Gravidez após aborto espontâneo tem direito a baixa de risco? | De Mãe para Mãe

Gravidez após aborto espontâneo tem direito a baixa de risco?

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Rute Marina -
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Desde 18 Ago 2015

Oi meninas. A minha dúvida é a seguinte.Tive aborto espontâneo o mês passado, estou a aguardar o tempo que a médica disse para voltar a tentar. Mas li que após um aborto que a próxima gravidez era considerada de risco. Eu estou a perguntar isto porque o meu trabalho é pesado e tenho muito medo que volte acontecer. Mas não tenho coragem de ser eu a pedir a baixa caso volte a engravidar porque quando falamos em baixa parece que não queremos é trabalhar. Será que temos mesmo direito a baixa de risco? É que a médica disse que o aborto espontâneo é uma coisa normal que todas temos probabilidade de isso acontecer ( como se não fosse nada de mais). Alguém já passou por isso?

patriciasp -
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Desde 10 Nov 2006

ola
eu tive 3 abortos e nunca me deram baixa na gravidez seguinte....so agora numa proxima gravidez talvez irei pedir

17-12-2009 Nasceu o meu Tesouro
05-05-2015 10 semanas Aborto espontâneo
25-01-2016 12 semanas aborto retido
05-01-2017 05 semanas Aborto quimico
29-10-2017 Nasceu a princesa

Lucicris -
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Desde 12 Jul 2016

Olá,

Não é por ter tido um aborto anteriormente que terá uma gravidez de risco. Tudo vai depender do que acontece nessa nova gravidez.

Eu tive um AE em julho e em agosto estava novamente gravida, tive autorização da GO para voltar a tentar de imediato, fiquei de baixa com gravidez de risco às 6 semanas mas pq tive complicações. Hemorragias e dores fortes que me obrigaram a repouso quase absoluto. Entretanto foi detectada placenta prévia, o que aumenta o risco de aborto ou parto prematuro.
Mas caso não tivesse estes problemas, a gravidez não seria de risco por causa do AE

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Em cada gravidez, é avaliado o respectivo risco clínico. Não existe um direito "automático" a baixa de risco, cada médico é soberano para fazer a sua própria avaliação, o que quer dizer que pode decidir dá-la ou não dar, seja obstetra seja médico de família (às vezes, alguns médicos de família dizem que não podem, o que é absolutamente falso). Mas, no teu caso, eu pediria baixa de risco sem dúvida nenhuma. Não perdes nada e é o mais prudente. Se ta passa ou não, é outra história e depois logo vês. Mas deixa lá isso de ter vergonha. Estás a defender o teu filho e não deves envergonhar-te disso. Eu passei 8 meses de baixa nesta última gravidez e nunca me arrependi nem por um segundo. Se alguma coisa tivesse corrido mal e eu não tivesse feito tudo, é que com certeza me arrependeria e é nisso que deves pensar. Espero que da próxima vez corra tudo pelo melhor e sejam 9 meses felizes e muito descansados Sorriso

KidAna -
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Desde 05 Jan 2016

Boas,

Pelo que me apercebi enquanto gravida, tudo que li etc, um AE, por muito que custe aos envolvidos, é visto como algo normal a nível clínico se acontecer antes das 10 semanas (ou 12, não me lembro ao certo) e por tudo o que li, nesse período de tempo, nada que uma mulher faça no seu dia a dia vai "causar" o aborto, pois este é uma reacção do corpo a algo que não estava "bem" na gravidez. Eu não concordo com essa afirmação, mas, é que o que é visto do ponto de vista clínico. Assim, em Portugal é raro o medico que considere gravidez de risco por aborto espontâneo, se esse for no inicio da gravidez.
Por outro lado, uma gravidez de risco não é igual a uma baixa de risco para muitos médicos. No meu caso, a minha gravidez era de risco até antes de ter engravidado e mesmo assim só com cerca de 4 meses é que o meu medico me deu baixa, e eu estava a trabalhar num local onde tinha que carregar alguns pesos e não podia comer ou mesmo ir à casa de banho quando necessário. Cómico foi ir ao centro de saúde com dores, explicar o meu caso, o medico dizer "então tem uma gravidez de risco" e eu responder "segundo o meu OB não."
Por outro lado tenho colegas de trabalho que quando estiveram grávidas os médicos até lhes queriam dar baixa de risco só pelas condições de trabalho e sem motivo medico. É uma questão de sorte de quem se apanha acho eu.

MiriamAlves -
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Desde 18 Mar 2013

Eu da primeira gravidez tive em aborto em janeiro e engravidei logo em fevereiro e não foi considerado gravidez de risco e eu também tenho um trabalho que custa um pouco e fazia alguns esforços . Só foi gravidez de risco por entrei trabalho de parto prematuro as 32 semanas mas até lá tive uma gravidez super normal. Se calhar podes é expor ao teu médico a tua situação e se ele achar que sim ele passa-te gravidez de risco ou uma baixa normal não sei.

Madamiranda -
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Desde 27 Jan 2015

Boas, quando foi do primeiro filho, após três abortos espontâneos seguidos, foi me aconselhada a gravidez de risco, a quarta gravidez correu lindamente e aki esta ele com 9 anos, da mais pikena tive dois abortos espontâneos e como o meu processo na MJD desapareceu, não me deram gravidez de risco, mas a partir do 5 mês fiquei de baixa normal por decisão própria...

Rute Marina -
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Desde 18 Ago 2015

Obrigada por terem respondido.
Na altura falo com a minha médica. A baixa normal durante a gravidez só pode ser a partir dos 5 meses? É que se não tiver direito à de risco pesso a normal. Não quero mesmo voltar a passar por outra perda.

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Rute Marina escreveu:
Obrigada por terem respondido.
Na altura falo com a minha médica. A baixa normal durante a gravidez só pode ser a partir dos 5 meses? É que se não tiver direito à de risco pesso a normal. Não quero mesmo voltar a passar por outra perda.

A baixa, normal ou de risco, pode ser passada a qualquer momento. Se for normal, até pode ser passada antes da gravidez. Eu acho inadmissível e discriminatório que se concedam baixas "normais" (pagas a 55%) por motivos relacionados com a gravidez e não as aceitaria. Um médico passou-me uma vez, eu queixei-me e ele mudou a baixa. As baixas normais têm várias desvantagens e nenhuma mulher deve ser prejudicada por um motivo relacionado com a gravidez.

Se formos a ser rigorosos, ninguém pode "pedir baixa", nem entrar de baixa "por opção" sua. Ou seja, pode pedir, mas a atribuição da baixa só pode ser feita se o médico considerar que aquela pessoa não está em condições de trabalhar (e não porque a pessoa pede). A decisão é sempre do médico, quer a decisão de dar ou não baixa, quer a qualificação da baixa como por doença ou por risco clínico durante a gravidez. Se o médico concordar, seja em que fase for da gravidez, que é melhor ires para casa, não faz favor nenhum se qualificar a baixa como de risco, porque se trata realmente de um risco. As baixas existem para serem gozadas e não há razão nenhuma para prescindir dos nossos direitos. Por favor, refila e não vás para casa com um corte de 45% do vencimento, só porque estás grávida. Não tenhas pena do orçamento do Estado: a gravidez é uma função social e o país precisa que nasçam crianças e que as mães não sejam prejudicadas por isso porque, se o forem, é meio caminho andado para que nasçam cada vez menos. Boa sorte

Rute Marina -
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Desde 18 Ago 2015

KellyPT tens toda a razão.

Rute Marina -
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Desde 18 Ago 2015

Oi meninas. Vim aqui tirar uma dúvida.
Tive aborto espontâneo as 5 semanas no dia 9 de fevereiro. Não foi preciso fazer nada tive aborto completo. Sangrei 4 dias só os dois primeiros é que foi abundante, no 5 dia só saia pouquinho e quando eu fazia algum esforço.
Os meus ciclos sempre foram certinhos de 28 dias, mas já passou 31 dias após o aborto e nada de período será normal? É impossível estar grávida porque das poucas vezes que namorei usei preservativo.
Fico ansiosa com esta espera, tenho consulta com a ginecologista no dia 5 de Abril e queria tentar novamente para o mês que vem.

Nennya -
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Desde 23 Fev 2009

Sinto muito pela tua perda.
É normal após aborto o ciclo ser maior. Após a minha curetagem tive um ciclo de 39 dias, e já li casos de ciclos de 40 dias. Se vires que já passaram muitos dias e nada vai ao médico, ou liga para a tua GO.

Sobre Nennya

• 2* positivo a 12/09/2016
• diagnóstico de gravidez anembrionaria a 04/10/2016
• suspeita de gravidez molar a 27/10/2016
• curetagem a 31/10/2016
• diagnóstico de mola hidatiforme total confirmado a 07/12/2017 (6 meses de espera)