Um filho ''condicional'' | De Mãe para Mãe

Um filho ''condicional''

Responda
58 mensagens
Soraia Reis1 -
Offline
Desde 07 Maio 2019

Tenho um menino de 5 anos que este ano se encontra numa situação que credito pra muitos pais seja um verdadeiro Dilema...
Se entra com 5 ? Ou com 6 , quase a fazer 7...
Pois é o meu dilema, ou melhor o nosso dilema aqui por casa.
É uma criança até bastante perspicaz e inteligente, no entanto, muito traquinas, acho que é a tal imaturidade que me faz muitas vezes pensar se naõ será melhor deixa-lo brincar mais um ano...

Duvidas e mais duvidas...

Se poderem partilhar experiencias... talvez ajude... Oobg

SORAIA REIS

fmmartins -
Offline
Desde 14 Dez 2016

Olá,
Quando é que ele faz os 6?
Daqui a uns anos vou ter o mesmo dilema (é de dezembro).

guialmi -
Offline
Desde 13 Jul 2013

Em princípio, o conselho é que adie a entrada no 1º ciclo, sobretudo se for de novembro ou dezembro. A maturidade intelectual até pode existir, mas um 1º ano exige uma capacidade de concentração que poucas crianças têm aos 5 anos, para além de algumas competências (de abstração, de linguagem, de raciocínio matemático) que podem não estar ainda totalmente adquiridas. De qualquer modo, oiça a educadora do seu filho e, se entender conveniente, peça uma avaliação a um psicólogo infantil.

Anita24 -
Offline
Desde 09 Jun 2010

eu não sei se sou um bom exemplo.

mas o meu filho do meio ia fazer os 6 em Dezembro, e eu queria pk queria que ele entrasse com 5 em setembro fazendo os 6 em dezembro, ele andava e ainda anda na psicóloga, terapia ocupacional e terapia da fala, nesse ano antes de recorrer as inscrições tive varias reuniões com eles todos e todos diziam que ele não devia de ir nesse ano, por muitas razoes mas a decisão final era minha, pensei e repensei e não o coloquei entrou no ano seguinte e digo que foi o melhor que fiz:)

Tânia Rosário -
Offline
Desde 02 Nov 2014

Olá Soraia. O meu filho vai entrar com 6 porque é de abril e não tenho esse dilema. Mas se tivesse esse problema ele só entraria aos 6, não vejo vantagens de entrarem tão pequeninos, acho que se poderem aproveitar e brincar mais um ano não faz mal nenhum. Mas isto é o que eu faria, de modo algum crítico quem coloque os filhos aos 5 anos, cada mãe faz sempre o que acha melhor para o seu filho.

Marina4 -
Offline
Desde 15 Maio 2016

Tenho dois filhos condicionais. Do primeiro segui as indicações da educadora e farei o mesmo com o segundo

CatiaS_S -
Offline
Desde 30 Set 2016

Havia a possibilidade de o meu nascer logo em dezembro e também andei a pensar nisso. Felizmente nasceu em janeiro e essa questão já não se põe, mas uma colega que tem uma filha de dezembro, pôs logo com cinco anos e arrependeu-se, acha o currículo muito pesado, achava que devia ter esperado um ano

CatiaS_S -
Offline
Desde 30 Set 2016

Havia a possibilidade de o meu nascer logo em dezembro e também andei a pensar nisso. Felizmente nasceu em janeiro e essa questão já não se põe, mas uma colega que tem uma filha de dezembro, pôs logo com cinco anos e arrependeu-se, acha o currículo muito pesado, achava que devia ter esperado um ano

carlabrito -
Offline
Desde 30 Maio 2017

O meu é de Maio e tb nao temos esse dilema.
Se fosse no meu caso, eu tb so colocaria já com 6.
A questão maior que se coloca nestes casos, até tem mais a ver com o facto de os amigos irem todos para a escola e ele ficar para "trás".
Isso tb não é fácil para a criança.
Ainda assim, as desvantagens de ir aos 5, são muito mais complexas e podem trazer mais consequencias do que a aprendizagem da separação.

sylviemarinha -
Offline
Desde 16 Nov 2009

Depende da cada criança. Os meus dois filhos são "condicionais" (a mais velha por dias e o mais novo é de outubro), para ambos a educadora achava que eles não deviam entrar (porque eram imaturos, porque não aceitavam bem as críticas…). Apesar de eu gostar bastante da educadora, eu melhor do que ninguém sabia que eles estavam prontos, que tinham vontade de aprender e que ficarem mais um ano numa pré onde existiam apenas 15 crianças não lhes iriam trazer nenhum benefício. Até cheguei a dizer que preferia que chumbassem o primeiro ano porque pelo menos iriam estar com mais crianças e treinar as suas capacidades de socialização. Ambos foram alunos de quadro de mérito no 1º ano.
O que tem de pensar é o que é que a criança vai ganhar em cada situação, se é irrequieta será que um ano a mais na pré vai alterar isso??? Na escola do meu filho há 2 casos em que as mães decidiram deixar os filhos mais um ano e ainda hoje são crianças com dificuldades e outras 2 que decidiram matricular com 5 anos e chumbaram o 1º ano e somos pelos menos 6 em que as coisas correram lindamente.
Por isso a minha opinião é de ouvir a educadora mas decidir sozinha com aquilo que conhece do seu filho (eu também venho de um país onde todas as crianças nascidas até 31 de dezembro são matriculadas no respetivo ano de escolaridade).

Videl86 -
Offline
Desde 18 Jul 2014

O meu filho é de dezembro e só vai entrar no 1º ciclo quando tiver 6 anos feitos.
A minha filha também é de dezembro, em princípio será igual, mas com ela não tenho tanta certeza porque acredito que as meninas de uma forma geral amadurecem mais depressa e poderão estar de facto prontas com 5 anos, mas isso só conseguirei saber quando ela for mais velha. Em relação a ele nunca tive qualquer dúvida e o comportamento dele só reforça a minha opinião, demasiado imaturo e irrequieto, tem de trabalhar (muito!) a motricidade fina, o reconto oral, etc

Sobre Videl86

08 de dezembro de 2014 <3 49,5 cm e 2,920 de amor e doçura <3
13 de dezembro de 2017 <3 47 cm e 2,815 de fofurice e amor <3

Moda Stylo -
Offline
Desde 01 Fev 2011

Essa era a minha grande dúvida. Depois de falar com várias pessoas (pediatra. Psicóloga infantil. Professores) e de ler vários trabalhos e estudos sobre o tema não me restam dúvidas. A minha filha entra com seis feitos a um mês de fazer sete.
Resumindo tem muito que ver com a imaturidade que quando conjugado com currículos exigentes pode ser um desastre.
E depois sabes que existem países a debater a entrada na primária com 7?
Uma professora disse me " é melhor ser a mais velha do que a mais Nova"
Na verdade pouca ou nenhuma diferença vai fazer, se for para a universidade acabar com 24 ou 25 não será significativo.

Mama_Xana -
Offline
Desde 15 Maio 2012

Ainda bem que não tive este problema.
Conheço um caso que os pais adiaram a entrada sendo que o menino era de Outubro, apesar das educadoras terem dito que as competências estavam adquiridas, assim como a psicóloga, no entanto à ultima hora e apesar do menino ter entrado na escola de eleição do pais resolveram não o matricular. Hoje dizem que fizeram o melhor, porque quando entrou estava uma criança mais madura e tudo tem estado a correr pelo melhor.
Conheço outro caso de um menino que entrou ainda com 5 anos que não conseguia estar em sala e ainda perturbava toda a turma, como consequência a professora colocava-o a fazer trabalhos fora da sala com auxiliares, porque não conseguia dar aulas com ele.
Os pais tem a decisão, no entanto deve conversar com a educadora e psicóloga para ver o que lhe transmitem, no final deve avaliar o seu filho e tomar a decisão.

mamagemelar -
Offline
Desde 29 Ago 2011

Os meus tb condicionais e adiei a entrada. Melhor decisao de sempre mas muito dificil de achar q era o melhor mesmo. Hj sei que seguir o meu instinto foi o mais correcto. Por isso siga o seu instinto. Ninguem conhece o seu filho melhor que voce;)

Fez se luz no meu coracao a 22\11\2010... Rafaela as 00h10m e Fábio as 00h13m..Minhas vidas!!! Amo vos mto mto Afilhada e Madrinha babada da mnh kerida TWINMUMMY!!!mais uma madrinha e afilhada 5* SUSANA CORVOS mais uma afilhada linda. Sara78_98 . madrinha e afilhada da APIPAS querida!!!

Soraia Reis1 -
Offline
Desde 07 Maio 2019

Enfim, o meu menino faz anos no final de outubro.. E cada vez me convenço mais que o melhor mesmo será deixa lo mais um ano para amadurecer mais um pouco. apesar de o achar um miudo bastante esperto, acho que vai lhe fazer melhor. mas é tão dificil tomar a decisão final... acho que no fundo , a sociedade, os familiares e as questões que nos fazem do genero ''ha este ano vai para a escola nao é?'' deixam-me furiosa... no fundo ao responder que talvez não vá, eles o mais provavel é que pensem '' tem algum dificuldade...'' , não é nada disso , acho que só quero que vá mais preparado para a nova realidade, que vá mais confiante, e menos ''bébé'', apesar de ser tão crescido(de tamanho)...

SORAIA REIS

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

A minha entrou com 5 (é de Dezembro) e correu tudo lindamente desde o início. Adora a escola, porta-se bem, é muito boa aluna, muito responsável... No meu caso, tinha a certeza absoluta de que estava preparada, tanto a nível de maturidade como de competências, e quer a educadora quer a pediatra concordavam. Acho que teria sido muito pior mantê-la mais um ano, enquanto via todos os colegas seguir para a primária. Na turma da minha filha há pelo menos mais 3 meninas condicionais que entraram com 5 anos (com quem também correu tudo bem) e um menino que entrou já quase a fazer 7, que já foi bem mais problemático. Sinceramente, não acho que dependa assim tanto da idade como da personalidade da criança (e acredito que as meninas tenham em geral mais maturidade), tanto que no nosso tempo todas as crianças entravam no seu ano e não era por isso que os de Dezembro eram piores alunos. Eu andei numa escola (não em Portugal) em que havia meninos a entrar com 5, 6 e 7 anos e não posso dizer que tenha notado grandes diferenças.
De qualquer forma, acho que deve pedir opinião à educadora que, com certeza, está habituada a lidar com estes casos e conseguirá dar uma opinião mais objectiva sobre o caso em concreto.

DianaES -
Offline
Desde 08 Out 2013

Eu sou da opinião de entrar em conjunto com os amiguinhos… Se não for o caso eu deixaria entrar mais tarde. Já existem estudos sobre o impacto da entrada "precoce" e não abona nada…

pinkpeonies -
Offline
Desde 04 Mar 2008

Eu tenho um filho condicional e o que está a caminho também será. Ainda não cheguei a essa fase mas a minha tendência é para esperar mais um ano.
Se me permitem, a questão de ver os amiguinhos a seguir e eles ficarem é uma não questão. Sempre que se fala da adaptação das crianças a mudança de cidade ou de país, dizemos que se adaptam facilmente. Porque não haviam de se adaptar a um ano com novos amiguinhos.

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

Para mim, a questão de ver os amigos seguir enquanto ficam para trás, em nada está relaccionada com a adaptação a novas amizades. Sou a primeira a achar que se adaptam muito facilmente e que, nessas idades, ao fim de 2 dias já não querem saber dos amigos antigos. O que eu não sei é como é que explicaria à minha filha que os amigos que fizeram os 3 anos do pré-escolar com ela podiam seguir para a primária e ela teria de ficar mais uma ano (sendo que sempre teve perfeita noção de que o pré-escolar é composto por 3 anos de ensino - as salas dos pequenos, médios e grandes, como lhe chamam no colégio) ou que meninos que até sabem menos do que ela estão preparados e ela não. É por uma questão de auto-estima e não de amizades que acho que teria sido prejudicial para ela. Já para não falar que não acho que ganhasse nada em passar mais um ano com crianças mais novas, quando já demonstrava claro interesse por aprender coisas novas.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

Eu penso que não se pode generalizar. Cada criança é diferente. Eu sou condicional de 3 de Outubro, o que é isto? 2/3 semanas? Uma das minhas melhores amigas era de 29 de Outubro. Nem eu, nem ela tivemos qualquer dificuldade, aliás, pelo contrário, sempre fomos das melhores da turma(s). E acrescento que não frequentei o infantário. Estive em casa com a minha mãe, que faleceu em Junho desse mesmo ano em que entrei na escola.
Vocês pais é que têm de ver...
Claro que estou para aqui a falar, mas o ensino há 30 anos atrás, provavelmente não era como está hoje- absurdamente exigente...
A questão dos amiguinhos para mim não é um problema... as crianças adaptam-se com uma facilidade incrível. Eu mudei 2 vezes de país entre os meus 7 e 12 anos e adaptei-me muito bem em ambas as vezes.

DianaES -
Offline
Desde 08 Out 2013

pinkpeonies escreveu:
Eu tenho um filho condicional e o que está a caminho também será. Ainda não cheguei a essa fase mas a minha tendência é para esperar mais um ano.
Se me permitem, a questão de ver os amiguinhos a seguir e eles ficarem é uma não questão. Sempre que se fala da adaptação das crianças a mudança de cidade ou de país, dizemos que se adaptam facilmente. Porque não haviam de se adaptar a um ano com novos amiguinhos.

Não duvido que sem os amigos se adaptam, é só mais uma dificuldade! A mudança de lugar e de professora é ainda acompanhada da mudança de amigos… Mas não vem mal ao mundo por isso.

guialmi -
Offline
Desde 13 Jul 2013

Ana Svensson escreveu:
Para mim, a questão de ver os amigos seguir enquanto ficam para trás, em nada está relaccionada com a adaptação a novas amizades. Sou a primeira a achar que se adaptam muito facilmente e que, nessas idades, ao fim de 2 dias já não querem saber dos amigos antigos. O que eu não sei é como é que explicaria à minha filha que os amigos que fizeram os 3 anos do pré-escolar com ela podiam seguir para a primária e ela teria de ficar mais uma ano (sendo que sempre teve perfeita noção de que o pré-escolar é composto por 3 anos de ensino - as salas dos pequenos, médios e grandes, como lhe chamam no colégio) ou que meninos que até sabem menos do que ela estão preparados e ela não. É por uma questão de auto-estima e não de amizades que acho que teria sido prejudicial para ela. Já para não falar que não acho que ganhasse nada em passar mais um ano com crianças mais novas, quando já demonstrava claro interesse por aprender coisas novas.

Cada caso é um caso, mas a auto-estima de uma criança sofre muito mais quando vai para o 1º ano e está constantemente a ouvir para estar quieto, para fazer os trabalhos, quando percebe que é mais lento ou distraído que os colegas, que não tem os mesmos resultados...e nada disto tem a ver com competências intelectuais, mas a verdade é que as crianças interiorizam que são "burras" mesmo que ninguém use essa palavra.
Eu tenho uma amiga cujos filhos eram ambos condicionais. A mais velha nasceu em dezembro, sempre foi uma criança muito precoce, falou muito cedo, muito dada a atividades intelectuais, aos 3 anos sentava-se com um livro e ali ficava sossegada. Entrou com 5 anos e correu tudo bem. O mais novo é de novembro mas, talvez por ser rapaz, sempre foi muito irrequieto, pouca capacidade de concentração, mais trapalhão a falar. Os pais não hesitaram em esperar um ano e foi uma excelente decisão. Ele não se importou nada de ficar na pré (ficaram outros 2 meninos) e até se sentia orgulhoso por ser do grupo dos que ajudavam a educadora com os mais novos. Está a acabar o 1º ano e, apesar de continuar irrequieto, tem um bom comportamento e um excelente desempenho académico.

guialmi -
Offline
Desde 13 Jul 2013

Quanto à mudança de colegas, quem está e permanece num colégio segue com os mesmos colegas, mas as minhas filhas saíram de uma IPSS para a escola pública e o grupo dividiu-se todo, com elas só seguiram outros 2 miúdos. Essa é a parte mais fácil de gerir.

Tânia Rosário -
Offline
Desde 02 Nov 2014

O meu filho tem 4 anos e rezo para aos 6 ter maturidade suficiente para aguentar as aulas quieto e com atenção😭 ele não pára um segundo e é mesmo muito distraído e desinteressado, tento fazer atividades com ele e passado 3 minutos (e não estou a ser literal) ele já está farto e diz que não quer mais. Já no infantário acontece a mesma coisa😥 se o meu fosse condicional era impensável entrar com 5, a não ser que este ano ele crescesse muito a nível de maturidade. Para não dizer que ainda há muitas palavras que não sabe dizer como deve ser, o que não sei se poderá ser um problema mais tarde em relação à escrita.

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

guialmi escreveu:

Ana Svensson escreveu:Para mim, a questão de ver os amigos seguir enquanto ficam para trás, em nada está relaccionada com a adaptação a novas amizades. Sou a primeira a achar que se adaptam muito facilmente e que, nessas idades, ao fim de 2 dias já não querem saber dos amigos antigos. O que eu não sei é como é que explicaria à minha filha que os amigos que fizeram os 3 anos do pré-escolar com ela podiam seguir para a primária e ela teria de ficar mais uma ano (sendo que sempre teve perfeita noção de que o pré-escolar é composto por 3 anos de ensino - as salas dos pequenos, médios e grandes, como lhe chamam no colégio) ou que meninos que até sabem menos do que ela estão preparados e ela não. É por uma questão de auto-estima e não de amizades que acho que teria sido prejudicial para ela. Já para não falar que não acho que ganhasse nada em passar mais um ano com crianças mais novas, quando já demonstrava claro interesse por aprender coisas novas.

Cada caso é um caso, mas a auto-estima de uma criança sofre muito mais quando vai para o 1º ano e está constantemente a ouvir para estar quieto, para fazer os trabalhos, quando percebe que é mais lento ou distraído que os colegas, que não tem os mesmos resultados...e nada disto tem a ver com competências intelectuais, mas a verdade é que as crianças interiorizam que são "burras" mesmo que ninguém use essa palavra.
Eu tenho uma amiga cujos filhos eram ambos condicionais. A mais velha nasceu em dezembro, sempre foi uma criança muito precoce, falou muito cedo, muito dada a atividades intelectuais, aos 3 anos sentava-se com um livro e ali ficava sossegada. Entrou com 5 anos e correu tudo bem. O mais novo é de novembro mas, talvez por ser rapaz, sempre foi muito irrequieto, pouca capacidade de concentração, mais trapalhão a falar. Os pais não hesitaram em esperar um ano e foi uma excelente decisão. Ele não se importou nada de ficar na pré (ficaram outros 2 meninos) e até se sentia orgulhoso por ser do grupo dos que ajudavam a educadora com os mais novos. Está a acabar o 1º ano e, apesar de continuar irrequieto, tem um bom comportamento e um excelente desempenho académico.


Concordo que as crianças são todas diferentes (com 3 filhos isso torna-se bastante claro) e precisamente por isso não consigo achar que a barreira dos 6 anos defina se a criança está ou não preparada. Umas com 5 já estarão preparadas, outras aos 7 continuam muito imaturas... Não é, com certeza, no dia em que fazem 6 anos que crescem de repente.
Mas, sim, concordo que entrar sem estar preparado também pode ter um impacto bastante negativo na auto-estima. Só acho que para evitar a entrada de crianças que ainda não estão preparadas para a primária, bem como a “retenção” no pré-escolar de crianças que já poderiam estar na primária, teria de ser feita uma avaliação profissional de todas as crianças e não apenas das nascidas nos últimos 3 meses do ano (o que é obviamente impossível) e, mesmo assim, haveria sempre erros.
Não sou contra esperar mais um ano para colocar um filho na primária (afinal de contas um ano não vai fazer diferença nenhuma na vida deles), mas também não sou capaz de afirmar que essa é universalmente a melhor solução como vejo tanta gente fazer, porque não acredito que seja verdade.

pinkpeonies -
Offline
Desde 04 Mar 2008

Ana Svensson escreveu:
Para mim, a questão de ver os amigos seguir enquanto ficam para trás, em nada está relaccionada com a adaptação a novas amizades. Sou a primeira a achar que se adaptam muito facilmente e que, nessas idades, ao fim de 2 dias já não querem saber dos amigos antigos. O que eu não sei é como é que explicaria à minha filha que os amigos que fizeram os 3 anos do pré-escolar com ela podiam seguir para a primária e ela teria de ficar mais uma ano (sendo que sempre teve perfeita noção de que o pré-escolar é composto por 3 anos de ensino - as salas dos pequenos, médios e grandes, como lhe chamam no colégio) ou que meninos que até sabem menos do que ela estão preparados e ela não. É por uma questão de auto-estima e não de amizades que acho que teria sido prejudicial para ela. Já para não falar que não acho que ganhasse nada em passar mais um ano com crianças mais novas, quando já demonstrava claro interesse por aprender coisas novas.

As experiências são realmente diferentes, o pré escolar que o meu filho frequentará tem crianças dos 3 aos 6 na mesma sala. Tem uma abordagem diferente. Sei que na pré pública da minha residência também funciona da mesma forma, por isso, nunca há uma sala só com meninos novos. Entram uns saem outros. Ao ficar mais um ano terá vários colegas antigos.
E de facto depende de caso para caso. Embora tenha a tendência para esperar mais um ano, se vir que o meu filho está mais que preparado para iniciar o primeiro ciclo entrará no ano que faz 6.

carlaper -
Offline
Desde 11 Out 2011

Ana Svensson escreveu:

guialmi escreveu:
Ana Svensson escreveu:Para mim, a questão de ver os amigos seguir enquanto ficam para trás, em nada está relaccionada com a adaptação a novas amizades. Sou a primeira a achar que se adaptam muito facilmente e que, nessas idades, ao fim de 2 dias já não querem saber dos amigos antigos. O que eu não sei é como é que explicaria à minha filha que os amigos que fizeram os 3 anos do pré-escolar com ela podiam seguir para a primária e ela teria de ficar mais uma ano (sendo que sempre teve perfeita noção de que o pré-escolar é composto por 3 anos de ensino - as salas dos pequenos, médios e grandes, como lhe chamam no colégio) ou que meninos que até sabem menos do que ela estão preparados e ela não. É por uma questão de auto-estima e não de amizades que acho que teria sido prejudicial para ela. Já para não falar que não acho que ganhasse nada em passar mais um ano com crianças mais novas, quando já demonstrava claro interesse por aprender coisas novas.

Cada caso é um caso, mas a auto-estima de uma criança sofre muito mais quando vai para o 1º ano e está constantemente a ouvir para estar quieto, para fazer os trabalhos, quando percebe que é mais lento ou distraído que os colegas, que não tem os mesmos resultados...e nada disto tem a ver com competências intelectuais, mas a verdade é que as crianças interiorizam que são "burras" mesmo que ninguém use essa palavra.
Eu tenho uma amiga cujos filhos eram ambos condicionais. A mais velha nasceu em dezembro, sempre foi uma criança muito precoce, falou muito cedo, muito dada a atividades intelectuais, aos 3 anos sentava-se com um livro e ali ficava sossegada. Entrou com 5 anos e correu tudo bem. O mais novo é de novembro mas, talvez por ser rapaz, sempre foi muito irrequieto, pouca capacidade de concentração, mais trapalhão a falar. Os pais não hesitaram em esperar um ano e foi uma excelente decisão. Ele não se importou nada de ficar na pré (ficaram outros 2 meninos) e até se sentia orgulhoso por ser do grupo dos que ajudavam a educadora com os mais novos. Está a acabar o 1º ano e, apesar de continuar irrequieto, tem um bom comportamento e um excelente desempenho académico.

Concordo que as crianças são todas diferentes (com 3 filhos isso torna-se bastante claro) e precisamente por isso não consigo achar que a barreira dos 6 anos defina se a criança está ou não preparada. Umas com 5 já estarão preparadas, outras aos 7 continuam muito imaturas... Não é, com certeza, no dia em que fazem 6 anos que crescem de repente.
Mas, sim, concordo que entrar sem estar preparado também pode ter um impacto bastante negativo na auto-estima. Só acho que para evitar a entrada de crianças que ainda não estão preparadas para a primária, bem como a “retenção” no pré-escolar de crianças que já poderiam estar na primária, teria de ser feita uma avaliação profissional de todas as crianças e não apenas das nascidas nos últimos 3 meses do ano (o que é obviamente impossível) e, mesmo assim, haveria sempre erros.
Não sou contra esperar mais um ano para colocar um filho na primária (afinal de contas um ano não vai fazer diferença nenhuma na vida deles), mas também não sou capaz de afirmar que essa é universalmente a melhor solução como vejo tanta gente fazer, porque não acredito que seja verdade.


Concordo em absoluto com a Ana, já dei aqui no fórum minha opinião acerca deste assunto, por isso não o vou fazer mais.
Mas acho que se os pais têm dúvidas, não vale a pena stressarem com o assunto e o melhor será adiar a entrada, porque se alguma coisa correr menos bem, vão estar a culpar-se sem necessidade.

fmmartins -
Offline
Desde 14 Dez 2016

Na minha opinião deve avaliar-se caso a caso. O meu sobrinho vai entrar para o 1º ano em setembro e faz os 6 anos em agosto. No outro dia em conversa com a minha irmã ela contava-me que o miúdo lhe dizia que queria ir para a escola nova porque o jardim de infância estava uma seca. Parece-nos que ele está cansado.

Videl86 -
Offline
Desde 18 Jul 2014

O meu filho também andam numa escola com turmas mistas, crianças dos 3 aos 5 anos, então também não se colocaria a situação de ver a turma toda ir para o 1º ano e ele não...

Sobre Videl86

08 de dezembro de 2014 <3 49,5 cm e 2,920 de amor e doçura <3
13 de dezembro de 2017 <3 47 cm e 2,815 de fofurice e amor <3

Mama do Martim -
Offline
Desde 29 Mar 2010

Tenho 2 filhos condicionais. O mais velho de 11/11 entrou com 5 anos,a educadora disse que ele estava mais do que preparado,ele não gostava da pré dizia que não aprendia nada e que queria ir para a primária. Assim foi e não me arrependo,está actualmente no 5° ano,foi todos os anos para o quadro de honra,nunca houve recados de distrações e afins.
O do meio faz 6 dia 01/12 e apesar da educadora dizer que ele a nível cognitivo e dos conteúdos é excelente,que é o que mais se destaca no grupo dos 5/6 anos o acha um bocado imaturo,e eu concordo. Ele também manifesta o desejo de ficar na pré mais um ano e por isso só irá com os 6 anos feitos.

2 filhos,2 realidades... o que acho que deve ser também tido em conta é a vontade da criança,quando estão motivados já é caminho andado para o sucesso

Ana Svensson -
Offline
Desde 23 Abr 2017

pinkpeonies escreveu:

Ana Svensson escreveu:Para mim, a questão de ver os amigos seguir enquanto ficam para trás, em nada está relaccionada com a adaptação a novas amizades. Sou a primeira a achar que se adaptam muito facilmente e que, nessas idades, ao fim de 2 dias já não querem saber dos amigos antigos. O que eu não sei é como é que explicaria à minha filha que os amigos que fizeram os 3 anos do pré-escolar com ela podiam seguir para a primária e ela teria de ficar mais uma ano (sendo que sempre teve perfeita noção de que o pré-escolar é composto por 3 anos de ensino - as salas dos pequenos, médios e grandes, como lhe chamam no colégio) ou que meninos que até sabem menos do que ela estão preparados e ela não. É por uma questão de auto-estima e não de amizades que acho que teria sido prejudicial para ela. Já para não falar que não acho que ganhasse nada em passar mais um ano com crianças mais novas, quando já demonstrava claro interesse por aprender coisas novas.

As experiências são realmente diferentes, o pré escolar que o meu filho frequentará tem crianças dos 3 aos 6 na mesma sala. Tem uma abordagem diferente. Sei que na pré pública da minha residência também funciona da mesma forma, por isso, nunca há uma sala só com meninos novos. Entram uns saem outros. Ao ficar mais um ano terá vários colegas antigos.
E de facto depende de caso para caso. Embora tenha a tendência para esperar mais um ano, se vir que o meu filho está mais que preparado para iniciar o primeiro ciclo entrará no ano que faz 6.


Sim, ia comentar precisamente isso, mas esqueci-me. Acho completamente diferente o impacto de ficar mais um ano no pré-escolar no caso de turmas com crianças de várias idades, em que todas os anos umas entram e outras saem, ou quando há turmas por idades, em que a criança vê os colegas seguirem para a primária, enquanto ela passa para a turma do ano abaixo do seu.

Votação

Quanto tempo, em média, dura uma consulta com o seu filho no pediatra?