Olá meninas, estou a pensar fazer uma inseminação caseira, sei que muitas vão questionar essa opção mas sem julgamentos por favor.
Obviamente que após encontrar um dador vou pedir exames médicos e todas as provas que não tem doenças
A minha maior questão é como se processa a nível legal?
É fácil de registar? Depois como posso fazer para a minha esposa adotar a criança?
Alguém por aí já fez isso?
Boa tarde, estamos em falar em Portugal? Ou no brasil?
Em Portugal pode registar sem pai se a companheira pode adotar a posteri já não lhe consigo confirmar.
Peço que pense MUITO BEM pois hoje em dia tudo pode ser falsificado, falo em termos de relatórios médicos, não há como certificar que as análises são verdadeiras e pertencem aquela pessoa. Que testes está a pensar pedir? É que completos (genéticos) são caros e não sei se está disposta a pagar isso, sendo que não fica sempre com a segurança se está a receber informação correta. Depois tente conhecer bem a pessoa que vai ser doador , se ele faz isto frequentemente devido a consanguinidade, apesar de raro pode acontecer. Recomendo ver o homem com 1000 filhos para ter uma noção das consequências de uma inseminação caseira.
Espero que corra tudo bem, temos todas direito a ser mães , mas em segurança que não acarrete riscos nem para si nem para o bebê 😊
2020 Inicio dos treinos
2021 Diagnostico SOP e 𝐨𝐥𝐢𝐠𝐨𝐳𝐨𝐨𝐬𝐩𝐞𝐫𝐦𝐢𝐚
2023 1º Consulta e inscrição FIV, hipoteriodismo subclinico e diagnostico de adenomiose difusa, trombofilias
2024 FIV| Julho TEC (-)| Outubro TEC(+)
Boa tarde, estamos em falar em Portugal? Ou no brasil?
Em Portugal pode registar sem pai se a companheira pode adotar a posteri já não lhe consigo confirmar.
Peço que pense MUITO BEM pois hoje em dia tudo pode ser falsificado, falo em termos de relatórios médicos, não há como certificar que as análises são verdadeiras e pertencem aquela pessoa. Que testes está a pensar pedir? É que completos (genéticos) são caros e não sei se está disposta a pagar isso, sendo que não fica sempre com a segurança se está a receber informação correta. Depois tente conhecer bem a pessoa que vai ser doador , se ele faz isto frequentemente devido a consanguinidade, apesar de raro pode acontecer. Recomendo ver o homem com 1000 filhos para ter uma noção das consequências de uma inseminação caseira.
Espero que corra tudo bem, temos todas direito a ser mães , mas em segurança que não acarrete riscos nem para si nem para o bebê 😊
Em Portugal só se pode registar sem pai com um documento de uma clinica de fertilidade a certificar que foi uma gravidez com recurso a dador, caso contrário o caso vai para tribunal, para se encontrar o pai.
Numa situação caseira não sei como se processa, uma vez que não é exactamente a mesma situação, de ser um dador anónimo. Pode dar-se o caso de obrigarem o dador a assumir a paternidade...
Eu investigaria muito bem os trâmites legais de fazer uma inseminação em casa.
LGFSilva escreveu:Boa tarde, estamos em falar em Portugal? Ou no brasil?
Em Portugal pode registar sem pai se a companheira pode adotar a posteri já não lhe consigo confirmar.
Peço que pense MUITO BEM pois hoje em dia tudo pode ser falsificado, falo em termos de relatórios médicos, não há como certificar que as análises são verdadeiras e pertencem aquela pessoa. Que testes está a pensar pedir? É que completos (genéticos) são caros e não sei se está disposta a pagar isso, sendo que não fica sempre com a segurança se está a receber informação correta. Depois tente conhecer bem a pessoa que vai ser doador , se ele faz isto frequentemente devido a consanguinidade, apesar de raro pode acontecer. Recomendo ver o homem com 1000 filhos para ter uma noção das consequências de uma inseminação caseira.
Espero que corra tudo bem, temos todas direito a ser mães , mas em segurança que não acarrete riscos nem para si nem para o bebê 😊Em Portugal só se pode registar sem pai com um documento de uma clinica de fertilidade a certificar que foi uma gravidez com recurso a dador, caso contrário o caso vai para tribunal, para se encontrar o pai.
Numa situação caseira não sei como se processa, uma vez que não é exactamente a mesma situação, de ser um dador anónimo. Pode dar-se o caso de obrigarem o dador a assumir a paternidade...
Eu investigaria muito bem os trâmites legais de fazer uma inseminação em casa.
Okay eu sabia que se podia registar sem pai, mas não nesses parâmetros. Ainda bem que a lei portuguesa funciona dessa forma, para evitar casos destes de inseminação caseira e haver segurança nestes procedimentos
2020 Inicio dos treinos
2021 Diagnostico SOP e 𝐨𝐥𝐢𝐠𝐨𝐳𝐨𝐨𝐬𝐩𝐞𝐫𝐦𝐢𝐚
2023 1º Consulta e inscrição FIV, hipoteriodismo subclinico e diagnostico de adenomiose difusa, trombofilias
2024 FIV| Julho TEC (-)| Outubro TEC(+)
Inseminação caseira com esperma de dador conhecido acarta uma série de riscos tanto para a sua saúde como de um futuro bebé e levanta várias questões legais.
Mesmo com análise há várias doenças que tem grandes períodos de encubacao e até passam despercebidas com o uso de medicação. Alem destas questões há o lado genético que não terá registo.
Do ponto de vista legal corre o dador pedir os direitos da parentais com visitas e até mesmo guarda partilhada ou total.
Atualmente pode recorrer a PMA de forma legal e segura. Tem a opção de o fazer pelo sns ou no privado onde até consegue financiamento.
Faça a escolha correcta e mais segura para si, para a sua esposa e para o vosso futuro filho
Bem gostava de partilhar uma visão um pouco diferente do que foi aqui dito.
Fiz uma inseminação caseira há 6 anos (da qual nasceu a minha filha), após esgotar as poupanças que tinha tentativas falhadas na clínica. Posso dizer que foi a melhor escolha que fiz (na verdade, na altura já não tinha outra opção - era isso ou desistir).
Existem riscos, mas podem ser minimizados, e alguns desses riscos também existem em clínica.
Quanto aos testes de doenças transmissíveis e genéticos, pode-se pedir ao dador para os mostrar. Se o dador for doar ao banco de gâmetas, fazem todos esses testes gratuitamente. O meu dador mostrou um conjunto de testes genéticos (que fez quando doou ao banco de espermatozoides), o espermograma e testes de doenças transmissíveis (muito recentes). Portanto, tive todas as certezas a nível genético, como qualquer outra pessoa que recebeu a doação dele via banco de gâmetas.
O risco de o dador ter muitos filhos também existe via clínica. Nas tentativas que fiz em clínica privada, o sémen era importado da Cryos. Há poucos dadores em Portugal e as clínicas privadas quase todas importam sémen de bancos internacionais. Nesses bancos, cada dador vai doar semanalmente durante anos e eles maximizam as quotas permitidas por país. Por exemplo: em Portugal o máximo é 8, vai ser usado 8 vezes; em Espanha usado 6 vezes; na Holanda outras tantas, e por aí fora. É certo que o dador foi utilizado dezenas de vezes pelo mundo fora.
No documentário "O Homem com 1000 Filhos", ele fez algumas inseminações caseiras, mas de longe a maioria dos filhos foram de doações feitas em clínicas e no banco de sémen da Cryos, o mesmo utilizado por quase todas as clínicas em Portugal (inclusive como mostra no documentário Portugal foi um dos paises onde ele foi dador via banco de semen). Além disso, nada garante que o dador na clínica/ banco de semen também não tenha feito inseminações caseiras - isso não é possível controlar, por isso esse risco existe sempre seja numa clinica seja numa inseminaçao caseira.
Cada caso é um caso, mas o facto de poder ter falado um pouco com o dador e conhecer a sua história de vida tranquilizou-me bastante de que estava a fazer a escolha certa. Sinceramente, fiquei mais confortável com isso do que quando era alguém aleatório com olhos e cabelo da mesma cor escolhido pela clínica.
Quanto à questão legal, infelizmente há muitos mitos sobre o assunto, como "não há crianças sem pai", etc. Mas foi mais simples do que esperava: o registo foi simples e ficou registada só em meu nome. Depois recebi uma convocatória para ir ao tribunal a uma averiguação de paternidade. Lá, simplesmente disse que foi algo inesperado, fruto de uma relação ocasional que aconteceu numa noite, da qual não me lembro do nome. Perguntaram se tinha algum número de telemóvel ou perfil em redes sociais; disse que não, que não tinha trocado qualquer contacto. Passado pouco tempo, recebi uma carta a informar que o caso estava arquivado.
Depois para a esposa ficar também mãe da criança com os mesmos direitos tem de submeter um pedido de adopção do filho do conjugue (é um processo de adopção ultra simplificado).
No site da Associação Portuguesa de Médicos de Família, tem um desdobrável que, na página 8, fornece mais informações sobre a inseminação artificial caseira: https://apmgf.pt/wp-content/uploads/2023/06/brochura_-maternidade-1.pdf.