Filho impossível de aturar | De Mãe para Mãe

Filho impossível de aturar

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43 mensagens
Marina83 -
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Desde 11 Ago 2021

Olá mães
Venho cá com o desabafo de que o meu filho anda impossível de aturar. Tem dois anos e não está bem na rua, em casa, onde for. Já nem os bonecos na televisão impedem o constante guinchar por tudo e por nada. Brinquedos nem ver. Hoje fui com ele ao supermercado paŕa comprar pão e gel de banho. Mal chegamos e começou a tirar as coisas das prateleiras e armar o barraco cada vez que eu o tentava por na linha. Tive de o retirar a gritar a espernear.
E já tentei todos os métodos de disciplina, fora o bater. Nada resulta. Em casa eu nem consigo fazer mais nada, só está mais ou menos bem se estiver a empoleirar em cima de mim.
Como vivo numa aldeia muito afastada de tudo não há infantários ou amas com quem eu o possa deixar por umas horinhas de maneira a conseguir fazer o mínimo e respirar.
A minha mãe é da opinião que ele pode ter um distúrbio de comportamento. Não sou pediatra mas se assim fosse acredito que seria assim com toda a gente e não é, quando está com o pai e a família do pai, porta-se lindamente.
Já não tenho ideias do que fazer ou do que pensar.
Isto é normal nestas idades??????? Alguma sugestão de métodos de disciplina?
Obrigada

Marina83 -
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Desde 11 Ago 2021

Esqueci de acrescentar - o meu menino ainda não fala... anda numa espanholada desde os 8 meses mas falar algo que se perceba só mesmo a palavra água.
De resto comunica o qie quer a me puxar ou mostrar

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Olá,
a minha agora está quase nos 3, mas de facto acho que não é em vão que os dois são chamados de terrible two... Tem sido a fase mais desafiante e não é nem de longe tão difícil de "convencer" como o seu. Pelo que diz, como só é assim consigo imagino que seja mesmo aquele abuso consigo, mas ainda vai mais que a tempo de impor os seus limites. Pessoalmente o que faço é ignorar, em casa é simples, ela esperneia e berra e eu simplesmente finjo que nem vejo... Ela acaba por se conformar e perceber que não adianta nada. Na rua claro que é mais difícil, mas também já me vim embora do super mercado sem levar nada para não ceder...

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Pois, aqui o que funcionou bem foi mesmo a creche.... Eles puxam muito a corda com os pais, com outras pessoas mantêm-se mais na linha, além que fazem outras actividades que ajudam a queimar energias.
.
Tem ideia depois de o pôr na pré? Onde irá ser? Não tem valência de creche também?

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Ah e sim, notei que essa fase das birras passou quando ele começou a fazer-se entender. Eles ficam muito frustrados por não conseguirem falar

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

A Marina vê ele a portar-se lindamente com a família do pai?
Pode acontecer mas é importante perceber melhor isso.
Ainda ontem fui ao supermercado sozinha ao fim da tarde e era uma sinfonia de miúdos aos berros.
Se acha que alguma coisa pode não estar bem, não perde em ir ver mas também a aviso para ir com calma e não acreditar à primeira caso lhe apontem alguma coisa. Atualmente rotula-se muito rápido e depois vamos a ver e não é porra nenhuma!

MALT -
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Desde 27 Jul 2019

fmmartins escreveu:
A Marina vê ele a portar-se lindamente com a família do pai?
Pode acontecer mas é importante perceber melhor isso.
Ainda ontem fui ao supermercado sozinha ao fim da tarde e era uma sinfonia de miúdos aos berros.
Se acha que alguma coisa pode não estar bem, não perde em ir ver mas também a aviso para ir com calma e não acreditar à primeira caso lhe apontem alguma coisa. Atualmente rotula-se muito rápido e depois vamos a ver e não é porra nenhuma!

É mesmo! 😒

Marina83 -
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Desde 11 Ago 2021

fmmartins escreveu:
A Marina vê ele a portar-se lindamente com a família do pai?
Pode acontecer mas é importante perceber melhor isso.
Ainda ontem fui ao supermercado sozinha ao fim da tarde e era uma sinfonia de miúdos aos berros.
Se acha que alguma coisa pode não estar bem, não perde em ir ver mas também a aviso para ir com calma e não acreditar à primeira caso lhe apontem alguma coisa. Atualmente rotula-se muito rápido e depois vamos a ver e não é porra nenhuma!

Sim, pois fazemos video chamada quando por exemplo estou ou o pai está um dia inteiro sem vê-lo. Para além do que o pai nunca diz que o menino tem um comportamento desafiafor com ele, e acredite, seria o primeiro a apontar qq coisa.
Outra curiosidade é que por exemplo se estamos na rua e o meu namorado nos acompanha o comportamento é outro. Já não estica a corda, obedece ao dar a mão para andar na rua, e nunca passo por situações como as que passo quando está sozinho comigo.

Marina83 -
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Desde 11 Ago 2021

CatiaS_S escreveu:
Pois, aqui o que funcionou bem foi mesmo a creche.... Eles puxam muito a corda com os pais, com outras pessoas mantêm-se mais na linha, além que fazem outras actividades que ajudam a queimar energias.
.
Tem ideia depois de o pôr na pré? Onde irá ser? Não tem valência de creche também?

Temos uma onde vivemos mas para os mais pequeninos este ano já não havia vagas

Clara 🤰 -
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Desde 05 Mar 2019

Em casa são uns terrores, fora já se portam bem.
A educadora do meu diz que ele é um santo, e em casa nem e bom...poderíamos estar a falar do meu filho também e um bocadinho assim ou melhor está nessa fase acredito que há de passar.
Mas realmente o que eu faço também é ignorar e o que tem resultado melhor por aqui.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Marina83 escreveu:

fmmartins escreveu:A Marina vê ele a portar-se lindamente com a família do pai?
Pode acontecer mas é importante perceber melhor isso.
Ainda ontem fui ao supermercado sozinha ao fim da tarde e era uma sinfonia de miúdos aos berros.
Se acha que alguma coisa pode não estar bem, não perde em ir ver mas também a aviso para ir com calma e não acreditar à primeira caso lhe apontem alguma coisa. Atualmente rotula-se muito rápido e depois vamos a ver e não é porra nenhuma!

Sim, pois fazemos video chamada quando por exemplo estou ou o pai está um dia inteiro sem vê-lo. Para além do que o pai nunca diz que o menino tem um comportamento desafiafor com ele, e acredite, seria o primeiro a apontar qq coisa.
Outra curiosidade é que por exemplo se estamos na rua e o meu namorado nos acompanha o comportamento é outro. Já não estica a corda, obedece ao dar a mão para andar na rua, e nunca passo por situações como as que passo quando está sozinho comigo.

Mas isso é bom.
Tente perceber quais são os gatilhos que estão a despoletar esse comportamento consigo de forma a invertê-lo.
É uma fase complicada, muito cansativa e desafiante mas acalma, sim. Não sabem ainda lidar com emoções, testam limites, desafiam.
Os miúdos adoram explorar, é a explorar que aprendem um monte de coisas. É claro que não vamos deixar mexer em facas mas a birra de hoje que relata parece-me claramente isso.
Ir à escolinha também penso que ia ajudar, cumprir regras, socializar com outras crianças, fazer atividades para a idade. O seu ânimo também ia ser logo outro.

Joaninhafilipa85 -
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Desde 21 Set 2018

Este tópico chamou me à atenção e vou explicar porquê.
O meu filho tem dois anos, feitos este mês que passou. Desde que nasceu foi um filho "impossível de aturar" passava o dia a chorar, nada estava bem. Começou a crescer e o comportamento não melhorou grande coisa. Continua impossível, chora constantemente, não liga a nada, não se entretém com nada, fala na língua dele e só ultimamente disse mais umas palavras mas pouco, não percebe grande coisa do que lhe dizemos. Logo cedo percebi o quanto era diferente do irmão e chamou me logo à atenção. Aos 18 meses farta de ouvir que era normal segui o meu instinto e fui para o particular. Resumindo, o Martim tem atraso global de desenvolvimento e suspeita de autismo.
Não quero assustar de todo mas procure perceber se há algo que incomoda o menino, o porquê desse comportamento, sempre foi assim? É só agora? Tente perceber se algo está mal.

Marina83 -
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Desde 11 Ago 2021

Joaninhafilipa85 escreveu:
Este tópico chamou me à atenção e vou explicar porquê.
O meu filho tem dois anos, feitos este mês que passou. Desde que nasceu foi um filho "impossível de aturar" passava o dia a chorar, nada estava bem. Começou a crescer e o comportamento não melhorou grande coisa. Continua impossível, chora constantemente, não liga a nada, não se entretém com nada, fala na língua dele e só ultimamente disse mais umas palavras mas pouco, não percebe grande coisa do que lhe dizemos. Logo cedo percebi o quanto era diferente do irmão e chamou me logo à atenção. Aos 18 meses farta de ouvir que era normal segui o meu instinto e fui para o particular. Resumindo, o Martim tem atraso global de desenvolvimento e suspeita de autismo.
Não quero assustar de todo mas procure perceber se há algo que incomoda o menino, o porquê desse comportamento, sempre foi assim? É só agora? Tente perceber se algo está mal.

Nem sempre foi assim. Aliás, era um bebé extremamente calmo.
O que surpreende é que impossível ele só é quando está comigo. Com o pai por exemplo, é outro.

Tai Shima -
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Desde 07 Jul 2020

Olá! Tb não sou pediatra e o meu miudo ainda só vai nos 2 meses mas... no seu texto disse algo importante: o seu bebé ainda não fala. Terá frustração acumulada por tentar exprimir-se sem sucesso? Não sei se com crianças será o mesmo que com adultos mas, num adulto a agressividade nunca vem por acaso. Por norma é resultado de uma frustração, um trauma ou incompreensão, etc. Será que ajudaria ensinar linguagem gestual para bebés tipo Baby Signs?

Sobre Tai Shima

Mãe de 1a viagem aos 39 :x
- gravidez não evolutiva 8s
- gravidez gemelar c/ 1 não evolutivo às 8s.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Marina83 -
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Desde 11 Ago 2021

Tai Shima escreveu:
Olá! Tb não sou pediatra e o meu miudo ainda só vai nos 2 meses mas... no seu texto disse algo importante: o seu bebé ainda não fala. Terá frustração acumulada por tentar exprimir-se sem sucesso? Não sei se com crianças será o mesmo que com adultos mas, num adulto a agressividade nunca vem por acaso. Por norma é resultado de uma frustração, um trauma ou incompreensão, etc. Será que ajudaria ensinar linguagem gestual para bebés tipo Baby Signs?

Pode ser isso.

Baby signs???? Nunca ouvi falar disto mas vou procurar saber

Marina83 -
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Desde 11 Ago 2021

fmmartins escreveu:
Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Ana1416 (não verificado)

Marina83 escreveu:

fmmartins escreveu:Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Eu acho um comportamento normal para a idade. Ou não se referiam aos dois anos como os "terrible two".
São as clássicas birras, testar limites, depois eles não sabem ainda gerir emoções.
Não acho que a culpa seja sua por ele não ser assim com o pai.
O meu filho é pouco mais novo que o seu e sempre foi um bebé difícil, nunca me passou pela cabeça que tivesse autismo, ou algum atraso de desenvolvimento.
Quando está comigo e com o pai estica mais a corda, com os avós é um anjo sempre bem comportado. Na creche também se porta super bem. Isto para dizer que eles normalmente são "piores" com o cuidador principal.
Acho que deve encontrar ferramentas para tentar gerir esta fase mas não me parece que seja algo muito fora do normal.
Também me parece que o facto de não comunicar possa aí causar alguma frustração na criança.
So para partilhar aqui a história de um familiar que com cerca de 3 anos não falava quase nada. Foi referenciado por suspeita de autismo. Na consulta deram quase 100% de certeza que seria autista, pouco falava, não fazia amigos, era um pouco agressivo..
Ficaram de reavaliar dali a 6 meses.
Entretanto sem nada se fazer prever a criança começou a falar pelos cotovelos, deixou de fazer tantas birras e ser agressivo e começou a interagir com os coleguinhas na creche. Hoje com quase 4 anos, fala super bem, um criança completamente normal para a idade. O diagnóstico de autismo caiu.
Isto para dizer que às vezes são mesmo comportamentos normais e o não falar ainda está no tempo dele. Claro que pode não ser, mas não devemos sempre apontar para o pior.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Marina83 escreveu:

fmmartins escreveu:Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Parece-me o comportamento normal de um miúdo de 2 anos. Faz birra para chamar a atenção da mãe (isso é bom, tem interesse na interação consigo lol). Há miúdos que o fazem, foi a forma que perceberam que resulta 😂
Depois utiliza o comportamento para tentar obter o que quer e também não lida bem com a frustração, também é típico. Se o seu filho tivesse episódios desses do nada e não se acalmasse quando conseguisse o que quer, aí sim acho que se deve perceber melhor.
Se é sociável, responde às situações sociais como relatou, compreende, utiliza comunicação não verbal para se fazer entender. 🤷‍♀️

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Ana1416 escreveu:

Marina83 escreveu:
fmmartins escreveu:Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Eu acho um comportamento normal para a idade. Ou não se referiam aos dois anos como os "terrible two".
São as clássicas birras, testar limites, depois eles não sabem ainda gerir emoções.
Não acho que a culpa seja sua por ele não ser assim com o pai.
O meu filho é pouco mais novo que o seu e sempre foi um bebé difícil, nunca me passou pela cabeça que tivesse autismo, ou algum atraso de desenvolvimento.
Quando está comigo e com o pai estica mais a corda, com os avós é um anjo sempre bem comportado. Na creche também se porta super bem. Isto para dizer que eles normalmente são "piores" com o cuidador principal.
Acho que deve encontrar ferramentas para tentar gerir esta fase mas não me parece que seja algo muito fora do normal.
Também me parece que o facto de não comunicar possa aí causar alguma frustração na criança.
So para partilhar aqui a história de um familiar que com cerca de 3 anos não falava quase nada. Foi referenciado por suspeita de autismo. Na consulta deram quase 100% de certeza que seria autista, pouco falava, não fazia amigos, era um pouco agressivo..
Ficaram de reavaliar dali a 6 meses.
Entretanto sem nada se fazer prever a criança começou a falar pelos cotovelos, deixou de fazer tantas birras e ser agressivo e começou a interagir com os coleguinhas na creche. Hoje com quase 4 anos, fala super bem, um criança completamente normal para a idade. O diagnóstico de autismo caiu.
Isto para dizer que às vezes são mesmo comportamentos normais e o não falar ainda está no tempo dele. Claro que pode não ser, mas não devemos sempre apontar para o pior.

Então e a minha? Falou cedo, super sociável mas era birrenta todos os dias e um crânio. Levei logo com autismo, depois era hiperativa, agora é só precoce.

Ana1416 (não verificado)

fmmartins escreveu:

Ana1416 escreveu:
Marina83 escreveu:
fmmartins escreveu:Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Eu acho um comportamento normal para a idade. Ou não se referiam aos dois anos como os "terrible two".
São as clássicas birras, testar limites, depois eles não sabem ainda gerir emoções.
Não acho que a culpa seja sua por ele não ser assim com o pai.
O meu filho é pouco mais novo que o seu e sempre foi um bebé difícil, nunca me passou pela cabeça que tivesse autismo, ou algum atraso de desenvolvimento.
Quando está comigo e com o pai estica mais a corda, com os avós é um anjo sempre bem comportado. Na creche também se porta super bem. Isto para dizer que eles normalmente são "piores" com o cuidador principal.
Acho que deve encontrar ferramentas para tentar gerir esta fase mas não me parece que seja algo muito fora do normal.
Também me parece que o facto de não comunicar possa aí causar alguma frustração na criança.
So para partilhar aqui a história de um familiar que com cerca de 3 anos não falava quase nada. Foi referenciado por suspeita de autismo. Na consulta deram quase 100% de certeza que seria autista, pouco falava, não fazia amigos, era um pouco agressivo..
Ficaram de reavaliar dali a 6 meses.
Entretanto sem nada se fazer prever a criança começou a falar pelos cotovelos, deixou de fazer tantas birras e ser agressivo e começou a interagir com os coleguinhas na creche. Hoje com quase 4 anos, fala super bem, um criança completamente normal para a idade. O diagnóstico de autismo caiu.
Isto para dizer que às vezes são mesmo comportamentos normais e o não falar ainda está no tempo dele. Claro que pode não ser, mas não devemos sempre apontar para o pior.

Então e a minha? Falou cedo, super sociável mas era birrenta todos os dias e um crânio. Levei logo com autismo, depois era hiperativa, agora é só precoce.

😂😂😂
Hoje também me disseram que não era normal o meu filho não ver desenhos animados. Que se calhar era sinal que qualquer coisa não tava bem.. Que não é normal não gostar sequer dos pandas e caricas.. 🤦‍♀️
Eu bem tento que ele veja que me dava cá um jeito para fazer o jantar mas ele não liga nada..
Até o pai já começa a achar estranho porque todos os bebés à nossa conta vêm desenhos animados e adoram isso tudo desde os 6 meses e o nosso não liga nada.
Tive quase para criar um tópico sobre o assunto para ver se aparecia alguém com bebés que não gostam de bonecada a ver se eu não me sentia tão sozinha 😅

Marina83 -
Offline
Desde 11 Ago 2021

Ana1416 escreveu:

fmmartins escreveu:
Ana1416 escreveu:
Marina83 escreveu:
fmmartins escreveu:Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Eu acho um comportamento normal para a idade. Ou não se referiam aos dois anos como os "terrible two".
São as clássicas birras, testar limites, depois eles não sabem ainda gerir emoções.
Não acho que a culpa seja sua por ele não ser assim com o pai.
O meu filho é pouco mais novo que o seu e sempre foi um bebé difícil, nunca me passou pela cabeça que tivesse autismo, ou algum atraso de desenvolvimento.
Quando está comigo e com o pai estica mais a corda, com os avós é um anjo sempre bem comportado. Na creche também se porta super bem. Isto para dizer que eles normalmente são "piores" com o cuidador principal.
Acho que deve encontrar ferramentas para tentar gerir esta fase mas não me parece que seja algo muito fora do normal.
Também me parece que o facto de não comunicar possa aí causar alguma frustração na criança.
So para partilhar aqui a história de um familiar que com cerca de 3 anos não falava quase nada. Foi referenciado por suspeita de autismo. Na consulta deram quase 100% de certeza que seria autista, pouco falava, não fazia amigos, era um pouco agressivo..
Ficaram de reavaliar dali a 6 meses.
Entretanto sem nada se fazer prever a criança começou a falar pelos cotovelos, deixou de fazer tantas birras e ser agressivo e começou a interagir com os coleguinhas na creche. Hoje com quase 4 anos, fala super bem, um criança completamente normal para a idade. O diagnóstico de autismo caiu.
Isto para dizer que às vezes são mesmo comportamentos normais e o não falar ainda está no tempo dele. Claro que pode não ser, mas não devemos sempre apontar para o pior.

Então e a minha? Falou cedo, super sociável mas era birrenta todos os dias e um crânio. Levei logo com autismo, depois era hiperativa, agora é só precoce.

😂😂😂
Hoje também me disseram que não era normal o meu filho não ver desenhos animados. Que se calhar era sinal que qualquer coisa não tava bem.. Que não é normal não gostar sequer dos pandas e caricas.. 🤦‍♀️
Eu bem tento que ele veja que me dava cá um jeito para fazer o jantar mas ele não liga nada..
Até o pai já começa a achar estranho porque todos os bebés à nossa conta vêm desenhos animados e adoram isso tudo desde os 6 meses e o nosso não liga nada.
Tive quase para criar um tópico sobre o assunto para ver se aparecia alguém com bebés que não gostam de bonecada a ver se eu não me sentia tão sozinha 😅

Pois! E eu que tinha um receio enorme que o meu filho fosse ficar viciado nos bonecos e não querer outra coisa. Agora se está 15min sentado a vê-los é muito. Logo perde o interesse. Já se eu estiver a brincar com ele é capaz de passar horas entretido.

DianaES -
Offline
Desde 08 Out 2013

Ana1416 escreveu:

fmmartins escreveu:
Ana1416 escreveu:
Marina83 escreveu:
fmmartins escreveu:Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Eu acho um comportamento normal para a idade. Ou não se referiam aos dois anos como os "terrible two".
São as clássicas birras, testar limites, depois eles não sabem ainda gerir emoções.
Não acho que a culpa seja sua por ele não ser assim com o pai.
O meu filho é pouco mais novo que o seu e sempre foi um bebé difícil, nunca me passou pela cabeça que tivesse autismo, ou algum atraso de desenvolvimento.
Quando está comigo e com o pai estica mais a corda, com os avós é um anjo sempre bem comportado. Na creche também se porta super bem. Isto para dizer que eles normalmente são "piores" com o cuidador principal.
Acho que deve encontrar ferramentas para tentar gerir esta fase mas não me parece que seja algo muito fora do normal.
Também me parece que o facto de não comunicar possa aí causar alguma frustração na criança.
So para partilhar aqui a história de um familiar que com cerca de 3 anos não falava quase nada. Foi referenciado por suspeita de autismo. Na consulta deram quase 100% de certeza que seria autista, pouco falava, não fazia amigos, era um pouco agressivo..
Ficaram de reavaliar dali a 6 meses.
Entretanto sem nada se fazer prever a criança começou a falar pelos cotovelos, deixou de fazer tantas birras e ser agressivo e começou a interagir com os coleguinhas na creche. Hoje com quase 4 anos, fala super bem, um criança completamente normal para a idade. O diagnóstico de autismo caiu.
Isto para dizer que às vezes são mesmo comportamentos normais e o não falar ainda está no tempo dele. Claro que pode não ser, mas não devemos sempre apontar para o pior.

Então e a minha? Falou cedo, super sociável mas era birrenta todos os dias e um crânio. Levei logo com autismo, depois era hiperativa, agora é só precoce.

😂😂😂
Hoje também me disseram que não era normal o meu filho não ver desenhos animados. Que se calhar era sinal que qualquer coisa não tava bem.. Que não é normal não gostar sequer dos pandas e caricas.. 🤦‍♀️
Eu bem tento que ele veja que me dava cá um jeito para fazer o jantar mas ele não liga nada..
Até o pai já começa a achar estranho porque todos os bebés à nossa conta vêm desenhos animados e adoram isso tudo desde os 6 meses e o nosso não liga nada.
Tive quase para criar um tópico sobre o assunto para ver se aparecia alguém com bebés que não gostam de bonecada a ver se eu não me sentia tão sozinha 😅


Até me ri com essa... Hoje em dia tudo o que não é comum, passou a ser fora do normal. O avanço científico é mesmo um pau de dois bicos. Quando eramos pequenos havia claramente falta de diagnósticos a crianças que hoje vemos que tinham algum problema, e vai-se a ver e são pessoas casadas, com filhos e vida normalizada... Se o antes fosse agora elas já iam ter todas um espectro de autismo qualquer... Como se não tivéssemos todos as suas "panquinhas". Se a criança é ativa é hiper ativa. Se é parada está atrasada. Se é tímida já é autista e vive no seu mundo. Se vê desenhos está viciada, se não vê algo se passa... Se é apegada aos pais é mimalha, se não é, está desvinculada é autista...
Ainda estes dias fui com a minha ao pediatra e falei de um tique que ela já tem há coisa de um ano... Como já dura há tanto tempo achei por bem falar e ele desvalorizou por completo. E o que eu tinha pesquisado sobre isso era assustador e ele com duas ou três frases explicou que é só expressão motora. Já fala e fala bem, mas ainda não consegue expressar a excitação toda por palavras e expressa fisicamente usando o tique quando está excitada, feliz... Ele oercebeu a minha inquitação e perguntou desde quando deixamos de achar normal que as crianças felizes pulem, batam palmas, extravasem?! E acho que é mesmo isto, olhamos para as crianças como pequenos adultos que com a idade têm auto-controlo, elas não têm, ainda não aprenderam... São muito físicas e isso vê-se nestas coisas e nos choros e nas birras. Tudo isto para dizer que atualmente se estuda de mais as crianças, passamos do 8 ao 80.

MALT -
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Desde 27 Jul 2019

DianaES escreveu:

Ana1416 escreveu:
fmmartins escreveu:
Ana1416 escreveu:
Marina83 escreveu:
fmmartins escreveu:Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Eu acho um comportamento normal para a idade. Ou não se referiam aos dois anos como os "terrible two".
São as clássicas birras, testar limites, depois eles não sabem ainda gerir emoções.
Não acho que a culpa seja sua por ele não ser assim com o pai.
O meu filho é pouco mais novo que o seu e sempre foi um bebé difícil, nunca me passou pela cabeça que tivesse autismo, ou algum atraso de desenvolvimento.
Quando está comigo e com o pai estica mais a corda, com os avós é um anjo sempre bem comportado. Na creche também se porta super bem. Isto para dizer que eles normalmente são "piores" com o cuidador principal.
Acho que deve encontrar ferramentas para tentar gerir esta fase mas não me parece que seja algo muito fora do normal.
Também me parece que o facto de não comunicar possa aí causar alguma frustração na criança.
So para partilhar aqui a história de um familiar que com cerca de 3 anos não falava quase nada. Foi referenciado por suspeita de autismo. Na consulta deram quase 100% de certeza que seria autista, pouco falava, não fazia amigos, era um pouco agressivo..
Ficaram de reavaliar dali a 6 meses.
Entretanto sem nada se fazer prever a criança começou a falar pelos cotovelos, deixou de fazer tantas birras e ser agressivo e começou a interagir com os coleguinhas na creche. Hoje com quase 4 anos, fala super bem, um criança completamente normal para a idade. O diagnóstico de autismo caiu.
Isto para dizer que às vezes são mesmo comportamentos normais e o não falar ainda está no tempo dele. Claro que pode não ser, mas não devemos sempre apontar para o pior.

Então e a minha? Falou cedo, super sociável mas era birrenta todos os dias e um crânio. Levei logo com autismo, depois era hiperativa, agora é só precoce.

😂😂😂
Hoje também me disseram que não era normal o meu filho não ver desenhos animados. Que se calhar era sinal que qualquer coisa não tava bem.. Que não é normal não gostar sequer dos pandas e caricas.. 🤦‍♀️
Eu bem tento que ele veja que me dava cá um jeito para fazer o jantar mas ele não liga nada..
Até o pai já começa a achar estranho porque todos os bebés à nossa conta vêm desenhos animados e adoram isso tudo desde os 6 meses e o nosso não liga nada.
Tive quase para criar um tópico sobre o assunto para ver se aparecia alguém com bebés que não gostam de bonecada a ver se eu não me sentia tão sozinha 😅

Até me ri com essa... Hoje em dia tudo o que não é comum, passou a ser fora do normal. O avanço científico é mesmo um pau de dois bicos. Quando eramos pequenos havia claramente falta de diagnósticos a crianças que hoje vemos que tinham algum problema, e vai-se a ver e são pessoas casadas, com filhos e vida normalizada... Se o antes fosse agora elas já iam ter todas um espectro de autismo qualquer... Como se não tivéssemos todos as suas "panquinhas". Se a criança é ativa é hiper ativa. Se é parada está atrasada. Se é tímida já é autista e vive no seu mundo. Se vê desenhos está viciada, se não vê algo se passa... Se é apegada aos pais é mimalha, se não é, está desvinculada é autista...
Ainda estes dias fui com a minha ao pediatra e falei de um tique que ela já tem há coisa de um ano... Como já dura há tanto tempo achei por bem falar e ele desvalorizou por completo. E o que eu tinha pesquisado sobre isso era assustador e ele com duas ou três frases explicou que é só expressão motora. Já fala e fala bem, mas ainda não consegue expressar a excitação toda por palavras e expressa fisicamente usando o tique quando está excitada, feliz... Ele oercebeu a minha inquitação e perguntou desde quando deixamos de achar normal que as crianças felizes pulem, batam palmas, extravasem?! E acho que é mesmo isto, olhamos para as crianças como pequenos adultos que com a idade têm auto-controlo, elas não têm, ainda não aprenderam... São muito físicas e isso vê-se nestas coisas e nos choros e nas birras. Tudo isto para dizer que atualmente se estuda de mais as crianças, passamos do 8 ao 80.

Amén para este comentário!! 🙌🙌😄

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

DianaES escreveu:

Ana1416 escreveu:
fmmartins escreveu:
Ana1416 escreveu:
Marina83 escreveu:
fmmartins escreveu:Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Eu acho um comportamento normal para a idade. Ou não se referiam aos dois anos como os "terrible two".
São as clássicas birras, testar limites, depois eles não sabem ainda gerir emoções.
Não acho que a culpa seja sua por ele não ser assim com o pai.
O meu filho é pouco mais novo que o seu e sempre foi um bebé difícil, nunca me passou pela cabeça que tivesse autismo, ou algum atraso de desenvolvimento.
Quando está comigo e com o pai estica mais a corda, com os avós é um anjo sempre bem comportado. Na creche também se porta super bem. Isto para dizer que eles normalmente são "piores" com o cuidador principal.
Acho que deve encontrar ferramentas para tentar gerir esta fase mas não me parece que seja algo muito fora do normal.
Também me parece que o facto de não comunicar possa aí causar alguma frustração na criança.
So para partilhar aqui a história de um familiar que com cerca de 3 anos não falava quase nada. Foi referenciado por suspeita de autismo. Na consulta deram quase 100% de certeza que seria autista, pouco falava, não fazia amigos, era um pouco agressivo..
Ficaram de reavaliar dali a 6 meses.
Entretanto sem nada se fazer prever a criança começou a falar pelos cotovelos, deixou de fazer tantas birras e ser agressivo e começou a interagir com os coleguinhas na creche. Hoje com quase 4 anos, fala super bem, um criança completamente normal para a idade. O diagnóstico de autismo caiu.
Isto para dizer que às vezes são mesmo comportamentos normais e o não falar ainda está no tempo dele. Claro que pode não ser, mas não devemos sempre apontar para o pior.

Então e a minha? Falou cedo, super sociável mas era birrenta todos os dias e um crânio. Levei logo com autismo, depois era hiperativa, agora é só precoce.

😂😂😂
Hoje também me disseram que não era normal o meu filho não ver desenhos animados. Que se calhar era sinal que qualquer coisa não tava bem.. Que não é normal não gostar sequer dos pandas e caricas.. 🤦‍♀️
Eu bem tento que ele veja que me dava cá um jeito para fazer o jantar mas ele não liga nada..
Até o pai já começa a achar estranho porque todos os bebés à nossa conta vêm desenhos animados e adoram isso tudo desde os 6 meses e o nosso não liga nada.
Tive quase para criar um tópico sobre o assunto para ver se aparecia alguém com bebés que não gostam de bonecada a ver se eu não me sentia tão sozinha 😅

Até me ri com essa... Hoje em dia tudo o que não é comum, passou a ser fora do normal. O avanço científico é mesmo um pau de dois bicos. Quando eramos pequenos havia claramente falta de diagnósticos a crianças que hoje vemos que tinham algum problema, e vai-se a ver e são pessoas casadas, com filhos e vida normalizada... Se o antes fosse agora elas já iam ter todas um espectro de autismo qualquer... Como se não tivéssemos todos as suas "panquinhas". Se a criança é ativa é hiper ativa. Se é parada está atrasada. Se é tímida já é autista e vive no seu mundo. Se vê desenhos está viciada, se não vê algo se passa... Se é apegada aos pais é mimalha, se não é, está desvinculada é autista...
Ainda estes dias fui com a minha ao pediatra e falei de um tique que ela já tem há coisa de um ano... Como já dura há tanto tempo achei por bem falar e ele desvalorizou por completo. E o que eu tinha pesquisado sobre isso era assustador e ele com duas ou três frases explicou que é só expressão motora. Já fala e fala bem, mas ainda não consegue expressar a excitação toda por palavras e expressa fisicamente usando o tique quando está excitada, feliz... Ele oercebeu a minha inquitação e perguntou desde quando deixamos de achar normal que as crianças felizes pulem, batam palmas, extravasem?! E acho que é mesmo isto, olhamos para as crianças como pequenos adultos que com a idade têm auto-controlo, elas não têm, ainda não aprenderam... São muito físicas e isso vê-se nestas coisas e nos choros e nas birras. Tudo isto para dizer que atualmente se estuda de mais as crianças, passamos do 8 ao 80.


Näo acho que o problema seja que se estude demasiado as crianças. O problema é a pressäo de uma intervençäo precoce em caso de existir algum transtorno que as pessoas ficam obcecadas em observar detalhadamente o comportamento de maneira a identificar todo e qualquer gesto ou atitude que fuja da norma, ou daquilo que pensam ser a norma. E depois existe muita informaçäo acessível e as pessoas näo sabem o que fazer com essa informaçäo, näo sabem filtrar, näo sabem interpretar...
O diagnóstico é bom, mas a mim parece-me a que se atira diagnósticos de autismo com demasiada facilidade, e em idades em que tudo pode ainda mudar.

DianaES -
Offline
Desde 08 Out 2013

Sansa escreveu:

DianaES escreveu:
Ana1416 escreveu:
fmmartins escreveu:
Ana1416 escreveu:
Marina83 escreveu:
fmmartins escreveu:Que idade tem exatamente o menino? 2 anos feitos à pouco ou a puxar para 3?
E as birras? Qual é o contexto?
É o resultado da frustração de não ter obtido o que queria? Se você ceder ele cala-se?

Ele está com 2 anos e 3 semanas mais precisamente. Nasceu as 38 semanas.
Os episódios de frustração acontecem em duas ocasiões: ele quer desviar a minha atenção do trabalho ou se estou ao telefone com alguém e quando quer alguma coisa que eu não deixe, por exemplo e a clássica estamos no centro comercial e ele quer desfazer aqueles preços das montras, ou tirar as coisas das prateleiras do supermercado. Nestas ocasiões vira o caos. Se eu ceder cala-se.
Ele para uma criança que não fala, ou fala a maneira dele, até demonstra entender o que dizemos e apresenta sinais de raciocínio, por exemplo, temos um aquário e estes dias vieram uns peixes de cartão no saco do supermercado, assim que os tirei e os pus no chão ele identificou que os peixes deviam ir para o aquário.
E é muito sociável, no outro dua tive uma comadre aqui rm casa com a filha que ele nunca tinha visto e não foi cá de modas, meteu conversa com a miúda e levou-a conhecer a casa, portanto não sei... acabo mais que confusa pois ele demonstra interagir com o mundo a sua volta mas se as coisas não saem como quer vira o descalabro

Eu acho um comportamento normal para a idade. Ou não se referiam aos dois anos como os "terrible two".
São as clássicas birras, testar limites, depois eles não sabem ainda gerir emoções.
Não acho que a culpa seja sua por ele não ser assim com o pai.
O meu filho é pouco mais novo que o seu e sempre foi um bebé difícil, nunca me passou pela cabeça que tivesse autismo, ou algum atraso de desenvolvimento.
Quando está comigo e com o pai estica mais a corda, com os avós é um anjo sempre bem comportado. Na creche também se porta super bem. Isto para dizer que eles normalmente são "piores" com o cuidador principal.
Acho que deve encontrar ferramentas para tentar gerir esta fase mas não me parece que seja algo muito fora do normal.
Também me parece que o facto de não comunicar possa aí causar alguma frustração na criança.
So para partilhar aqui a história de um familiar que com cerca de 3 anos não falava quase nada. Foi referenciado por suspeita de autismo. Na consulta deram quase 100% de certeza que seria autista, pouco falava, não fazia amigos, era um pouco agressivo..
Ficaram de reavaliar dali a 6 meses.
Entretanto sem nada se fazer prever a criança começou a falar pelos cotovelos, deixou de fazer tantas birras e ser agressivo e começou a interagir com os coleguinhas na creche. Hoje com quase 4 anos, fala super bem, um criança completamente normal para a idade. O diagnóstico de autismo caiu.
Isto para dizer que às vezes são mesmo comportamentos normais e o não falar ainda está no tempo dele. Claro que pode não ser, mas não devemos sempre apontar para o pior.

Então e a minha? Falou cedo, super sociável mas era birrenta todos os dias e um crânio. Levei logo com autismo, depois era hiperativa, agora é só precoce.

😂😂😂
Hoje também me disseram que não era normal o meu filho não ver desenhos animados. Que se calhar era sinal que qualquer coisa não tava bem.. Que não é normal não gostar sequer dos pandas e caricas.. 🤦‍♀️
Eu bem tento que ele veja que me dava cá um jeito para fazer o jantar mas ele não liga nada..
Até o pai já começa a achar estranho porque todos os bebés à nossa conta vêm desenhos animados e adoram isso tudo desde os 6 meses e o nosso não liga nada.
Tive quase para criar um tópico sobre o assunto para ver se aparecia alguém com bebés que não gostam de bonecada a ver se eu não me sentia tão sozinha 😅

Até me ri com essa... Hoje em dia tudo o que não é comum, passou a ser fora do normal. O avanço científico é mesmo um pau de dois bicos. Quando eramos pequenos havia claramente falta de diagnósticos a crianças que hoje vemos que tinham algum problema, e vai-se a ver e são pessoas casadas, com filhos e vida normalizada... Se o antes fosse agora elas já iam ter todas um espectro de autismo qualquer... Como se não tivéssemos todos as suas "panquinhas". Se a criança é ativa é hiper ativa. Se é parada está atrasada. Se é tímida já é autista e vive no seu mundo. Se vê desenhos está viciada, se não vê algo se passa... Se é apegada aos pais é mimalha, se não é, está desvinculada é autista...
Ainda estes dias fui com a minha ao pediatra e falei de um tique que ela já tem há coisa de um ano... Como já dura há tanto tempo achei por bem falar e ele desvalorizou por completo. E o que eu tinha pesquisado sobre isso era assustador e ele com duas ou três frases explicou que é só expressão motora. Já fala e fala bem, mas ainda não consegue expressar a excitação toda por palavras e expressa fisicamente usando o tique quando está excitada, feliz... Ele oercebeu a minha inquitação e perguntou desde quando deixamos de achar normal que as crianças felizes pulem, batam palmas, extravasem?! E acho que é mesmo isto, olhamos para as crianças como pequenos adultos que com a idade têm auto-controlo, elas não têm, ainda não aprenderam... São muito físicas e isso vê-se nestas coisas e nos choros e nas birras. Tudo isto para dizer que atualmente se estuda de mais as crianças, passamos do 8 ao 80.

Näo acho que o problema seja que se estude demasiado as crianças. O problema é a pressäo de uma intervençäo precoce em caso de existir algum transtorno que as pessoas ficam obcecadas em observar detalhadamente o comportamento de maneira a identificar todo e qualquer gesto ou atitude que fuja da norma, ou daquilo que pensam ser a norma. E depois existe muita informaçäo acessível e as pessoas näo sabem o que fazer com essa informaçäo, näo sabem filtrar, näo sabem interpretar...
O diagnóstico é bom, mas a mim parece-me a que se atira diagnósticos de autismo com demasiada facilidade, e em idades em que tudo pode ainda mudar.


Sim é verdade, é isso. Muita informação disponível e a nossa obsessão precisamente por sabermos tanta coisa e termos medo de tudo... às vezes mais valia estarmos na ignorância. Mas noto muito essa coisa de diagnósticos precoces também... Muitos quadros não deviam ser fechados se falamos de seres ainda em desenvolvimento e crescimento.

fmmartins -
Offline
Desde 14 Dez 2016

Eu tenho uma mágoa profunda, às vezes nem é bom falar porque me saem umas pela boca fora que podem chocar.
Para além do que o Sansa referiu, existe também o fator monetário. Há centros infantis que duvido que saia de lá alguma criança sem diagnóstico para autismo. São os livros, as avaliações, as consultas... move muito €!

DianaES -
Offline
Desde 08 Out 2013

fmmartins escreveu:
Eu tenho uma mágoa profunda, às vezes nem é bom falar porque me saem umas pela boca fora que podem chocar.
Para além do que o Sansa referiu, existe também o fator monetário. Há centros infantis que duvido que saia de lá alguma criança sem diagnóstico para autismo. São os livros, as avaliações, as consultas... move muito €!

Pois ainda há essas questões. Realmente não conheço quem vá a esses sítios e saia de lá com um "não é preciso fazer nada"...

fmmartins -
Offline
Desde 14 Dez 2016

DianaES escreveu:

fmmartins escreveu:Eu tenho uma mágoa profunda, às vezes nem é bom falar porque me saem umas pela boca fora que podem chocar.
Para além do que o Sansa referiu, existe também o fator monetário. Há centros infantis que duvido que saia de lá alguma criança sem diagnóstico para autismo. São os livros, as avaliações, as consultas... move muito €!

Pois ainda há essas questões. Realmente não conheço quem vá a esses sítios e saia de lá com um "não é preciso fazer nada"...

Isto joga com o medo. Eu falo por experiência própria, ia enlouquendo, chorei muito, li tudo e mais alguma coisa sobre perturbação do espetro do autismo. Não conseguia parar de observar a miúda, fui buscar vídeos dela bebé a sorrir, a olhar para mim, a palrar, a falar, a bater palmas, apontar (tinha no telemóvel umas dezenas).
Ouvi que mais nenhum médico ia perceber que ela era autista! Sim, de facto ninguém mais achou!
Fez uma avaliação que me deixou desconfortável. Cheguei lá e a técnica perguntou o porquê de lá estarmos. Bem, começou logo aí, raios! Quando lhe disse a razão franziu a sobrancelha e respondeu que só a achava enérgica. Fez uma avaliação numa busca incessante por qualquer "cabelinho" que viesse dar razão a quem apontou a perturbação. Chegou ao cúmulo de escrever que a miúda enquanto montava puzzles e se falava com ela ao mesmo tempo oscilava no olhar. Bem, ela faz e sempre fez contacto ocular mas coitada não consegue montar puzzles e olhar para ninguém ao mesmo tempo. Que com 2 anos já se devia controlar e não fazer birras em público. Não me convenceu, veio a conversa de terem muita experiência e blá blá blá mas nem assim.
Gastamos muito dinheiro e digo com medo uma pessoa é capaz de vender o fígado.
Um dia a pediatra mandou-me dois berros no consultório e disse-me para parar porque a miúda era absolutamente normal. A educadora igual, essa até chamou outra colega e a professora de educação especial que confirmaram estar tudo ok.
Pedi uma segunda opinião, essa médica afastou logo PEA mas achou-a muito energética e com o mau comportamento aliado veio a hiperatividade, foi encaminhada para psicologia.
Arranjamos uma psicóloga que trabalhou meses com a miúda e connosco e nunca abriu a boca com diagnósticos, a miúda melhorou o comportamento e entretanto ela chegou-se à frente com a opinião dela que vai fora de tudo isto. Portanto, eu com estas coisas acho que é preciso moderação e ter cuidado com a precipitação porque isto arrasa qualquer pai ou mãe.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

fmmartins escreveu:

DianaES escreveu:
fmmartins escreveu:Eu tenho uma mágoa profunda, às vezes nem é bom falar porque me saem umas pela boca fora que podem chocar.
Para além do que o Sansa referiu, existe também o fator monetário. Há centros infantis que duvido que saia de lá alguma criança sem diagnóstico para autismo. São os livros, as avaliações, as consultas... move muito €!

Pois ainda há essas questões. Realmente não conheço quem vá a esses sítios e saia de lá com um "não é preciso fazer nada"...

Isto joga com o medo. Eu falo por experiência própria, ia enlouquendo, chorei muito, li tudo e mais alguma coisa sobre perturbação do espetro do autismo. Não conseguia parar de observar a miúda, fui buscar vídeos dela bebé a sorrir, a olhar para mim, a palrar, a falar, a bater palmas, apontar (tinha no telemóvel umas dezenas).
Ouvi que mais nenhum médico ia perceber que ela era autista! Sim, de facto ninguém mais achou!
Fez uma avaliação que me deixou desconfortável. Cheguei lá e a técnica perguntou o porquê de lá estarmos. Bem, começou logo aí, raios! Quando lhe disse a razão franziu a sobrancelha e respondeu que só a achava enérgica. Fez uma avaliação numa busca incessante por qualquer "cabelinho" que viesse dar razão a quem apontou a perturbação. Chegou ao cúmulo de escrever que a miúda enquanto montava puzzles e se falava com ela ao mesmo tempo oscilava no olhar. Bem, ela faz e sempre fez contacto ocular mas coitada não consegue montar puzzles e olhar para ninguém ao mesmo tempo. Que com 2 anos já se devia controlar e não fazer birras em público. Não me convenceu, veio a conversa de terem muita experiência e blá blá blá mas nem assim.
Gastamos muito dinheiro e digo com medo uma pessoa é capaz de vender o fígado.
Um dia a pediatra mandou-me dois berros no consultório e disse-me para parar porque a miúda era absolutamente normal. A educadora igual, essa até chamou outra colega e a professora de educação especial que confirmaram estar tudo ok.
Pedi uma segunda opinião, essa médica afastou logo PEA mas achou-a muito energética e com o mau comportamento aliado veio a hiperatividade, foi encaminhada para psicologia.
Arranjamos uma psicóloga que trabalhou meses com a miúda e connosco e nunca abriu a boca com diagnósticos, a miúda melhorou o comportamento e entretanto ela chegou-se à frente com a opinião dela que vai fora de tudo isto. Portanto, eu com estas coisas acho que é preciso moderação e ter cuidado com a precipitação porque isto arrasa qualquer pai ou mãe.


Eu vou ser muito franca, eu nunca acreditei que a tua filha tivesse qualquer PEA. Quando tu anunciaste aqui o diagnóstico feito pelo Sr. Dr. X eu fiquei supreendida e pensei para comigo "ok... eu nunca vi a miúda ao vivo, quem sou para negar que a menina tem um transtorno. Com todo o respeito que tenho pelo senhor, o que acontece é que, certos profissionais, quando trabalham há muitos anos na área, tëm tendëncia a verem sintomas em tudo. Isto é quase como quando tentas engravidar e passas a ver grávidas em todo o lado. Até porque näo é difícil apontar sintomas, especialmente em crianças pequenas. MAS um diagnóstico de autismo nunca deve ser fechado antes dos 4 a 6 anos de idade, porque muitos comportamentos podem ainda desaparecer. E nestas situaçöes sim, é preciso ter muito cuidado quando se faz um diagnóstico em iadade precoce. O diagnóstico ajuda os pais a procurarem informaçäo, apoio, estratégias para melhor compreender o transtorno e consequentemente melhor ajudar a criança, mas näo se pode usar o diagnóstico como "mission acomplished", mais uma criança diagnosticada com sucesso. Siga para a intervençäo... Atribuir um distúrbio a uma criança täo sem haver um fundamento só serve para angustiar os pais. É cruel.

fmmartins -
Offline
Desde 14 Dez 2016

Sansa escreveu:

fmmartins escreveu:
DianaES escreveu:
fmmartins escreveu:Eu tenho uma mágoa profunda, às vezes nem é bom falar porque me saem umas pela boca fora que podem chocar.
Para além do que o Sansa referiu, existe também o fator monetário. Há centros infantis que duvido que saia de lá alguma criança sem diagnóstico para autismo. São os livros, as avaliações, as consultas... move muito €!

Pois ainda há essas questões. Realmente não conheço quem vá a esses sítios e saia de lá com um "não é preciso fazer nada"...

Isto joga com o medo. Eu falo por experiência própria, ia enlouquendo, chorei muito, li tudo e mais alguma coisa sobre perturbação do espetro do autismo. Não conseguia parar de observar a miúda, fui buscar vídeos dela bebé a sorrir, a olhar para mim, a palrar, a falar, a bater palmas, apontar (tinha no telemóvel umas dezenas).
Ouvi que mais nenhum médico ia perceber que ela era autista! Sim, de facto ninguém mais achou!
Fez uma avaliação que me deixou desconfortável. Cheguei lá e a técnica perguntou o porquê de lá estarmos. Bem, começou logo aí, raios! Quando lhe disse a razão franziu a sobrancelha e respondeu que só a achava enérgica. Fez uma avaliação numa busca incessante por qualquer "cabelinho" que viesse dar razão a quem apontou a perturbação. Chegou ao cúmulo de escrever que a miúda enquanto montava puzzles e se falava com ela ao mesmo tempo oscilava no olhar. Bem, ela faz e sempre fez contacto ocular mas coitada não consegue montar puzzles e olhar para ninguém ao mesmo tempo. Que com 2 anos já se devia controlar e não fazer birras em público. Não me convenceu, veio a conversa de terem muita experiência e blá blá blá mas nem assim.
Gastamos muito dinheiro e digo com medo uma pessoa é capaz de vender o fígado.
Um dia a pediatra mandou-me dois berros no consultório e disse-me para parar porque a miúda era absolutamente normal. A educadora igual, essa até chamou outra colega e a professora de educação especial que confirmaram estar tudo ok.
Pedi uma segunda opinião, essa médica afastou logo PEA mas achou-a muito energética e com o mau comportamento aliado veio a hiperatividade, foi encaminhada para psicologia.
Arranjamos uma psicóloga que trabalhou meses com a miúda e connosco e nunca abriu a boca com diagnósticos, a miúda melhorou o comportamento e entretanto ela chegou-se à frente com a opinião dela que vai fora de tudo isto. Portanto, eu com estas coisas acho que é preciso moderação e ter cuidado com a precipitação porque isto arrasa qualquer pai ou mãe.

Eu vou ser muito franca, eu nunca acreditei que a tua filha tivesse qualquer PEA. Quando tu anunciaste aqui o diagnóstico feito pelo Sr. Dr. X eu fiquei supreendida e pensei para comigo "ok... eu nunca vi a miúda ao vivo, quem sou para negar que a menina tem um transtorno. Com todo o respeito que tenho pelo senhor, o que acontece é que, certos profissionais, quando trabalham há muitos anos na área, tëm tendëncia a verem sintomas em tudo. Isto é quase como quando tentas engravidar e passas a ver grávidas em todo o lado. Até porque näo é difícil apontar sintomas, especialmente em crianças pequenas. MAS um diagnóstico de autismo nunca deve ser fechado antes dos 4 a 6 anos de idade, porque muitos comportamentos podem ainda desaparecer. E nestas situaçöes sim, é preciso ter muito cuidado quando se faz um diagnóstico em iadade precoce. O diagnóstico ajuda os pais a procurarem informaçäo, apoio, estratégias para melhor compreender o transtorno e consequentemente melhor ajudar a criança, mas näo se pode usar o diagnóstico como "mission acomplished", mais uma criança diagnosticada com sucesso. Siga para a intervençäo... Atribuir um distúrbio a uma criança täo sem haver um fundamento só serve para angustiar os pais. É cruel.

Sem dúvida. Aos 3 anos vi essa ideia cair por terra sobretudo quando começou a usar o jogo social e a ter uma imaginação muito fértil. Coisa que com 2 anos era quase nula...