Familia | De Mãe para Mãe

Familia

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Sweet-dream -
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Desde 13 Ago 2018

Olá mamãs,

Para dar um contexto, eu e o meu namorado vimos de famílias bastante parecidas. Pais separados, pouco suporte dos mesmos e a nossa “salvação” sempre foi os avós. No meio do reboliço dos nossos pais encontrámos refúgio nos avós. Ambos vivemos a nossa infância com eles, saímos apenas quando nos juntámos para ir viver juntos na nossa casa.
Juntamo-nos 5 meses após o início do namoro, ja contamos com 10 anos juntos.
A nossa relação é estável, sem nada de zangas, apenas aquelas coisas momentâneas que passam após 1h. A nossa convivência com a família nunca foi regular, as vezes passamos 1 mes sem ver ninguém, apesar de viverem todos relativamente perto à exceção dos meus pais. Tivemos a nossa tão desejada bebé e é a luz dos nossos olhos 🙏🏻
Na gravidez achávamos que a presença da família ia ser mais regular, mas não tem sido, talvez por culpa nossa. Uma parte da família do meu namorado foi bastante inconveniente nas primeiras semanas de vida da minha bebé, desde críticas à minha pessoa (porque as mulheres é que têm de fazer tudo ao bebé, se o pai tem papel ativo é sinónimo de mãe desleixada),achavam que ia saber tudo on time e controlar também tudo o que fazíamos com a nossa bebé, enfim sem comentários para não alongar mais. Decidimos meter um travão, porque já não aguentávamos mais o “faz isto. Não fazes?? Ai não?? Achas que sabes mais que eu??”. A minha família não nos “chateia” com nada, dá conselhos mas não faz exigências como a família do meu namorado, mas também não os visitamos muito, acabamos por preferir aproveitar os 3, passear etc. o que temos feito são um sábado por mês vamos à família dele, outro sábado à minha. Não é regra, mas normalmente é assim. Eu mantenho contacto diário com os meus avós e a minha relação com eles está a mesma de sempre, são o meu porto seguro. esta semana o meu namorado disse-me “sabes, desde que ela nasceu tenho pensado muito e não consigo perceber como me faziam algumas coisas. Eu era só uma criança e exigiam de mais de mim. As vezes gostava que me deixassem em paz, não tenho paciência.” Eu respondi dizendo que tambem concordava com ele estava a dizer, era impensável deixar a minha filha viver com os avós ou seja quem for. Ele também disse que achava positivo irmos a um psicólogo porque não temos a cabeça bem estruturada no significado de familia. Diz também que o nosso instinto está a ser proteger a bebé do desequilíbrio familiar, mas que não sabe até que ponto isto não lhe fará mal.
A nossa família (pais) não são pessoas “más”, são pessoas que andaram em guerras e esqueceram-se do mais importante… dos filhos. Os nossos pais não sabem que música gostamos de ouvir, nunca foram a uma reunião da escola, atividade, nada… quando na escola fazíamos presentes do dia da mãe/pai eu entregava aos meus avós.
Apesar de talvez estar confuso, faz sentido para vocês a nossa magoa em relação a eles ter aumentado 300%? Faz sentido termos “desligado “ mais deles, porque finalmente conhecemos o sentimento de ser pais?

Milagr3 -
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Desde 20 Mar 2017

Boa noite,
Ainda que eu não tenha vivido uma infância semelhante á vossa, parece-me natural que a vossa revolta ao terem a vossa menina, aumente.
Porque acho que com o nascimento dos nossos filhos, ganhamos a sensação de termos uma parte de nós fora do nosso corpo, e querer ama-los e protege-los de tudo, e acredito que no vosso caso a revolta venha daí, de não compreenderem como foram "descartados".
Certamente irão ser uns óptimos país, e vão fazer de tudo para que a vossa filha não sinta o mesmo.
Felicidades

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

A mim parece-me normal o sentimento que têm, mas também vejo por bem que consulte(m), os dois ou talvez só ele que é quem está a sentir falta, um psicólogo.
O que o seu marido disse é algo importante, porque de facto nota-se que ainda não resolveu algumas questões.
Ninguém tem a família ideal, mas claro que umas são piores, e o que precisam é seguir em frente com aquilo que vos aconteceu.
Entendo perfeitamente que não entendam porque foram deixados nos avós, mas não se esqueçam que tiver avós e que de alguma forma substituíram os vossos pais.

Pipokinh@ -
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Desde 24 Jun 2017

Olá
Não conheço de todo a vossa realidade. Os meus pais serem foram o meu porto seguro. A minha mãe continua a ser. Mas o meu pai que foi praticamente criado por uma tia, apesar de ter pais, sempre me disse que ele tinha sofrido por ele, por nós e pelo resto da família. Acho que é normal quererem "proteger" a vossa filhota por não verem nos vossos pais o conceito de família que querem transmitir. Por outro lado, mesmo que inconscientemente, ao estarem a retirar à vossa filhota o convívio com os avós (que no vosso caso foram o vosso apoio) isso pode criar alguns conflitos internos.
Penso que seria muito bom procurarem ajuda profissional.

Sobre Pipokinh@

Em treinos desde 2011; Gravidez espontânea em 2011-AR 7s
3 IIU MAC 2015
1 Fiv na Cemeare 2016 - negativo
Diagnóstico genético maridão- translocação equilibrada
IVI
TEC (-); Fiv na IVI - beta + - AR 9s; TEC (-); Fiv na IVI - beta + - vem aí o príncipe; TEC (+) vem aí a princesa

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