Dúvida - Inseminação artificial | De Mãe para Mãe

Dúvida - Inseminação artificial

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8 mensagens
Mia. -
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Desde 12 Set 2013

Tenho uma dúvida que gostaria de colocar a quem me souber responder: na inseminação artificial a mulher solteira, existe algum tipo de avaliação / aconselhamento psicológico prévio?
Uma vizinha dos meus pais, que conheço desde a minha infância, sempre quis ser mãe. Esteve casada duas vezes e divorciou-se, e agora aos 40 e alguns anos quer avançar para o projecto de maternidade sozinha. No entanto, estamos todos muito preocupados com ela, porque mostra-se muito instável emocionalmente. Quer ser mãe e põe isso acima de tudo (o que eu compreendo, é um sonho de infância), mas não se preocupa com o facto de estar desempregada e sem rendimentos próprios, com um relacionamento extra conjugal, como se o ter um(a) filho(a) fosse o remédio para todos os problemas dela. Aliás, até fala em ter gémeos porque assim faziam companhia um ao outro(?!) e pediu um empréstimo pessoal para avançar com os tratamentos. Por muitas conversas que possamos ter com ela, ela não ouve ninguém.
A minha mãe, há dias, disse-lhe que podia ser importante procurar um psicólogo, porque é importante para a mudança grande que vai(?) ter, porque um bebé exige tempo, disponibilidade, tranquilidade, segurança... e ela achou aquilo um insulto.
Por isso: há avaliação psicológica? Há limite de idade para tratamentos? Só mesmo por curiosidade!
Obrigada!

Desde 23 Ago 2020

Penso que não há tratamento psicológico
E entendo a sua parte e a da outra senhora, o relógio biológico dela já está a acabar e é perceptível o "comportamento" dela , há idade para os tratamentos no público, no privado nao sei sinceramente

Lilith80 -
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Desde 27 Jul 2018

Porque é que haveria de existir essa avaliação/aconselhamento prévio a uma mulher solteira que decide ser mãe através tratamento? Também não existe se a mesma decide/pode ser mãe de forma "natural"...é uma decisão pessoal e um sonho demasiado poderoso para ser colocado à consideração de terceiros (a menos que a própria assim entenda).

Anasofiabdc -
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Desde 12 Jul 2020

Na minha opinião a maioria das pessoas que decidem ter filhos deviam de certo modo ter acompanhamento psicológico. Compreendo a sua preocupação e sei que vem de um motivo, no entanto não acho que se deva preocupar com este assunto de outra pessoa. Tantos bebés que nascem em condições menos favoráveis e têm tudo o que precisam para serem saudáveis e felizes.

Ana1416 (não verificado)

Haja tempo para se meterem na vida de outra pessoa...

Mama do Martim -
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Desde 29 Mar 2010

A senhora achou um insulto tal como qualquer pessoa acharia.
Se a senhora está desempregada e sem rendimentos como conseguiu um crédito pessoal???
A vontade da senhora aqui descrita em ter um filho não me parece diferente das muitas mulheres que por aqui andam a tentar engravidar,apenas optou por um método diferente e que olhe sinceramente até a pode livrar de muitos problemas(problemas na relação,separação,guarda do filho).

Espero que se a senhora em questão conseguir ser mãe quem tanto se mete na vida dela depois seja proativo e se voluntarie para ajudar na mesma proporção em que a julgam e metem o nariz onde não são chamados

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Não há avaliação psicológica obrigatória e a idade limite para os tratamento no privado penso que andará nos 50... Se o médico a que recorrer perceber que se trata de uma pessoa instável psicologicamente pode aconselhar apoio, mas pode não ser fácil ter essa perceção.
Eu percebo a preocupação, mas está fora das vossas mãos fazer seja o que for, a não ser estar por perto quando e se houver um filho.
De qualquer modo, e sendo muito racional, com 40 e poucos anos (42?43?) as probabilidades de conceber através de inseminação artificial e mesmo FIV não são brilhantes, o mais provável é que sejam necessárias várias tentativas e eventualmente doação de óvulos. Financeiramente, para uma pessoa sozinha e desempregada, é uma despesa pesadíssima.

Mia. -
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Desde 12 Set 2013

Obrigada a todas pela vossa partilha!
A minha preocupação é com ela enquanto pessoa, não com as decisões dela. Não se trata de meter o nariz onde não se é chamado, mas sim de uma preocupação com amigos (porque por acaso são vizinhos). Não se preocupam com os/as vossos/as amigos/as, querendo o melhor para eles? Pois, aqui preocupamo-nos e estamos atentos. Com ela, repito.
A decisão é sempre da própria, evidentemente, mas há momentos em que um aconselhamento poderia ser benéfico. Obrigada. Sorriso