Guarda partilhada | De Mãe para Mãe

Guarda partilhada

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15 mensagens
pipinhana -
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Desde 15 Jul 2010

Olá mamãs, eu estou divorciada há quase 6 anos e até agora sempre consegui ter uma boa relação com o pai do meu filho!
A questão é que eu vivo nos Açores e estou a pensar em ir viver pra Sintra com o meu noivo, visto que estou gravida e é onde ele reside, e como é óbvio quero levar o miúdo comigo!
O meu filho passa todos os fins de semana e vésperas de feriado com o pai.
O pai está a impedir de que eu o leve, ele pode o fazer?! Preciso de ajuda pois estou a começar a desesperar só de pensar na possibilidade de não puder ir devido a alguém que já refez a sua vida e está a impedir me de fazer a minha.
Obrigada

Sobre pipinhana

Rodrigo és o amor da mamã... Amo-te muito meu anjo!
Afilhada da teresa_santos e susanaffereira... e Madrinha da apsilva, aclaudinhareis e ´star28

AneteS -
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Desde 13 Abr 2016

Olá, seria bom consultar um advogado, os casos que conheço semelhantes os pais acabaram por chegar a acordo, mas também nenhum foi porque a mãe queria viver perto do noivo mas sim por motivos profissionais, acredito que existindo um "noivo" as pessoas fiquem mais sensíveis e seja mais complicado o acordo.
Tudo depende muito da idade da criança, não percebi que idade tinha o teu filho, a partir dos 5 anos pode viajar sozinho de avião com o sistema de acompanhamento, por isso pode passar as férias escolares com o pai por exemplo, acho que tentar o acordo é sempre o melhor, explicando as vantagens da mudança, o acréscimo de qualidade de vida para a criança, a oportunidade que será para a mãe ter uma vida melhor e mais estável, etc...
Boa Sorte!

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Anete

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Visto pela perspectiva do pai do seu filho, a sua vontade de ficar com o seu namorado vai impedi-lo de acompanhar o crescimento do filho... Isto do egoísmo é um pau de dois bicos... O melhor seria chegarem a acordo, será sempre muito difícil para pai e filho estarem separados, mas tente minimizar o impacto desse afastamento. Pode propor que o menino vá passar todas as férias com o pai e alguns fins de semana prolongados. Como é evidente, os custos das viagens não devem ficar meramente a cargo do pai.

moomis -
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Desde 01 Out 2017

Tendo em conta que vai mudar a criança de lugar, suponho que de escola, afastá-lo da sua rede social, escolar e familiar... Não sei se o tribunal estará do seu lado.
Terão em conta que o superior interesse da criança e a sua estabilidade.

E eu honestamente compreendo o pai. Acho que tem todo o direito a refazer a sua vida mas será correcto para o seu filho ter que alterar toda a sua vida porque a mãe tem um noivo no continente? Antes de engravidar já sabia que tinha um filho e quais eram as condições para a guarda dele. Não percebi qual a idade da criança mas se tiver +6 anos está a pensar tirá-lo da escola dele a meio do ano escolar?

Sendo muito sincera, se estivesse no lugar do seu marido eu entrava com uma acção para tentar obter a guarda principal da criança e os meus argumentos seriam precisamente a estabilidade e o facto de estar a privar o seu filho de tudo o que ele conhece.
E o tribunal irá avaliar se a mudança é ou não no superior interesse da criança (mesmo que isso não lhe dê jeito a si).

moomis -
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Desde 01 Out 2017

Tendo em conta que vai mudar a criança de lugar, suponho que de escola, afastá-lo da sua rede social, escolar e familiar... Não sei se o tribunal estará do seu lado.
Terão em conta que o superior interesse da criança e a sua estabilidade.

E eu honestamente compreendo o pai. Acho que tem todo o direito a refazer a sua vida mas será correcto para o seu filho ter que alterar toda a sua vida porque a mãe tem um noivo no continente? Antes de engravidar já sabia que tinha um filho e quais eram as condições para a guarda dele. Não percebi qual a idade da criança mas se tiver +6 anos está a pensar tirá-lo da escola dele a meio do ano escolar?

Sendo muito sincera, se estivesse no lugar do seu marido eu entrava com uma acção para tentar obter a guarda principal da criança e os meus argumentos seriam precisamente a estabilidade e o facto de estar a privar o seu filho de tudo o que ele conhece.
E o tribunal irá avaliar se a mudança é ou não no superior interesse da criança (mesmo que isso não lhe dê jeito a si).

pipinhana -
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Desde 15 Jul 2010

Obrigada pelas respostas!
O meu filho está com 7 anos e só nos iremos mudar após as férias escolares!
A mudança deve se muito ao facto de dar lhe mais estabilidade tanto emocional como financeira, visto que neste momento não tenho trabalho cá, e já tinha trabalho em vista lá!

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guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

E o que diz a criança? Quer ir? Como encara a separação do pai e do ambiente que conhece?
O que me aborreceu na sua mensagem incial, e desculpe-me a sinceridade, é que coloca a questão unicamente em termos de o seu ex-marido estar a "estragar-lhe a vida", sem pensar que ele acima de tudo é pai e tanto lhe custará estar longe do filho como a si lhe custaria deixá-lo com o pai e ir sozinha para Sintra.
Não digo que não deva ou não possa ir, penso é que tem abordar o assunto com delicadeza e compreender as reservas do seu ex-marido. Proponha-lhe o que eu sugeri, que o menino vá passar férias e fins de semana prolongados com o pai.
Tenha também em muita atenção que para o seu filho será uma enorme mudança, de um meio sossegado e familiar para um meio urbano bastante agressivo. Terá de lidar com o nascimento de um irmão, um padrasto com o qual talvez não tenha ainda muita convivência e toda uma dinâmica familiar e social completamente distinta. Pense bem. E se o seu namorado se mudar para os Açores?

MartaSofia83 -
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Desde 11 Set 2017

Desculpe mas o seu primeiro argumento é ridículo! O pai do seu filho não está a impedi-la de refazer a vida como ele refez mas tem todo o direito de não querer que leve o filho dele para longe ou acha que não? Que eu saiba o pai quando refez a vida não afastou o seu filho de si por isso não é a mesma coisa. Porquê que o pai tem que aceitar ficar longe do filho mas a mãe não?
É óbvio que se está decidida em ir para Sintra quer levar menino mas também é óbvio que o pai não quer e que vai lutar por isso. O melhor é entender-se com ele a bem porque não sei qual vai ser a decisão do tribunal se o caso lá chegar porque como é óbvio o menino tem muito mais estabilidade se ficar na sua cidade. No futuro até acho melhor para o menino viver no continente que nos Açores porque vai ter muito mais oportunidades mas nesta altura de tantas mudanças não sei se é e o pai tem tanto direito como a pipinhana de lutar para ter o filho perto e pelo que acha melhor para ele.
Imagino que o seu noivo ir de Sintra para os Açores não seja opção porque ninguém quer passar de cavalo para burro, desculpe a expressão, mas podia ser uma solução melhor para a sua família se o convence-se.

pipinhana -
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Desde 15 Jul 2010

O Rodrigo quer ir e claro que vai sentir a falta do pai, como de todo o resto da família!
Quando falei com o pai disse lhe que nas férias de carnaval e páscoa e sempre que possível o Rodrigo ia ter com o pai, não é de todo minha intenção afastá lo do pai!
Guialmi, o pai foi pai o mês passado e ele lidou bem com o nascimento do irmão, apesar da relação dele com a madrasta não ser das melhores... E está todo contente com o nosso!
Quanto ao meu noivo vir para cá não é a melhor solução, visto que ele tem um trabalho estável!

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AneteS -
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Desde 13 Abr 2016

Acho que não existe necessidade para o discurso agressivo para com uma mãe que veio pedir opinião, ajuda e em relação a uma história que conhecemos tão pouco...
Acho que este é um espaço de troca de ideias, de ajudas e não de apontar o dedo ainda para mais quando não conhecemos quase nada do assunto.
Na minha família existem diversos casos de casais divorciados que um ou outro emigrou e de filhos de passaram a viver até num país diferente de um dos pais, tudo se resolveu, com bom senso, férias mais longas com um dos pais, quando chegaram à adolescência até passaram 1 ano inteiro com o pai/mãe que estavam menos, etc...
Agora o julgamento de uma mãe que quer mudar-se dos Açores para Sintra ser levado a esse extremo e a essas opiniões de qual o melhor sítio para a criança bla bla bla...desculpem mas cabe aos pais e não a quem está de fora.
Boa Sorte para ti e que tudo se resolva pelo melhor!

Sobre AneteS

Anete

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Pessoalmente, espero não ter sido agressiva, e se pudesse parecia, peço desculpa. Apenas tentei mostrar o outro lado da situação, até porque já passei por uma situação idêntica. A mãe dos meus enteados decidiu mudar se para uma cidade a 300km de distância, em segredo, e só comunicou a decisão umas semanas antes... O contacto entre pai e filhos passou a ser muito mais escasso e difícil e totalmente a custas do pai...
Tente mesmo chegar a acordo com o pai do menino e dê lhe algum tempo para se adaptar se à ideia. Sobretudo, não use o argumento de que ele lhe está a estragar a vida. Vai ver se tudo se compõe.
Quanto à opinião da Marta de qyir de Sintra para os Açores é ir de cavalo para burro, enfim. É comparar o ritmo de vida, as horas perdidas em trânsito, a criminalidade, etc, e logo se vê quem é o 'burro'.

BagaLaranja -
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Desde 02 Abr 2014

Eu quando vivia no concelho de Sintra queria muito ir viver para os Açores. Adoro os Açores. Isso do cavalo e do burro tem muito que se lhe diga...
Ponha-se no lugar do pai. Imagine que a criança vivia com o pai e a pipinha o via todos os fins-de-semana. Agora o pai resolvia ir viver para Sintra e deixava de ver o seu filho. Podia ver nas férias do Carnaval e da Páscoa (isso é quanto tempo, 3 semanas?). Deixava? Eu se estivesse no lugar do pai ia fazer tudo para não deixar de ter contacto com o meu filho. Se o pai não tivesse interesse nenhum em estar com o filho ou se a pipinha não conseguisse de todo arranjar trabalho e não tivesse outro remédio se não ir para fora, acho que seria compreensível, agora assim percebo perfeitamente que o pai não aceite. Ponha-se no lugar dele, queria deixar de ter contacto com o seu filho? Preferia um pai que não tivesse interesse nenhum no filho? Não arranjam outra solução, que sirva para todas as partes? O seu companheiro ir viver para os Açores? Eventualmente para uma cidade ou ilha maior, onde seja mais fácil arranjar trabalho e continue a ter contacto frequente com o pai? Não me parece de todo que o pai lhe esteja a tentar estragar a vida, está apenas a querer ter o filho por perto, o que me parece perfeitamente aceitável e justo. O pai também poderia dizer que lhe está a tentar estragar a vida a tentar levar o filho para longe dele. Pense nisso. Em vez de tentar arranjar a solução perfeita para si e para o seu companheiro, e os outros que se amanhem, não há uma solução intermédia que deixe todos razoavelmente satisfeitos?

moomis -
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Desde 01 Out 2017

Eu não tentei ser agressiva mas sim pragmática e responder à pergunta.
Aqui a questão não é o que a mãe quer mas sim o que é o melhor para a criança (e nem sempre é o mesmo e quando não é raramente se pensa nas consequências para a criança).

Eu tb conheço vários casos onde pais divorciados emigraram, nos casos em que foram a tribunal nenhum teve autorização para levar a criança consigo e a questão foi precisamente a estabilidade da criança. A guarda foi dada ao progenitor que ficou.

moomis -
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Desde 01 Out 2017

Eu não tentei ser agressiva mas sim pragmática e responder à pergunta.
Aqui a questão não é o que a mãe quer mas sim o que é o melhor para a criança (e nem sempre é o mesmo e quando não é raramente se pensa nas consequências para a criança).

Eu tb conheço vários casos onde pais divorciados emigraram, nos casos em que foram a tribunal nenhum teve autorização para levar a criança consigo e a questão foi precisamente a estabilidade da criança. A guarda foi dada ao progenitor que ficou.

moomis -
Offline
Desde 01 Out 2017

De resto concordo com a BagaLaranja em tentar procurar uma solução intermédia, de preferência uma que não altere completamente a vida do seu filho numa época já de si bastante sensível (ambos os pais a terem filhos), de modo a não sentir que está a ser colocado de parte e que ninguém pensa realmente nele.

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