Ensino Doméstico | De Mãe para Mãe

Ensino Doméstico

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sao Barbosa -
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Desde 26 Abr 2019

Olá
Por enquanto aqui a nossa escolha é manter a pequenada em casa em familia de modo a proporcionar maior conforto e dar atenção personalizada. Socialização não é um problema Sorriso
Mas e na hora da creche e da primaria? Pessoalmente não gosto do ambiente creche porque acho muito fechado, parecem que ficam numa redoma; e mais a frente nao tenho confiança no ensino atual, acho que piorou muito da minha altura, seja na qualidade dos programas leccionados que parecem ficar sempre incompletos, ou mesmo na postura dos docentes que parece que tudo é um favor, nao se responsabilizam por nada, os miudos parecem muito sozinhos, só cabeças baixas em ecras (para além de a maioria dos miudos acaba nas explicações)...não sou contra o «sistema» mas não me agrada o ambiente atual...
Pensámos no ensino domestico,há pais por ai que façam? Docentes que tenham uma opiniao?
Ainda tenho um par de anos para procurar a melhor opção de escola mas é agora na pre primaria/creche que tudo se encaminha, e gostava de opinioes Sorriso

sphiren -
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Desde 04 Set 2011

Também eu sou um pouco contra o ambiente de creches mas também porque eu não frequentei creches e nunca senti a necessidade disso já que a minha mãe e avó cuidavam de mim 24/7. Acho que uma criança com meses, 1ano até, é demasiado pequenina e pode estar com a mãe.
No entanto, no meu caso, será diferente... pelos meus planos, assim que o meu bébé tiver 1ano, irá para a creche porque estou num país estrangeiro e não posso proporcionar a língua daqui correcta, e a creche será o sítio ideal para tal, para adquirir a língua.
Quando a ensino em casa, não tenho uma opinião 100% formada mas até ver não concordo. Porque penso que é importante socializar, aprender a lidar com outros, conhecer outros. E essa vertente de socializar só pode adquirir na escola. Eu tive um inferno de vida escolar, sofri bullying, mas também porque os meus pais nunca quiseram saber se eu estava bem. Por isso acho que me vou sentir segura com a escola, sendo uma mãe presente. Se a escola for má, muda-se. Prefiro isso para que o meu bébé desenvolva capacidades de socializar e fazer amigos.

Andreissse -
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Desde 13 Nov 2015

Eu não sou muito a favor do ensino doméstico, se é que percebi bem o conceito. Trata-se de ir um professor à casa em vez de a criança frequentar um sistema de ensino? Se for esse caso ainda que diga que a criança não tem problemas de socialização penso que seria mais benéfico para ela ser integrada com mais crianças, ter as brincadeiras de recreio, a socialização da escola não se aplica unicamente ao que aprendem na sala de aula mas é todo um conjunto... N sei até que ponto a longo prazo um sistema de ensino assim seria o mais benéfico para a criança e não falo em termos de matérias leccionadas que nem coloco em questão que as mesmas poderão ser dadas até dr me melhor forma mas falo a longo prazo... Ter socialização em casa, no parque, etc. N é o mesmo que quando passa por essa etapa, em termos sociais e psicológicos n sei até que ponto n terá repercussões, mas posso estar enganada Sorriso

Kathy86 -
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Desde 19 Mar 2019

O lado bom das creches é o facto de proporcionar convívio diário entre crianças, as rotinas que adquirem, as "responsabilidades", a independência, a partilha entre amigos.. Apesar de nos dias de hoje cada vez brincam menos, vejo pelo meu local de trabalho onde a sala de 3 para 4 passam mais horas sentados numa mesa a fazer trabalhos, o que também é preciso para o desenvolvimento, mas depois são poucos os tempos brincar, contudo é na creche que eles crechem e desenvolvem um lado que em casa não o fazem pois em casa há as manhas há o não quero, há as birras.. Na creche tão sujeitos a todas as viroses é certo mas também é assim que ganham as defesas... Eu não posso falar muito pois também mantive o meu enquanto achei por bem com os avós e até mesmo comigo quando estive desempregada, mas chegou a uma altura que por mais que convivesse nos parques com crianças precisava de desenvolver mais notava um "atraso" comparado com crianças que estavam em creches, foi quando decidi colocar no infantário e ao fim de meses vi uma grande evolução.. Mas é como tudo.. Há que colocar na balança..😉

sao Barbosa -
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Desde 26 Abr 2019

Ola Andreissse
a ideia do ensino domestico é não ir à escola fisica, sim. No entanto está ligada a um agrupamento e é nele que presta prova anual/ciclo. o ensino pode ser pela familia, professor, ou qualquer outro adulto com habilitações para isso.
O objectivo é que a educação não se prenda em quatro paredes nem aos métodos tradicionais,e a criança possa ter outras experiências sem tanta pressão. E claro que há outras formas de os expor a regras, até porque colocaria em actividades de grupo...e na escola pouco tempo têm para socializar, verdade seja dita, essa parte tem de ser sempre exterior..a carga horária é tremenda e os intervalos curtinhos.
O problema que tenho com o ensino hoje é a falta de vertente social que tínhamos há 20/15 anos atrás, não estávamos tão sobrecarregados nem com carga horária nem com a matéria excessiva e acho que os programas eram até melhor geridos, embora que verdade seja dita nunca eram terminados também...
Não sou contra a exigência dos programas, aliás até sou a favor de padroes altos de ensino, mas parece-me que dando a hipótese à criança/jovem de estudar ao longo de 12 meses ao seu passo é melhor que 8 meses(totais retirando as pausas) à pressa ..a maioria faz reset nas ferias e porque não foi 100% retida a matéria no anos seguinte esta na explicação..e o stress vai sempre aumentando.
Conhece alguém que faça este método?

sao Barbosa -
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Desde 26 Abr 2019

Kathy86 escreveu:
O lado bom das creches é o facto de proporcionar convívio diário entre crianças, as rotinas que adquirem, as "responsabilidades", a independência, a partilha entre amigos.. Apesar de nos dias de hoje cada vez brincam menos, vejo pelo meu local de trabalho onde a sala de 3 para 4 passam mais horas sentados numa mesa a fazer trabalhos, o que também é preciso para o desenvolvimento, mas depois são poucos os tempos brincar, contudo é na creche que eles crechem e desenvolvem um lado que em casa não o fazem pois em casa há as manhas há o não quero, há as birras.. Na creche tão sujeitos a todas as viroses é certo mas também é assim que ganham as defesas... Eu não posso falar muito pois também mantive o meu enquanto achei por bem com os avós e até mesmo comigo quando estive desempregada, mas chegou a uma altura que por mais que convivesse nos parques com crianças precisava de desenvolver mais notava um "atraso" comparado com crianças que estavam em creches, foi quando decidi colocar no infantário e ao fim de meses vi uma grande evolução.. Mas é como tudo.. Há que colocar na balança..😉

Olá!
eu viroses não tenho problema nenhum ahahaha quantas mais apanharem e cedo melhor!
Eu, o meu irmão e primos tivemos o problema oposto...Todos ficamos com avos até à primaria, e no meu caso e de alguns primos nem nunca fomos à creche nem ao ATL porque esse tempo era gasto noutros sitios... Todos fomos para a escola a ler e a fazer coisas que não eram do nosso ano. No meu caso passaram-me de ano varias vezes até acabar no 6ºano quando devia estar no 3º (e nao tenho QI alto nem nada, super banal esta cabeça, mas era de me estimularem em casa e passava muito tempo em atividades/ateliers porque era curiosa); tive um primo que estava inscrito mas nao ia porque a professora se sentia mal de o ter lá a passar tempo, e no 5 e 6º ano ia a escola mas passava os períodos na biblioteca a ver de matérias que gostava porque só desconcentrava os outros por saber mais que o programa e os professores tinham de o entreter sem prejudicar os outros 30; e o meu irmão regrediu muito ao ir para a primaria quando já fazia multiplicações e divisões com 5 anos...alias regrediu tanto que ganhou aversão a tudo que era escola, só se portava bem no ATL e nas actividades físicas (só voltou a ter resultados bons no secundário quando foi para a area especifica de interesse dele e estava correctamente estimulado). Por isso na mesma casa, taticas diferentes...é ir adaptando. Queria considerar todas as opções...
Conhece alguém que faça?

sao Barbosa -
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Desde 26 Abr 2019

sphiren escreveu:
Também eu sou um pouco contra o ambiente de creches mas também porque eu não frequentei creches e nunca senti a necessidade disso já que a minha mãe e avó cuidavam de mim 24/7. Acho que uma criança com meses, 1ano até, é demasiado pequenina e pode estar com a mãe.
No entanto, no meu caso, será diferente... pelos meus planos, assim que o meu bébé tiver 1ano, irá para a creche porque estou num país estrangeiro e não posso proporcionar a língua daqui correcta, e a creche será o sítio ideal para tal, para adquirir a língua.
Quando a ensino em casa, não tenho uma opinião 100% formada mas até ver não concordo. Porque penso que é importante socializar, aprender a lidar com outros, conhecer outros. E essa vertente de socializar só pode adquirir na escola. Eu tive um inferno de vida escolar, sofri bullying, mas também porque os meus pais nunca quiseram saber se eu estava bem. Por isso acho que me vou sentir segura com a escola, sendo uma mãe presente. Se a escola for má, muda-se. Prefiro isso para que o meu bébé desenvolva capacidades de socializar e fazer amigos.

Olá!
Nesse caso faria exactamente o mesmo! há muitas diferenças estando fora, e isso ajudará o pequeno... a questão do bullying hoje em dia pode surgir em qualquer lado, infelizmente porque as redes sociais são optimas para estas trocas mas também faz com que os miúdos tenham mais por onde pegar até à distancia, a implicancia já não fica lá na escola...mas lá está, é como disse, estando presente e ensinando mecanismos à criança, tudo se pode resolver pelo melhor e se ultrapassar sem grandes problemas...todos passámos por isso só nao tinha um nome nem estava tao analisado.
No meu caso outra coisa que me empurra para o domestico, não só a calma que proporcionamos e a possibilidade de me adaptar as necessidades da criança; tenho um problemita de saude que por vezes é incapacitante fisicamente, faz com que tudo seja muito devagar, e não consigo manter horários para ir levar e buscar, não tenho qualquer ajuda de família, nem € para por alguém a fazer isso por mim (aliás não consigo aguentar um emprego por isso, baixas excessivas)... e o meu marido tem uma profissão que podemos mudar a qualquer hora de distrito ou país, e os horários dele são insanos. Quando tem de se ausentar por mais que 15 dias (às vezes são 2 meses no exterior), tenho de ir passar umas ferias forçadas a casa de familiares porque a qualquer momento posso te uma crise maior e ficar de cama em repouso absoluto e os miúdos precisam de assistência 24/7, não podem estar só dependentes da mãe... e arrancar os miúdos da escola por estas razões do nada não pode ser sistema, até porque causa maior instabilidade. Assim mantínhamos o progresso académico apesar da saúde da mae e da profissão do pai. Só vejo ser viável a 100% o ensino publico, sem interferência nossa, quando puderem despachar-se sozinhos, e ir para a escola e voltar pelo seu pé. Consigo contornar tudo através de um clique nas alturas em que tenho as crises, contas, compras, tudo, mas os miúdos não, precisam de uma vida estável, mesmo que diferente em alguns aspetos.
conhece alguem, ai ou ca, que faça este ensino?

sylviemarinha -
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Desde 16 Nov 2009

Eu não faço mas ponderei bastante porque no 1º ano a minha filha teve um problema muito sério. Felizmente foi rapidamente resolvido. Na altura avisei a direção do agrupamento que estava a ponderar esse sistema muito seriamente(até porque tenho habilitações para poder ser eu a lecionar) e ela desaconselhou-me por completo ( é preciso justificar no ministério da educação e queria ver como é que ela iria justificar isso…) No entanto, o que eu vi naquela altura é as crianças que estão em ensino doméstico podem frequentar os recreios da escola bem como o refeitório e participar de todas as atividades exteriores ou formativas (visitas de estudo, visitas de alguma entidade exterior à escola…).
Sinceramente acho que é preciso uma organização muito grande para se poder praticar um bom ensino doméstico e no meu caso não prescindiria do direito de estar nos intervalos porque aí as crianças convivem de forma completamente diferente de quando convivem em atividades, nos recreios têm de aprender a resolver conflitos, resolver frustrações, defenderem-se…
Boa escolha

Kathy86 -
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Desde 19 Mar 2019

sao Barbosa escreveu:

Kathy86 escreveu:O lado bom das creches é o facto de proporcionar convívio diário entre crianças, as rotinas que adquirem, as "responsabilidades", a independência, a partilha entre amigos.. Apesar de nos dias de hoje cada vez brincam menos, vejo pelo meu local de trabalho onde a sala de 3 para 4 passam mais horas sentados numa mesa a fazer trabalhos, o que também é preciso para o desenvolvimento, mas depois são poucos os tempos brincar, contudo é na creche que eles crechem e desenvolvem um lado que em casa não o fazem pois em casa há as manhas há o não quero, há as birras.. Na creche tão sujeitos a todas as viroses é certo mas também é assim que ganham as defesas... Eu não posso falar muito pois também mantive o meu enquanto achei por bem com os avós e até mesmo comigo quando estive desempregada, mas chegou a uma altura que por mais que convivesse nos parques com crianças precisava de desenvolver mais notava um "atraso" comparado com crianças que estavam em creches, foi quando decidi colocar no infantário e ao fim de meses vi uma grande evolução.. Mas é como tudo.. Há que colocar na balança..😉

Olá!
eu viroses não tenho problema nenhum ahahaha quantas mais apanharem e cedo melhor!
Eu, o meu irmão e primos tivemos o problema oposto...Todos ficamos com avos até à primaria, e no meu caso e de alguns primos nem nunca fomos à creche nem ao ATL porque esse tempo era gasto noutros sitios... Todos fomos para a escola a ler e a fazer coisas que não eram do nosso ano. No meu caso passaram-me de ano varias vezes até acabar no 6ºano quando devia estar no 3º (e nao tenho QI alto nem nada, super banal esta cabeça, mas era de me estimularem em casa e passava muito tempo em atividades/ateliers porque era curiosa); tive um primo que estava inscrito mas nao ia porque a professora se sentia mal de o ter lá a passar tempo, e no 5 e 6º ano ia a escola mas passava os períodos na biblioteca a ver de matérias que gostava porque só desconcentrava os outros por saber mais que o programa e os professores tinham de o entreter sem prejudicar os outros 30; e o meu irmão regrediu muito ao ir para a primaria quando já fazia multiplicações e divisões com 5 anos...alias regrediu tanto que ganhou aversão a tudo que era escola, só se portava bem no ATL e nas actividades físicas (só voltou a ter resultados bons no secundário quando foi para a area especifica de interesse dele e estava correctamente estimulado). Por isso na mesma casa, taticas diferentes...é ir adaptando. Queria considerar todas as opções...
Conhece alguém que faça?

Conhecer não conheço, mas já vi entrevistas e reportagem sobre o assunto..
Deixo lhe os links

https://youtu.be/_P3SOsr4efA

https://youtu.be/bIiNT63LZ7k

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

Olá! Eu antes de ser mãe era muito céptica com creches e afins, fazia-me confusão irem pequeninos para a escola, passarem lá muito tempo mas hoje em dia sou fã!
Quando a creche é boa considero altamente benéfico, a minha filha foi para a creche com 6 meses, por necessidade, se pudesse tinha ficado em casa. Logo que foi para a creche começou a melhorar as competências, passou a adormecer na cama dela, dormir melhor, comer melhor de colher, bastante estimulada, ficava na escola das 9h às 15h depois eu ia buscar porque tinha horário reduzido.
A partir dos 15 meses passou para uma sala diferente e a partir daí é que comecei a achar muito vantajoso, adora a educadora e auxiliares, gosta dos colegas, aprendeu a comer sozinha na escola, a comer bem os sólidos, pinta, desenha, tem atividades muito giras, vai ao pátio onde tem escorrega, baloiço, casinhas para brincar, aprende regras, estar sentada para beber água, comer o lanche, aprendeu muitas palavras na escola, músicas, adora ir para a escola e eu fico feliz com isso, bebé feliz mãe feliz.
Acho que pela vida fora têm que aprender a estar nestes ambientes, aprender estas regras, saber estar numa turma, numa escola e pela vida fora não vou controlar o que aprendem ou não e não tenho que concordar com tudo, acho é que têm que ter um percurso que os prepare para a vida e na minha opinião ficarem em casa não os prepara devidamente para a vida.
Não dou demasiada importância ao sistema de ensino ao ponto de discordar muito ou pouco, porque acho que nenhum sistema é perfeito assim como nenhum sistema é totalmente imperfeito, é o que temos e quero é ao longo de todo o percurso escolar da minha filha ir colmatando as lacunas que considere pertinentes, só isso...
Acho que importante é educar para valores, na creche onde tenho a minha filha identifico-me muito com essa parte, educam para regras mas com muito carinho e afecto, muita educação sensorial, de estímulos, mas com muitas actividades de trabalhos manuais, dança, etc...
Cada mãe faz o que considera mais acertado mas na minha opinião escolhendo bem a escola é muito benéfico.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Não conheço nenhuma família que tenha optado por ensino doméstico, mas nada melhor que contactar a associação criada por esses pais http://www.anped.pt/
Pessoalmente, tenho grandes reservas relativamente a esta opção no que se refere ao ensino obrigatório (do 1º ciclo em diante). Quanto à creche, considero-a perfeitamente dispensável e o pré-escolar, embora me pareça importante, admito que possa ser substituído por um acompanhamento em casa, desde que os adultos cuidadores tenham alguma preparação pedagógica e garantam à criança atividades quer dentro quer fora de casa que as estimulem devidamente (basta ler as orientações curriculares para a educação pré-escolar para perceber como, já neste nível, há imensas competências a trabalhar e valorizar)
Em relação ao 1º ciclo em diante, parece-me que academicamente até pode resultar, mas ficará a faltar à criança todo o desenvolvimento de competências pessoais sociais que se conseguem através da interação com os pares e com adultos distintos dos "de casa". Não só os aspetos positivos, como a partilha, a cooperação, o respeito pela diferença, mas inclusivamente os aspetos negativos, como a rivalidade e a frustração. As crianças precisam de se confrontar com a vida tal como ela é, com pessoas boas e menos boas, com atividades agradáveis e outras chatas, com o ciúme,...e isto não se consegue num ambiente tão protegido como é a família.
Depois, do ponto de vista prático, não sei se está a avaliar bem a situação. Ter as crianças em casa 24h/dia é terrivelmente exigente e não me parece compatível com uma saúde frágil. Teria que zelar por cumprir horários, preparar aulas, ministrá-las, lidar com problemas de comportamento...e ainda fazer tudo o resto enquanto mãe. Para poder proporcionar-lhes as atividades desportivas e culturais de que necessitam, terá que fazer muito mais deslocações do que se estivessem na escola (muitas oferecem essas atividades inseridas no horário escolar ou imediatamente a seguir - caso das AEC). E ir para casa dos seus pais não é uma solução viável a médio prazo - durante o tempo em que estivesse em repouso as crianças interromperiam não só as atividades escolares (porque estaria impossibilidade as manter) como também as extra-escolares. Como família, têm de pensar em alternativas, seja uma mudança de trabalho do marido, seja uma ajuda paga, seja um dos seus familiares mudar-se para sua casa em caso de necessidade.
Finalmente, não me parece que esteja a fazer uma avaliação justa do sistema de ensino. A maioria dos professores é empenhado e trabalhador (falo como mãe de adolescentes, como professora e como formadora de professores) e proporciona ambientes saudáveis aos seus alunos. Nem tudo é perfeito, claro, mas se calhar o que corre menos bem é menos culpa do "sistema" do que de famílias completamente imersas num estilo de vida individualista, pressionados por exigências profissionais insanes.

pinkpeonies -
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Desde 04 Mar 2008

Pessoalmente não me identifico com o ensino doméstico, por causa das questões levantadas pela Guialmi. No entanto, ainda não cheguei ao ensino básico mas procurei para o meu filho um jardim de infância com uma filosofia um pouco diferente do habitual. Irá ingressar numa escola com pedagogia Waldorf. O meu filho ingressará uma sala montessori e também há salas MEM. também tem o chamado apoio ao ensino doméstico. Crianças que estão matriculadas no ensino doméstico mas que tem aulas lá na escola com professores. As turmas não tem mais que 5/6 alunos.
Há um grupo no facebook, o grupo de Escolas alternativas e transformar a educação em Portugal, onde encontra listas de escolas com pedagógicas diferentes do ensino “tradicional”

pinkpeonies -
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Desde 04 Mar 2008

Só mais uma coisa. Mesmo que opte pelo ensino doméstico terá de seguir o plano curricular estabelecido pelo ministério de educação, pois as crianças em ensino doméstico tem de prestar provas anualmente na escola de residência.