Mães e donas de casa a full time - Feedback | De Mãe para Mãe

Mães e donas de casa a full time - Feedback

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Carmo_93 -
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Desde 20 Maio 2020

Olá a todas!!

Para já ainda não sou mãe, estamos a pensar iniciar os treinos brevemente mas gostaria imenso de ter o feedback das meninas aqui do fórum.

Para contextualizar um pouco: trabalho atualmente numa empresa como assistente jurídica, faço mil e uma tarefas, e recebo um ordenado miserável. Gosto do que faço mas a exaustão pelo facto de desempenhar trabalho que deveria ser desempenhado por duas pessoas faz com que cada vez tenha menos vontade de ficar onde estou e me sinta infeliz.

Sempre fui uma pessoa muito caseira e sempre gostei imenso do trabalho doméstico, é algo que realmente me dá prazer e com a ideia de começarmos os treinos, ocorreu-me a hipótese de me despedir e ficar com as tarefas domesticas e mais tarde, cuidar do filho (a).

Tendo em conta que não somos de classe alta, temos imensas preocupações relativamente às nossas finanças e se iremos conseguir suportar as despesas e viver com margem para os imprevistos da vida.

Para terem uma ideia temos uma renda super acessível (não chega a 400€) e o único crédito que temos atualmente é o do carro, que são cerca de 100€ por mês.

Eu ganho 600€ de salario e o meu marido ganha perto dos 1400€ por vezes um pouco mais depende de alguns fatores (ambos os valores já com os devidos descontos feitos).

Sou sincera, acho que só o ordenado do meu marido não nos permite que eu fique em casa sem rendimentos, mas gostava imenso de saber as experiências de quem optou (ou não e porquê) por ficar em casa e como é feita a gestão, se é muito difícil, se existem muitas desvantagens, s acham que compensa etc etc.

Claro que, só partilham o que assim entenderem, eu partilhei os nossos valores porque estou à vontade para tal.

Muito obrigada a todas e beijinhos Sorriso

Steppy88 -
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Desde 22 Set 2016

Colada

Sobre Steppy88

Positivo a 22/9/2016 - DPP: 23/5/2017
Nasceu a AL a 26/5/2017 com 48 cm e 3170 g
Positivo a 15/11/2020 - DPP: 24/7/2021
Nasceu o EF a 6/7/2021 com 49 cm e 3080g

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Vou ser muito honesta, dar o litro como assistente jurídica e vir embora com 600 euros por mês é escandaloso!
Se fiz bem as contas, descontando renda e créditos, se apenas o seu marido trabalhasse ficariam com 900 euros por mês... Acredito que não desse grandes margens para poupanças e tal, mas se forem pessoas sem grandes luxos acho possível viver com 900 euros... Cá em casa por mês entre água luz e afins gasta-se uns 300 euros e depois em super mercados e tal uns 400... Portanto 700 sem qualquer travão, e temos um bebé... Portanto estando livre para procurar promoções e tal acredito que por 500/600 euros consiga fazer o mesmo. Convém claro ter um pé de meia para eventualidade e para a gravidez e chegada de bebé... Conheço agregados que juntos ganham esses 1400 do marido e têm dívidas também. Depois, sendo assistente jurídica pode perfeitamente coletar-se e prestar serviços numa espécie de part-time... Se gosta da vida de doméstica, pelos 600 euros e as chatices eu nem pensava duas vezes!!! Não vela a pena.

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Esqueci-me do combustível... mas mesmo assim os 900 chegariam na mesma.*

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

* Um aparte, conheço aqui na minha zona uma mulher que é assitente jurídica, virou-se unicamente para situações relacionadas com a segurança social e respetivos processos e a verdade é que se safa à grande... Ainda há muito desconhecimento de como perdir isto e aquilo à segurança social, saber o que se tem direito... Situações relacionadas com despedimentos... Fica no meu trajeto de casa para o trabalho e não há um dia que lá passe e não esteja a atender alguém com o carro a chatear o fluxo de transito...

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Eu tb acho que com 900€ se conseguem governar bem.
Pelo que descreve parece ser uma pessoa com perfil para isso, e sem dúvida que é muito bom ficar a cuidar do nosso bebé e acompanhar de perto todas as suas etapas.
Eu, nesta quarentena cheguei à conclusão que não seria para mim 😂mas isso sou eu q sou uma galdéria 😜

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

O melhor seria esperar até engravidar, quando for ter o bebé vai de licença e depois dá o pré aviso de rescisão e já não volta. Assim vai poupando para depois ter um pé de meia.
Ou então procurar um emprego melhor remunerado pois como não está grávida ainda tem tempo.
Eu fiquei em casa no primeiro ano de cada um dos meus ( 10 meses) gostei, achei importante. Nunca me aborreci, pelo contrário achei muito cansativo. Mas é um cansaço bom:, nada a ver com o cansaço de sermos exploradas para enriquecer patrões.
Agora o que não acho boa ideia é despedir- se sem filhos. Pode demorar mais tempo do que pensa a engravidar... imagine que são anos..

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

Se recebe 600€ e trabalha a tempo inteiro está a receber menos que o ordenado mínimo, não permita isso sem pelo menos se queixar. Quanto a ficar em casa acho que só passando por isso, tem a licença para experimentar mas não se esqueça da sua independência.

soniamst -
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Desde 22 Dez 2016

Cada caso é um caso.
Existem casais que juntos não ganham 1.400,00€ limpos por mês e que obviamente tem despesas com rendas, agua, luz, telefone, combustíveis, supermercado, creche/escola dos filhos, carro (prestação/seguro/IUC), ou sejam o orçamento não é largo mas lá se vão organizando.
Sugiro que se a sua intenção for despedir-se, que só o faça depois de estar na sua licença de maternidade dando o aviso prévio, pois caso contrário poderá ficar sem rendimentos antes de engravidar, ficar sem direito a baixa e a licença de maternidade (trabalhando na área jurídica deve saber isso).
Ao ficar em casa poupará em deslocações, almoços fora de casa, creche/ama e sempre poderá, como alguém já disse fazer alguns trabalhos na sua área e acima de tudo verá o seu filho crescer.

soniamst -
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Desde 22 Dez 2016

Ana Maria Costa1 escreveu:
Se recebe 600€ e trabalha a tempo inteiro está a receber menos que o ordenado mínimo, não permita isso sem pelo menos se queixar. Quanto a ficar em casa acho que só passando por isso, tem a licença para experimentar mas não se esqueça da sua independência.

635,00€ (salário minimo) - 11% (segurança social)= 565,15€ liquido

Steppy88 -
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Desde 22 Set 2016

Antes demais 600€ com filhos é realmente pouco pois pagar creche, empregada ou engomadaria (ou algum tipo de ajuda que concerteza irá sentir falta), transportes/gasolina + tempo que se perde pode não compensar.
Esta situação é parecida com a minha... o meu marido faz 1200 a 1300 euros por mês. Eu ganho 800 trabalhando por turnos. Já ganhei os 600 quando era rececionista num hotel, igualmente por turnos, que eu jurei para nunca mais. Vamos ter em breve a casa paga e o carro está pago. Ou seja, conseguíamos viver só com um ordenado. Tenho no entanto 2 entraves a isto:

- como fazem as donas de casa a full time com os descontos para reforma? Excluindo classe alta pois geralmente essa vive de rendas e heranças.

- se o marido ficar desempregado (ainda que seja efectivo) não será arriscado não haver um segundo rendimento? Se isso não for problema, avança, mas mantenho a questão dos descontos.

Avaliando estes 2 pontos de cima considero que um part time seria uma boa opção mas há mais opções de trabalho a full time.

Quanto ao despedimento, se for mesmo para avançar, também concordo que deve ser depois de ter filhos senão morrerá de tédio (eu mesmo em licença com uma recem nascida senti um pouco falta do trabalho) 😅

Sobre Steppy88

Positivo a 22/9/2016 - DPP: 23/5/2017
Nasceu a AL a 26/5/2017 com 48 cm e 3170 g
Positivo a 15/11/2020 - DPP: 24/7/2021
Nasceu o EF a 6/7/2021 com 49 cm e 3080g

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Steppy, os tempos que não trabalhei, não descontei.

MartaSB -
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Desde 19 Set 2019

Eu não sou apologista de largar o trabalho para esses fins.. Não só pelas questões monetárias que já colocaram, mas por uma questão pessoal. Quanto muito aventuraste noutra área.
Tenta esperar um pouco, pensa melhor sobre o assunto, coloca todos os pros e contras conversa com o teu marido, faz uma simulação de por ex 5 anos...
Entretanto quando engravidares mais cedo ou mais tarde irás entrar de baixa (sempre melhor que largar o emprego) e depois de licença, quando a licença acabar e voltares à Ativa já tens uma percepção melhor da vossa situação atual e aí podes repensar no assunto.. Minha opinião.
Seja qual for a tua decisão será sempre a melhor para a vossa família. Beijinhos

MartaSB -
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Desde 19 Set 2019

Eu não sou apologista de largar o trabalho para esses fins.. Não só pelas questões monetárias que já colocaram, mas por uma questão pessoal. Quanto muito aventuraste noutra área.
Tenta esperar um pouco, pensa melhor sobre o assunto, coloca todos os pros e contras conversa com o teu marido, faz uma simulação de por ex 5 anos...
Entretanto quando engravidares mais cedo ou mais tarde irás entrar de baixa (sempre melhor que largar o emprego) e depois de licença, quando a licença acabar e voltares à Ativa já tens uma percepção melhor da vossa situação atual e aí podes repensar no assunto.. Minha opinião.
Seja qual for a tua decisão será sempre a melhor para a vossa família. Beijinhos

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Eu já trabalhei com assistente jurídica durante 6 numa sociedade de advogados e compreendo perfeitamente o que diz, não ganhava tão mal mas o trabalho era muito. Entretanto mudei para o ramo imobiliário, para uma empresa dessas de nome conhecido mas dentro quase das mesmas funções e olhe que não fui para melhor, sou "espremida" até não dar mais. Pensei muitas vezes em largar tudo e dedicar-me à nossa filha mas o meu marido é um medroso. Aqui a grande questão é haver uma situação de desemprego por parte do único que trabalha e a questão de não fazer descontos para depois ter uma reforma no futuro. Relativamente ao orçamento, bem gerido acredito que seja suficiente. Quantos casais não recebem cada um o ordenado minimo.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Eu já trabalhei com assistente jurídica durante 6 numa sociedade de advogados e compreendo perfeitamente o que diz, não ganhava tão mal mas o trabalho era muito. Entretanto mudei para o ramo imobiliário, para uma empresa dessas de nome conhecido mas dentro quase das mesmas funções e olhe que não fui para melhor, sou "espremida" até não dar mais. Pensei muitas vezes em largar tudo e dedicar-me à nossa filha mas o meu marido é um medroso. Aqui a grande questão é haver uma situação de desemprego por parte do único que trabalha e a questão de não fazer descontos para depois ter uma reforma no futuro. Relativamente ao orçamento, bem gerido acredito que seja suficiente. Quantos casais não recebem cada um o ordenado minimo.

RH -
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Desde 29 Abr 2013

Na minha opinião, isso é algo que nunca faria essencialmente porque prezo muito a minha independência económica...é muito triste e frustrante ter de depender de alguém, principalmente do marido...que romantismos à parte, pode não ser para sempre, e não raras vezes, em situações de divórcio criam se situações muito chatas para quem ficou em casa a fazer vida doméstica sem rendimentos...e os exemplos que vejo de situações semelhantes, com o passar dos anos criaram desgaste não só para quem trabalha, que acaba por ter o peso de não poder perder o emprego, como para quem ficou em casa que se vê dependente de aprovação de quem trás o dinheiro até para comprar roupa interior...
Mas esta é a minha visão sobre isso, e acredito que funcione perfeitamente para algumas pessoas...

Sobre RH

Treinos desde 2014
14 de abril de 2015 encaminhamento para consultas de infertilidade CHMA
1ª consulta 18 de Agosto -2ª 28 de Janeiro
Outubro 2018 cirurgia endometriose profunda hospital da Luz e desobstrução das trompas- fev 2023 aborto espontâneo

ritinhamag -
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Desde 03 Fev 2010

Boa noite...
Tal como aqui já foi dito, se calhar o mais sensato e economicamente mais compensatório seria mantereste a trabalhar até engravidares. Durante a gravidez poderás conseguir baixa por gravidez de risco (ok ok... Eu sei que não é bonito, mas sim. Mts pessoas inclusive eu, metem baixa por gravidez de risco sem nenhum problema de maior.), nessa baixa ganhas a 100%, depois continuas com a licença parental onde também poderás ganhar a 100%... Consegues uns bons meses em casa, a ganhar a 100%...

Mia. -
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Desde 12 Set 2013

Além da questão financeira, vias-te a ser mãe e dona de casa a tempo inteiro?
Esta foi a principal questão que surgiu cá em casa. Por cá, cada um de nós tinha, até há bem pouco tempo, 2 trabalhos (um full-time e umas horas extras noutra actividade). Quando o meu marido mudou de trabalho, começámos a pensar em engravidar, e dada a actual profissão dele (piloto) surgiu a opção de eu ficar em casa nos primeiros anos, não só por causa dos horários dele e dos dias em que está fora, mas também porque os meus horários obrigariam a creche + suporte familiar ou creche + ama, e isso não é exequível (nem financeiramente, nem emocionalmente).
E... não me vejo a ser mãe a tempo inteiro. Isto foi o que sinceramente pesou mais... Agora com isto do Covid, pior ainda, porque a empresa para a qual ele trabalha está em lay-off e sabe-se lá o que vai acontecer. Uma família depender de um único ordenado, vindo de uma única empresa, por opção, é um risco. O Covid veio mostrar isso mesmo... Se queres ser mãe e dona de casa a tempo inteiro, também é um factor importante da equação.

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

De facto lendo comentários, acho que não perde em "aguentar" até engravidar, depois pode tentar a baixa, engata-la na licença de maternidade, optar pela licença alargada de 8 meses, e só depois despedir-se, e vai-se a ver é mais 1 ano com rendimentos... Concordo com algumas opiniões sobre independência financeira, mas acho estranho que parece que toda a gente olha para isto como se fosse um passo definitivo... E se o marido perde o emprego? E se se se cansa da vida de doméstica? Esquecem-se que quando quiser pode voltar a procurar um emprego, não é como se estivesse a largar um emprego de sonho também... E poderá sempre estar em casa 2 ou 3 anos (ou mais) e depois retornar ao mercado de trabalho... Eu na minha opinião sincera acho que está a ser explorada, e com o ordenado que o marido ganha não se justifica tal coisa. Ahhh e acho que quando as pessoas se casam ou juntam, é para isto mesmo, para serem uma equipa. O meu marido ficou desempregado uns meses antes de casarmos... Casamos na mesma. Por acaso arranhou emprego 2 meses depois, mas podia não ter arranjado e não acho que tenha que haver melindres porque num ou outro momento das nossas vidas há apenas 1 a sustentar a casa...

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

concordo com a Diana. eu voltei ao trabalho. não senti que fiquei dependente, somos uma equipa.

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

Nós aproveitámos a minha situação de desemprego para iniciarmos a nossa família. Eu tinha uma profissão precária e mal paga e ele tinha "só" um trabalho precário.
Esta situação foi muito estudada e só avançámos porque, no caso do meu marido ficar subitamente desempregado, tínhamos uma poupança que nos permitia pagar todas as contas e comer durante mais de um ano (e estas contas envolvem mais do que o que foi exposto pela autora do tópico - seguro e impostos inerentes ao carro, prestação da casa, seguros, condomínio, água, electricidade, gás, supermercado, etc). Também pesou termos um plano para o caso de desemprego.
Acho que a questão das despesas mensais vai depender muito da zona do país. Nós vivemos em Lisboa e 400€ de renda parece um achado - tanto que, se estivesse nessa situação, estaria à espera que quando o contrato de arrendamento terminasse este fosse terminado para que o senhorio pudesse aumentar a renda (mas isto sou eu que não tenho grande fé nas pessoas no geral).
A questão da dependência é parece-me uma não-questão numa relação normal. Eu, estando em casa, trato da nossa gestão: faço as nossas refeições, trato da roupa e da casa e faço compras enquanto cuido dos meus filhos. A casa está longe de estar impecável e a montanha de roupa para passar está enorme, mas para as mães que estão em casa a prioridade é cuidar dos filhos (não vale a pena pensar que, estando em casa com um bebé, vai ter tempo para tratar de tudo como o faz agora ou como a empregada doméstica). Portanto, no nosso caso, ficar em casa fez-nos "poupar" a mensalidade da cresce (>400€) + ordenado de ajuda doméstica (não faço ideia dos preços, mas já li por aqui que em Lisboa é de 8 ou 9€ a hora).
Neste momento o meu filho mais novo fez 1 ano e tinha planeado fazer uma formação para mudar um pouco a minha área de trabalho e voltar ao activo, mas veio a Covid e blah, blah, blah. Estou só à aguardar para retomar a minha vida profissional pois, embora tenha sido óptimo ficar com os meus filhos durante este tempo e me vá custar não ter a mesma disponibilidade, sinto que agora preciso disto para mim e para a minha família - mas, ao contrário do que alguns comentários parecem transparecer, nada contra quem quiser ficar em casa a cuidar dos filhos por tempo indeterminado (só muito respeito).
.
Sei que o comentário já vai longo, mas tendo em conta um comentário mais acima sobre a autora do tópico poder trabalhar a partir de casa, queria só dizer, sem melindrar ninguém, que ser assistente jurídica é diferente de ser jurista ou advogada e portanto poderá estar mais limitada no trabalho que pode efectuar.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Skillerific escreveu:

A questão da dependência é parece-me uma não-questão numa relação normal. Eu, estando em casa, trato da nossa gestão: faço as nossas refeições, trato da roupa e da casa e faço compras enquanto cuido dos meus filhos. A casa está longe de estar impecável e a montanha de roupa para passar está enorme, mas para as mães que estão em casa a prioridade é cuidar dos filhos (não vale a pena pensar que, estando em casa com um bebé, vai ter tempo para tratar de tudo como o faz agora ou como a empregada doméstica).

Precisamente

Carmo_93 -
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Desde 20 Maio 2020

DianaES escreveu:
Vou ser muito honesta, dar o litro como assistente jurídica e vir embora com 600 euros por mês é escandaloso!
Se fiz bem as contas, descontando renda e créditos, se apenas o seu marido trabalhasse ficariam com 900 euros por mês... Acredito que não desse grandes margens para poupanças e tal, mas se forem pessoas sem grandes luxos acho possível viver com 900 euros... Cá em casa por mês entre água luz e afins gasta-se uns 300 euros e depois em super mercados e tal uns 400... Portanto 700 sem qualquer travão, e temos um bebé... Portanto estando livre para procurar promoções e tal acredito que por 500/600 euros consiga fazer o mesmo. Convém claro ter um pé de meia para eventualidade e para a gravidez e chegada de bebé... Conheço agregados que juntos ganham esses 1400 do marido e têm dívidas também. Depois, sendo assistente jurídica pode perfeitamente coletar-se e prestar serviços numa espécie de part-time... Se gosta da vida de doméstica, pelos 600 euros e as chatices eu nem pensava duas vezes!!! Não vela a pena.

Olá Diana, muito obrigada pela sua resposta!

É verdade, trago realmente muito pouco dinheiro para casa, e para além de assistente jurídica sou recepcionista, trato do correio, encomendas, enfim sinto realmente que estou a ser explorada ao máximo e para piorar o reconhecimento do meu esforço é zero.

Apesar da Diana ter dado uma ótima ideia relativamente ao prestar serviços em part-time, infelizmente trabalho numa área muito especifica (propriedade industrial e intelectual) portanto acaba por não ser uma opção para mim.

Nós temos um pé de meia para despesas inesperadas mas existe sempre algum receio de dependermos só de um ordenado mas realmente continuar onde estou a longo prazo não funciona, até por uma questão de desgaste psicológico.

Muito obrigada pelas palavras que ajudam sempre a tranquilizar!

Beijinho!

Carmo_93 -
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Desde 20 Maio 2020

Ansha escreveu:
Eu tb acho que com 900€ se conseguem governar bem.
Pelo que descreve parece ser uma pessoa com perfil para isso, e sem dúvida que é muito bom ficar a cuidar do nosso bebé e acompanhar de perto todas as suas etapas.
Eu, nesta quarentena cheguei à conclusão que não seria para mim 😂mas isso sou eu q sou uma galdéria 😜

Olá Ansha!

Depende de cada um e do que queremos para a nossa vida Sorriso Há quem queira ter uma carreira de sucesso, ou ter simplesmente uma carreia, e há quem prefira ficar em casa, e está tudo certo, não existe uma maneira melhor que a outra Espertalhão

Beijinho e obrigada!

Carmo_93 -
Offline
Desde 20 Maio 2020

Marina4 escreveu:
O melhor seria esperar até engravidar, quando for ter o bebé vai de licença e depois dá o pré aviso de rescisão e já não volta. Assim vai poupando para depois ter um pé de meia.
Ou então procurar um emprego melhor remunerado pois como não está grávida ainda tem tempo.
Eu fiquei em casa no primeiro ano de cada um dos meus ( 10 meses) gostei, achei importante. Nunca me aborreci, pelo contrário achei muito cansativo. Mas é um cansaço bom:, nada a ver com o cansaço de sermos exploradas para enriquecer patrões.
Agora o que não acho boa ideia é despedir- se sem filhos. Pode demorar mais tempo do que pensa a engravidar... imagine que são anos..

Olá Marina4!

Tem toda a razão, despedir-me agora sem estar grávida não seria de todo a melhor opção.
É que no trabalho atual nem é tanto o cansaço físico, é muito mais psicológico, e o pior é que já comuniquei que tenho trabalho a mais, que é demasiado, e para além de não quererem saber, dão me mais tarefas, é extremamente desmotivador.
Enfim, é aguentar mais um pouquinho Sorriso

Obrigada e beijnho!

Carmo_93 -
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Desde 20 Maio 2020

Ana Maria Costa1 escreveu:
Se recebe 600€ e trabalha a tempo inteiro está a receber menos que o ordenado mínimo, não permita isso sem pelo menos se queixar. Quanto a ficar em casa acho que só passando por isso, tem a licença para experimentar mas não se esqueça da sua independência.

Olá Ana!

Eu no base recebo mais, depois com descontos para IRS e SS é que trago 600€.
Obrigada pelo conselho Sorriso

Beijinho!

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Também concordo com a Diana, somos uma equipa. Aqui em casa o dinheiro que entra é dos dois, nunca andamos a dar justificações um ao outro ou a pedir autorização para comprar isto ou aquilo.

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

RLL78 escreveu:

RH escreveu:Na minha opinião, isso é algo que nunca faria essencialmente porque prezo muito a minha independência económica...é muito triste e frustrante ter de depender de alguém, principalmente do marido...que romantismos à parte, pode não ser para sempre, e não raras vezes, em situações de divórcio criam se situações muito chatas para quem ficou em casa a fazer vida doméstica sem rendimentos...e os exemplos que vejo de situações semelhantes, com o passar dos anos criaram desgaste não só para quem trabalha, que acaba por ter o peso de não poder perder o emprego, como para quem ficou em casa que se vê dependente de aprovação de quem trás o dinheiro até para comprar roupa interior...
Mas esta é a minha visão sobre isso, e acredito que funcione perfeitamente para algumas pessoas...

Uma ex-sogra minha passou por isso, depois de 30 anos de casada o marido foi as putas, ela decidiu que o orgulho contava mais e aos 50 e tais anos viu-se em trabalhos para orientar a vida pois o sacana não lhe deu um unico tostão apesar da dedicação de uma vida para ele e para os meninos.
É tudo muito bonito até um dia

verdade, isso de funcionarem em equipa é muito relativo, de certo já todas ouvimos histórias de gente que se mantém em relacionamento infelizes (e violentos) por não ter meio de subsistir e ser dependente do outro...

Marina4 -
Offline
Desde 15 Maio 2016

mas não estamos a falar de mulheres que passam uma vida sem trabalhar nem descontar, estamos a falar de tirarmos uns anitos enquanto os filhos são pequenos.

DianaES -
Offline
Desde 08 Out 2013

RLL78 escreveu:

DianaES escreveu:Vou ser muito honesta, dar o litro como assistente jurídica e vir embora com 600 euros por mês é escandaloso!
Se fiz bem as contas, descontando renda e créditos, se apenas o seu marido trabalhasse ficariam com 900 euros por mês... Acredito que não desse grandes margens para poupanças e tal, mas se forem pessoas sem grandes luxos acho possível viver com 900 euros... Cá em casa por mês entre água luz e afins gasta-se uns 300 euros e depois em super mercados e tal uns 400... Portanto 700 sem qualquer travão, e temos um bebé... Portanto estando livre para procurar promoções e tal acredito que por 500/600 euros consiga fazer o mesmo. Convém claro ter um pé de meia para eventualidade e para a gravidez e chegada de bebé... Conheço agregados que juntos ganham esses 1400 do marido e têm dívidas também. Depois, sendo assistente jurídica pode perfeitamente coletar-se e prestar serviços numa espécie de part-time... Se gosta da vida de doméstica, pelos 600 euros e as chatices eu nem pensava duas vezes!!! Não vela a pena.

Tenho de começar a fazer contas a minha vida!! 🤦‍♀️


Gargalhadas então porquê?... Eu por acaso sou muito organizadinha em termos de finanças. Faço mapas anuais e tudo, com o que vamos poupar e gastar naquele ano, dando margem para imprevistos e tal! Tem corrido bem. Todos os meses registo as despesas... Programo as refeições semanais e pouco me desvio da lista de compras... Mas o facto de não pagar renda, não ter prestação de carro nem pagar combustóvel é uma graaaande ajuda.