O dilema do segundo filho | De Mãe para Mãe

O dilema do segundo filho

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DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Pois é, o verão se passou e chegou aquela altura que tinha pensado ser a de decisão sobre se vou ou não ao segundo. E acho que esta é a altura de decidir porque quanto mais não seja no íncio de 2022 faço 36 anos... E adivinhem lá, não consigo decidir. A sério que não consigo. Há uma frase famosa de um heterónimo de Fernando Pessoa que diz que é muito difícil ver morrer um sonho e começo a ver que é verdade. Que isto de querer ter "muitos" filhos mais não é que um sonho de infância que me custa deixar ir. Porque na verdade não vejo disposição em mim para enfrentar uma segunda época de maternidade. E o meu medo nem é a gravidez, nem é o parto, é mesmo o depois... Fisicamente sei que me esperaria a privação do sono que é das experiências mais torturantes que já tive, mas é a parte emocional e psicológica que mais me faz temer... Olho para trás e vejo que só há pouco tempo sinto que voltei a ter a minha identidade, ao meu eu anterior (que não é o mesmo mas é uma espécie de gémeo), a ter tempo para mim... e fico inquieta em pensar em perder tudo isto novamente. Ao mesmo tempo sei que sou capaz de gerir mais um filho, tenho disponibilidade financeira, e tenho esta vontade contraditória. Resumindo, eu gostava de ter mais filhos, mas não pareço disposta a isso. Alguém passou por esta dualidade de sensações? Como se decidiram? Com racionalidade ou no ímpeto de fazer as coisas sem pensar muito mais?

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Acho que ainda tens tempo, Diana. Não gosto de dar opinião sobre estas coisas, é muito subjetivo mesmo. Mas se não te sentes ainda na disposição de abdicares outra vez de ti, é porque talvez precises de usufruir desse "eu retomado" por um pouco mais de tempo. E tens esse tempo. Quantas de nós estão a ir ao primeiro com 36 anos? Sorriso Não é um sonho perdido. é um sonho em construção.
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Ou, como alternativa, adota uma postura Alberto Caeiro. Se pensar incomoda como andar à chuva quando o vento cresce e parece que ainda chove mais (cito de memória, e mal provavelmente), não penses tanto no assunto e deixa a natureza fazer o seu trabalho Sorriso

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Exactamente na mesma posição com a agravante de ser uns anos mais velha e os motivos serem ligeiramente diferentes. À vontade está cá, o desejo de a minha filha não ser filha única é imenso, mas depois….o pensar na privação do « eu » nos primeiros anos, nas noites sem dormir, na gestão de duas crianças com idades tão diferentes, em mais um parto, a adaptação financeira…faz-me pensar duas vezes. E tal como tu, não sei se não é por sentir que estou a desistir de um sonho que torna tudo ainda mais difícil. Ou pelo contrário, de sentir que quero um segundo apenas porque sempre foi um sonho.

Tai Shima -
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Desde 07 Jul 2020

Olá Diana! Aqui só tenho um bebé e estou agora a passar por aquilo que já passou: essa separação do antigo eu enquanto tento juntar mais esta faceta do novo eu e todas as alterações que isso implica... aos 39. Não é fácil porque a vida só me deu a oportunidade que sempre quis exactamente um ano antes de ser mãe mas o relógio já estava a aproximar-se e a decisão teve de ser tomada.

Quanto ao segundo, penso já como a Diana, como será passar por tudo isto outra vez e ainda ter mais uma criança connosco qdo o meu trabalho implica tanto tempo sentada em frente ao computador.. mas a fazer aquilo que realmente me dá prazer. Será que consigo dispender mais tempo, mais eu para outro ser? Concordo com a Anotski, é mto pessoal.

Só deixo a ressalva de que, à partida, ainda tem tempo para pensar! Se já foi mãe a janela fértil e saudável aumenta mais um pouco. O importante MESMO é que os pais estejam bem, presentes e conscientes do que realmente querem pq isso vai fazer tudo correr melhor. E se não quiser abdicar da vida que tem agora ninguém a deve censurar. É a sua vida e merece vive-la como achar melhor para si Sorriso

Sobre Tai Shima

Mãe de 1a viagem aos 39 :x
- gravidez não evolutiva 8s
- gravidez gemelar c/ 1 não evolutivo às 8s.

rosafrmar -
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Desde 19 Jul 2012

Toda eu tive essas questões, sendo que a minha filha foi uma bebé muito fácil, eu só pensava que iria vir um bebé péssimo, e que teria de passar por tantas privações que não estava preparada, para além de zero apoio familiar para qualquer necessidade, e o meu trabalho que é tão desgastante, sempre entraves. E assim fui adiando o desejo de um segundo filho, e estou imensamente arrependida, mas neste momento é tarde demais, tenho 44 anos, se pudesse voltar atrás, teria tido o segundo filho sem ter pensado tanto. Sou só um caso de arrependimento e deixar os anos passar, se o teu desejo é ter um segundo filho, avança, deixa acontecer, o resto se não fará.

Sobre rosafrmar

Rosamar

Mais uma mamã babada...

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Eu estou quase igual ...ainda não decide o 3º. Estou numa fase que não decidi nada, nem agora, nem não vou ao 3º. A minha questão é mais económica, a mais velha já iniciou o seu percurso no meio artístico e não é barato, o pequeno ainda não sei se vai necessitar de terapia da fala, embora consiga com outro, começo a ter de fazer mais contas.
Começo a fazer as pazes com o coronavirus e aceitar que não seria uma gravidez iguais às outros, mas essa questão do deixar ir um sonho também ainda me pesa. Achei sempre que teria mais, por isso nunca vivi uma gravidez e um bebé sabendo que seria o último.
Neste momento eu não vou decidir nada, vou continuar a viver e logo a vida seguirá o percurso que tiver de seguir.

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Por aqui continuo com as mesmas dúvidas, se bem que ultimamente ando mais inclinada para o não ter... Cheguei finalmente a uma fase boa, não queria estar a voltar atrás 😅😅 (finalmente já dorme, já não faz tantas birras, já largou as fraldas)... Enfim, não sei mesmo... Depois tb há o COVID que veio estragar muitos planos e adiar outros, e que tão cedo não parece ir embora...
Também dei a mim mesma um prazo, neste caso era pensar no assunto até final de 2022....
.
Já agora, todos os desabafos que aqui fizeram referem-se a vocês.... E qual é a opinião do pai? (Aqui é quem põe mais entraves)

Maria_Papoila -
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Desde 06 Fev 2015

Eu sou filha única e digo-vos… It sucks.

Por essa razão nunca quis que o meu filho fosse único, e se ele foi desafiante em termos de sono e comida e tudo o resto… Não ter o filho seguinte nunca foi sequer ponderado.

Sai-me do pêlo… Mas foi o melhor que fiz 🥰

♥ Abril 2015 - Falência Ovárica Precoce AMH 0,1 FSH 13
♥ Julho 2015 - Inscrição p/DO
♥ Outubro 2015 - TEC (-) Dezembro 2015 - TEC (+)
♥ Maio 2018 - TEC (-) Dezembro 2018 - TEC (+)
♥️ Março 2021 - Gravidez Espontânea

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Por aqui o pai tem exactamente a mesma posição que eu. Não a quer como filha única, sempre quis dois filhos mas não se vê a regressar facilmente ao mundo das noites sem dormir, às fraldas, birras, e claro que tudo isto são fases e passam, mas como também gostávamos de fazer outras coisas e teríamos de adiar, fora o ajustamento financeiro. Por isso, está como eu: às vezes quer muito, outras vezes acha que é melhor não.

Mariana.kv -
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Desde 08 Nov 2013

Olá Diana e meninas,
Parece que todas nós mais cedo ou mais tarde passamos por essa dúvida e ė normal 😄, afinal ter um bebé muda completamente a nossa vida.
No meu caso tive a primeira por descuido aos 22, não foi facil conjugar estudos/trabalho e família..e o meu pensamento foi que nunca mais vou ter filhos!! Com o passar dos anos a opinião mudou, pois agora que a minha filha tem 7 anos não imagino a minha vida sem ela.
Sendo eu a filha única compreendo como faz falta ter um irmão/a
O meu marido sempre quis o segundo filho mas eu passava sempre para depois..entretanto deixei a pílula com a ideia que isto seria facil.. mas já há mais de um ano sem proteção sem resultado..e agora sim percebi que quero muito, e que foi uma sorte ter arriscado e tido a minha filha apesar das dificuldades.
Deixe fluir que as coisas acontecem como deve ser..

MVK

Pipokinh@ -
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Desde 24 Jun 2017

Olá

Eu tive 7 anos a tentar o primeiro. Quando nasceu, eu tinha 41 anos. Noites bem dormidas, um bebé tranquilo e saudável. No segundo, não pensei. Também não estava à espera que fosse rápido. Não houve covid que atrapalhasse os planos (a médica também me avisou que o covid vinha para ficar e não valia a pena adiar por isso)... A minha princesa nasceu e, até ver, uma bebé super tranquila.
Não é fácil duas crianças tão pequenas em simultâneo, mas a vida não são só rosas...
Já ando a pensar em tentar o terceiro (mas se calhar vou só ficar a pensar...)!

Sobre Pipokinh@

Em treinos desde 2011; Gravidez espontânea em 2011-AR 7s
3 IIU MAC 2015
1 Fiv na Cemeare 2016 - negativo
Diagnóstico genético maridão- translocação equilibrada
IVI
TEC (-); Fiv na IVI - beta + - AR 9s; TEC (-); Fiv na IVI - beta + - vem aí o príncipe; TEC (+) vem aí a princesa

Hope and Love -
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Desde 18 Maio 2021

Olá. Estive nessa posição muito tempo. O medo era sempre maior. Até que este ano fui surpreendida por uma gravidez não planeada, aos 39. O impacto inicial foi um grande susto. Demorei umas duas semanas a digerir. Habituei me à ideia. Fiquei imensamente feliz. Ficámos os três. Até que tive um aborto retido quase com nove semanas 😔
Foi muito triste.
Perdi o medo de ter o segundo filho, a vontade veio em força. Agora o medo, enorme, é de não conseguir engravidar novamente dada a minha idade, ou de conseguir engravidar mas voltar a correr mal.

Será como Deus quiser. Torço para que aconteça. Arrependo né ter esperado tanto.

Boas decisões! 💚

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

O pai manda a mãe decidir, se bem que por ele preferia esperar mais uns meses, mas um dia destes adormeci no sofá e nem tomei a pílula e ele já estava todo entusiasmado. Nem chegou a ser um atraso, eu tomo pelas 0hs e tomei às 6 da manhã.
Por aqui estou numa fase que o pequeno ainda é uma peste, acorda de 3 em 3hs ou de 2 em 2hs ou de 45 em 45min, ainda quase não fala e não deixou a fralda, o que digo é: ou me meto já noutro, eu não durmo por um olha dou mama a outro, ou não vai ser quando ele me deixar dormir uma noite.

CatiaS_S escreveu:
Por aqui continuo com as mesmas dúvidas, se bem que ultimamente ando mais inclinada para o não ter... Cheguei finalmente a uma fase boa, não queria estar a voltar atrás 😅😅 (finalmente já dorme, já não faz tantas birras, já largou as fraldas)... Enfim, não sei mesmo... Depois tb há o COVID que veio estragar muitos planos e adiar outros, e que tão cedo não parece ir embora...
Também dei a mim mesma um prazo, neste caso era pensar no assunto até final de 2022....
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Já agora, todos os desabafos que aqui fizeram referem-se a vocês.... E qual é a opinião do pai? (Aqui é quem põe mais entraves)

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Por aqui o pai deixa à minha consciência, porque tem perfeita noção que cabe à mãe uma parte muito maior e pesada das coisas. Tanto acata ter só uma como ter mais. Mas engraçado, ele é filho único e nunca sentiu que queria ter irmãos. Já no meu caso tenho irmãos e na infância senti que fez a diferença, atualmente é mais gerador de conflitos que outra coisa, embora vistas as coisas saiba que estão sempre lá para mim, e são sempre pessoas com quem partilho as preocupações com os meus pais... Mas ter irmãos não é um mar de rosas.
A minha filha foi sempre uma criança fácil, e embora pense que noutro posso não ter a mesma sorte, prefiro pensar que serão parecidos. O meu mal é mesmo estas duas coisas: privação do sono e perda de tempo para mim, se já senti isso com a primeira, imagine-se com a segunda.
A minha filha também entra na equação claro, penso que seria bom partilhar a nossa atenção, a da família, uma vez que é neta única... E ter laços de irmão claro, mas estas coisas não seriam motivos suficientes para mim... Só que é quase como a profissão, imaginei-me toda a vida de determinado modo, é difícil aceitar que seja diferente... Estou inclinada a protelar um pouco mais a decisão até ao fim do ano... Em abril protelei para agosto, agora para o fim do ano... Mas pronto ainda tenho tempo, a questão não é só a idadde, é a diferença de idades entre irmãos, sempre achei que 3 no máximo 4 seriam o ideal, acho que depois disto a criança maior sente a "despromoção" de modo mais sério. Porque antes ok, ficam com os ciúmes e aquela frustração da hora, mas mais velhos acho que já conseguem assimilar a tristeza de deixar de ser o centro das atenções, ninguém gosta de perder isso...

Pipokinh@ -
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Desde 24 Jun 2017

O meu marido achava que o difícil era ter um. Deixa que seja eu a decidir pois "jamais vai travar os meus sonhos".
O que mais custa é a falta de tempo para mim...

Sobre Pipokinh@

Em treinos desde 2011; Gravidez espontânea em 2011-AR 7s
3 IIU MAC 2015
1 Fiv na Cemeare 2016 - negativo
Diagnóstico genético maridão- translocação equilibrada
IVI
TEC (-); Fiv na IVI - beta + - AR 9s; TEC (-); Fiv na IVI - beta + - vem aí o príncipe; TEC (+) vem aí a princesa

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Quanto à diferença de idades há vantagens e desvantagens em todas elas. Diria que a nível de aceitação a pior fase será entre os 4 e os 6 anos.
Eu sempre quis que tivessem irmãos, mas não é essa a minha prioridade, é mesmo porque quero ter mais filhos. A minha filha nunca quis ter irmãos e não acho que se fosse arrepender de não os ter, bem pelo contrário, sempre teve pena de quem tinha irmãos, mas a vida é assim, tem.
Não durmo há 2 anos e não acho que seja assim tão difícil, penso sempre que vai passar rápido e os anos bons serão sempre superiores aos maus. Deito-me todas as noites e penso "é hoje que acordo só amanhã" 😅 E esse dia vai chegar e daqui a pouco estou a vê-los casarem ou emigrarem e não durmo com a preocupação.

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

Bom, já falámos disto várias vezes ( porque já estás com essas dúvidas há bastante tempo) e dei te o.meu exemplo de ter aos 40 anos e correu muito melhor do que raparigas novas, tive zero complicações. Isto para dizer que tens tempo de vir a ter se sentires aquele apelo..
eu não senti durante muito tempo. Também já te dei o meu testemunho de que com diferença de idade grande, eu achei tudo muito mais fácil. O mais velho pode ficar com o bebé enquanto tomas duche e pequenos detalhes assim que fazem a diferença.
Agora respondendo à tua pergunta, houve um acontecimento que me deu o clique. Espero não ofender ninguém ao contar a razão que me apagou as duvidas sobre ir ao segundo. Foi quando morreu o filho único da judite Sousa.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Marina4 escreveu:
Bom, já falámos disto várias vezes ( porque já estás com essas dúvidas há bastante tempo) e dei te o.meu exemplo de ter aos 40 anos e correu muito melhor do que raparigas novas, tive zero complicações. Isto para dizer que tens tempo de vir a ter se sentires aquele apelo..
eu não senti durante muito tempo. Também já te dei o meu testemunho de que com diferença de idade grande, eu achei tudo muito mais fácil. O mais velho pode ficar com o bebé enquanto tomas duche e pequenos detalhes assim que fazem a diferença.
Agora respondendo à tua pergunta, houve um acontecimento que me deu o clique. Espero não ofender ninguém ao contar a razão que me apagou as duvidas sobre ir ao segundo. Foi quando morreu o filho único da judite Sousa.

Marina, qual é a diferença de idades entre os teus? Aqui seria 6-7 anos se nos decidíssemos a avançar.

Marina4 -
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Desde 15 Maio 2016

9

VeigaMaria30 -
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Desde 13 Jun 2015

Olá a todas. Revejo-me nas mesmas dúvidas.. Por aqui 36 anos, uma filha de 5 anos e sem saber se avançar ou não ao 2º. Confesso que a vontade só voltou no último ano, mas lá está, tenho exactamente os mesmos receios de voltar a privação de sono, de perder o tempo para mim que entretanto já tinha recuperado..como vai afetar a dinâmica atual familiar. Também não ajuda o marido não estar muito entusiasmado por ter de passar por aqueles primeiros anos Confuso Por isso continuamos a adiar a decisão..

catisdi -
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Desde 22 Jan 2013

Aqui a diferença de idades dos meus é de 7, sempre quis que fosse uma grande diferença, e foi o melhor que fiz. O meu filho mais velho ajudou-me imenso, como o meu marido às vezes vai para fora podia fazer o jantar e até tomar banho descansada, teve e tem alguns ciúmes, mas faz parte.
Em relação às noites mal dormidas, também para mim sempre foi uma preocupação, mas com o segundo filho nem sei o que é isso, nunca me deu más noites.
Se tivesse um horário mais curto, basicamente uma vida menos stressante, iria ao terceiro, mas a decisão já está tomada, a loja fechou.

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Aqui no fundo o marido também diz que a escolha é minha, mas relembra logo que depois eu é que vou "sofrer" a tomar conta dos dois sozinha por isso..... É uma decisão complicada

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Eu já tinha aberto um tópico assim em abril, porque tinha feito contas em começar treinos em abril, entretanto protelei para as férias, e por isso cá estou, para dizer que continuo na mesma.
Eu chego a casa bem cedo, antes das 17:30 já estamos os 3 em casa, mas aquelas 4 horas entre banhos, jantar, tratar de roupa e ir adormece-la não rendem muito. É que eu gosto de lhe dar atenção, andar cá fora no triciclo ou na casinha, ou estarmos na sala a fazer plasticina... Quando não vamos ao parque para ela andar nos balouiços... Sempre gostei de brincar com crianças e brinco muito com ela, acho que ela sentiria se tivéssemos um bebé para olhar.
Mas aproveitando a temática, às que já têm segundos filhos, numa segunda gravidez ficamos na mesma meios tolinhas da cabeça? E num pós parto emburrecemos na mesma? Pergunto porque como já é uma experiência conhecida do nosso corpo podia haver uma espécie de memória da situação que tornasse a coisa mais soft Sedutor

martasilvasa -
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Desde 25 Abr 2018

Olá Diana. Acho que é uma decisão mesmo muito pessoal e que, no final de contas, vem sempre cá de dentro do nosso instinto (tanto pessoal, como enquanto casal).

No entanto, fica o meu testemunho. Tanto eu como o meu marido somos filhos únicos. Ele sempre adorou ser filho único; já eu, detestei. Sempre falamos em ter filhos (plural), mas nunca colocamos demasiada pressão nesse assunto, e sempre tivemos uma atitude descontraída relativamente a isso.
Em 2018 nasceu a nossa primeira filha (fruto de um descuido com o anel vaginal), e percebemos o que era aquele sentimento de amor incondicional que toda a gente fala. Percebemos também o verdadeiro significado da palavra "cansaço", é certo.
Ainda assim, quando a nossa filha fez 2 anos, em Dezembro, decidimos que 2021 era a altura certa para tirar o DIU e ver onde a vida nos levava. Seguidos pela minha OB (e depois dos devidos exames e análises feitas) nunca colocamos demasiada pressão em ciclos, datas certas de ovulação, etc. Era viver a vida, e esperar que o universo decidisse por nós.
Agora, grávida de 5 meses, 1% de mim nem acredita que vamos voltar à privação do sono, aos baby blues, ao sentimento de falta de pertença de mim mesma. O que me vale são os outros 99%, que me arrebatam de amor e de certezas em como tudo vai dar certo.

É confiar que o nosso instinto sabe escolher por nós.

MC- Açores 2 -
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Desde 22 Ago 2019

Olá Diana...
Ainda tens tempo! Porém, e por experiência própria, quanto mais tempo deixamos passar entre diferença de idades mais " complicado" fica. O que quero dizer com isso, é que com os miúdos já grandes já não temos tantas " preocupações" tipo, se não jantar agora janta um pouco mais tarde ou... Eh pá atrasei-me na fila do supermercado já não há aquele stress e o berreiro com isto ou com aquilo... Já temos tempo para nos, para ir aqui ou acolá sem stress, para ler um livro ao serão!
De repente aparece um bebê e vira-nos a vida do avesso, ainda por cima se nos calha um mais exigente 😂😂.
Nos contadores poderás verificar as diferenças dos meus, ainda que a terceira fosse muito muito muito desejada e planeada foi uma adaptação bem difícil! Ela foi verdadeiramente difícil e exigente... Ainda o é! Naturalmente!
Custou -me muito mais a transição do segundo para o terceiro filho do que do primeiro para o segundo! Por mais incrível que pareça é verdade!
Ainda assim vou ao 4 como já partilhei ser vontade minha e do pai.
Acho que se " quebrares" mesmo muito a cabeça a pensar no assunto continuaras a adiar a decisão. O medo da privação de sono é mesmo o suficiente para uma pessoa tomar a decisão de estar quieta😄😂 .
Francamente, se a vontade de seguir é maior avança sem receio e vai correr tudo bem. A tua menina já está numa idade muito gira.... E o teu bebê até pode ser um come e dorme... Um anjinho. E depois tudo vem naturalmente... É deixar fluir!

MariaRS27 -
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Desde 07 Maio 2018

Olá Diana! Lembro me de andarmos mais ou menos a par neste dilema! Entretanto adiantei me 😂 vamos ver como corre, pq estou muito no início... eu acho que é uma decisão que acaba por vir ter connosco, por isso tenta nao racionalizar muito. Num mês estava com essas contas todas e com pros e contras e no a seguir passei a contas de ciclo e ovulações 🤪 sem nada que tivesse mudado… eu acho sempre que o facto de nao arrumarmos o assunto é sinal que a vontade está lá.. e como diz uma amiga minha também acho que a decisão do segundo nao é tão romântica. Já sabemos o bom e o nao tão bom, fazemos contas à idade, imaginamos em que fase do mais velho estará, etc etc. São muitos pontos a considerar e uma decisão menos impulsiva, mais pensada e isso parece tirar um pouco a espontaneidade à decisão. Mas pode nunca haver uma fase mesmo ideal. Relativamente à questão logística c os dois, é o que é. Haverá muitas desvantagens em “retroceder” mas tb, espero, mts coisas nas quais já temos experiência e seremos mais rápidas a resolver. de certa forma tenho curiosidade para ver como me vou dar agora com mais conhecimento na coisa, provavelmente arranjo outros desafios 😁 o q disseram sobre ser um plano nosso tb acho essencial. Embora a ideia de lhe dar um irmão(s) seja muito atrativa, acho q tem ser uma decisão nossa enquanto família, por nós. Não senti muita essa questão de me deixar de sentir eu, do tempo, o meu maior problema foram questões práticas - amamentação, sono, afins. Acho que tive o meu período de aceitação desses desafios, enquanto me lembrei mt bem nem quis ouvir falar de bebés, com o tempo fiquei mais permeável e a vontade começou a crescer.
Se ainda não veio o click, não veio. Acho que não deve ser forçado. Experimenta não por nenhum prazo, e deixar andar, em termos de idade ainda tens tempo 😊

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Claro que sentirá se tiver outro bebé, mau era se lhe fosse "indiferente", claro que tem muito impacto. A questão é que a vida também se vai organizando assim e se não for com os irmãos será com outra situação na vida e também traz vantagens.
Eu quer na 1a, quer na 2a só notei perda de memória. O meu marido diz que agora nunca sei de nada, onde deixo as coisas, etc, mas a verdade é que também não me importo com as coisas Sorriso Sou capaz de ir almoçar e deixar a carteira no restaurante ou o telemóvel pousado numa loja, mas também é porque não ligo a nada disso. A minha preocupação é sair com os miúdos, ter os olhos neles e estarem em segurança, se a carteira ficar pousada no chão, ficou.

DianaES escreveu:
Eu já tinha aberto um tópico assim em abril, porque tinha feito contas em começar treinos em abril, entretanto protelei para as férias, e por isso cá estou, para dizer que continuo na mesma.
Eu chego a casa bem cedo, antes das 17:30 já estamos os 3 em casa, mas aquelas 4 horas entre banhos, jantar, tratar de roupa e ir adormece-la não rendem muito. É que eu gosto de lhe dar atenção, andar cá fora no triciclo ou na casinha, ou estarmos na sala a fazer plasticina... Quando não vamos ao parque para ela andar nos balouiços... Sempre gostei de brincar com crianças e brinco muito com ela, acho que ela sentiria se tivéssemos um bebé para olhar.
Mas aproveitando a temática, às que já têm segundos filhos, numa segunda gravidez ficamos na mesma meios tolinhas da cabeça? E num pós parto emburrecemos na mesma? Pergunto porque como já é uma experiência conhecida do nosso corpo podia haver uma espécie de memória da situação que tornasse a coisa mais soft

ClaraMiguel -
Offline
Desde 03 Nov 2013

MC- Açores 2 escreveu:
Olá Diana...
Ainda tens tempo! Porém, e por experiência própria, quanto mais tempo deixamos passar entre diferença de idades mais " complicado" fica. O que quero dizer com isso, é que com os miúdos já grandes já não temos tantas " preocupações" tipo, se não jantar agora janta um pouco mais tarde ou... Eh pá atrasei-me na fila do supermercado já não há aquele stress e o berreiro com isto ou com aquilo... Já temos tempo para nos, para ir aqui ou acolá sem stress, para ler um livro ao serão!
De repente aparece um bebê e vira-nos a vida do avesso, ainda por cima se nos calha um mais exigente 😂😂.
Nos contadores poderás verificar as diferenças dos meus, ainda que a terceira fosse muito muito muito desejada e planeada foi uma adaptação bem difícil! Ela foi verdadeiramente difícil e exigente... Ainda o é! Naturalmente!
Custou -me muito mais a transição do segundo para o terceiro filho do que do primeiro para o segundo! Por mais incrível que pareça é verdade!
Ainda assim vou ao 4 como já partilhei ser vontade minha e do pai.
Acho que se " quebrares" mesmo muito a cabeça a pensar no assunto continuaras a adiar a decisão. O medo da privação de sono é mesmo o suficiente para uma pessoa tomar a decisão de estar quieta😄😂 .
Francamente, se a vontade de seguir é maior avança sem receio e vai correr tudo bem. A tua menina já está numa idade muito gira.... E o teu bebê até pode ser um come e dorme... Um anjinho. E depois tudo vem naturalmente... É deixar fluir!

MC, a nível de acompanhamento e programas, sente que é fácil de gerir? Sorriso É uma das questões que mais me enrola a cabeça: deixarmos de estar tão disponíveis para a que temos agora, os dois presentes nos momentos especiais e nos vários programas, para de repente não se poder levar facilmente um bebé/criança muito mais nova para todo o lado onde a mais velha está, precisar de estar, etc….:/

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

MisaL escreveu:
Claro que sentirá se tiver outro bebé, mau era se lhe fosse "indiferente", claro que tem muito impacto. A questão é que a vida também se vai organizando assim e se não for com os irmãos será com outra situação na vida e também traz vantagens.
Eu quer na 1a, quer na 2a só notei perda de memória. O meu marido diz que agora nunca sei de nada, onde deixo as coisas, etc, mas a verdade é que também não me importo com as coisas Sou capaz de ir almoçar e deixar a carteira no restaurante ou o telemóvel pousado numa loja, mas também é porque não ligo a nada disso. A minha preocupação é sair com os miúdos, ter os olhos neles e estarem em segurança, se a carteira ficar pousada no chão, ficou.

DianaES escreveu:Eu já tinha aberto um tópico assim em abril, porque tinha feito contas em começar treinos em abril, entretanto protelei para as férias, e por isso cá estou, para dizer que continuo na mesma.
Eu chego a casa bem cedo, antes das 17:30 já estamos os 3 em casa, mas aquelas 4 horas entre banhos, jantar, tratar de roupa e ir adormece-la não rendem muito. É que eu gosto de lhe dar atenção, andar cá fora no triciclo ou na casinha, ou estarmos na sala a fazer plasticina... Quando não vamos ao parque para ela andar nos balouiços... Sempre gostei de brincar com crianças e brinco muito com ela, acho que ela sentiria se tivéssemos um bebé para olhar.
Mas aproveitando a temática, às que já têm segundos filhos, numa segunda gravidez ficamos na mesma meios tolinhas da cabeça? E num pós parto emburrecemos na mesma? Pergunto porque como já é uma experiência conhecida do nosso corpo podia haver uma espécie de memória da situação que tornasse a coisa mais soft


A mim n´~ao é só o esquecimento... É mesmo ficar mais despistada. Tudo me parece alheio. Se fosse preciso sabia o peso do bebé em casas decimais, mas onde está o tlm que peguei há 2 minutos, não sabia.
Para terem noção, uma vez saí da empresa onde trabalho na carrinha de um cliente. Que é como a nossa mas descaracterizada, estava com a chave na ignição como costuma estar a nossa e eu entrei e mesmo com mil pormenores indicadores de que era outra carrinha, só quando cheguei de novo e vi a nossa carrinha caíu a ficha. Já pensavam que tinha sido roubada... Agora rio-me mas na hora pensei como é que fora possível?! Eu entrei duas vezes na carrinha errada descaracterizada... Aquela não tinha visibilidade para trás, tinha cenas penduradas no espelho, tinha cenas no banco do pendura, tinha sensores... Surreal! Isto para verem como fiquei afetada, isto tudo mais de 1 ano depois de ter sido mãe!!!

Mag_M -
Offline
Desde 13 Jul 2018

Olá Diana e restantes mães.
Ao ler lembrei-me de uma amiga que costuma dizer: quando a resposta é "nim", então é não.
Eu acho que já tem a sua resposta. Pelo menos por enquanto, porque é claramente um assunto em aberto, e tudo bem, talvez ainda não seja o tempo do sim.
Há tempo. Eu não sou exemplo porque passei pela infertilidade para ter o meu Lucas, levou muito, muito tempo, mas fui mãe aos 44, e olha, faz-se bem 😊
Com 36 quase é ainda bem jovem, mesmo que queira ser mãe não muito mais tarde.
A gente leva muito tempo a encontrar-se novamente depois da maternidade (o meu ultimamente está na fase de andar colado às minhas pernas, coisa que nunca fez), talvez precise de estar um pouco consigo só durante mais tempo.

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Ah, sim, também tenho disso ... não melhorou Sorriso O meu mais novo já fez 2 anos e um dia destes arranquei com o carro com a mala aberta, depois começou a dar sinal de portas abertas, paro o carro dou duas voltas, tudo fechado e volto a entrar, continua a apitar ... até que vejo que vou com a mala aberta. Há dias também arranquei com a mochila em cima do carro. Mas eu ando sempre com a cabeça neles, quando vou levar, buscar, as atividades, as mochilas, as roupas e agora já não estão na mesma escola...não vejo que vá ter melhorias.

DianaES escreveu:

MisaL escreveu:Claro que sentirá se tiver outro bebé, mau era se lhe fosse "indiferente", claro que tem muito impacto. A questão é que a vida também se vai organizando assim e se não for com os irmãos será com outra situação na vida e também traz vantagens.
Eu quer na 1a, quer na 2a só notei perda de memória. O meu marido diz que agora nunca sei de nada, onde deixo as coisas, etc, mas a verdade é que também não me importo com as coisas Sou capaz de ir almoçar e deixar a carteira no restaurante ou o telemóvel pousado numa loja, mas também é porque não ligo a nada disso. A minha preocupação é sair com os miúdos, ter os olhos neles e estarem em segurança, se a carteira ficar pousada no chão, ficou.

DianaES escreveu:Eu já tinha aberto um tópico assim em abril, porque tinha feito contas em começar treinos em abril, entretanto protelei para as férias, e por isso cá estou, para dizer que continuo na mesma.
Eu chego a casa bem cedo, antes das 17:30 já estamos os 3 em casa, mas aquelas 4 horas entre banhos, jantar, tratar de roupa e ir adormece-la não rendem muito. É que eu gosto de lhe dar atenção, andar cá fora no triciclo ou na casinha, ou estarmos na sala a fazer plasticina... Quando não vamos ao parque para ela andar nos balouiços... Sempre gostei de brincar com crianças e brinco muito com ela, acho que ela sentiria se tivéssemos um bebé para olhar.
Mas aproveitando a temática, às que já têm segundos filhos, numa segunda gravidez ficamos na mesma meios tolinhas da cabeça? E num pós parto emburrecemos na mesma? Pergunto porque como já é uma experiência conhecida do nosso corpo podia haver uma espécie de memória da situação que tornasse a coisa mais soft

A mim n´~ao é só o esquecimento... É mesmo ficar mais despistada. Tudo me parece alheio. Se fosse preciso sabia o peso do bebé em casas decimais, mas onde está o tlm que peguei há 2 minutos, não sabia.
Para terem noção, uma vez saí da empresa onde trabalho na carrinha de um cliente. Que é como a nossa mas descaracterizada, estava com a chave na ignição como costuma estar a nossa e eu entrei e mesmo com mil pormenores indicadores de que era outra carrinha, só quando cheguei de novo e vi a nossa carrinha caíu a ficha. Já pensavam que tinha sido roubada... Agora rio-me mas na hora pensei como é que fora possível?! Eu entrei duas vezes na carrinha errada descaracterizada... Aquela não tinha visibilidade para trás, tinha cenas penduradas no espelho, tinha cenas no banco do pendura, tinha sensores... Surreal! Isto para verem como fiquei afetada, isto tudo mais de 1 ano depois de ter sido mãe!!!