Emprestar dinheiro | De Mãe para Mãe

Emprestar dinheiro

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MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Bom dia,

Aqui há dias um familiar MUITO próximo da parte do meu marido, ligou lhe desesperado a pedir ajuda com dinheiro.
Disse que precisava de pagar algo até ao final deste mês e que não tinha dinheiro.
O meu marido falou comigo e disse que queria ajudar, pois essa pessoa não tinha mais a quem recorrer (quer dizer, tem outro filho a quem recorrer, mas não lhe quer pedir ajuda...).
Eu aceitei em ajudar, mas agora fiquei receosa porque fico a pensar quando irei ver esse dinheiro de volta (são aproximadamente 350€), pois sei que essa pessoa sempre teve alguns problemas financeiros.
E além de que, eu própria também não estou propriamente a nadar em dinheiro e tenho duas filhas pequenas para sustentar...
Sei que não me poderia negar em ajudar essa pessoa, pois é um familiar direto do meu marido e ele não era capaz disso.
Mas agora fico a pensar, se não tinha dinheiro para pagar aquela conta, será que tem dinheiro para o resto das coisas até ao final do mês?? Será que não virá pedir mais??
Estarei a ser egoísta?

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Princesa M com 2770 gr 46 cm
Princesa C com 3360 gr e 47 cm

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Já nos aconteceu pedirem-nos também dinheiro. Já correu bem, já correu mal. Quando corre mal, não voltamos a emprestar dinheiro àquela pessoa. E eu insisto sempre na regra: quando emprestamos temos de pensar “se este dinheiro não for devolvido, vai-me fazer falta? (Para acabar o mês, para algum médico previsto, para outra despesa maior que sabemos que vem aí…). E pensando assim, já chegámos por exemplo a dizer que não podíamos emprestar todo o valor pedido mas apenas uma parte.
No vosso caso, se vier pedir mais façam este exercício: por muito boa vontade que haja em ajudar, não vão ficar apertados com mais uma quantia emprestada e caso nada seja devolvido? Fale com o seu marido, as finanças familiares devem ser discutidas antecipadamente e não com o coração nas mãos porque alguém está a precisar novamente de ajuda Sorriso

MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Eu sou sincera, eu detesto emprestar coisas minhas, muito menos dinheiro que custa tanto a ganhar...

Sobre MaedeMVC

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Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Emprestem apenas uma quantia que não vos faça falta e não mantenham expectativas de reaver o valor.
Se emprestarem façam-no apenas a quem realmente necessita, e pensem no acto como uma oferta, assim se a pessoa demorar a devolver o dinheiro, ou não conseguir pagar, não criam ressentimentos.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Não sei exatamente quem é a pessoa em questão nem quais as condições de vida que tem, e esses para mim são dois fatores absolutamente fulcrais para lidar com uma situação dessas. Se se tratar de um pai ou mãe e se esse pai ou mãe tiver condições socioeconómicas muito precárias, eu daria o dinheiro, nem sequer o quereria de volta. Pondo a hipótese assim: se o meu pai, que tem uma reforma muito baixa e não em outra fonte de rendimento, está a precisar de dinheiro, eu dou o que lhe faz falta. Ele também mo deu toda a vida até eu ser economicamente independente. Se é um tio ou primo, a coisa é diferente, e aí pesará muito o conhecimento que tenho da sua capacidade económica e da gestão que faz das suas finanças. Por exemplo, eu tenho uns tios, de quem gosto imenso e sou muito próxima, que têm trabalhos muito mal pagos (embora se fartem de trabalhar e tenham uma vida duríssima). Sei que é com uma ginástica inacreditável que, em muitos meses, conseguem fazer chegar o dinheiro até ao final do mês e prover tudo aos seus filhos. Se esses meus tios me pedissem dinheiro, eu também o daria, porque sei que não mo poderiam devolver a não ser com grande sacrifício. Por outro lado, tenho outros tios que têm condições económicas muito mais favoráveis, a quem uma situação dessas só aconteceria por muito descuido ou algum infortúnio remoto. Nesses casos ponderaria muito bem, e talvez até nem emprestasse.
Na nossa família temos pessoas que, apesar de terem situações económicas muito muito boas, já tiveram de pedir grandes quantias de dinheiro emprestadas a outros familiares (estou a falar de milhares de euros), ora porque nunca pouparam e fizeram uma má gestão da sua vida económica, ora porque foram fiadores de negócios de outros familiares. Nesses casos eu não emprestaria dinheiro. As pessoas assumiram esses riscos, não eu/nós.
Cá em casa todos os meses poupamos, não fazemos certas coisas para ter sempre um pé de meia confortável para evitar que, numa situação excecional, tenhamos de recorrer a empréstimos (bancários ou de familiares) e não hipotecamos essa segurança financeira que construímos pela má gestão de outras pessoas.
Portanto, é de avaliar bem essa situação, e pôr-se nos sapatos do seu marido (porque se se tratar de um pai ou mãe, o mais certo é ele próprio nem querer ser ressarcido do empréstimo).

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Acho que depende de 1000 coisas, nada é assim tão linear. Se está a ser egoísta? Só tu própria consegues analisar a situação. Talvez eu já tenha sido egoísta e também já emprestei todo o dinheiro. Era trabalhadora-estudante e nesse dia fiquei só com dinheiro para tomar café na máquina da faculdade...nada é assim tão simples.
A questão é como reagir caso não devolva, ou não devolva quando está a contar com ele, ou caso volte a pedir. Como dizia a sansa e se não devolver como vão reagir?! Vai ficar o ressentimento?
Não emprestei muitas vezes, mas quando o fiz, fi-lo sempre de coração, esperando a devolução, mas sem um dia exato e se não viesse o dinheiro...saberia que não foi maldade, mas dificuldades da vida. Agora casada não temos o dinheiro todo junto, o que pode facilitar, se o meu marido quiser ajudar alguém usa a parte dele e eu vice-versa.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

MaedeMVC escreveu:
Eu sou sincera, eu detesto emprestar coisas minhas, muito menos dinheiro que custa tanto a ganhar...

Assim é mais complicado gerir, as coisas nunca saem da cabeça. Tem de pensar muito mais antes de dizer que sim para não ficar a maturar na questão.
Eu sou muito desligada, dinheiro não se anda a pedir com frequência, mas cosias que tenha empresto tudo. Quando sai da minha casa eu desligo da questão.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

MaedeMVC escreveu:
Eu sou sincera, eu detesto emprestar coisas minhas, muito menos dinheiro que custa tanto a ganhar...

Eu também não gosto. E mais facilmente empresto objectos (que não sejam caros) do que dinheiro. E já houve alturas em que emprestámos e fazia-nos falta e, ao não nos ser devolvido, tivemos de andar a correr atrás da pessoa que andava todas as noites a ir para os copos gastar o que tinha e não tinha. Aprendemos a lição. Algumas vezes por ano temos uma pessoa próxima que nos pede. Sabemos que é uma pessoa trabalhadora, com filhos a cargo, que faz o que pode para se manter com a cabeça fora de água. E às vezes não consegue. Emprestamos sempre com a regra de “se ela não conseguir devolver, não ficámos enrascados”. Até agora tem pago sempre.

qaz -
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Desde 09 Nov 2022

Não acho que seja egoismo mas realista.
As únicas pessoas a quem eu daria dinheiro era aos meus pais e nem pedia de volta. Alias, já emprestei. Como a minha mãe tinha acesso à minha conta foi ela que tirou e devolveu (nem me preocupei com isso).
Aos outros depende.
Se fosse alguém próximo e que sabe gerir o dinheiro? Emprestaria ou dava (dependendo da pessoa/valor), desde que não me fizesse falta.
Se fosse por má gestão financeira ou para alimentar vicios e/ou estilos de vida. Só se o valor em questão resolvesse o problema e mudasse de atitude.
Falem e façam contas.

ryssie -
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Desde 27 Jan 2010

Uma prima do meu marido precisava de dinheiro para fazer uma formação. O pai não podia ajudar na altura pediu emprestado aos irmãos. A família juntou-se a cada um deu o que podia. Deu, não emprestou.
O problema de emprestar é que ficamos retidos à necessidade que nos devolvam o dinheiro. Por vezes a pessoa não consegue devolver e além de estar em dívida, está em falta "moral" . A relação familiar acaba a azedar e perder-se.
Eu tenho o lema de não emprestar dinheiro. Se me pedirem e eu poder dispensar, dou ou digo à pessoa em causa que se não me puder devolver não há problema. Misturar dinheiro e família é uma bola de neve.

Sobre ryssie

Ryssie

Mama do Martim -
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Desde 29 Mar 2010

É assim,eu já emprestei dinheiro,tal como já pedi emprestado quando me separei e descobri que o meu ex não tinha pago água luz e NOS do mês anterior e a do mês corrente e tinha lhe dado o dinheiro para isso,como é óbvio foram contam que tive em triplicado esse mês (os 2 meses que lhe tinha dado para pagar e o que tive efetivamente que pagar) e seria fácil devolver no mês seguinte,foi a única vez que pedi.
Emprestar,empresto á minha irmã, á minha mãe e á minha cunhada,isto porque elas pedem quantias baixas e é sempre porque tiveram algum imprevisto,e nunca me falharam. Emprestaria também ao meu pai,mas ele felizmente não precisa (tem é uns quantos pseudo amigos que o julgam o banco de Portugal). Quando não quero emprestar digo mesmo "peço desculpa mas dinheiro não empresto",já o disse a primas e alguns amigos,porque sei que ou ia ficar sem ele,ou me ia chatear e também porque vejo que são pessoas que não têm porque não fazem por isso. Uma vez uma vizinha que mal conhecia pediu me 10€ emprestados para comprar leite para o filho que o marido tinha perdido os últimos 60€ que tinha,eu meio a medo emprestei mas foi do gênero "são só 10€ e é para um bebé",mas a senhora passado 2 dias (o dia que disse que me ia devolver) veio trazer o dinheiro .

Pelo seu texto da para ver que é a sua sogra ou sogro,eu entendo, é algum dinheiro ainda e também vos faz falta,mas deve ser difícil para o seu marido dizer não (se bem que às vezes é preciso).

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Anotski85 escreveu:
Por exemplo, eu tenho uns tios, de quem gosto imenso e sou muito próxima, que têm trabalhos muito mal pagos (embora se fartem de trabalhar e tenham uma vida duríssima). Sei que é com uma ginástica inacreditável que, em muitos meses, conseguem fazer chegar o dinheiro até ao final do mês e prover tudo aos seus filhos. Se esses meus tios me pedissem dinheiro, eu também o daria, porque sei que não mo poderiam devolver a não ser com grande sacrifício.

É extremamente caro ser pobre, e por norma gastam mais dinheiro do que quem tem mais posses. É muito mais fácil para quem tem dinheiro conseguir poupar.
Estamos a chegar ao ponto em que o nível de pobreza é tanto que nem conseguem assegurar um emprego.
Mas é isso, há pessoas que nós testemunhamos o quanto lutam para näo se afundarem, e de quem näo podemos esperar que nos devolvam dinheiro emprestado, simplesmente porque näo há milagres.

MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

Vamos lá ver... a questão é que hoje em dia não há "dinheiro que não faça falta". Isso não existe, pelo menos para mim...
Contando ainda, que também a mim me aparece sempre mais qql coisa para pagar com a qual não estava a contar ao final do mês. Tem sido certinho.
E se não for a tal "almofada" financeira que uma pessoa vai conseguindo juntar aos poucos para estas ocasiões, como é que eu fazia??
Eu não quero parecer insensível, só quero fazer entender que também nós (nós cá em casa) também vivemos sempre às justas.
Eu e o meu marido recebemos ambos o ordenado mínimo...
Eu tive que gozar licença de maternidade alargada nestes últimos 2 meses e posso vos dizer que não foi pêra doce viver praticamente só com 1 ordenado.
Agora, fica difícil uma pessoa andar meses a tentar juntar alguma coisa para agora ficar sem esse dinheiro sem saber quando volta.
Acho que muitas de vocês também já se devem ter apercebido que a vida não está fácil, está tudo muito caro e com crianças o esforço financeiro é maior...

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Princesa M com 2770 gr 46 cm
Princesa C com 3360 gr e 47 cm

MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

E estou com receio porque aqui há uns 3 anos vendemos umas coisas nossas a essa pessoa (no valor de 300€), mas até hoje nunca vimos o dinheiro...

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MaedeMVC -
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Desde 22 Ago 2014

qaz escreveu:
Não acho que seja egoismo mas realista.
As únicas pessoas a quem eu daria dinheiro era aos meus pais e nem pedia de volta. Alias, já emprestei. Como a minha mãe tinha acesso à minha conta foi ela que tirou e devolveu (nem me preocupei com isso).
Aos outros depende.
Se fosse alguém próximo e que sabe gerir o dinheiro? Emprestaria ou dava (dependendo da pessoa/valor), desde que não me fizesse falta.
Se fosse por má gestão financeira ou para alimentar vicios e/ou estilos de vida. Só se o valor em questão resolvesse o problema e mudasse de atitude.
Falem e façam contas.

Exato. Acho que estou só a ser realista.
E o meu medo é que depois de torne uma bola de neve...

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MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

MaedeMVC escreveu:
E estou com receio porque aqui há uns 3 anos vendemos umas coisas nossas a essa pessoa (no valor de 300€), mas até hoje nunca vimos o dinheiro...

Não é um bom indicador...deixe ver, pode ser esteja a receber o subsídio e devolva o que pediu.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Os conselhos são dados sem saber pormenores da vossa vida financeira. Sorriso Nós já passámos por fases em que mal chegava ao final do mês. Agora estamos numa fase bem mais confortável onde todos os meses conseguimos pôr algum de lado. Obviamente nunca emprestarei o valor da almofada financeira que temos porque custa a criar e pode ser necessária mas sem dúvida que emprestar agora algum dinheiro não tem o mesmo peso do que emprestar quando nem
pôr de lado conseguíamos.

Se vos faz assim tanta falta, têm mesmo de conversar os dois sobre dois pontos importantes:
- o que vão fazer caso o dinheiro não seja devolvido? Pedem de volta, insistem em recuperá-lo, esquecem e seguem em frente?
- o que vão fazer se houver novo pedido de dinheiro.
Têm de chegar a um acordo e seguirem os dois o combinado.

O facto de terem vendido coisas e nunca terem visto o dinheiro é um ponto demasiado negativo. Se agora o dinheiro não for devolvido, não há (na minha óptica) condições para voltar a emprestar dado que vos faz falta.
E dado todas estas circunstâncias, não acho que esteja a ser egoísta. Não faz sentido que passem dificuldades para ajudar outros a sair das suas dificuldades. Mas têm os dois de pensar assim.

MaedeMVC escreveu:
Vamos lá ver... a questão é que hoje em dia não há "dinheiro que não faça falta". Isso não existe, pelo menos para mim...
Contando ainda, que também a mim me aparece sempre mais qql coisa para pagar com a qual não estava a contar ao final do mês. Tem sido certinho.
E se não for a tal "almofada" financeira que uma pessoa vai conseguindo juntar aos poucos para estas ocasiões, como é que eu fazia??
Eu não quero parecer insensível, só quero fazer entender que também nós (nós cá em casa) também vivemos sempre às justas.
Eu e o meu marido recebemos ambos o ordenado mínimo...
Eu tive que gozar licença de maternidade alargada nestes últimos 2 meses e posso vos dizer que não foi pêra doce viver praticamente só com 1 ordenado.
Agora, fica difícil uma pessoa andar meses a tentar juntar alguma coisa para agora ficar sem esse dinheiro sem saber quando volta.
Acho que muitas de vocês também já se devem ter apercebido que a vida não está fácil, está tudo muito caro e com crianças o esforço financeiro é maior...

Ana Galvão 15 -
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Desde 11 Nov 2022

Para mim, era muito complicado emprestar todo esse valor, principalmente com todo o contexto financeiro que descreve, dos ordenados mínimos e da licença de maternidade alargada. Ainda que tenha realmente esse dinheiro, o facto de ser a sua "almofada financeira", faz com que seja uma situação delicada para si.
Na minha opinião, no máximo, dado que é uma pessoa MUITO próxima, poderia emprestar uma parte do valor, e dizer mesmo a essa pessoa que não conseguem mais. Estava a ver sincera, e ao mesmo tempo a salvaguardar-se a si, sem deixar de ajudar a pessoa em questão.

Desde 23 Ago 2020

Independentemente de tudo, se o seu marido já decidiu emprestar acho que já não há muito em que pensar 😕

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Mãe_de_primeira_viagem escreveu:
Independentemente de tudo, se o seu marido já decidiu emprestar acho que já não há muito em que pensar 😕

Sim, acho que agora não há muito a fazer quanto ao dinheiro emprestado. Mas pode ser importante o que fazer se houver novo pedido. Ou se este dinheiro não for devolvido. Confuso

Desde 23 Ago 2020

ClaraMiguel escreveu:

Mãe_de_primeira_viagem escreveu:Independentemente de tudo, se o seu marido já decidiu emprestar acho que já não há muito em que pensar 😕

Sim, acho que agora não há muito a fazer quanto ao dinheiro emprestado. Mas pode ser importante o que fazer se houver novo pedido. Ou se este dinheiro não for devolvido.


Sim claro

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Eu já emprestei várias vezes a pessoas próximas mas devolveram sempre. Houve uma altura que se tornou uma bola de neve, emprestava, eles devolviam e voltavam a pedir. Havia/há aquela questão moral de não falhar com a pessoa que os estava a ajudar (eu) e para mim é difícil virar costas, penso muito que não sei o meu dia de amanhã, hoje estou bem mas sei lá se algum dia preciso. Depois tenho a mentalidade de quem faz o bem atrai coisas boas, nunca fui muito agarrada a coisas, da minha filha dei praticamente tudo, guardando apenas algumas coisas de recordação. As coisas não andam nada fáceis para ninguém, ainda este mês aveiei algumas compras para uma família próxima em apuros, tenha eu saúde e trabalho. Isto acaba por ter alguma influência a forma como fomos educadas. A minha avó faleceu no ano passado e tinha a casa toda montada, os meus pais podiam ter vendido ou ficado com as coisas mas doaram tudo a uma família de emigrantes com filhos pequenos que estavam aflitos. Portanto, quando dou ou empresto tenho sempre em mente que a vida me dará em dobro e felizmente tem sido verdade.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Que bonito pensamento! Não tenho as coisas assim tão presentes a diário, mas é um facto que acontece.
Há muitos anos uma amiga, recente na altura, emprestou-me dinheiro para eu conseguir emigrar, para eu me aguentar lá até receber o 1o ordenado. Podia nunca mais me ter visto, deviamos ser amigas há pouco mais de um ano, e foi ela que se ofereceu para me emprestar. Fiquei para sempre grata por isso. Ela não tem necessitado de nada, mas quando alguém precisa "retribuo ao universo" o que ela me fez. Quando falamos nisto ela conta também que uma amiga a tinha ajudado com o dinheiro para tirar a carta de condução.

fmmartins escreveu:
Eu já emprestei várias vezes a pessoas próximas mas devolveram sempre. Houve uma altura que se tornou uma bola de neve, emprestava, eles devolviam e voltavam a pedir. Havia/há aquela questão moral de não falhar com a pessoa que os estava a ajudar (eu) e para mim é difícil virar costas, penso muito que não sei o meu dia de amanhã, hoje estou bem mas sei lá se algum dia preciso. Depois tenho a mentalidade de quem faz o bem atrai coisas boas, nunca fui muito agarrada a coisas, da minha filha dei praticamente tudo, guardando apenas algumas coisas de recordação. As coisas não andam nada fáceis para ninguém, ainda este mês aveiei algumas compras para uma família próxima em apuros, tenha eu saúde e trabalho. Isto acaba por ter alguma influência a forma como fomos educadas. A minha avó faleceu no ano passado e tinha a casa toda montada, os meus pais podiam ter vendido ou ficado com as coisas mas doaram tudo a uma família de emigrantes com filhos pequenos que estavam aflitos. Portanto, quando dou ou empresto tenho sempre em mente que a vida me dará em dobro e felizmente tem sido verdade.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

MisaL escreveu:
Que bonito pensamento! Não tenho as coisas assim tão presentes a diário, mas é um facto que acontece.
Há muitos anos uma amiga, recente na altura, emprestou-me dinheiro para eu conseguir emigrar, para eu me aguentar lá até receber o 1o ordenado. Podia nunca mais me ter visto, deviamos ser amigas há pouco mais de um ano, e foi ela que se ofereceu para me emprestar. Fiquei para sempre grata por isso. Ela não tem necessitado de nada, mas quando alguém precisa "retribuo ao universo" o que ela me fez. Quando falamos nisto ela conta também que uma amiga a tinha ajudado com o dinheiro para tirar a carta de condução.

fmmartins escreveu:Eu já emprestei várias vezes a pessoas próximas mas devolveram sempre. Houve uma altura que se tornou uma bola de neve, emprestava, eles devolviam e voltavam a pedir. Havia/há aquela questão moral de não falhar com a pessoa que os estava a ajudar (eu) e para mim é difícil virar costas, penso muito que não sei o meu dia de amanhã, hoje estou bem mas sei lá se algum dia preciso. Depois tenho a mentalidade de quem faz o bem atrai coisas boas, nunca fui muito agarrada a coisas, da minha filha dei praticamente tudo, guardando apenas algumas coisas de recordação. As coisas não andam nada fáceis para ninguém, ainda este mês aveiei algumas compras para uma família próxima em apuros, tenha eu saúde e trabalho. Isto acaba por ter alguma influência a forma como fomos educadas. A minha avó faleceu no ano passado e tinha a casa toda montada, os meus pais podiam ter vendido ou ficado com as coisas mas doaram tudo a uma família de emigrantes com filhos pequenos que estavam aflitos. Portanto, quando dou ou empresto tenho sempre em mente que a vida me dará em dobro e felizmente tem sido verdade.

Normalmente sigo a minha intuição e tem corrido bem. Também acho que não tenho ninguém com mau caráter por perto. 😀
Há uns meses uma pessoa próxima de mim com muitas posses decidiu comprar um automóvel modesto para um funcionário que já teve alguns problemas na vida (toxicodependência). Fui eu que tratei das papeladas, o carro ficou em nome do funcionário e a verdade é que ele todos os meses paga uma quantia conforme lhe dá jeito e já está quase pago. As pessoas ficam tão gratas que não falham.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Se fosse ao contrário, se fossem vocês a precisar muito de dinheiro, essa pessoa emprestaria?
Eu confesso que vou gerindo a minha vida assim, apesar de nunca ter emprestado grandes quantias, acho que o máximo foram 25€, eu empresto a quem sei que me emprestaria caso fosse eu a necessitar. Apesar de eu nunca ter tido a necessidade de pedir, essas pessoas nunca me ficaram a dever nada, por isso o meu instinto não me falhou. E acho mesmo que lá no fundo nós sabemos em quem podemos confiar que devolve ou que faria o mesmo por nós.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Lembrei-me muito de ti...
Faz uma semana almocei no continente e ficava mais barato comprar um menu com café, mas eu não queira o café. Acabei por oferece-lo à 1a pessoa que estava na fila para pedir 1 café.
Hoje o meu filho estava a fazer uma birra porque não queria o pão partido a meio (ele gosta de tudo inteiro) a rapariga percebeu e foi à mesa oferecer-lhe um pão inteiro.

fmmartins escreveu:

MisaL escreveu:Que bonito pensamento! Não tenho as coisas assim tão presentes a diário, mas é um facto que acontece.
Há muitos anos uma amiga, recente na altura, emprestou-me dinheiro para eu conseguir emigrar, para eu me aguentar lá até receber o 1o ordenado. Podia nunca mais me ter visto, deviamos ser amigas há pouco mais de um ano, e foi ela que se ofereceu para me emprestar. Fiquei para sempre grata por isso. Ela não tem necessitado de nada, mas quando alguém precisa "retribuo ao universo" o que ela me fez. Quando falamos nisto ela conta também que uma amiga a tinha ajudado com o dinheiro para tirar a carta de condução.

fmmartins escreveu:Eu já emprestei várias vezes a pessoas próximas mas devolveram sempre. Houve uma altura que se tornou uma bola de neve, emprestava, eles devolviam e voltavam a pedir. Havia/há aquela questão moral de não falhar com a pessoa que os estava a ajudar (eu) e para mim é difícil virar costas, penso muito que não sei o meu dia de amanhã, hoje estou bem mas sei lá se algum dia preciso. Depois tenho a mentalidade de quem faz o bem atrai coisas boas, nunca fui muito agarrada a coisas, da minha filha dei praticamente tudo, guardando apenas algumas coisas de recordação. As coisas não andam nada fáceis para ninguém, ainda este mês aveiei algumas compras para uma família próxima em apuros, tenha eu saúde e trabalho. Isto acaba por ter alguma influência a forma como fomos educadas. A minha avó faleceu no ano passado e tinha a casa toda montada, os meus pais podiam ter vendido ou ficado com as coisas mas doaram tudo a uma família de emigrantes com filhos pequenos que estavam aflitos. Portanto, quando dou ou empresto tenho sempre em mente que a vida me dará em dobro e felizmente tem sido verdade.

Normalmente sigo a minha intuição e tem corrido bem. Também acho que não tenho ninguém com mau caráter por perto. 😀
Há uns meses uma pessoa próxima de mim com muitas posses decidiu comprar um automóvel modesto para um funcionário que já teve alguns problemas na vida (toxicodependência). Fui eu que tratei das papeladas, o carro ficou em nome do funcionário e a verdade é que ele todos os meses paga uma quantia conforme lhe dá jeito e já está quase pago. As pessoas ficam tão gratas que não falham.

fmmartins -
Offline
Desde 14 Dez 2016

MisaL escreveu:
Lembrei-me muito de ti...
Faz uma semana almocei no continente e ficava mais barato comprar um menu com café, mas eu não queira o café. Acabei por oferece-lo à 1a pessoa que estava na fila para pedir 1 café.
Hoje o meu filho estava a fazer uma birra porque não queria o pão partido a meio (ele gosta de tudo inteiro) a rapariga percebeu e foi à mesa oferecer-lhe um pão inteiro.

fmmartins escreveu:

MisaL escreveu:Que bonito pensamento! Não tenho as coisas assim tão presentes a diário, mas é um facto que acontece.
Há muitos anos uma amiga, recente na altura, emprestou-me dinheiro para eu conseguir emigrar, para eu me aguentar lá até receber o 1o ordenado. Podia nunca mais me ter visto, deviamos ser amigas há pouco mais de um ano, e foi ela que se ofereceu para me emprestar. Fiquei para sempre grata por isso. Ela não tem necessitado de nada, mas quando alguém precisa "retribuo ao universo" o que ela me fez. Quando falamos nisto ela conta também que uma amiga a tinha ajudado com o dinheiro para tirar a carta de condução.

fmmartins escreveu:Eu já emprestei várias vezes a pessoas próximas mas devolveram sempre. Houve uma altura que se tornou uma bola de neve, emprestava, eles devolviam e voltavam a pedir. Havia/há aquela questão moral de não falhar com a pessoa que os estava a ajudar (eu) e para mim é difícil virar costas, penso muito que não sei o meu dia de amanhã, hoje estou bem mas sei lá se algum dia preciso. Depois tenho a mentalidade de quem faz o bem atrai coisas boas, nunca fui muito agarrada a coisas, da minha filha dei praticamente tudo, guardando apenas algumas coisas de recordação. As coisas não andam nada fáceis para ninguém, ainda este mês aveiei algumas compras para uma família próxima em apuros, tenha eu saúde e trabalho. Isto acaba por ter alguma influência a forma como fomos educadas. A minha avó faleceu no ano passado e tinha a casa toda montada, os meus pais podiam ter vendido ou ficado com as coisas mas doaram tudo a uma família de emigrantes com filhos pequenos que estavam aflitos. Portanto, quando dou ou empresto tenho sempre em mente que a vida me dará em dobro e felizmente tem sido verdade.

Normalmente sigo a minha intuição e tem corrido bem. Também acho que não tenho ninguém com mau caráter por perto. 😀
Há uns meses uma pessoa próxima de mim com muitas posses decidiu comprar um automóvel modesto para um funcionário que já teve alguns problemas na vida (toxicodependência). Fui eu que tratei das papeladas, o carro ficou em nome do funcionário e a verdade é que ele todos os meses paga uma quantia conforme lhe dá jeito e já está quase pago. As pessoas ficam tão gratas que não falham.

🤩🥰 vês, vês...