neste ATL, e não se pode pagar só os dias que "vai" e são despesas escolares. Até o advogado dele concordou comigo. O caricato da situação foi a mãe dele, 2 dias depois desta reunião, me telefonar a perguntar se a escola do David tinha ATL pq não podia nem queria ter de o ir buscar às 16h30 ou 17h30 (caso tivesse AEC, que tem, mas graças a mim, que até para o matricular tive de ir sempre sozinha) e eu, muito espantada, lhe perguntei se o filho não lhe tinha dito que ela se responsabilizava por ele todos os dias... Ela ficou parva (e eu parva fiquei com a desfassatez do meu ex, que, mais uma vez, para poupar meia dúzia de tostões, mente)
Por isso... sim, o meu caso é como o vosso e até o ATL têm de pagar a meias

D.Markes escreveu:

O meu marido odeia mesmo a mãe da menina, e antes ela é que tinha a guarda total, mas como a menina chorava tanto quando a deixavamos depois do fim de semana e durante a semana chamava por nós na escola e se via alguem que ela via quando estava connosco acabamos por mudar de casa para a mesma localidades da mãe (a nossa terra de nascença) e fomos a tribunal pedir a guarda partilhada e o juiz deu nos à um ano. Eu conheço a mae da menina desda escola primária, mas nunca nos falamos, porque nao gosto muito dela, mas ou eu ou o meu marido tínhamos que dar a cara pelas coisas do dia a dia da menina e como ele não a pode ver a frente, por tanto mal ela que lhe fez, que acabei eu por pôr tudo o que acho ao lado e ser eu a falar, a ir ao médico juntamente com a mae da menina, a ir às reuniões da escola, e coisas assim. posso dizer que temos uma "relação" civilizada por causa da menina, porque se ela tiver na minha semana e tiver que ir a uma consulta ela nao vai se eu nao for, porque tem medo que depois fique com a mae. É uma situação complicada, a menina ja tem quase 5 anos e desde que estou com o pai dela, ela ainda nao tinha 2 anos, que sempre foi assim para ir a mãe daí mudarmos a nossa vida toda, por causa do bem estar da menina e agora com o mano tem sido pior.

Parabéns a si por ser uma segunda mãe para a menina mesmo que lhe digam que não é o seu papel... Você exerce o pêlo bem estar da criança! O seu marido pode ser que com o tempo aprenda consigo que as guerras dos adultos de nada interessam para o bem estar de uma criança... E atenção... Não o estou a criticar... Estou só a dizer que pode melhorar
Quanto à sua questão não posso ajudar espero que resolvam pelo melhor.
Feliz Natal para todos

Eu tenho uma situação parecida, é guarda partilhada, sou eu que trato de tudo porque o pai e a mãe não se entendem de jeito nenhum, eu tomei as rédeas pelo bem da minha familia e porque a minha enteada nao tem culpa de nada e a amo tanto... Ja cuido dela desde os 2 anos de idade, la se vão mais 4 anos...

Você vai ter que pedir para o juiz se pronunciar. Comecem a enviar emails/sms (registos) a solicitar que a mãe dê referência ao SNS, e que só vá à CUF em caso de urgência ou se for de madrugada. Mostrem claramente as opções do CS, horarios, facilidades, etc. Depois em caso de não haver acordo, peçam que o tribunal se pronuncie.

Se a guarda for da mãe, ela tem o direito de tomar as decisões de maior importância na vida da criança. Mas só o juiz entende o que é de maior importancia ou não...

Como a Diana falou: "Quanto às vacinas, é mto simples, tal como disse a juíza. Não queria pagar falava ANTES e não DEPOIS da despesa feita." - eu não sou da mesma opinião, a mãe tem que avisar as despesas antes, e o pai se não quiser, que apresente outra solução atempadamente... Mas pronto, aí estão os casos nublados da lei, mais vale os pais conversarem!

Se nao chegarem a um entendimento, que alguem faça a intermediação e em ultimo caso, tribunal...