Dinâmica familiar | De Mãe para Mãe

Dinâmica familiar

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CarinaDMSantos -
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Desde 06 Fev 2020

Boa noite isto é mais um desabafo .
É o seguinte tenho 2 filhas uma de 5 anos e outra de 5 meses . A questão é que a relação com o meu companheiro não vai nada bem e cada vez pior , o apoio dele é nulo . Passo a explicar . Ele trabalha de noite e eu estou de licença maternidade ainda . A questão é que eu faço tudo em casa - (banhos roupas comida loiças limpeza enfim tudo ) , e estou a chegar ao meu limite e ele acha que eu estou mal . Peço para ajudar em alguma coisa está sempre a reclamar , nunca deu 1 banho na filha , só grita ,nunca tem paciência para nada , peço ajuda todos os dias ouço - estou cansado de trabalhar porra , mas aos gritos . Se lhe peço alguma coisa a resposta é - vou trabalhar , trabalho que nem um camelo.
Só há discussões constantes está sempre mal disposto sempre a queixar se de tudo , óbvio que como estou em casa , teria de fazer mais , mas sou uma autêntica escrava do lar. Se lhe peço para pegar na menina começar a reclamar que nunca pode estar sossegado . Dorme até as 18-19 da tarde(derivado ao turno dele ) ,mas acorda SEMPRE mal disposto , tenho de ter sempre.muito cuidado com o que digo porque leva absolutamente tudo a mal começa a reclamar porque o jantar não está feito , e a gritar que quer comer . Não lava1 prato . Eu estou mesmo no limite de me separar não consigo viver assim as discussões tiram me a vontade de fazer tudo , sinto me esgotada e sem paciência . Ele não tem paciência para brincar com as filhas . Só quer estar a jogar no telemóvel , basicamente parece que tenho 3 filhos , vou voltar ao trabalho nesta sexta e isto vai ser bonito . Opiniões conselhos precisasse , não dá para falar com ele está se a tornar numa pessoa que me mete repúdio , já o mandei inclusive sair daqui muitas vezes pois a casa é minha . Não me sinto sinto confortável com isto . Se a mais velha que atenção começa aos gritos , se a mais nova choraminga começa a ficar irritado . Eu estou mesmo a chegar ao limite , já aguentei até aqui estou prestes a pegar nas minhas filhas e sair eu , ninguém consegue viver amargurada assim . Não fazemos atividades em família nenhumas ! Eu ando sempre exausta de fazer absolutamente tudo sozinha . Não há dinâmica familiar aqui nenhuma , vou das opostas .
Para não falar que a vida sexual é nula , pois eu ando saturada ele não me ajuda em nada despreza-me mas depois exige , não consigo fazer nada pois sinto-me usada !
Há dias em que acordo determinada em por um ponto final nisto , mas depois , deixo andar , mas isto já está para alem do tolerável . Ele recusa se a sair daqui não me leva a sério . Tenho o jardim com as plantas para podar , eu não tenho tempo e ele podia fazer isso no fim de semana mas nunca o faz está sempre a cair aos penados , parece que trabalha 15 horas por dia (trabalha 7) .
Sempre mal encarado , não há nada que goste nele neste momento . Pergunto me se vale a pena sequer continuar com isto pois não vejo futuro .

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Acho que já sabe a resposta..nem você nem as meninas merecem uma vida tão triste..😔

Veronica Valente -
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Desde 21 Jun 2019

Olá Carina... Como a compreendo... É esgotante que seja a Carina a fazer tudo e a dar conta de tudo, e ainda para mais na sexta já regressa ao trabalho.
A Carina não tem que suportar tudo isso, tem duas filhas e não três... Porque dá forma como explica realmente parecem três filhos... Se a casa é sua penso que o melhor é não sair você daí... Se realmente o seu marido não muda de atitudes a relação não é saudável nem para si nem para as suas meninas. Qualquer coisa pode enviar msg. Força. Beijinhos

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Veio à procura de incentivo para avançar, Carina?
É muito fácil para quem está deste lado dizer-lhe que se vá embora, mas imagino-me no seu lugar e sei que não há nada fácil na sua situação.
Se o seu coração lhe diz que não está bem, trate de cuidar de si, de fazer contas à vida e procurar o apoio que vai precisar, providencie o fundamental para si e para as meninas. Mas analise bem a situação primeiro, converse com o seu marido, tente perceber o que se passa, e faça o que quer fazer com a certeza, e a consciência descansada, de que tentou tudo o que podia tentar. Se mesmo assim continuar a desejar sair desse casamento, não há nada que a impeça.
Um abraço cheio de força e coragem para si! Boa sorte!

Leticia _29 -
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Desde 12 Set 2019

Olhe eu só tenho um bebé.
O meu namorado também trabalha mas em horário laboral mas tem um trabalho exigente e muitas vezes trás trabalho para casa.
Eu estou em casa com o bebé.
No início foi difícil criamos uma rotina que servisse aos dois.
Agora eu estou em casa todo o dia com o bebé, quando ele chega a casa à hora do almoço da sempre colo ao bebé e muitas vezes da lhe o biberão quando acaba de almoçar enquanto que eu acabo. Temos um bebé de muito colo e as vezes se está mais chatinho não aguenta muito na alcofa ou na espreguiçadeira.
Ao fim do dia quando chega é ele que se encarrega do banho do bebé , de dar o leitinho e por a dormir. O banho nunca dei sozinha sequer, ou dão os dois ou da o pai, é o momento deles.
Enquanto isso eu faço o jantar.
Se por acaso for ao contrário, for eu a dar lhe o leite e deita lo vai o pai fazer o jantar.
Arrumar a cozinha à noite é sempre o pai para eu poder ir dormir mais cedo.
A meio e a noite eu dou o primeiro biberão ele dá o segundo e último dá noite, já de manhã praticamente.
Ao fim de semana as vezes fico eu com o bebé para ele ir descansar, muitas vezes fica ele para eu ler um livro descansada e muitas vezes dormimos os três.
Também está sempre com o menino ao colo a encher de beijos e a brincar.
Os filhos são dos dois.
Os dois têm que cuidar.
Esse "pai" não está a fazer nada.
Eu não o suportaria, além de não fazer nada em casa parece que não liga nenhuma aos filhos.
E não acho que por estar em casa tenha que fazer mais.
Como já me disseram aqui uma vez num tópico, cuidar de um bebé e de uma criança é um trabalho para 24 horas ele só trabalha 7, em relação a si ainda está no lucro.
Além disso ainda tem as coisas de casa
Se além disso a casa é sua eu dava um pontapé no ** desse homem.
Regule o poder parental e vá ser feliz com os seus filhos.

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

Eu acho que ja sabe o que fazer.
Ele precisa de uma boa licao.
Mas eu, nao saía de casa.
Se a casa é sua, eu informava-me quem é que poderia chamar para o pôr fora de casa.
Policia? Um mandato?
Mas alguem que fosse lá e o pusesse fora de casa.
Sem as meninas estarem, e com as malas já feitas.

ALES88 -
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Desde 14 Nov 2016

Quando o puder a andar já vai ser tarde, já devia ter ido. As filhas são dos dois, mesmo que um trabalhe e outro não. O meu marido trabalha 12h por dia, e em casa. Durante a noite evito que ele se levante, agora até se levanta mais porque eu grávida de gémeas em final de tempo e custa-me então levanta-se ele quando a miúda chama, mas até agora eu tentava fazer o máximo que conseguia porque sei que ele trabalha muito e é o nosso sustento. No entanto sempre ajudou em tudo. No banho, na muda das fraldas, nas noites mal dormidas, em dar de comer. Não cozinha nem limpa, mas isso faço eu durante o dia porque ele trabalha. E trabalhar em casa com uma miúda de dois anos e meio e agora gémeas não é fácil. Começa a trabalhar às 8 e só acaba pelas 23, portanto está mais que cansado. No entanto ajuda no que pode e tem tempo e paciência para tudo o resto. Se ainda por cima a casa é sua acho que já sabe a resposta...essa pessoa não é bom marido nem bom pai.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Fico sempre impressionada com a facilidade com que algumas foristas poriam os seus maridos na rua, longe das filhas, assim de uma assentada e até usando a polícia para correr com eles, sem terem um mínimo de sentimento, dúvida ou remorso por tais gestos e pelo homem, ou sequer pelo passado em conjunto e para com os sonhos que construíram um dia para o futuro. É rua que se faz tarde! Ou será tudo letra de quem tem maridos 5 estrelas e nem sonha sequer passar pela situação da Carina?
Uma separação, especialmente quando há filhos, é dificílima, sofrida, deixa marcas mesmo quando ambos concordam no divórcio, exige uma força interior imensa, ajudas exteriores e da família, pode compreender escaladas de comportamento até ao ponto de serem agressivos, é o desmoronar da vida em família diante dos nossos olhos, para todos, pais e filhos. Não se despacha um marido, pai dos nossos filhos, com um estalido de dedos. Isso só existe na cabeça de quem não se dispõe a reflectir sobre o assunto.
A Carina precisa é de quem a apoie e oriente no processo, se assim for. E isto se de facto estiver determinada a pôr termo ao casamento. Nem sempre situações más e difíceis são irreversíveis. Tudo depende dos protagonistas e da vontade que têm de regenerar o casamento. Por isso, calma, especialmente agora, em tempos estranhos, em que todos estamos um bocadinho afetados pelos efeitos da pandemia. É preciso calma e ponderçao a dar conselhos sobre estes assuntos.

Leticia _29 -
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Desde 12 Set 2019

Anotski85 escreveu:
Fico sempre impressionada com a facilidade com que algumas foristas poriam os seus maridos na rua, longe das filhas, assim de uma assentada e até usando a polícia para correr com eles, sem terem um mínimo de sentimento, dúvida ou remorso por tais gestos e pelo homem, ou sequer pelo passado em conjunto e para com os sonhos que construíram um dia para o futuro. É rua que se faz tarde! Ou será tudo letra de quem tem maridos 5 estrelas e nem sonha sequer passar pela situação da Carina?
Uma separação, especialmente quando há filhos, é dificílima, sofrida, deixa marcas mesmo quando ambos concordam no divórcio, exige uma força interior imensa, ajudas exteriores e da família, pode compreender escaladas de comportamento até ao ponto de serem agressivos, é o desmoronar da vida em família diante dos nossos olhos, para todos, pais e filhos. Não se despacha um marido, pai dos nossos filhos, com um estalido de dedos. Isso só existe na cabeça de quem não se dispõe a reflectir sobre o assunto.
A Carina precisa é de quem a apoie e oriente no processo, se assim for. E isto se de facto estiver determinada a pôr termo ao casamento. Nem sempre situações más e difíceis são irreversíveis. Tudo depende dos protagonistas e da vontade que têm de regenerar o casamento. Por isso, calma, especialmente agora, em tempos estranhos, em que todos estamos um bocadinho afetados pelos efeitos da pandemia. É preciso calma e ponderçao a dar conselhos sobre estes assuntos.

Anokas vai me desculpar mas parece me que o pai das filhas da carina não está propriamente preocupado nem com as filhas nem com a mulher.
Remorsos? Remorsos devia ter ele de tratar assim a mulher que lhe deu duas filhas e que tem vindo a cuidar dos três sem nenhuma ajuda.
A pandemia não pode servir de desculpa para tudo, estamos todos cansados e isso não é desculpa para não se cuidar dos filhos, para não fazer nada em casa e ainda berrar com a mulher.
Para mim berrar, andar sempre de mau humor, tratar mal a mulher já está ali a caminhar se para um ambiente violento que não é bom para ninguém
Para além do facto de nem com as filhas brincar. Que pai é este? Merece que se tenha pena? Olhe eu não tenho. E se fosse meu marido, namorado companheiro o que fosse punha o andar sim, porque eu e nenhuma mulher merece ser tratada como lixo. E não tinha pena nenhuma.
E olhe que o meu namorado não é perfeito ninguém é, agora quando achei que ele podia fazer mais e não estava a fazer conversámos e ele melhorou.
Agora quando se conversa como a carina já disse que conversou, quando se tenta que o homem mude e ele não muda, e como diz que chegou agora a um ponto que nem consegue conversar que solução resta? Continuar a aturar? Já foi o tempo em que uma mulher era obrigada a aturar estas coisas.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Anotski85 escreveu:
Fico sempre impressionada com a facilidade com que algumas foristas poriam os seus maridos na rua, longe das filhas, assim de uma assentada e até usando a polícia para correr com eles, sem terem um mínimo de sentimento, dúvida ou remorso por tais gestos e pelo homem, ou sequer pelo passado em conjunto e para com os sonhos que construíram um dia para o futuro. É rua que se faz tarde! Ou será tudo letra de quem tem maridos 5 estrelas e nem sonha sequer passar pela situação da Carina?
Uma separação, especialmente quando há filhos, é dificílima, sofrida, deixa marcas mesmo quando ambos concordam no divórcio, exige uma força interior imensa, ajudas exteriores e da família, pode compreender escaladas de comportamento até ao ponto de serem agressivos, é o desmoronar da vida em família diante dos nossos olhos, para todos, pais e filhos. Não se despacha um marido, pai dos nossos filhos, com um estalido de dedos. Isso só existe na cabeça de quem não se dispõe a reflectir sobre o assunto.
A Carina precisa é de quem a apoie e oriente no processo, se assim for. E isto se de facto estiver determinada a pôr termo ao casamento. Nem sempre situações más e difíceis são irreversíveis. Tudo depende dos protagonistas e da vontade que têm de regenerar o casamento. Por isso, calma, especialmente agora, em tempos estranhos, em que todos estamos um bocadinho afetados pelos efeitos da pandemia. É preciso calma e ponderçao a dar conselhos sobre estes assuntos.

Anotski, eu concordo plenamente que näo devemos colocar um ponto final num casamento de uma forma täo leviana e precipitada, mas näo me parece ser este o caso. Eu penso que deveria pedir ao marido para sair de casa, sim, durante um tempo (semanas ou meses), para ele refletir e para a Carina tirar uma folga do abuso psicológico a que está a ser sujeita.
Acredita que é mais fácil estar sozinha com 2 filhos, do que ter um parceiro que nos desgasta emocionalmente.
O meu companheiro tem TEA, teve imensa dificuldade em lidar com as alteraçöes todas que aconteceram na vida dele (já é bastante desafiante para um neurotípico, imagina para um autista), e acabou por se refugiar no mundinho dele, passava imenso tempo no computador, e eu näo tinha ajuda. Eu sentia que näo tinha um companheiro mas sim um filho adolescente. Nunca chegou a ser agressivo como o marido da Carina, mas também fazia o seu ar de enfado, também gritava de vez em quando quando eu gritava com ele porque eu näo conseguia que ele se mexesse de outra forma. Eu transformei-me numa pessoa que näo reconhecia nem gostava. Fiz-lhe vários ultimatos, e fui pedir ajuda especializada para conseguirmos mudar o rumo que a nossa relaçäo estava a tomar.
A situaçäo que a carina descreve é muito, muito pior do que o que eu vivi. Existe uma falta de respeito muito grande da parte do marido. Isto näo é vida para ninguém, muito menos para uma mulher que se encontra num estado de fragilidade, com um bebé e uma criança pequena a cargo. É cruel.
Näo tem de ser uma ruptura definitiva, poderá ser apenas um afastamento temporário, só o tempo o dirá. Mas uma coisa é certa, a mágoa irá perdurar por muito tempo. Säo feridas muito profundas. É duro quando näo temos o apoio de quem nos deveria proteger e amar acima de tudo. Sente-se isso como uma traiçäo, como um ataque ao bem estar dos nossos filhos.

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

Eu só pergunto à Anotski se este homem têm alguma consideração e respeito pela mãe dos filhos? É que provavelmente é por muitas pensarem assim que depois vemos nas notícias que foram mortas pelos companheiros, porque coitadinhos são os pais dos filhos e há que dar a oportunidade. É claro que estou a falar de extremos mas esta mãe tem o direito de ser feliz e as crianças de crescerem num bom ambiente e o progenitor não parece disposto a contribuir para isso!

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Eu compreendo o que a Letícia e a Sansa expõem. Mas o meu ponto é o modo como tudo parece preto no branco a quem diz "corra com ele". Reparem, estão a falar do pai dos filhos da Carina, de alguém que ela amou e talvez ainda ame e, por muito que pareça fácil sair de uma situação destas, não é. É preciso cuidar de que a pessoa que toma essa iniciativa esteja munida das forças e do apoio que vai precisar para seguir caminho.
Mas é preciso também que o faça com a consciência tranquila, de que tentou tudo o que poderia tentar. Afinal de contas, quando lemos aqui os relatos neste ponto, estamos a ler alguém que atingiu o seu ponto de saturação, mas não sabemos como era a vida antes... Sempre foi assim? Não foram felizes antes? O marido nunca foi cooperante e amigo? Se foi, o que mudou e por que razão? Será a vida de trabalho por turno que o está a esgotar? Será que ele está doente e precisa de ajuda? Será que o fechamento, a agressividade verbal e a alienação face à família são sintomas de uma perturbação de algum tipo? Ou será só mesmo falta de caráter e de amor? Eu não sei isso e vocês também não. Só a Carina pode saber.
Isto para dizer apenas que devemos ser mais comedidas nas palavras e mais focadas em orientar a pessoa para refletir sobre o que quer mesmo fazer e como o vai fazer. Não quero dizer, nunca, que uma mulher ou homem que se sente mal no seu casamento deve continuar nele. Não é isso. É apenas trazer a consciência de que estamos a falar da dissolução de uma família, de sonhos de outras pessoas, e que devemos fazê-lo com mais ponderação e cuidado. Só isso.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Ana Maria Costa1 escreveu:
Eu só pergunto à Anotski se este homem têm alguma consideração e respeito pela mãe dos filhos? É que provavelmente é por muitas pensarem assim que depois vemos nas notícias que foram mortas pelos companheiros, porque coitadinhos são os pais dos filhos e há que dar a oportunidade. É claro que estou a falar de extremos mas esta mãe tem o direito de ser feliz e as crianças de crescerem num bom ambiente e o progenitor não parece disposto a contribuir para isso!

Oh Ana Maria, se eu tivesse capacidades intelectuais diminuídas deixar-me-ia apanhar pela trama falaciosa. Felizmente não tenho. E espero que a Carina também não. Se quiser continuar a tresler o que eu escrevi à luz do sensacionalismo bacoco da CMTV, prossiga à sua vontade.

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

Carina! É muito complicado o que estás a passar... imagino a pressão e a dor, assim como a solidão nesse processo sem um companheiro...
Só tu sabes o que fazer? Quanto é para colocar um ponto final nós sabemos, sentimos em nós que não dá mais...
Compreendo que digas que não consegues já falar com ele mas sinceramente para mim acho que tens que acalmar a tua cabeça, tendo espaço e descanso e pensar com calma o que queres.
Não consegues ter ajuda? Mãe, sogra tios, primos, amigas, etc...? Só para descansares a cabeça e pensares bem o que queres... tomar conta de ti, pensar com calma.
Não acredito em tomadas de decisão de cabeça quente, mas acredito que às vezes as relações não têm solução e são mais felizes separados...
Vocês precisam de espaço, um do outro... não podes arcar com isso tudo sozinha...
Eu já passei por um momento mau desses e coloquei-o fora de casa... estivemos 3 meses separados, nesse tempo aproveite o tempo em que tinha ajudas para tomar conta de mim, saber bem o meu valor e o que quero... 3 meses depois ele voltou a implorar para o aceitar de volta, que ia mudar eu estava já muito enquadrada no meu pensamento, mais segura... coloquei as minhas condições... disse o que queria para uma relação, um companheiro e se não ia ajudar em casa e com a nossa filha eu ia contratar alguém, senão nada feito e assim foi. Se virou tudo um mar de rosas, não? Mas ainda existia amor, descobrimos isso no tempo separados... e hoje lutamos por uma relação em melhores condições.

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Anotski não concordo. Há pessoas que estão tão enterradas no seu problema que acham que é"normal" sofrer. Que é normal um esposo não partilhar a vida. As crianças acham que gritos e conflitos são normais. A perspectiva de fora é muito importante. A autora do post merece melhor. É importante que o saiba.

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

Anete Silva escreveu:
Carina! É muito complicado o que estás a passar... imagino a pressão e a dor, assim como a solidão nesse processo sem um companheiro...
Só tu sabes o que fazer? Quanto é para colocar um ponto final nós sabemos, sentimos em nós que não dá mais...
Compreendo que digas que não consegues já falar com ele mas sinceramente para mim acho que tens que acalmar a tua cabeça, tendo espaço e descanso e pensar com calma o que queres.
Não consegues ter ajuda? Mãe, sogra tios, primos, amigas, etc...? Só para descansares a cabeça e pensares bem o que queres... tomar conta de ti, pensar com calma.
Não acredito em tomadas de decisão de cabeça quente, mas acredito que às vezes as relações não têm solução e são mais felizes separados...
Vocês precisam de espaço, um do outro... não podes arcar com isso tudo sozinha...
Eu já passei por um momento mau desses e coloquei-o fora de casa... estivemos 3 meses separados, nesse tempo aproveite o tempo em que tinha ajudas para tomar conta de mim, saber bem o meu valor e o que quero... 3 meses depois ele voltou a implorar para o aceitar de volta, que ia mudar eu estava já muito enquadrada no meu pensamento, mais segura... coloquei as minhas condições... disse o que queria para uma relação, um companheiro e se não ia ajudar em casa e com a nossa filha eu ia contratar alguém, senão nada feito e assim foi. Se virou tudo um mar de rosas, não? Mas ainda existia amor, descobrimos isso no tempo separados... e hoje lutamos por uma relação em melhores condições.

Aqui está a diferença! A Anete consegue ver isto pelas necessidades da mãe, pelo que ela está a sentir, a necessidade que ela tem de apoio e não só com o que se possa estar a passar do outro lado!

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Concordo com a anotski mas acho que já estamos a passar um limite que foi descrito pela sansa.
Não é fácil. Mt provavelmente ele precisa de ajuda, o problema é aceitar isso.

MALT -
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Desde 27 Jul 2019

Leticia _29 escreveu:
Olhe eu só tenho um bebé.
O meu namorado também trabalha mas em horário laboral mas tem um trabalho exigente e muitas vezes trás trabalho para casa.
Eu estou em casa com o bebé.
No início foi difícil criamos uma rotina que servisse aos dois.
Agora eu estou em casa todo o dia com o bebé, quando ele chega a casa à hora do almoço da sempre colo ao bebé e muitas vezes da lhe o biberão quando acaba de almoçar enquanto que eu acabo. Temos um bebé de muito colo e as vezes se está mais chatinho não aguenta muito na alcofa ou na espreguiçadeira.
Ao fim do dia quando chega é ele que se encarrega do banho do bebé , de dar o leitinho e por a dormir. O banho nunca dei sozinha sequer, ou dão os dois ou da o pai, é o momento deles.
Enquanto isso eu faço o jantar.
Se por acaso for ao contrário, for eu a dar lhe o leite e deita lo vai o pai fazer o jantar.
Arrumar a cozinha à noite é sempre o pai para eu poder ir dormir mais cedo.
A meio e a noite eu dou o primeiro biberão ele dá o segundo e último dá noite, já de manhã praticamente.
Ao fim de semana as vezes fico eu com o bebé para ele ir descansar, muitas vezes fica ele para eu ler um livro descansada e muitas vezes dormimos os três.
Também está sempre com o menino ao colo a encher de beijos e a brincar.
Os filhos são dos dois.
Os dois têm que cuidar.
Esse "pai" não está a fazer nada.
Eu não o suportaria, além de não fazer nada em casa parece que não liga nenhuma aos filhos.
E não acho que por estar em casa tenha que fazer mais.
Como já me disseram aqui uma vez num tópico, cuidar de um bebé e de uma criança é um trabalho para 24 horas ele só trabalha 7, em relação a si ainda está no lucro.
Além disso ainda tem as coisas de casa
Se além disso a casa é sua eu dava um pontapé no ** desse homem.
Regule o poder parental e vá ser feliz com os seus filhos.

Concordo a 100% com esta opinião.
O meu marido também é um pai super presente e ajuda em tudo o que pode e fa-lo com gosto. Adora brincar com a filha e cuidar dela.
Eu também era incapaz de viver numa relação como a que a autora descreve.
Faça o que é melhor para si e para as suas filhas!
Boa sorte!

Mag_M -
Offline
Desde 13 Jul 2018

Carina, antes de tudo, eu lamento profundamente o que estás a viver. Porque quando nos comprometemos com alguém e geramos uma família contamos com o apoio, companheirismo, cuidado e atenção do outro, e não estás a viver nada disso.
Não faço ideia nem presumo fazer do que se passa na cabeça do teu companheiro. Mas que tu não mereces isto, isso é mais que óbvio. Eu consigo colocar-me nos sapatos do outro e até pode ser que ele esteja mal por algum motivo, mas é um adulto e tem de pedir ajuda, se assim for. É muito fácil quando somos só dois e OK, há mais "espaço" de manobra para birras e afins, mas quando é preciso gerir uma casa e uma família temos de encontrar o adulto em nós e tomar decisões, trabalhar com o que há.
Nestas situações sempre acho que a pessoa é quem tem de decidir o seu caminho, e a mim cabe escutar. Uma relação não é feita apenas de um momento, não sei o contexto para trás, enfim... mas acho que posso dizer o seguinte: é preciso haver uma conversa séria, adulta, em que possa haver espaço para falar a verdade de cada um. E partir daí. Traçar limites, não deixar que se ultrapassem, que haja respeito. Não está a haver neste momento. Não pode haver, agora ou no futuro, um projecto comum se não houver respeito AGORA.

Anete Silva -
Offline
Desde 06 Fev 2019

É empatia pelo que já passei principalmente assim como acho que a sociedade é muito dura com a as mães a exigir sempre compreensão, aceitação, que aguentem tudo pela família, que resistam, que não tenham dores e sentimentos mas permissiva com os homens a dar sempre o benefício da dúvida...
Se ele não está bem que se vá tratar, está esgotado? Que vá procurar ajuda psicológica para ser um bom pai e marido porque neste momento não me parece estar a ser. O meu companheiro fez isso, foi procurar ajuda, começou a tomar medicação, estava deprimido e esgotado...
Ninguém o quer pintar como bicho papão, mas os homens também têm que ser responsáveis e maduros, não só as mulheres..
As hormonas pesam, a pressão pesa e tomar conta de duas crianças o dia todo é pesado! Se ele não consegue dar mais procure uma forma de a ajudar, arranje alguém para fazer a vez dele se está esgotado e trabalha muito, mas nunca atirar tudo para cima da mulher porque ela também não o merece!
Claramente estão os dois esgotados e não estão bem... então é preciso procurar estratégias para melhorar tudo, com responsabilidade mas também respeito por ambas as partes...
Ter filho é complicado! A privação de sono é uma chatice! O cansaço é imenso! As mulheres ficam chatas? Não é chatas... é cansadas e quando um homem decide estar numa família desculpem lá não é para estar agarrado ao telemóvel nem a se portar como um adolescente!

Ana Maria Costa1 escreveu:

Anete Silva escreveu:Carina! É muito complicado o que estás a passar... imagino a pressão e a dor, assim como a solidão nesse processo sem um companheiro...
Só tu sabes o que fazer? Quanto é para colocar um ponto final nós sabemos, sentimos em nós que não dá mais...
Compreendo que digas que não consegues já falar com ele mas sinceramente para mim acho que tens que acalmar a tua cabeça, tendo espaço e descanso e pensar com calma o que queres.
Não consegues ter ajuda? Mãe, sogra tios, primos, amigas, etc...? Só para descansares a cabeça e pensares bem o que queres... tomar conta de ti, pensar com calma.
Não acredito em tomadas de decisão de cabeça quente, mas acredito que às vezes as relações não têm solução e são mais felizes separados...
Vocês precisam de espaço, um do outro... não podes arcar com isso tudo sozinha...
Eu já passei por um momento mau desses e coloquei-o fora de casa... estivemos 3 meses separados, nesse tempo aproveite o tempo em que tinha ajudas para tomar conta de mim, saber bem o meu valor e o que quero... 3 meses depois ele voltou a implorar para o aceitar de volta, que ia mudar eu estava já muito enquadrada no meu pensamento, mais segura... coloquei as minhas condições... disse o que queria para uma relação, um companheiro e se não ia ajudar em casa e com a nossa filha eu ia contratar alguém, senão nada feito e assim foi. Se virou tudo um mar de rosas, não? Mas ainda existia amor, descobrimos isso no tempo separados... e hoje lutamos por uma relação em melhores condições.

Aqui está a diferença! A Anete consegue ver isto pelas necessidades da mãe, pelo que ela está a sentir, a necessidade que ela tem de apoio e não só com o que se possa estar a passar do outro lado!

DianaES -
Offline
Desde 08 Out 2013

Gostava de colocar umas questões, esse trabalho noturono, é desde quando? E esta situação de ele não mexer palhas, é desde quando?
Se o turno for recente, tenho a dizer que é preciso tempo de adaptação, não somos notívagos por natureza, e a falta de paciência, o mau humor e o explodir à mínima irritação são típicos... Na empresa onde trabalho há um gabinete de apoio ao trabalhador noturno porque se sabe que de facto a iniciação/adaptação é complicada.
Se ele nunca ajudou e só agora com o segundo filho se sente assoberbada, andaram mal... Estes maus hábitos instalam-se e depois é um cabo de trabalhos para se mudarem. Acho fundamental que percebam se ainda se gostam... Lembrar-se do que vos levou a apaixonarem-se... e perceber quando é que as coisas começaram a correr mal, para atuarem nesse ponto. Terem uma conversa franca, procurarem ajuda, não só para casa, se for possível alguém para as limpezas ou passar a ferro para deixar de se sentir assoberbada, e ajuda enquanto casal, terapia a dois... A vossa realidade mudou, vai ter que haver um esforço para mudarem hábitos, se houver sentimento acho que vale a pena investir, até porque se trata de um casamento com duas crianças. Quanto à vida sexual, é normal que esteja abalada se só discutem...é um círculo vicioso. Acho mesmo que se precisam sentar os dois e conversar a sério.

CarinaDMSantos -
Offline
Desde 06 Fev 2020

Já está neste trabalho há 8 meses , tivemos muito tempo em que era só eu a trabalhar porque infelizmente ele trabalhava em temporárias e andava sempre a saltar de trabalho em trabalho , isto começou agora pior foi quando vim para casa de ter a menina e de licença , ele não tem mesmo a noção do trabalho que tenho , desvaloriza muito .

DianaES escreveu:
Gostava de colocar umas questões, esse trabalho noturono, é desde quando? E esta situação de ele não mexer palhas, é desde quando?
Se o turno for recente, tenho a dizer que é preciso tempo de adaptação, não somos notívagos por natureza, e a falta de paciência, o mau humor e o explodir à mínima irritação são típicos... Na empresa onde trabalho há um gabinete de apoio ao trabalhador noturno porque se sabe que de facto a iniciação/adaptação é complicada.
Se ele nunca ajudou e só agora com o segundo filho se sente assoberbada, andaram mal... Estes maus hábitos instalam-se e depois é um cabo de trabalhos para se mudarem. Acho fundamental que percebam se ainda se gostam... Lembrar-se do que vos levou a apaixonarem-se... e perceber quando é que as coisas começaram a correr mal, para atuarem nesse ponto. Terem uma conversa franca, procurarem ajuda, não só para casa, se for possível alguém para as limpezas ou passar a ferro para deixar de se sentir assoberbada, e ajuda enquanto casal, terapia a dois... A vossa realidade mudou, vai ter que haver um esforço para mudarem hábitos, se houver sentimento acho que vale a pena investir, até porque se trata de um casamento com duas crianças. Quanto à vida sexual, é normal que esteja abalada se só discutem...é um círculo vicioso. Acho mesmo que se precisam sentar os dois e conversar a sério.

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

De facto cada família tem a sua dinâmica, enquanto eu estive de licença, era eu que acordava para alimentar a bebé... Repartia essa função com o pai apenas nas noites de sexta/sábado e sábado/domingo porque eu estando em casa podia ficar na cama até quando quisesse (e ficava), ao passo que o pai se levantava às 7h para um trabalho que exige concentração... Só me faz sentido dividir noites se estiverem ambos em casa... Ou ambos a trabalhar, mas há quem o faça de outro modo e funcione bem na mesma. E também como estava em casa ia tratando das lides de casa, porque conseguia claro, lembro-me que no final da gravidez foi sempre ele porque já não podia com a barriga, e nos primeiros tempos pós parto também era ele aos fins de semana porque fiz cesariana, não me sentia preparada para grandes esforços. Mas a verdade é que ele chegava do trabalho, tomava banho e assumia a bebé... era o momento dele com ela, enquanto eu saía, tantas vezes ia buscar comida fora até... Sempre demos banhos os dois... Quando regressei ao trabalho voltamos a partilhar tarefas e quando vimos que era muito assoberbado e motive de muita chatice decidimos chamar uma senhora para as limpezas e levar a roupa a passar fora. Atualmente diria que as coisas andam nuns 60/40 porque não faço questão de mais, mas sei dizer que não foi fácil... demorou a perceber que tem tanta obrigação quanto eu... Enfim, mas confesso que nunca cheguei a esses extremos que refere, mas também não imagino a vida com dois miúdos pequenos para gerir, sou-lhe franca, ia ser grande sacudidela no meu casamento, tenho a certeza!

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

CarinaDMSantos escreveu:
Já está neste trabalho há 8 meses , tivemos muito tempo em que era só eu a trabalhar porque infelizmente ele trabalhava em temporárias e andava sempre a saltar de trabalho em trabalho , isto começou agora pior foi quando vim para casa de ter a menina e de licença , ele não tem mesmo a noção do trabalho que tenho , desvaloriza muito .

DianaES escreveu:Gostava de colocar umas questões, esse trabalho noturono, é desde quando? E esta situação de ele não mexer palhas, é desde quando?
Se o turno for recente, tenho a dizer que é preciso tempo de adaptação, não somos notívagos por natureza, e a falta de paciência, o mau humor e o explodir à mínima irritação são típicos... Na empresa onde trabalho há um gabinete de apoio ao trabalhador noturno porque se sabe que de facto a iniciação/adaptação é complicada.
Se ele nunca ajudou e só agora com o segundo filho se sente assoberbada, andaram mal... Estes maus hábitos instalam-se e depois é um cabo de trabalhos para se mudarem. Acho fundamental que percebam se ainda se gostam... Lembrar-se do que vos levou a apaixonarem-se... e perceber quando é que as coisas começaram a correr mal, para atuarem nesse ponto. Terem uma conversa franca, procurarem ajuda, não só para casa, se for possível alguém para as limpezas ou passar a ferro para deixar de se sentir assoberbada, e ajuda enquanto casal, terapia a dois... A vossa realidade mudou, vai ter que haver um esforço para mudarem hábitos, se houver sentimento acho que vale a pena investir, até porque se trata de um casamento com duas crianças. Quanto à vida sexual, é normal que esteja abalada se só discutem...é um círculo vicioso. Acho mesmo que se precisam sentar os dois e conversar a sério.


E ele quando estava em casa tratava de tudo o que agora lhe cobra tratar?

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

DianaES escreveu:
De facto cada família tem a sua dinâmica, enquanto eu estive de licença, era eu que acordava para alimentar a bebé... Repartia essa função com o pai apenas nas noites de sexta/sábado e sábado/domingo porque eu estando em casa podia ficar na cama até quando quisesse (e ficava), ao passo que o pai se levantava às 7h para um trabalho que exige concentração... Só me faz sentido dividir noites se estiverem ambos em casa... Ou ambos a trabalhar, mas há quem o faça de outro modo e funcione bem na mesma. E também como estava em casa ia tratando das lides de casa, porque conseguia claro, lembro-me que no final da gravidez foi sempre ele porque já não podia com a barriga, e nos primeiros tempos pós parto também era ele aos fins de semana porque fiz cesariana, não me sentia preparada para grandes esforços. Mas a verdade é que ele chegava do trabalho, tomava banho e assumia a bebé... era o momento dele com ela, enquanto eu saía, tantas vezes ia buscar comida fora até... Sempre demos banhos os dois... Quando regressei ao trabalho voltamos a partilhar tarefas e quando vimos que era muito assoberbado e motive de muita chatice decidimos chamar uma senhora para as limpezas e levar a roupa a passar fora. Atualmente diria que as coisas andam nuns 60/40 porque não faço questão de mais, mas sei dizer que não foi fácil... demorou a perceber que tem tanta obrigação quanto eu... Enfim, mas confesso que nunca cheguei a esses extremos que refere, mas também não imagino a vida com dois miúdos pequenos para gerir, sou-lhe franca, ia ser grande sacudidela no meu casamento, tenho a certeza!

Mas sabes que só o simples facto de ficar um pouco com a bebé ao fim do dia, para nos dar descanso já é uma enorme ajuda?
A mim nunca me foi exigido nada, nem casa limpa, nem jantar pronto. Nunca senti essa pressäo a näo ser de mim mesma. Dormia até a minha filha acordar, e descansava quando ela dormia a sestas. Mas mesmo näo tendo que lidar com as tarefas domésticas, o cansaço era imenso, especialmemte o cansaço mental. A hiper-vigiläncia consome-nos as energias todas, e por isso é que mais do que ajuda doméstica, aquilo que uma mulher precisa mesmo é ajuda com os filhos. Ter um companheiro que cuide do bebé ao fim do dia para deixar a mäe espairecer, usufruir de umas horas sem estar permanentemente focada no bebé.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Anotski85 escreveu:
Fico sempre impressionada com a facilidade com que algumas foristas poriam os seus maridos na rua, longe das filhas, assim de uma assentada e até usando a polícia para correr com eles, sem terem um mínimo de sentimento, dúvida ou remorso por tais gestos e pelo homem, ou sequer pelo passado em conjunto e para com os sonhos que construíram um dia para o futuro. É rua que se faz tarde! Ou será tudo letra de quem tem maridos 5 estrelas e nem sonha sequer passar pela situação da Carina?
Uma separação, especialmente quando há filhos, é dificílima, sofrida, deixa marcas mesmo quando ambos concordam no divórcio, exige uma força interior imensa, ajudas exteriores e da família, pode compreender escaladas de comportamento até ao ponto de serem agressivos, é o desmoronar da vida em família diante dos nossos olhos, para todos, pais e filhos. Não se despacha um marido, pai dos nossos filhos, com um estalido de dedos. Isso só existe na cabeça de quem não se dispõe a reflectir sobre o assunto.
A Carina precisa é de quem a apoie e oriente no processo, se assim for. E isto se de facto estiver determinada a pôr termo ao casamento. Nem sempre situações más e difíceis são irreversíveis. Tudo depende dos protagonistas e da vontade que têm de regenerar o casamento. Por isso, calma, especialmente agora, em tempos estranhos, em que todos estamos um bocadinho afetados pelos efeitos da pandemia. É preciso calma e ponderçao a dar conselhos sobre estes assuntos.

Eu já passei por isto, e pu-lo a andar sem qualquer remorso. Devia ter tido? Por alguém que me tratava como uma criada, tinha de limpar lavar cozinhar tratar do filho e ainda ser chamada de preguiçosa quando caía à cama cheia de febre?
Eu trabalhava também fora de casa, e dentro de casa tinha de fazer tudo que ele era um rei e não mexia uma palha. Nem ir às compras ia, nem ficava com o filho para eu poder ir sossegada. Tinha de o levar e desenrascar-me.
Que remorsos tinha ele por me fazer isto?
Quando um homem nos trata assim não só deixamos de os amar, como começamos a não suporta-los. E quem nos pode julgar por isso? Quem é que tem respeito ou carinho ou remorsos por quem nos trata mal?

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Entre viver com alguém que nos maltrata a toda a hora e ser mãe solteira, acredito que a última seja bem mais fácil, pois o trabalho é o mesmo, já que nunca teve ajuda, e ao menos não é sujeita a tanta desconsideração.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Tyta.B escreveu:

Anotski85 escreveu:Fico sempre impressionada com a facilidade com que algumas foristas poriam os seus maridos na rua, longe das filhas, assim de uma assentada e até usando a polícia para correr com eles, sem terem um mínimo de sentimento, dúvida ou remorso por tais gestos e pelo homem, ou sequer pelo passado em conjunto e para com os sonhos que construíram um dia para o futuro. É rua que se faz tarde! Ou será tudo letra de quem tem maridos 5 estrelas e nem sonha sequer passar pela situação da Carina?
Uma separação, especialmente quando há filhos, é dificílima, sofrida, deixa marcas mesmo quando ambos concordam no divórcio, exige uma força interior imensa, ajudas exteriores e da família, pode compreender escaladas de comportamento até ao ponto de serem agressivos, é o desmoronar da vida em família diante dos nossos olhos, para todos, pais e filhos. Não se despacha um marido, pai dos nossos filhos, com um estalido de dedos. Isso só existe na cabeça de quem não se dispõe a reflectir sobre o assunto.
A Carina precisa é de quem a apoie e oriente no processo, se assim for. E isto se de facto estiver determinada a pôr termo ao casamento. Nem sempre situações más e difíceis são irreversíveis. Tudo depende dos protagonistas e da vontade que têm de regenerar o casamento. Por isso, calma, especialmente agora, em tempos estranhos, em que todos estamos um bocadinho afetados pelos efeitos da pandemia. É preciso calma e ponderçao a dar conselhos sobre estes assuntos.

Eu já passei por isto, e pu-lo a andar sem qualquer remorso. Devia ter tido? Por alguém que me tratava como uma criada, tinha de limpar lavar cozinhar tratar do filho e ainda ser chamada de preguiçosa quando caía à cama cheia de febre?
Eu trabalhava também fora de casa, e dentro de casa tinha de fazer tudo que ele era um rei e não mexia uma palha. Nem ir às compras ia, nem ficava com o filho para eu poder ir sossegada. Tinha de o levar e desenrascar-me.
Que remorsos tinha ele por me fazer isto?
Quando um homem nos trata assim não só deixamos de os amar, como começamos a não suporta-los. E quem nos pode julgar por isso? Quem é que tem respeito ou carinho ou remorsos por quem nos trata mal?

Tyta, eu já li vários posts teus e acho que fizeste muito bem. Da Carina não li nenhum para além deste. E pelo que leio mais abaixo a situação de mal estar é recente, pelo que há que ter cuidado com o que se aconselha. Além disso, o mal estar coincide com o surgimento da pandemia, o confinamento obrigatório, com o nascimento de uma filha, e com um novo emprego noturno por parte do marido. Tudo fontes de muito stress e desgaste para os dois. É certo para mim que as coisas não estão bem assim, a Carina sente-se mal e portanto não podem continuar desta forma. Mas também me é claro que expulsar literalmente o marido de casa não vai resolver o problema. Conversar com o marido francamente, reconhecerem que ambos estão mal e que precisam de espaço para respirar, e de ajuda, parece muito mais razoável. E civilizado também.

Leticia _29 -
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Desde 12 Set 2019

DianaES escreveu:
De facto cada família tem a sua dinâmica, enquanto eu estive de licença, era eu que acordava para alimentar a bebé... Repartia essa função com o pai apenas nas noites de sexta/sábado e sábado/domingo porque eu estando em casa podia ficar na cama até quando quisesse (e ficava), ao passo que o pai se levantava às 7h para um trabalho que exige concentração... Só me faz sentido dividir noites se estiverem ambos em casa... Ou ambos a trabalhar, mas há quem o faça de outro modo e funcione bem na mesma. E também como estava em casa ia tratando das lides de casa, porque conseguia claro, lembro-me que no final da gravidez foi sempre ele porque já não podia com a barriga, e nos primeiros tempos pós parto também era ele aos fins de semana porque fiz cesariana, não me sentia preparada para grandes esforços. Mas a verdade é que ele chegava do trabalho, tomava banho e assumia a bebé... era o momento dele com ela, enquanto eu saía, tantas vezes ia buscar comida fora até... Sempre demos banhos os dois... Quando regressei ao trabalho voltamos a partilhar tarefas e quando vimos que era muito assoberbado e motive de muita chatice decidimos chamar uma senhora para as limpezas e levar a roupa a passar fora. Atualmente diria que as coisas andam nuns 60/40 porque não faço questão de mais, mas sei dizer que não foi fácil... demorou a perceber que tem tanta obrigação quanto eu... Enfim, mas confesso que nunca cheguei a esses extremos que refere, mas também não imagino a vida com dois miúdos pequenos para gerir, sou-lhe franca, ia ser grande sacudidela no meu casamento, tenho a certeza!

Com uma bebé pequena podia ficar na cama até à hora que quisesse?
O meu as 6:30, quando não é antes está a pé.

CarinaDMSantos -
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Desde 06 Fev 2020

Aqui ele nunca se levantou para lhe dar comida , pois ela está a lm exclusivo .
E não é as noites mal dormidas pois felizmente não sofro de falta de sono , não sou pessoa de dormir muito e se dormir 7 horinhas já me sinto bem , sinto falta duma rotina familiar , ele basicamente dorme come e vai trabalhar mais nada , o resto é tudo a mim , eu adorava puder deixar a minha filha 15 minutos com ele para tomar um banho sem estar preocupada com a bebé.
Nas folgas dele não lhe exijo nada , pegar na filha e brincar com elas era o mínimo , no meio de tanta coisa acabo por não dar 100% as miúdas de mim e elas não têm a culpa , precisam de atenção ,eu faço o que posso , mas ter mais 1 a atrapalhar que é o que faz , não ajuda em nada Triste

DianaES escreveu:
De facto cada família tem a sua dinâmica, enquanto eu estive de licença, era eu que acordava para alimentar a bebé... Repartia essa função com o pai apenas nas noites de sexta/sábado e sábado/domingo porque eu estando em casa podia ficar na cama até quando quisesse (e ficava), ao passo que o pai se levantava às 7h para um trabalho que exige concentração... Só me faz sentido dividir noites se estiverem ambos em casa... Ou ambos a trabalhar, mas há quem o faça de outro modo e funcione bem na mesma. E também como estava em casa ia tratando das lides de casa, porque conseguia claro, lembro-me que no final da gravidez foi sempre ele porque já não podia com a barriga, e nos primeiros tempos pós parto também era ele aos fins de semana porque fiz cesariana, não me sentia preparada para grandes esforços. Mas a verdade é que ele chegava do trabalho, tomava banho e assumia a bebé... era o momento dele com ela, enquanto eu saía, tantas vezes ia buscar comida fora até... Sempre demos banhos os dois... Quando regressei ao trabalho voltamos a partilhar tarefas e quando vimos que era muito assoberbado e motive de muita chatice decidimos chamar uma senhora para as limpezas e levar a roupa a passar fora. Atualmente diria que as coisas andam nuns 60/40 porque não faço questão de mais, mas sei dizer que não foi fácil... demorou a perceber que tem tanta obrigação quanto eu... Enfim, mas confesso que nunca cheguei a esses extremos que refere, mas também não imagino a vida com dois miúdos pequenos para gerir, sou-lhe franca, ia ser grande sacudidela no meu casamento, tenho a certeza!

CarinaDMSantos -
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Desde 06 Fev 2020

Não tenho família perto vivo a 200km deles , a única família que temos perto é a sogra , que não trabalha por opção para ser dona de casa e tomar conta do marido e filhos , que é a própria a dizer que o filho tem de dormir e que as mulheres que estão em casa é que têm de fazer , nem vou entrar por aí , pois ela tem um marido santo que trabalha e ajuda a em tudo , mas quando é com os outros já mete a coisa de outra maneira ,eu estou muito cansada , mas não é a nível físico , o psicólogico é que está completamente desgastado já .

Anete Silva escreveu:
Carina! É muito complicado o que estás a passar... imagino a pressão e a dor, assim como a solidão nesse processo sem um companheiro...
Só tu sabes o que fazer? Quanto é para colocar um ponto final nós sabemos, sentimos em nós que não dá mais...
Compreendo que digas que não consegues já falar com ele mas sinceramente para mim acho que tens que acalmar a tua cabeça, tendo espaço e descanso e pensar com calma o que queres.
Não consegues ter ajuda? Mãe, sogra tios, primos, amigas, etc...? Só para descansares a cabeça e pensares bem o que queres... tomar conta de ti, pensar com calma.
Não acredito em tomadas de decisão de cabeça quente, mas acredito que às vezes as relações não têm solução e são mais felizes separados...
Vocês precisam de espaço, um do outro... não podes arcar com isso tudo sozinha...
Eu já passei por um momento mau desses e coloquei-o fora de casa... estivemos 3 meses separados, nesse tempo aproveite o tempo em que tinha ajudas para tomar conta de mim, saber bem o meu valor e o que quero... 3 meses depois ele voltou a implorar para o aceitar de volta, que ia mudar eu estava já muito enquadrada no meu pensamento, mais segura... coloquei as minhas condições... disse o que queria para uma relação, um companheiro e se não ia ajudar em casa e com a nossa filha eu ia contratar alguém, senão nada feito e assim foi. Se virou tudo um mar de rosas, não? Mas ainda existia amor, descobrimos isso no tempo separados... e hoje lutamos por uma relação em melhores condições.

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