Embriões Vitrificados - Doaçao | De Mãe para Mãe

Embriões Vitrificados - Doaçao

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6 mensagens
bruninhas -
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Desde 24 Set 2008

Estou num dilema, tenho um embrião vitrificado mas já tenho 3 filhos e mais de 40 anos. Por um lado não já não tenho aquela vontade de ser mãe outra vez, por outro não gosto de imaginar que existe um irmão dos meus filhos algures... É certo que posso dizer à clínica para destruir o embrião e não doar, mas também soa estranho para quem teve tanta dificuldade em engravidar como eu... E tb não me garante que a clínica o faça...

Alguém está na mesma situação?
O que fariam?

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

É um dilema muito comum. Acho que deve fazer o que a faz sentir melhor e o deixa com menos dúvidas. Mesmo não tendo sido fácil para si, não se deve sentir pressionada, nem ninguém tem de julgar as opções que fizer.
No entanto, não deve encarar como "irmãos" ou "filhos", partilham carga genética, ser irmão, pai, mãe, filho, é outra questão. Pense que é como doar sangue, medula, órgãos, estará a ajudar alguém a ter uma vida melhor ou a realizar um sonho. Se não for capaz de fazer essa abstração, não faça a doação. Pode aguardar mais para decidir? Pode voltar a pensar mais tarde.
Eu não tive de passar por essa situação, mas estaria mais longe de recorrer a um processo de tratamento de fertilidade "mais invasivo" do que de doar algo meu. Cada pessoa terá as suas crenças, opções, o importante é decidir o que lhe fará melhor, o que a deixará mais tranquila.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

É uma escolha e uma decisão muito pessoal. Não tive de passar por essa decisão (não sobrou qualquer embrião para congelar quando fiz FIV) mas tenho a certeza que seria incapaz de doar, embora admire profundamente quem o faz. Não é uma doação como outra qualquer, efetivamente está ali um conjunto de células que é irrepetível, que resulta da combinação de genes de duas pessoas específicas e que para todos os efeitos, biologicamente, originará uma criança que é irmã dos seus outros filhos.
Pense bem, fale com o marido (é uma decisão do casal) e se não estiver segura, não o faça. Se der ordem à clínica para destruir o embrião, claro que têm de o fazer, seria gravíssimo usarem-no sem consentimento.

bruninhas -
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Desde 24 Set 2008

Obrigada pelas respostas, de facto não existem decisões certas mas sim aquilo que mos fará sentir melhor. Mas neste caso nenhuma das opções me faz sentir bem!
Engravidar de novo - sinto que é algo demasiado pesado para agora , apesar de gostar de imaginar a cara de um novo bebé.

Foar o embrião - sinto que estou a doar algo que é meu, um irmão dos meus filhos

Destruir-Sinto como se fosse um aborto...

Que confusão!!
Não chego a nenhuma conclusão...

bruninhas -
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Desde 24 Set 2008

Obrigada pelas respostas, de facto não existem decisões certas mas sim aquilo que nos fará sentir melhor. Mas neste caso nenhuma das opções me faz sentir bem!
Engravidar de novo - sinto que é algo demasiado pesado para agora , apesar de gostar de imaginar a cara de um novo bebé.

Doar o embrião - sinto que estou a doar algo que é meu, um irmão dos meus filhos

Destruir-Sinto como se fosse um aborto...

Que confusão!!
Não chego a nenhuma conclusão...

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Sim, não é igual, não era nesse sentido, mas quem doa não pode pensar que doou um filho ou se decidir destruir pensar que aborta ou desiste de um filho. Porque depois psicologicamente torna-se muito pesado e sem solução.
Mas também nunca tive embriões congelados, não sei que sentimento se tem em relação a esses embriões que ficam lá.

guialmi escreveu:
É uma escolha e uma decisão muito pessoal. Não tive de passar por essa decisão (não sobrou qualquer embrião para congelar quando fiz FIV) mas tenho a certeza que seria incapaz de doar, embora admire profundamente quem o faz. Não é uma doação como outra qualquer, efetivamente está ali um conjunto de células que é irrepetível, que resulta da combinação de genes de duas pessoas específicas e que para todos os efeitos, biologicamente, originará uma criança que é irmã dos seus outros filhos.
Pense bem, fale com o marido (é uma decisão do casal) e se não estiver segura, não o faça. Se der ordem à clínica para destruir o embrião, claro que têm de o fazer, seria gravíssimo usarem-no sem consentimento.