Natal | De Mãe para Mãe

Natal

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Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Olá
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Venho partilhar mais uma vez. Espero encontrar desse lado a sensatez que me esteja a faltar neste momento.
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Então. Primeiro natal com o nosso bebé. 🥰
Eu não sou crente, mas a verdade é que adoro o natal. Sei que pode parecer cínico da minha parte, mas adoro porque a minha família se reúne toda e eu adoro esses momentos, a que se soma o cheirinho a canela em casa, as risadas e abraços na ceia e almoço de natal, a troca de presentes (fazemos um amigo secreto) que dá sempre para a brincadeira e as gargalhadas, ver um filme com a minha mãe noite dentro, só com as luzes do pinheirinho ligadas, enfim... Tudo coisas muito simples e pequenas, mas que são tão grandes e fazem esta data tão especial.
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Sempre passamos o natal com a minha família. De há uns anos a esta parte passamos a fazer em nossa casa e juntamos as duas famílias (minha e do marido), porque a família dele não se junta com ninguém e passam só os pais e a filha em casa. Este ano, porque estamos longe e à semelhança de anos anteriores, não vamos fazer o natal em nossa casa mas sim na casa da minha mãe. A minha sogra decidiu que não quer passar connosco. Quer ficar na casa dela e pediu "para pelo menos virem cá lanchar no dia de natal". Nós decidimos ignorar a deixa passivo-agressiva e decidimos ir lá almoçar.
Mas no meu íntimo eu estou muito chateada com esta situação.
É o primeiro natal da família com o bebé. Na noite de natal ele mal estará connosco porque não aguenta para lá das 20h30, vai dormir cedo, provavelmente antes de estarmos a jantar. O natal dele vai ser o dia de natal, não a noite de consoada. Ora, isto significa que a minha família mal aproveitará o natal com ele, porque na noite ele vai estar a dormir e no dia nós vamos à casa dos meus sogros, porque sua excelência, a minha sogra, não se quer juntar com o resto da família.
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Não quero estar a ser agressiva no modo como exponho isto aqui, mas quase não consigo, porque a minha irritação é enorme. Temos tido uma data de problemas porque ela está sempre a arranjar problemas. Tem imensos ciúmes da minha mãe porque passa mais tempo com o neto, mas sempre que lhe dizemos que ela também pode vir cá e estar com o neto o tempo que quiser, ela diz que não está para fazer a viagem, que anda cansada e quer estar com o neto na casa dela. Ora, a minha mãe passa mais tempo com o neto, de facto, mas faz por isso. Vem cá todos os meses passar um fim de semana para estar connosco. É muito participativa na vida dele, liga para falar com ele, pergunta o que ele precisa e vai ajudando com isto e aquilo, liga tanto para mim como para o meu marido, não faz distinção entre nós (e bem, porque ele é o pai). Enfim, tem sabido estar presente sem ser invasiva e metediça e estou muito feliz por isso porque até achei que ia ser a avó chata. Mas não, estamos sempre com coisinhas destas com a minha sogra, que está sempre à procura de um problema para lhe dar comichão.
Desta vez, na minha opinião, não podia ter sido mais egoísta. Não quer passar o natal com a minha família, e como tal nós somos obrigados a dividir, acabando por privar a minha família de estar com o bebé no dia de natal, que é quando vai ser efetivamente festa para ele. Parece quase uma vingança da parte dela, dos ciúmes que tem do facto de a minha mãe passar mais tempo com o neto (o que, como disse, só acontece porque a minha mãe vem passar vários fins de semana a nossa casa, e a minha sogra prefere não vir).
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Estou a ver mal as coisas? Estou tão chateada com isto, não imaginam. Estou chateada a ponto de não ir lá. Só vou por respeito ao meu marido (que também está chateado, partilha da minha opinião e adora ter a família junta e não ter de dividir) e ao meu filho é que vou. Aliás, é sobretudo por causa do meu filho, para que o primeiro natal não seja vazio dos avós paternos. Mas sinceramente acho que estou a ser condescendente demais. O que me apetece realmente dizer é "tudo bem, não querem vir como nos anos anteriores, não venham, nós respeitamos, mas vamos passar o natal como sempre passámos".
Digam-me lá o que se percebo disto, visto de fora. Se estou a ser pouco razoável.
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Fico triste. Gostava era que este natal fosse o melhor de sempre, com as pessoas unidas e felizes. E sinto que me estão a roubar isso.

Ana LuzCosta -
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Desde 10 Ago 2022

Bem, estava a ler e a imaginar a irritação... Foi ler novamente para ver se tinha percebido bem que a sogra já costumava passar o Natal convosco. Se não tivesse já esse hábito, até podia compreender, há pessoas que não querem sair de casa no Natal. Pode ser um bocado egoísmo, mas pronto, quando já é um hábito pode ser muito difícil mudar.
O que acho realmente estranho (e irritante) é ter mudado este ano precisamente quando há um bebé. É claro que as consoadas não são para bebés daí perceber perfeitamente que se sinta frustrada por privar a sua mãe de passar o dia de Natal com o neto, ela que tem estado bastante presente desde o nascimento.
Eu provavelmente no seu lugar faria o mesmo, ia acabar por ceder para não gerar conflitos ainda mais nesta época. Mas entendo perfeitamente o estado em que está...

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Ana LuzCosta escreveu:
Bem, estava a ler e a imaginar a irritação... Foi ler novamente para ver se tinha percebido bem que a sogra já costumava passar o Natal convosco. Se não tivesse já esse hábito, até podia compreender, há pessoas que não querem sair de casa no Natal. Pode ser um bocado egoísmo, mas pronto, quando já é um hábito pode ser muito difícil mudar.
O que acho realmente estranho (e irritante) é ter mudado este ano precisamente quando há um bebé. É claro que as consoadas não são para bebés daí perceber perfeitamente que se sinta frustrada por privar a sua mãe de passar o dia de Natal com o neto, ela que tem estado bastante presente desde o nascimento.
Eu provavelmente no seu lugar faria o mesmo, ia acabar por ceder para não gerar conflitos ainda mais nesta época. Mas entendo perfeitamente o estado em que está...

Estou mesmo chateada. Já ando irritada com as fitas que ela faz, de ligar para o meu marido cheia de ciúmes a queixar - se que não vê o menino tanto quanto quer e que a minha mãe é que passa mais tempo com ele. Quer dizer, nós vamos à terrinha quase todos os meses e quando vamos estamos com todos os avós. Todos. Aliás, vamos precisamente porque queremos que o nosso filho cresça com convívio e memórias dos avós. Para além disso, a minha mãe ainda vem cá, o que faz com que esteja connosco mais vezes. Mas não é porque nós privilegiemos a minha mãe, é porque ela escolhe conceder um fim de semana dela a vir cá, para estar com o neto e também porque nos ajuda. É sempre um fim de semana em que há um par de braços extra cá em casa e, parecendo que é pouco, acaba por ser uma pequena grande ajuda.
A mae do meu marido escolhe não vir. Estamos sempre a dizer para ela vir, e ela é que diz que não quer! E isso ainda me irrita mais, porque não quer vir e se faz de vítima quando não é vítima nenhuma e está sempre com um discurso e atitude de auto comiseração como se toda a gente lhe devesse muito. É irritante a atitude só por si. E agora esta do natal é que me está a fazer ferver cá por dentro.
Tenho pensado para mim que, se assim é, não tarda começa a fazer beicinho de não passar a noite com o neto, para ver se cedemos aos seus caprichos. Mas aí não cedo. A noite de natal é com a minha família. Ponto. Não vou ceder. Ela é que escolheu criar uma cisão. Não fomos nós. É uma consequência das escolhas dela.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Eu entendo que ela possa ter ido e deixe de querer, não me parece estranho, a idade vai passando, a paciência, a vontade de fazer coisas, o ânimo...os meus sogros estão a menos de 1h de carro da minha casa e eu sinto que nos últimos 2 ou 3 anos lhes custa a viagem, não têm paciência para estar num semáfora, por exemplo, a minha sogra já nem gosta de se vestir para ir ao Porto. Já só saem da "aldeia" para ir a consultas.
Não sei muito bem o que faria, talvez fosse mesmo lá só lanchar como ela pediu Sorriso
Também já comecei a relativizar essas datas, porque as idades dos avós começam a pesar e vai deixando de permitir certos hábitos e se não dá num dia dá no outro. Ainda não sei se este ano passo com a minha mãe como sempre aconteceu, mas já combinamos que se for aos meus sogros vou fazer com a minha mãe o Natal a 23 e depois faço outro a 24. Já não perco tempo com grandes debates. No ano passado fartei-me de chorar porque não queria deixar de estar com a minha mãe na noite de Natal, este ano já não me chateio, se não é na noire de 24 é a 23, a 25, a 26 ou quando for.
Eu entendo o que sentes, mas não consomas energias a mais.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
.
Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

MisaL escreveu:
Eu entendo que ela possa ter ido e deixe de querer, não me parece estranho, a idade vai passando, a paciência, a vontade de fazer coisas, o ânimo...os meus sogros estão a menos de 1h de carro da minha casa e eu sinto que nos últimos 2 ou 3 anos lhes custa a viagem, não têm paciência para estar num semáfora, por exemplo, a minha sogra já nem gosta de se vestir para ir ao Porto. Já só saem da "aldeia" para ir a consultas.
Não sei muito bem o que faria, talvez fosse mesmo lá só lanchar como ela pediu
Também já comecei a relativizar essas datas, porque as idades dos avós começam a pesar e vai deixando de permitir certos hábitos e se não dá num dia dá no outro. Ainda não sei se este ano passo com a minha mãe como sempre aconteceu, mas já combinamos que se for aos meus sogros vou fazer com a minha mãe o Natal a 23 e depois faço outro a 24. Já não perco tempo com grandes debates. No ano passado fartei-me de chorar porque não queria deixar de estar com a minha mãe na noite de Natal, este ano já não me chateio, se não é na noire de 24 é a 23, a 25, a 26 ou quando for.
Eu entendo o que sentes, mas não consomas energias a mais.

Pois, também sinto que estas coisas assim pequenas e mesquinhas já me estão a consumir energias a mais. Tenho de arranjar aqui uma estratégia para me blindar destas situações e impedir que me afectem.
Mas, sabes, os meus pais e os meus sogros são jovens. Estão a entrar nos 60s, são ativos e não estão num ponto em que a idade pese assim tanto. Até entendo que fazer 300 km para ver o neto, ainda que de vez em quando, seja cansativo e prefiram não o fazer. No início ficava triste com isso, mas agora já não fico. Aprendi a lidar com a situação. Vamos nós estar com os avós. Mas o meu marido diz, e eu entendo-o, que se pensarmos todos assim como eles, então ninguém vai ver ninguém, porque dá trabalho, é cansativo e gasta-se muito dinheiro. É verdade. Se fazer uma viagem de 3h para ver o bebé cansa uma pessoa de 59 anos de filhos criados e sem preocupações na vida, então e a nós, que andamos há 2 meses a dormir 3h por noite e temos de levar meia casa às costas para ir lá passar uns dias? Lá está, ele tem um ponto , não é? Vamos, mesmo sendo cansativo e caro porque gostamos das pessoas e fazemos esse esforço para estar com elas.
.
Quanto ao natal, os nossos pais vivem a 5 minutos de carro de distância uns dos outros. Este ano a mãe do meu marido decidiu não ir porque não, só porque não, porque não há razão nenhuma para não querer ir a não ser a ciumeira. É daquelas coisas de que só não está tudo bem porque alguém decide implicar e arranjar um problema onde efetivamente não existe nenhum.
Claro que é de ignorar e ter a superioridade de espírito para não alimentar celeumas. As coisas efectivamente só têm a importância que lhes damos, mas eu ainda não estou nesse ponto nesta matéria. Estou ainda na fase de digerir tudo. Terei de lá chegar, mas por agora o assunto ainda me está a irritar muito.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Sansa escreveu:
Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
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Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Sim, não é escolha nenhuma, tens absoluta razão. É um condicionamento, que vem sob a violência passiva do discurso de "eu sou uma coitadinha, vocês não me ligam nenhuma, vejam lá se ao menos vêm cá lanchar". Bah! Detesto isso! Dá me náuseas.
Vamos almoçar para calar a autocomiserçao, mas estamos presos nela. É uma teia de aranha. Quanto mais tentas sair dela, mais ela te enreda. E isso deixa-me fula. Se não fosse a avó do meu filho já a tinha mandado à fava. Detesto pessoas assim. Não tenho pachorra para este tipo de personalidade, acho-as insuportáveis e não sou nada de alimentar estes jogos. Normalmente corto logo pela raiz, deixo mesmo de falar com as pessoas. Assim não há maneira de me manipularem.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

São os pais do teu marido e ele está do teu lado...já é um problema muito mais pequeno Sorriso Ela decide o que entende, vocês também não têm de fazer muito mais. Vão lá lanchar e estar um bocado com ela e está celebrado o Natal como ela quis.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:Eu entendo que ela possa ter ido e deixe de querer, não me parece estranho, a idade vai passando, a paciência, a vontade de fazer coisas, o ânimo...os meus sogros estão a menos de 1h de carro da minha casa e eu sinto que nos últimos 2 ou 3 anos lhes custa a viagem, não têm paciência para estar num semáfora, por exemplo, a minha sogra já nem gosta de se vestir para ir ao Porto. Já só saem da "aldeia" para ir a consultas.
Não sei muito bem o que faria, talvez fosse mesmo lá só lanchar como ela pediu
Também já comecei a relativizar essas datas, porque as idades dos avós começam a pesar e vai deixando de permitir certos hábitos e se não dá num dia dá no outro. Ainda não sei se este ano passo com a minha mãe como sempre aconteceu, mas já combinamos que se for aos meus sogros vou fazer com a minha mãe o Natal a 23 e depois faço outro a 24. Já não perco tempo com grandes debates. No ano passado fartei-me de chorar porque não queria deixar de estar com a minha mãe na noite de Natal, este ano já não me chateio, se não é na noire de 24 é a 23, a 25, a 26 ou quando for.
Eu entendo o que sentes, mas não consomas energias a mais.

Pois, também sinto que estas coisas assim pequenas e mesquinhas já me estão a consumir energias a mais. Tenho de arranjar aqui uma estratégia para me blindar destas situações e impedir que me afectem.
Mas, sabes, os meus pais e os meus sogros são jovens. Estão a entrar nos 60s, são ativos e não estão num ponto em que a idade pese assim tanto. Até entendo que fazer 300 km para ver o neto, ainda que de vez em quando, seja cansativo e prefiram não o fazer. No início ficava triste com isso, mas agora já não fico. Aprendi a lidar com a situação. Vamos nós estar com os avós. Mas o meu marido diz, e eu entendo-o, que se pensarmos todos assim como eles, então ninguém vai ver ninguém, porque dá trabalho, é cansativo e gasta-se muito dinheiro. É verdade. Se fazer uma viagem de 3h para ver o bebé cansa uma pessoa de 59 anos de filhos criados e sem preocupações na vida, então e a nós, que andamos há 2 meses a dormir 3h por noite e temos de levar meia casa às costas para ir lá passar uns dias? Lá está, ele tem um ponto , não é? Vamos, mesmo sendo cansativo e caro porque gostamos das pessoas e fazemos esse esforço para estar com elas.
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Quanto ao natal, os nossos pais vivem a 5 minutos de carro de distância uns dos outros. Este ano a mãe do meu marido decidiu não ir porque não, só porque não, porque não há razão nenhuma para não querer ir a não ser a ciumeira. É daquelas coisas de que só não está tudo bem porque alguém decide implicar e arranjar um problema onde efetivamente não existe nenhum.
Claro que é de ignorar e ter a superioridade de espírito para não alimentar celeumas. As coisas efectivamente só têm a importância que lhes damos, mas eu ainda não estou nesse ponto nesta matéria. Estou ainda na fase de digerir tudo. Terei de lá chegar, mas por agora o assunto ainda me está a irritar muito.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

Anotski85 escreveu:

Sansa escreveu:Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
.
Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Sim, não é escolha nenhuma, tens absoluta razão. É um condicionamento, que vem sob a violência passiva do discurso de "eu sou uma coitadinha, vocês não me ligam nenhuma, vejam lá se ao menos vêm cá lanchar". Bah! Detesto isso! Dá me náuseas.
Vamos almoçar para calar a autocomiserçao, mas estamos presos nela. É uma teia de aranha. Quanto mais tentas sair dela, mais ela te enreda. E isso deixa-me fula. Se não fosse a avó do meu filho já a tinha mandado à fava. Detesto pessoas assim. Não tenho pachorra para este tipo de personalidade, acho-as insuportáveis e não sou nada de alimentar estes jogos. Normalmente corto logo pela raiz, deixo mesmo de falar com as pessoas. Assim não há maneira de me manipularem.


Eu admiro os holandeses por serem diretos, não fingirem, não fazerem frete.
A atitude "holandesa" nesta situação seria, tal como te sugeri. A senhora não quer ir almoçar com o resto da família? Está no direito dela, e está o assunto tratado. Almoçam vocês com os teu país. Nem sequer deviam colocar como hipótese alterarem os vossos planos, privar os teus pais de estar com o neto numa data que vos é importante, apenas para... e no fundo, apenas para quê? Porque razão é que vão lá almoçar? Se ela vos convidou para lanchar, é para lanchar. Vocês não TÊM que estar a supor que ela diz isto mas no fundo quer dizer aquilo.
"Ao menos venham cá lanchar"
"Está bem senhora sogra, assim faremos então."

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Devo ser holandesa 😂
Acho que instintivamente responderia "ok, passamos depois para lanchar" no fundo também não convidou para mais nada.

Sansa escreveu:

Anotski85 escreveu:

Sansa escreveu:Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
.
Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Sim, não é escolha nenhuma, tens absoluta razão. É um condicionamento, que vem sob a violência passiva do discurso de "eu sou uma coitadinha, vocês não me ligam nenhuma, vejam lá se ao menos vêm cá lanchar". Bah! Detesto isso! Dá me náuseas.
Vamos almoçar para calar a autocomiserçao, mas estamos presos nela. É uma teia de aranha. Quanto mais tentas sair dela, mais ela te enreda. E isso deixa-me fula. Se não fosse a avó do meu filho já a tinha mandado à fava. Detesto pessoas assim. Não tenho pachorra para este tipo de personalidade, acho-as insuportáveis e não sou nada de alimentar estes jogos. Normalmente corto logo pela raiz, deixo mesmo de falar com as pessoas. Assim não há maneira de me manipularem.

Eu admiro os holandeses por serem diretos, não fingirem, não fazerem frete.
A atitude "holandesa" nesta situação seria, tal como te sugeri. A senhora não quer ir almoçar com o resto da família? Está no direito dela, e está o assunto tratado. Almoçam vocês com os teu país. Nem sequer deviam colocar como hipótese alterarem os vossos planos, privar os teus pais de estar com o neto numa data que vos é importante, apenas para... e no fundo, apenas para quê? Porque razão é que vão lá almoçar? Se ela vos convidou para lanchar, é para lanchar. Vocês não TÊM que estar a supor que ela diz isto mas no fundo quer dizer aquilo.
"Ao menos venham cá lanchar"
"Está bem senhora sogra, assim faremos então."

fmmartins -
Offline
Desde 14 Dez 2016

Eu entendo o "pelo menos venham cá lanchar" como sendo o mínimo para ela, deverá querer mais que isso, concerteza. E entendo que se tenham proposto a almoçar para tentarem dar a volta à situação com justiça e porque fizeram essa leitura das palavras dela. Por mais que não seja o ideal e seja frustrante acho que estão a ser justos. Bem sei que talvez a vontade seja mandar à fava mas compreendo que arranjar um mau estar familiar e ainda para mais nesta quadra seja o que menos desejam.

fmmartins -
Offline
Desde 14 Dez 2016

*Com certeza

Diana Silva5 -
Offline
Desde 12 Abr 2022

Anotski85,
Boa noite, também costumo juntar pais e sogros cá em casa porque temos famílias pequenas e acho desnecessário que alguém passe o Natal sozinho. Todos os anos receio que algo do género aconteça até porque a minha sogra também tem um feitiozinho especial.
Percebo toda a irritação e acho que mesmo assim estão a ser muito razoáveis na forma como estão a lidar com a situação.
No vosso lugar acho que não iria conseguir ser tão sensata (acho que tomaram a decisão que cria menos "atritos" familiares).
Penso que a minha reação seria diferente: uma vez que a opção de não se juntar com a família foi dela, faria a vontade e iria apenas lanchar. Dessa forma, talvez no próximo ano ela pensasse duas vezes antes de recusar o convite. O facto de irem almoçar com ela, poderá levar a que no próximo ano sugira que invertam os locais e passem lá a consoada e o dia de natal com os seus pais (estou a imaginar a situação e a pensar na minha sogra🙈, tenho quase a certeza que isto se iria verificar).

Ainda que esteja irritada, tenho que elogiar o facto de ter sido muito ponderada e ter colocado a relação do seu filho com os avós paternos em primeiro lugar!

SweetBlonde -
Offline
Desde 02 Ago 2012

Bom dia,

Penso que tens toda a razão. Mas eu bateria o pé e diria: Não vou fazer uma viagem de 300km com o menino só porque não vos apetece vir. Querem, vêm. Não querem? Para o o ano, logo se vê...

Era o que mais faltava, fossem sogros ou pais. O Natal não é para fazer fretes, nem para hipocrisias (se bem que cada vez mais o encaro como isso).

Decide com o teu marido o que acham ser melhor para vocês tendo em conta a pouca idade do bebé.

Um bom Natal Pai Natal!

Blonde

************************************

Madrinha e afilhada orgulhosa da Nelia02

Maggie_ -
Offline
Desde 13 Abr 2021

Eu só iria lanchar aos sogros.
Acho que ir almoçar é abrir o precedente e para o ano vai querer fazer igual.

Anotski85 -
Offline
Desde 09 Jun 2020

MisaL escreveu:
Devo ser holandesa 😂
Acho que instintivamente responderia "ok, passamos depois para lanchar" no fundo também não convidou para mais nada.

Sansa escreveu:

Anotski85 escreveu:

Sansa escreveu:Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
.
Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Sim, não é escolha nenhuma, tens absoluta razão. É um condicionamento, que vem sob a violência passiva do discurso de "eu sou uma coitadinha, vocês não me ligam nenhuma, vejam lá se ao menos vêm cá lanchar". Bah! Detesto isso! Dá me náuseas.
Vamos almoçar para calar a autocomiserçao, mas estamos presos nela. É uma teia de aranha. Quanto mais tentas sair dela, mais ela te enreda. E isso deixa-me fula. Se não fosse a avó do meu filho já a tinha mandado à fava. Detesto pessoas assim. Não tenho pachorra para este tipo de personalidade, acho-as insuportáveis e não sou nada de alimentar estes jogos. Normalmente corto logo pela raiz, deixo mesmo de falar com as pessoas. Assim não há maneira de me manipularem.

Eu admiro os holandeses por serem diretos, não fingirem, não fazerem frete.
A atitude "holandesa" nesta situação seria, tal como te sugeri. A senhora não quer ir almoçar com o resto da família? Está no direito dela, e está o assunto tratado. Almoçam vocês com os teu país. Nem sequer deviam colocar como hipótese alterarem os vossos planos, privar os teus pais de estar com o neto numa data que vos é importante, apenas para... e no fundo, apenas para quê? Porque razão é que vão lá almoçar? Se ela vos convidou para lanchar, é para lanchar. Vocês não TÊM que estar a supor que ela diz isto mas no fundo quer dizer aquilo.
"Ao menos venham cá lanchar"
"Está bem senhora sogra, assim faremos então."


Essa foi a resposta do meu marido. A conversa foi ao telefone e eu não participei, mas estava em casa e ouvi qualquer coisa como "ok, mãe, então vamos lanchar". Nem sabia do que estavam a falar, ele é que me contou no fim da chamada.
Só que eu fiquei a pensar, a rever as atitudes, e a ponderar como organizar o dia de natal com o nosso bebé. Reparem, ele faz uma sesta pelas 12h, outra pelas 16 ou 17h,dl dependendo da hora a que acorda da sesta do almoço. Pelas 18h30 toma banho e pelas 19h e pouco janta. A que horas vamos lanchar? O almoço de natal é sempre mais tarde, vamos acabar de almoçar pelas 15h ou 16h, hora da papa e da sesta.
Para além disso, ir só lanchar é dar mais um motivo para o papel de pobre coitada que ela está a assumir, e eu não quero dar azo a esse comportamento. Por isso, e porque achamos que o nosso filho deve ter natal com os avós todos, vamos almoçar, e depois do almoço voltamos para a casa da minha mãe, onde o bebé tem um berço para dormir e tudo o que precisa para jantar, tomar banho e fazer a rotina de sono tão mais próxima do que é habitual em casa.
Foi por estas razões que decidimos assim.

Anotski85 -
Offline
Desde 09 Jun 2020

fmmartins escreveu:
Eu entendo o "pelo menos venham cá lanchar" como sendo o mínimo para ela, deverá querer mais que isso, concerteza. E entendo que se tenham proposto a almoçar para tentarem dar a volta à situação com justiça e porque fizeram essa leitura das palavras dela. Por mais que não seja o ideal e seja frustrante acho que estão a ser justos. Bem sei que talvez a vontade seja mandar à fava mas compreendo que arranjar um mau estar familiar e ainda para mais nesta quadra seja o que menos desejam.

Justos não sei se estamos a ser, mas acho que estamos a ser retos nos nossos princípios, pelo menos.
Justo seria fazermos o natal todos juntos como nos anos anteriores. Até na pandemia nos juntamos e agora que o bebé está connosco e é tão amado por toda agente, há desta merdices a chatear.

MisaL -
Offline
Desde 17 Abr 2019

Vocês não moram perto? Se o teu marido de manhã aparecesse lá e disse: mãe, ande daí que vamos almoçar todas à casa de... Ela não iria?
A minha avó era muito dessas vitimizações, e sempre morrinha por ir, mas gostava de fazer render, então era assim terapia de choque. Chegamos lá e era:estamos aqui à espera, se não vem fica mesmo sozinha e não está com os seus netos. Às vezes ligavamos antes a avisar que estávamos a chegar para ir buscá-la. Ela resmungava, fazia-se de vítima mais um bocado, mas já estava pronta e depois ia e ficávamos todos bem. Por vezes é necessário paciência também para as birrinhas dos crescidos.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:Devo ser holandesa 😂
Acho que instintivamente responderia "ok, passamos depois para lanchar" no fundo também não convidou para mais nada.

Sansa escreveu:

Anotski85 escreveu:

Sansa escreveu:Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
.
Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Sim, não é escolha nenhuma, tens absoluta razão. É um condicionamento, que vem sob a violência passiva do discurso de "eu sou uma coitadinha, vocês não me ligam nenhuma, vejam lá se ao menos vêm cá lanchar". Bah! Detesto isso! Dá me náuseas.
Vamos almoçar para calar a autocomiserçao, mas estamos presos nela. É uma teia de aranha. Quanto mais tentas sair dela, mais ela te enreda. E isso deixa-me fula. Se não fosse a avó do meu filho já a tinha mandado à fava. Detesto pessoas assim. Não tenho pachorra para este tipo de personalidade, acho-as insuportáveis e não sou nada de alimentar estes jogos. Normalmente corto logo pela raiz, deixo mesmo de falar com as pessoas. Assim não há maneira de me manipularem.

Eu admiro os holandeses por serem diretos, não fingirem, não fazerem frete.
A atitude "holandesa" nesta situação seria, tal como te sugeri. A senhora não quer ir almoçar com o resto da família? Está no direito dela, e está o assunto tratado. Almoçam vocês com os teu país. Nem sequer deviam colocar como hipótese alterarem os vossos planos, privar os teus pais de estar com o neto numa data que vos é importante, apenas para... e no fundo, apenas para quê? Porque razão é que vão lá almoçar? Se ela vos convidou para lanchar, é para lanchar. Vocês não TÊM que estar a supor que ela diz isto mas no fundo quer dizer aquilo.
"Ao menos venham cá lanchar"
"Está bem senhora sogra, assim faremos então."

Essa foi a resposta do meu marido. A conversa foi ao telefone e eu não participei, mas estava em casa e ouvi qualquer coisa como "ok, mãe, então vamos lanchar". Nem sabia do que estavam a falar, ele é que me contou no fim da chamada.
Só que eu fiquei a pensar, a rever as atitudes, e a ponderar como organizar o dia de natal com o nosso bebé. Reparem, ele faz uma sesta pelas 12h, outra pelas 16 ou 17h,dl dependendo da hora a que acorda da sesta do almoço. Pelas 18h30 toma banho e pelas 19h e pouco janta. A que horas vamos lanchar? O almoço de natal é sempre mais tarde, vamos acabar de almoçar pelas 15h ou 16h, hora da papa e da sesta.
Para além disso, ir só lanchar é dar mais um motivo para o papel de pobre coitada que ela está a assumir, e eu não quero dar azo a esse comportamento. Por isso, e porque achamos que o nosso filho deve ter natal com os avós todos, vamos almoçar, e depois do almoço voltamos para a casa da minha mãe, onde o bebé tem um berço para dormir e tudo o que precisa para jantar, tomar banho e fazer a rotina de sono tão mais próxima do que é habitual em casa.
Foi por estas razões que decidimos assim.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Muito obrigada a todas pelos vossos comentários. Pelo menos consigo perceber que não estou a ver mal as coisas.
.
Compreendo o que dizem de ir só lanchar ou não ir de todo, ou de que ir almoçar abre um precedente. Sobre isto de abrir um precedente, também já pensei nisso, mas é como disse acima. O melhor do natal é a noite. O nosso bebé agora não desfruta da noite, mas em breve vai desfrutar. E o precedente de se autoexcluir da noite de natal não foi aberto por mim/nós ou a minha família, mas sim pela outra avó. Assim, se é para dividir, a divisão vai ser esta doravante, e eu vou ser irredutível nesta matéria: a noite é com a minha família, o almoço com a família paterna. Se queriam a noite com o neto, que pensassem nisso antes. Desse modo, até é bom que o precedente seja este, já que se é para dividir, está é a única divisão que eu aceito. No fundo, os termos estão postos na mesa, e não só pela minha sogra, mas também por mim. Ontem disse isto ao meu marido, que concordou. Doravante faremos assim e não voltamos a juntar as famílias no natal a não ser por motivos de força maior (que espero que demorem muitos anos a chegar).
.
Enfim, resoluções tomadas, deixem-me desejar-vos uma quadra feliz, muitas luzinhas, doces e abraços! Sejam felizes este natal!

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

MisaL escreveu:
Vocês não moram perto? Se o teu marido de manhã aparecesse lá e disse: mãe, ande daí que vamos almoçar todas à casa de... Ela não iria?
A minha avó era muito dessas vitimizações, e sempre morrinha por ir, mas gostava de fazer render, então era assim terapia de choque. Chegamos lá e era:estamos aqui à espera, se não vem fica mesmo sozinha e não está com os seus netos. Às vezes ligavamos antes a avisar que estávamos a chegar para ir buscá-la. Ela resmungava, fazia-se de vítima mais um bocado, mas já estava pronta e depois ia e ficávamos todos bem. Por vezes é necessário paciência também para as birrinhas dos crescidos.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:Devo ser holandesa 😂
Acho que instintivamente responderia "ok, passamos depois para lanchar" no fundo também não convidou para mais nada.

Sansa escreveu:

Anotski85 escreveu:

Sansa escreveu:Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
.
Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Sim, não é escolha nenhuma, tens absoluta razão. É um condicionamento, que vem sob a violência passiva do discurso de "eu sou uma coitadinha, vocês não me ligam nenhuma, vejam lá se ao menos vêm cá lanchar". Bah! Detesto isso! Dá me náuseas.
Vamos almoçar para calar a autocomiserçao, mas estamos presos nela. É uma teia de aranha. Quanto mais tentas sair dela, mais ela te enreda. E isso deixa-me fula. Se não fosse a avó do meu filho já a tinha mandado à fava. Detesto pessoas assim. Não tenho pachorra para este tipo de personalidade, acho-as insuportáveis e não sou nada de alimentar estes jogos. Normalmente corto logo pela raiz, deixo mesmo de falar com as pessoas. Assim não há maneira de me manipularem.

Eu admiro os holandeses por serem diretos, não fingirem, não fazerem frete.
A atitude "holandesa" nesta situação seria, tal como te sugeri. A senhora não quer ir almoçar com o resto da família? Está no direito dela, e está o assunto tratado. Almoçam vocês com os teu país. Nem sequer deviam colocar como hipótese alterarem os vossos planos, privar os teus pais de estar com o neto numa data que vos é importante, apenas para... e no fundo, apenas para quê? Porque razão é que vão lá almoçar? Se ela vos convidou para lanchar, é para lanchar. Vocês não TÊM que estar a supor que ela diz isto mas no fundo quer dizer aquilo.
"Ao menos venham cá lanchar"
"Está bem senhora sogra, assim faremos então."

Essa foi a resposta do meu marido. A conversa foi ao telefone e eu não participei, mas estava em casa e ouvi qualquer coisa como "ok, mãe, então vamos lanchar". Nem sabia do que estavam a falar, ele é que me contou no fim da chamada.
Só que eu fiquei a pensar, a rever as atitudes, e a ponderar como organizar o dia de natal com o nosso bebé. Reparem, ele faz uma sesta pelas 12h, outra pelas 16 ou 17h,dl dependendo da hora a que acorda da sesta do almoço. Pelas 18h30 toma banho e pelas 19h e pouco janta. A que horas vamos lanchar? O almoço de natal é sempre mais tarde, vamos acabar de almoçar pelas 15h ou 16h, hora da papa e da sesta.
Para além disso, ir só lanchar é dar mais um motivo para o papel de pobre coitada que ela está a assumir, e eu não quero dar azo a esse comportamento. Por isso, e porque achamos que o nosso filho deve ter natal com os avós todos, vamos almoçar, e depois do almoço voltamos para a casa da minha mãe, onde o bebé tem um berço para dormir e tudo o que precisa para jantar, tomar banho e fazer a rotina de sono tão mais próxima do que é habitual em casa.
Foi por estas razões que decidimos assim.


Ai, Misal, Santa paciência! 😂 A minha avó também era assim, e até cediamos, mas ela já passava dos 80 e tinha várias condições de saúde que de facto lhe toldavam a paz de espírito e a tornavam birrenta. Mas eu não estou para andar com a minha sogra ao colo, que é uma mulher adulta, saudável e sem problemas nenhuns na vida. Ela que se amanhe nas birras dela. Nem lhe dou corda à conversa quando começa com essas tretas (e é por isso que ela faz as birras com o filho). Como disse lá atrás, acho isso insuportável! É o tipo de característica que me tira do sério. Acredita que se não tivéssemos o nosso filho, eu estava a borrifar-me para a fita e bem que não ia lá de todo e eles passavam o natal sozinhos, como escolheram passar.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

A mim também me irrita muito, mas se eu ganhasse alguma coisa, até cedia 😂
Imagina que assim ela ia, já não tinhas de ir aturá-la sozinha para a casa dela, pelo menos ficavas com a tua família e o meu menino tranquilo sem ter de sair de casa.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:Vocês não moram perto? Se o teu marido de manhã aparecesse lá e disse: mãe, ande daí que vamos almoçar todas à casa de... Ela não iria?
A minha avó era muito dessas vitimizações, e sempre morrinha por ir, mas gostava de fazer render, então era assim terapia de choque. Chegamos lá e era:estamos aqui à espera, se não vem fica mesmo sozinha e não está com os seus netos. Às vezes ligavamos antes a avisar que estávamos a chegar para ir buscá-la. Ela resmungava, fazia-se de vítima mais um bocado, mas já estava pronta e depois ia e ficávamos todos bem. Por vezes é necessário paciência também para as birrinhas dos crescidos.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:Devo ser holandesa 😂
Acho que instintivamente responderia "ok, passamos depois para lanchar" no fundo também não convidou para mais nada.

Sansa escreveu:

Anotski85 escreveu:

Sansa escreveu:Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
.
Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Sim, não é escolha nenhuma, tens absoluta razão. É um condicionamento, que vem sob a violência passiva do discurso de "eu sou uma coitadinha, vocês não me ligam nenhuma, vejam lá se ao menos vêm cá lanchar". Bah! Detesto isso! Dá me náuseas.
Vamos almoçar para calar a autocomiserçao, mas estamos presos nela. É uma teia de aranha. Quanto mais tentas sair dela, mais ela te enreda. E isso deixa-me fula. Se não fosse a avó do meu filho já a tinha mandado à fava. Detesto pessoas assim. Não tenho pachorra para este tipo de personalidade, acho-as insuportáveis e não sou nada de alimentar estes jogos. Normalmente corto logo pela raiz, deixo mesmo de falar com as pessoas. Assim não há maneira de me manipularem.

Eu admiro os holandeses por serem diretos, não fingirem, não fazerem frete.
A atitude "holandesa" nesta situação seria, tal como te sugeri. A senhora não quer ir almoçar com o resto da família? Está no direito dela, e está o assunto tratado. Almoçam vocês com os teu país. Nem sequer deviam colocar como hipótese alterarem os vossos planos, privar os teus pais de estar com o neto numa data que vos é importante, apenas para... e no fundo, apenas para quê? Porque razão é que vão lá almoçar? Se ela vos convidou para lanchar, é para lanchar. Vocês não TÊM que estar a supor que ela diz isto mas no fundo quer dizer aquilo.
"Ao menos venham cá lanchar"
"Está bem senhora sogra, assim faremos então."

Essa foi a resposta do meu marido. A conversa foi ao telefone e eu não participei, mas estava em casa e ouvi qualquer coisa como "ok, mãe, então vamos lanchar". Nem sabia do que estavam a falar, ele é que me contou no fim da chamada.
Só que eu fiquei a pensar, a rever as atitudes, e a ponderar como organizar o dia de natal com o nosso bebé. Reparem, ele faz uma sesta pelas 12h, outra pelas 16 ou 17h,dl dependendo da hora a que acorda da sesta do almoço. Pelas 18h30 toma banho e pelas 19h e pouco janta. A que horas vamos lanchar? O almoço de natal é sempre mais tarde, vamos acabar de almoçar pelas 15h ou 16h, hora da papa e da sesta.
Para além disso, ir só lanchar é dar mais um motivo para o papel de pobre coitada que ela está a assumir, e eu não quero dar azo a esse comportamento. Por isso, e porque achamos que o nosso filho deve ter natal com os avós todos, vamos almoçar, e depois do almoço voltamos para a casa da minha mãe, onde o bebé tem um berço para dormir e tudo o que precisa para jantar, tomar banho e fazer a rotina de sono tão mais próxima do que é habitual em casa.
Foi por estas razões que decidimos assim.

Ai, Misal, Santa paciência! 😂 A minha avó também era assim, e até cediamos, mas ela já passava dos 80 e tinha várias condições de saúde que de facto lhe toldavam a paz de espírito e a tornavam birrenta. Mas eu não estou para andar com a minha sogra ao colo, que é uma mulher adulta, saudável e sem problemas nenhuns na vida. Ela que se amanhe nas birras dela. Nem lhe dou corda à conversa quando começa com essas tretas (e é por isso que ela faz as birras com o filho). Como disse lá atrás, acho isso insuportável! É o tipo de característica que me tira do sério. Acredita que se não tivéssemos o nosso filho, eu estava a borrifar-me para a fita e bem que não ia lá de todo e eles passavam o natal sozinhos, como escolheram passar.

Anotski85 -
Offline
Desde 09 Jun 2020

MisaL escreveu:
A mim também me irrita muito, mas se eu ganhasse alguma coisa, até cedia 😂
Imagina que assim ela ia, já não tinhas de ir aturá-la sozinha para a casa dela, pelo menos ficavas com a tua família e o meu menino tranquilo sem ter de sair de casa.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:Vocês não moram perto? Se o teu marido de manhã aparecesse lá e disse: mãe, ande daí que vamos almoçar todas à casa de... Ela não iria?
A minha avó era muito dessas vitimizações, e sempre morrinha por ir, mas gostava de fazer render, então era assim terapia de choque. Chegamos lá e era:estamos aqui à espera, se não vem fica mesmo sozinha e não está com os seus netos. Às vezes ligavamos antes a avisar que estávamos a chegar para ir buscá-la. Ela resmungava, fazia-se de vítima mais um bocado, mas já estava pronta e depois ia e ficávamos todos bem. Por vezes é necessário paciência também para as birrinhas dos crescidos.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:Devo ser holandesa 😂
Acho que instintivamente responderia "ok, passamos depois para lanchar" no fundo também não convidou para mais nada.

Sansa escreveu:

Anotski85 escreveu:

Sansa escreveu:Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
.
Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Sim, não é escolha nenhuma, tens absoluta razão. É um condicionamento, que vem sob a violência passiva do discurso de "eu sou uma coitadinha, vocês não me ligam nenhuma, vejam lá se ao menos vêm cá lanchar". Bah! Detesto isso! Dá me náuseas.
Vamos almoçar para calar a autocomiserçao, mas estamos presos nela. É uma teia de aranha. Quanto mais tentas sair dela, mais ela te enreda. E isso deixa-me fula. Se não fosse a avó do meu filho já a tinha mandado à fava. Detesto pessoas assim. Não tenho pachorra para este tipo de personalidade, acho-as insuportáveis e não sou nada de alimentar estes jogos. Normalmente corto logo pela raiz, deixo mesmo de falar com as pessoas. Assim não há maneira de me manipularem.

Eu admiro os holandeses por serem diretos, não fingirem, não fazerem frete.
A atitude "holandesa" nesta situação seria, tal como te sugeri. A senhora não quer ir almoçar com o resto da família? Está no direito dela, e está o assunto tratado. Almoçam vocês com os teu país. Nem sequer deviam colocar como hipótese alterarem os vossos planos, privar os teus pais de estar com o neto numa data que vos é importante, apenas para... e no fundo, apenas para quê? Porque razão é que vão lá almoçar? Se ela vos convidou para lanchar, é para lanchar. Vocês não TÊM que estar a supor que ela diz isto mas no fundo quer dizer aquilo.
"Ao menos venham cá lanchar"
"Está bem senhora sogra, assim faremos então."

Essa foi a resposta do meu marido. A conversa foi ao telefone e eu não participei, mas estava em casa e ouvi qualquer coisa como "ok, mãe, então vamos lanchar". Nem sabia do que estavam a falar, ele é que me contou no fim da chamada.
Só que eu fiquei a pensar, a rever as atitudes, e a ponderar como organizar o dia de natal com o nosso bebé. Reparem, ele faz uma sesta pelas 12h, outra pelas 16 ou 17h,dl dependendo da hora a que acorda da sesta do almoço. Pelas 18h30 toma banho e pelas 19h e pouco janta. A que horas vamos lanchar? O almoço de natal é sempre mais tarde, vamos acabar de almoçar pelas 15h ou 16h, hora da papa e da sesta.
Para além disso, ir só lanchar é dar mais um motivo para o papel de pobre coitada que ela está a assumir, e eu não quero dar azo a esse comportamento. Por isso, e porque achamos que o nosso filho deve ter natal com os avós todos, vamos almoçar, e depois do almoço voltamos para a casa da minha mãe, onde o bebé tem um berço para dormir e tudo o que precisa para jantar, tomar banho e fazer a rotina de sono tão mais próxima do que é habitual em casa.
Foi por estas razões que decidimos assim.

Ai, Misal, Santa paciência! 😂 A minha avó também era assim, e até cediamos, mas ela já passava dos 80 e tinha várias condições de saúde que de facto lhe toldavam a paz de espírito e a tornavam birrenta. Mas eu não estou para andar com a minha sogra ao colo, que é uma mulher adulta, saudável e sem problemas nenhuns na vida. Ela que se amanhe nas birras dela. Nem lhe dou corda à conversa quando começa com essas tretas (e é por isso que ela faz as birras com o filho). Como disse lá atrás, acho isso insuportável! É o tipo de característica que me tira do sério. Acredita que se não tivéssemos o nosso filho, eu estava a borrifar-me para a fita e bem que não ia lá de todo e eles passavam o natal sozinhos, como escolheram passar.


Percebo o teu ponto, e até me faria sentido se os motivos da birra não fossem tão mesquinhos. É que há um acumular de birras dela desde que o nosso filho nasceu, algumas delas graves, que já nos puseram, a mim e ao meu marido, em conflito na sequência de telefonemas dela cá para casa a mandar vir com ele por decisões que nós tomámos em conjunto (eu e ele) a propósito de outros assuntos. E esse "património" faz com que eu não tenha carinho nenhum por ela a gerir estas situações. Numa circunstância diferente, até eu lhe telefonaria a perguntar o que se passa para não querer estar com a família toda. É um gesto que me vejo a ter com muita naturalidade, o de pensar que de facto alguma coisa não estaria bem com ela e que um gesto mais atencioso e carinhoso da nossa parte pudesse ajudar a superar. Mas como já contamos com tanto mal-estar trazido por ela, não vou fazer isso, não merece.

jcsap3 -
Offline
Desde 11 Out 2022

Anotski85 escreveu:
Muito obrigada a todas pelos vossos comentários. Pelo menos consigo perceber que não estou a ver mal as coisas.
.
Compreendo o que dizem de ir só lanchar ou não ir de todo, ou de que ir almoçar abre um precedente. Sobre isto de abrir um precedente, também já pensei nisso, mas é como disse acima. O melhor do natal é a noite. O nosso bebé agora não desfruta da noite, mas em breve vai desfrutar. E o precedente de se autoexcluir da noite de natal não foi aberto por mim/nós ou a minha família, mas sim pela outra avó. Assim, se é para dividir, a divisão vai ser esta doravante, e eu vou ser irredutível nesta matéria: a noite é com a minha família, o almoço com a família paterna. Se queriam a noite com o neto, que pensassem nisso antes. Desse modo, até é bom que o precedente seja este, já que se é para dividir, está é a única divisão que eu aceito. No fundo, os termos estão postos na mesa, e não só pela minha sogra, mas também por mim. Ontem disse isto ao meu marido, que concordou. Doravante faremos assim e não voltamos a juntar as famílias no natal a não ser por motivos de força maior (que espero que demorem muitos anos a chegar).
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Enfim, resoluções tomadas, deixem-me desejar-vos uma quadra feliz, muitas luzinhas, doces e abraços! Sejam felizes este natal!

Olá!! sim, concordo! Também me esforcei para os primeiros Natais dos meus filhos fosse muito especial, Mas na verdade vejo que à medida que crescem é ainda mais especial porque o começam a viver e a criar as memorias, o meu só tem memoria do natal em que tinha 3 anos... antes disso não.
Tem razão em estar zangada, mas acho que no seu lugar eu teria feito exatamente o mesmo, e ficaria igualmente a remoer nisso, mas também pensaria primeiro em criar recordações e harmonizar o natal em ambas as familias porque isso para mim é que é Natal independentemente dos defeitos e comportamentos que os nossos familiares possam ter!

um feliz natal!! Sorriso

MisaL -
Offline
Desde 17 Abr 2019

Agora que têm o bebé é triste que isso esteja a acontecer 😞 Nós nunca juntamos as famílias no Natal, mas os meus sogros não ligam nada ao Natal, para eles é só um jantar e costuma-me estar lá quando estar ou não estar vai dar ao mesmo, mas pelo menos também não insistem.
Faz o que te faz sentir melhor e mais tranquila, mas não te foques demasiado nas memórias e no que ele se vai lembrar um dia mais tarde. Às vezes queimamos os neurónios a pensar em coisas e eles lembram-se "do nada": do senhor da bomba de gasolina que lhe deum chupa; que tropeçaram nas escadas, etc , etc.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:A mim também me irrita muito, mas se eu ganhasse alguma coisa, até cedia 😂
Imagina que assim ela ia, já não tinhas de ir aturá-la sozinha para a casa dela, pelo menos ficavas com a tua família e o meu menino tranquilo sem ter de sair de casa.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:Vocês não moram perto? Se o teu marido de manhã aparecesse lá e disse: mãe, ande daí que vamos almoçar todas à casa de... Ela não iria?
A minha avó era muito dessas vitimizações, e sempre morrinha por ir, mas gostava de fazer render, então era assim terapia de choque. Chegamos lá e era:estamos aqui à espera, se não vem fica mesmo sozinha e não está com os seus netos. Às vezes ligavamos antes a avisar que estávamos a chegar para ir buscá-la. Ela resmungava, fazia-se de vítima mais um bocado, mas já estava pronta e depois ia e ficávamos todos bem. Por vezes é necessário paciência também para as birrinhas dos crescidos.

Anotski85 escreveu:

MisaL escreveu:Devo ser holandesa 😂
Acho que instintivamente responderia "ok, passamos depois para lanchar" no fundo também não convidou para mais nada.

Sansa escreveu:

Anotski85 escreveu:

Sansa escreveu:Só um pequeno apontamento, não acho cinismo nenhum gostar do Natal mesmo quando não somos crentes, até porque o Natal está a tornar-se cada vez mais uma festividade secular. É uma época muita bonita, por diversas razões, e que celebra muito mais para além do nascimento de Cristo.
.
Adiante, não me parece nada despropositado que te sintas irritada coma situação. Essencialmente estão a ser privados de passar o dia de Natal coma família toda, e a ter de fazerem uma escolha. Escolha essa que acaba por não ser propriamente uma escolha, uma vez que acabam por se sentirem forçados a escolher os vossos sogros, visto que passam a consoada com os teu país.
No entanto, da mesma forma que a sogra não parece querer fazer um esforço, vocês também não têm que sentir a obrigação de ter de almoçar em casa dela, e privar a tua família de celebrar a data com o neto. Ela é que não quer ir, e vocês não têm que conceder. Não querendo ir, não vai. Simples. Almocem com os teus pais, e vão então lá lanchar tal como ELA propôs.

Sim, não é escolha nenhuma, tens absoluta razão. É um condicionamento, que vem sob a violência passiva do discurso de "eu sou uma coitadinha, vocês não me ligam nenhuma, vejam lá se ao menos vêm cá lanchar". Bah! Detesto isso! Dá me náuseas.
Vamos almoçar para calar a autocomiserçao, mas estamos presos nela. É uma teia de aranha. Quanto mais tentas sair dela, mais ela te enreda. E isso deixa-me fula. Se não fosse a avó do meu filho já a tinha mandado à fava. Detesto pessoas assim. Não tenho pachorra para este tipo de personalidade, acho-as insuportáveis e não sou nada de alimentar estes jogos. Normalmente corto logo pela raiz, deixo mesmo de falar com as pessoas. Assim não há maneira de me manipularem.

Eu admiro os holandeses por serem diretos, não fingirem, não fazerem frete.
A atitude "holandesa" nesta situação seria, tal como te sugeri. A senhora não quer ir almoçar com o resto da família? Está no direito dela, e está o assunto tratado. Almoçam vocês com os teu país. Nem sequer deviam colocar como hipótese alterarem os vossos planos, privar os teus pais de estar com o neto numa data que vos é importante, apenas para... e no fundo, apenas para quê? Porque razão é que vão lá almoçar? Se ela vos convidou para lanchar, é para lanchar. Vocês não TÊM que estar a supor que ela diz isto mas no fundo quer dizer aquilo.
"Ao menos venham cá lanchar"
"Está bem senhora sogra, assim faremos então."

Essa foi a resposta do meu marido. A conversa foi ao telefone e eu não participei, mas estava em casa e ouvi qualquer coisa como "ok, mãe, então vamos lanchar". Nem sabia do que estavam a falar, ele é que me contou no fim da chamada.
Só que eu fiquei a pensar, a rever as atitudes, e a ponderar como organizar o dia de natal com o nosso bebé. Reparem, ele faz uma sesta pelas 12h, outra pelas 16 ou 17h,dl dependendo da hora a que acorda da sesta do almoço. Pelas 18h30 toma banho e pelas 19h e pouco janta. A que horas vamos lanchar? O almoço de natal é sempre mais tarde, vamos acabar de almoçar pelas 15h ou 16h, hora da papa e da sesta.
Para além disso, ir só lanchar é dar mais um motivo para o papel de pobre coitada que ela está a assumir, e eu não quero dar azo a esse comportamento. Por isso, e porque achamos que o nosso filho deve ter natal com os avós todos, vamos almoçar, e depois do almoço voltamos para a casa da minha mãe, onde o bebé tem um berço para dormir e tudo o que precisa para jantar, tomar banho e fazer a rotina de sono tão mais próxima do que é habitual em casa.
Foi por estas razões que decidimos assim.

Ai, Misal, Santa paciência! 😂 A minha avó também era assim, e até cediamos, mas ela já passava dos 80 e tinha várias condições de saúde que de facto lhe toldavam a paz de espírito e a tornavam birrenta. Mas eu não estou para andar com a minha sogra ao colo, que é uma mulher adulta, saudável e sem problemas nenhuns na vida. Ela que se amanhe nas birras dela. Nem lhe dou corda à conversa quando começa com essas tretas (e é por isso que ela faz as birras com o filho). Como disse lá atrás, acho isso insuportável! É o tipo de característica que me tira do sério. Acredita que se não tivéssemos o nosso filho, eu estava a borrifar-me para a fita e bem que não ia lá de todo e eles passavam o natal sozinhos, como escolheram passar.

Percebo o teu ponto, e até me faria sentido se os motivos da birra não fossem tão mesquinhos. É que há um acumular de birras dela desde que o nosso filho nasceu, algumas delas graves, que já nos puseram, a mim e ao meu marido, em conflito na sequência de telefonemas dela cá para casa a mandar vir com ele por decisões que nós tomámos em conjunto (eu e ele) a propósito de outros assuntos. E esse "património" faz com que eu não tenha carinho nenhum por ela a gerir estas situações. Numa circunstância diferente, até eu lhe telefonaria a perguntar o que se passa para não querer estar com a família toda. É um gesto que me vejo a ter com muita naturalidade, o de pensar que de facto alguma coisa não estaria bem com ela e que um gesto mais atencioso e carinhoso da nossa parte pudesse ajudar a superar. Mas como já contamos com tanto mal-estar trazido por ela, não vou fazer isso, não merece.

Ana LuzCosta -
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Desde 10 Ago 2022

O natal nunca deveria ser motivo de stress... Ainda para mais com situações tão fáceis de resolver quanto a do tópico...
A minha sogra tb tem um problema com o natal. Nota-se que se esforça para não transmitir aos outros mas é uma época desgastante para ela. Nunca aceitou que o natal já não é igual ao que era quando era mais nova (em parte porque algumas pessoas já faleceram, nomeadamente a mãe dela) e fica numa onda de tristeza... Ora como os meus pais são de longe não dá para dividir e ou passamos num sitio ou noutro e quando calha nos maus pais, apesar de nunca fazer esses joguinhos felizmente, é sempre um bocado pesado quando se aborda o assunto. Agora com mais uma neta, a primeira do filho mais novo, ainda tende a ser mais complicado.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Eu por acaso percebo que o natal custe quando certos eventos da vida mudam para pior esses momentos, criando ausências de quem amamos. Os meus pais são divorciados, e durante alguns anos o natal era uma frustração para mim, por ter de escolher com quem passar. Felizmente o facto de me ter tornado adulta, e de algum tempo ter passado desde o divórcio, permitiu que se voltassem a encontrar no natal, por serem ambos meus convidados. Agora que temos o bebé a minha mãe convidou também o meu pai para passar connosco. Esse é o espírito que une a minha família: apesar de estarmos distantes, apesar de os meus pais já nem estarem casados há mais de uma década, apesar das querelas que possam existir com os meus tios e ou primos, no natal estamos todos juntos, porque no fim de contas queremos mesmo estar com estas pessoas e abdicamos até de certas preferências pessoais para unir toda a gente e ninguém ficar para trás. Foi isso que nos moveu a convidar a família do meu marido, que estavam sempre sozinhos os 3 em casa (os meus sogros e a minha cunhada), é isso que faz com que os meus pais se resolvam a ter uma convivência saudável e tão amiga quanto possível (não só no natal, mas no resto do ano também), é isso que nos faz convidar a namorada do primo jovem adulto a almoçar connosco, e a mãe dela também para que não fique só... Enfim, é isto. Descomplicar e partilhar.
A minha sogra vem de uma família diferente. Já não se juntava com os irmãos, nem os irmãos com a mãe quando esta ainda era viva, passa cada um na sua casa. Não cultiva amizades, por isso também não passa com amigos. Acho que o natal em que passamos a fazer com toda a gente lá na nossa casa na terrinha, foi o primeiro natal deles com outras pessoas em 10 ou 15 anos. Para mim isso é surpreendente (e triste). Até me dava pena. Mas agora começo a perceber que há pessoas que só estão bem sozinhas, na lenga lenga das suas vidas e do seu umbigo, para quem estar com os outros é uma constante fonte de problemas. Não conseguem ver bem a beleza de partilhar. Seja no natal seja quando for.
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Quanto às memórias, é verdade, eles não se lembram. Mas lembramos nós! E registamos em fotos e vídeos. Um dia mais tarde vai ver e vai perguntar "a pessoa Tal não estava?" - "não, filho, ficou de beiço em casa!"
Enfim, vamos fazer assim para não ter figuras tristes destas na memória!

Sofia Fnds -
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Desde 07 Out 2021

Olá olá;) entendo a situação. Houve um ano em que o meu pai fez uma birra e disse " não vou passar o Natal a casa de ninguém". Sabes qual foi o resultado? Passou ele, a cadela e o gato ahahaha não voltou a repetir a graça. Aqui em casa damos importância ao Natal e este ano tb será o primeiro Natal com um bebé e pedimos para todos virem cá passar e toda a gente aceitou. No teu caso Tinha, claro, uma conversa e explicava a importância dessa data para nós, mas temos que ser todos a ceder. Entendo que por diversos fatores os mais novo devem ser mais compreensivos mas isso parece-me falta de atenção da senhora e perceber qual é a importância dela para os outros. Se é um problema dela é tentar mostrar que seria mesmo importante que ela estivesse e que seria MT importante pelas razões que falas. Mas se ela fizer birra, tal como as birras gerais dos miúdos é ignorar e vão lá lanchar e pronto. Eu faria assim, mas cada família é um caso. São datas difíceis de conciliar tudo. Este ano por cá, temos todos à mesa menos o meu pai que neste momento já não se encontra. E sabes que mais, se eu soubesse que ele não ia estar agora teria sido mais chata e tinha-o arrancado de casa na ceia de Natal só para poder estar com ele . Por isso.... às vezes só precisamos de entender que a vida é um momento e tomar as decisões como se amanhã eles não estivessem cá. Uma decisão sensata e ponderada e não te chateies demasiado...porque tudo passa e não sabemos quando vai ser o nosso último Natal Sorriso

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Mas eles registam o que a nós nos fez bem e encaram tudo com muita naturalidade. A minha avó morreu quando a minha filha tinha 2 anos, ela agora começou a reparar que já não estava nas fotografias e perguntou porquê. Expliquei-lhe que tinha morrido, como às vezes digo que a tia estava de férias no aniversário dela, que o pai tinha sido operado e não estava no dia x... e não há stress nenhum.
Os meus pais também são divorciados e entendem-se bem, conseguem conviver pacificamente. Os meus sogros também gostam de estar sozinhos com a minha cunhada. 😉

Anotski85 escreveu:
Eu por acaso percebo que o natal custe quando certos eventos da vida mudam para pior esses momentos, criando ausências de quem amamos. Os meus pais são divorciados, e durante alguns anos o natal era uma frustração para mim, por ter de escolher com quem passar. Felizmente o facto de me ter tornado adulta, e de algum tempo ter passado desde o divórcio, permitiu que se voltassem a encontrar no natal, por serem ambos meus convidados. Agora que temos o bebé a minha mãe convidou também o meu pai para passar connosco. Esse é o espírito que une a minha família: apesar de estarmos distantes, apesar de os meus pais já nem estarem casados há mais de uma década, apesar das querelas que possam existir com os meus tios e ou primos, no natal estamos todos juntos, porque no fim de contas queremos mesmo estar com estas pessoas e abdicamos até de certas preferências pessoais para unir toda a gente e ninguém ficar para trás. Foi isso que nos moveu a convidar a família do meu marido, que estavam sempre sozinhos os 3 em casa (os meus sogros e a minha cunhada), é isso que faz com que os meus pais se resolvam a ter uma convivência saudável e tão amiga quanto possível (não só no natal, mas no resto do ano também), é isso que nos faz convidar a namorada do primo jovem adulto a almoçar connosco, e a mãe dela também para que não fique só... Enfim, é isto. Descomplicar e partilhar.
A minha sogra vem de uma família diferente. Já não se juntava com os irmãos, nem os irmãos com a mãe quando esta ainda era viva, passa cada um na sua casa. Não cultiva amizades, por isso também não passa com amigos. Acho que o natal em que passamos a fazer com toda a gente lá na nossa casa na terrinha, foi o primeiro natal deles com outras pessoas em 10 ou 15 anos. Para mim isso é surpreendente (e triste). Até me dava pena. Mas agora começo a perceber que há pessoas que só estão bem sozinhas, na lenga lenga das suas vidas e do seu umbigo, para quem estar com os outros é uma constante fonte de problemas. Não conseguem ver bem a beleza de partilhar. Seja no natal seja quando for.
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Quanto às memórias, é verdade, eles não se lembram. Mas lembramos nós! E registamos em fotos e vídeos. Um dia mais tarde vai ver e vai perguntar "a pessoa Tal não estava?" - "não, filho, ficou de beiço em casa!"
Enfim, vamos fazer assim para não ter figuras tristes destas na memória!