Experiencia com a adaptacao de filhos pequenos com a chegada de novo bebé

A minha tinha acabado de fazer 4 anos, tinha mais noção da realidade e das rotinas. Para além do que já referiu, o mano "trouxe-lhe" um presente e é importante ter momentos a sós com a mais velha. Por aqui isso nunca funcionou, porque ela não aceitou, nem aceita ainda.
O que eu fiz foi manter as rotinas da mais velha quase a 100%. O pequeno tinha 5 dias e eu ia levar e buscar a mais velha como sempre tinha feito. Ele passou os primeiros 3 meses metido no pano e eu fazia tudo com ela: descer no escorrega, praia, piscina e até andamos nos carrosséis dos santos populares. Não tentei juntar as rotinas em dois e cada um fez o seu percurso e a sua rotina quase desde sempre. Nem andam na mesma escola atualmente. Vejo muitas vezes a fazerem tudo igual, vai um, vai outro, está doente o outro não vai à escola...eu nunca o fiz. Não estou a dizer que está mal, eu por personalidade e organização procurei sempre ver os traços e personalidade de cada um e não faço um plano comum.
A pior parte? Quando os dois precisam de nós ao mesmo tempo! Vai sendo uma gestão que se vai aprendendo a fazer.
Um conselho, no início é não complicar, seguir a intuição e aceitar todas as ajudas que lhe ofereçam. Não vem mal ao mundo se um dia o jantar não for lá grande coisa ou se uma delas não tomar banho. É importante viver e valorizar só o valorizável. Estão bem? Têm saúde? Não vai acontecer nada se um dia o jantar for papa cerelac.

Olá a minha experiência tem sido ótima, mas a Maria já tem 4 anos, quase 5, logo a compreensão é outra. Ela foi muito envolvida durante a gravidez, comprar coisinhas, escolheu várias, emprestar algumas coisas que tinham sido dela. Fez algumas perguntas "porque tenho de emprestar a minha cama, o meu carrinho de bebe, a espreguiçadeira??" Ao que fomos respondendo que são coisas de bebe e questionando se ela ainda é bebê. Responde logo que é uma criança muito crescida, quase adulta. Também fomos dizendo que se tivéssemos de gastar dinheiro a comprar tudo de novo para o mano, não poderíamos ir de férias quando o irmão crescer. "E que sorte a tua, és a mais velha, tiveste tudo novinho, a estrear..." No fundo, jogamos com algumas coisas de que ela gosta muito e outras que a ofendem solenemente, como dizer que ela ainda é bebe. O mano nasceu, trouxe lá da barriga uma prenda... agora, a conversa é "Maria um bocadinho de silêncio para colocar o mano a dormir, apetece-me ficar no sofá contigo, tenho saudades." Tudo o que fazemos damos a desculpa de ser para ter mais tempo para ela, para brincar. Se o mano não dormir, precisamos cuidar dele, ele é bebê, não sabe falar, nem comer, nem nada sozinho.
Não há receitas, veja a melhor forma de lhe explicar as coisas e quando o bebê estiver calmo ou a dormir dedique-lhe o máximo de tempo possível. Vai ver que corre bem. E sim, nos primeiros meses o bebê precisa de cuidados apenas.

Estou na mesma situação ! a nossa filhota tem um bebe que dá o biberão, colinho e poe a dormir.
Mas tenho muito medo de não se sentir incluida o suficiente na chegada do novo bebé.
também terá uma diferença de 2 anos e meio

O meu tinha 2 anos e 10 meses quando a irmã nasceu.
Eu nao mudei nadana rotina dele.
Quando saí da maternidade, deixei a bebe em casa como pai e fui busca-lo à ama/escola sozinha. E vim com ele a pé, tranquilos até casa.
Fui lhe dizer que tinha a mana em casa à espera.
Chegámos e conheceu. Com 2 anos, pelo menos eu achei pelo meu, ainda sao muito muito pequeninos para terem a real noçao do que é um bebe novo em casa.
De qualquer modo, o meu filho nunca, em momento algum ate hoje, teve ciumes da irmã.
As rotinas deles foram sempre as mesmas, e entre mim e o pai, iamos ajustando as necessidades de um, com o outro.
Uma grande ajuda, foi ter um pano para carregar o bebé, e portanto eu fazia tudo como antes.
Ir ao parque, por na ama ou buscar, etc.
Isto.... durante 10 dias... porque a minha nasceu 10 dias antes do grande confinameno em 2020.
Depois ficamos fechados em casa, mas tambem foi super tranquilo.
É um pouco como diz... dar mais atencao ao maisvelho. Mas eu como dava de mamar, vi-me um bocado aflita com isso, porque a minha filha mamava a cada 1,5 hora (dia e noite) entao o pai teve que se pôr em accao e dar muita dessa atencao ao mais velho, enquanto eu tinha que dar de mamar a mais nova e nao me podia levantar para jogar com ele, por exemplo.

A minha mais velha tinha 3 anos e 4 meses quando nasceu a irmã e depois a mais nova 2 anos e 4 meses quando nasceu o irmão. Da minha experiência, 2 anos/2 anos e meio é o ideal. Já não são bebés, por isso não passamos pela fase de ter 2 bebés ao mesmo tempo, mas também ainda não são suficientemente crescidos para perceber na totalidade o que está a acontecer, o que com 3 anos já acontece e sentem muito mais ciúmes. A minha mais velha reagiu muito mal ao nascimento de ambos os irmãos, para a mais nova foi como se nada tivesse acontecido, uma transição extremamente pacífica e natural. O que fizemos foi sempre manter as rotinas delas exactamente iguais e, aos poucos, ir integrando o novo bebé nessas rotinas. As mudanças que tínhamos a fazer, neste caso retirar chucha e fralda à do meio antes de nascer o irmão, foram feitas com sucesso uns meses antes, para que não houvesse associação nem retrocesso. Outra coisa que fizemos, foi nunca esperar que as mais velhas se tornassem mais autónomas, sob o pretexto de agora já serem crescidas, não é por passarem a ser irmãs mais velhas que deixam de ser tão pequeninas quanto eram no dia anterior ao bebé nascer, e não as deixar para segundo plano, no sentido de atender sempre em primeiro lugar as necessidades do bebé. De resto, é ir lidando com calma e paciência com eventuais ciúmes (perfeitamente naturais) que possam aparecer, sem desesperar, porque não deixa de ser apenas uma fase que, como todas as outras, passa a correr. E nunca esquecer que, com mais ou menos ciúmes iniciais, a médio/longo prazo vão adorar-se e ser os melhores amigos.