Diferenças de programa entre JI publico e privado | De Mãe para Mãe

Diferenças de programa entre JI publico e privado

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55 mensagens
DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Meninas, ainda nesta saga dos Jardins de Infância/Prés--primárias, é impressão minha ou os programas variam consideravelmente? Como é que há sítios onde se ensina abecedário no ano anterior à entrada na primária e outros onde não? Não deviam seguir todas as mesmas guide-lines? Por acaso noto tendência em exagerar em conteúdos nos privados e IPSS, será pressão do tipo pago eles têm mais obrigações? Não percebo, acho péssimo esta coisa de querer criar génios à força toda mas pronto.

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

Nao te lembras da minha saga à procura de privado para o Henrique.
Eu tb apanhei um choque.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Diana, eu não conheço a realidade dos privados por isso não te sei responder a essa pergunta exatamente. No caso da minha pequena existem várias idades misturadas e sei que abordam o abecedário nem que seja com os maiores e os pequenos assistem porque a semana passada ela disse-me precisamente que tinham estado a ver o abecedário mas eu não vi isso como sendo mau, ela já entrou a identificar sem pressão de ninguém. Creio que não obriguem os miúdos a saber X ou Y, o importante é oferecer estímulos conforme o interesse da criança.

JLB -
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Desde 21 Fev 2020

Creio que o programa é o mesmo. O que deve variar são as maneiras de trabalhar e o ênfase dado aos diferentes objetivos/competências que se pretende que tenham atingindo antes de transitar para o primeiro ciclo.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Não existem programas no pré-escolar. Existem as Orientações Curriculares para o Ensino Pré-Escolar (OCEPE), que podem ser consultadas facilmente (pesquisando no google, podem descarregar o pdf).

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

carlabrito escreveu:
Nao te lembras da minha saga à procura de privado para o Henrique.
Eu tb apanhei um choque.

Pois foi, agora caiu a ficha. Pelos vistos é facto!

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Ok, que não haja um programa rigoroso percebo, mas como alguns aprendem todo o abecedário (maiúsculas e minúsculas) e outros nenhuma letra?! Uns focam-se em atividades de quintal de plantas cenas, ir ao monte, e outros não saem do cafofo da sala de aula? Acho tão díspar.

B.love -
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Desde 26 Fev 2018

Acredito que o privado tenha um plano mais completo (tavez em alguns casos exagerado) porque também sentem a necessidade de justificar o que é pedido €€€

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Pensa assim, se estiveres a pagar 400 ou 500 euros de mensalidade, e ficarem por uma educação mais básica, se calhar sentes um pouco que é dinheiro deitado fora né? Os privados (alguns) pensam um pouco assim, preferem apresentar programas mais completos com medo que os pais fiquem descontentes e deixem de ser clientes 🤷...
.
Pessoalmente não gostaria de nenhum desses extremos. Não quero que o miúdo Aprenda a ler na pré, como é óbvio não é esse o objectivo (e é uma seca do caraças fazer o primeiro ano já a saber ler) mas também ficaria desapontada se nunca lhe mostrassem uma única letra, como é óbvio. Ter a noção do que são letras, do que são números, para que servem, etc, acho que é o mínimo 🤣

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

DianaES escreveu:
Ok, que não haja um programa rigoroso percebo, mas como alguns aprendem todo o abecedário (maiúsculas e minúsculas) e outros nenhuma letra?! Uns focam-se em atividades de quintal de plantas cenas, ir ao monte, e outros não saem do cafofo da sala de aula? Acho tão díspar.

O ideal é ser equilibrado. Juro que ninguém me está a pagar mas eu estou a gostar muito muito do público. 🤣 os miúdos convivem com várias realidades, aprendem a ser despachados, os maiores ajudam os pequenos. Do que vou vendo as atividades são variadas, tanto fazem trabalhos manuais como dão letras, ouvem a história, cantam, pintam, brincam. A educadora da minha responde sempre a e-mails e é muito atenciosa e educada. Não há interesses de dinheiro. Estão atentas às dificuldades das crianças. Há tempos uma mãe referiu-me que a educadora tinha sinalizado a menina para dificuldades na fala. Até agora 5 estrelas.

Gabri -
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Desde 24 Abr 2010

O meu filho sempre andou no público por isso não tenho como comparar, a única coisa que posso dizer é que estou extremamente satisfeita e já lá vão quase 9 anos de ensino público, não tenho razões de queixa do método de ensino desde o pré-escolar ao atual 6ºano.
No pré-escolar aprendem um bocadinho de tudo, na escola do meu filho a sala estava separada por áreas, informática, casinha, ciências... e os meninos todos os dias tinham que escolher uma das áreas para brincar e depois iam rodando de modo a não se focarem apenas numa área, também tinham uma hortinha e eram eles que tratavam dela, plantar, regar...
Acho que no último ano é que se focam mais na escrita e noutros conteúdos que vão aprender na 1º ano, não que nos anos anteriores não o façam mas no último elaboram mais.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

fmmartins escreveu:

DianaES escreveu:Ok, que não haja um programa rigoroso percebo, mas como alguns aprendem todo o abecedário (maiúsculas e minúsculas) e outros nenhuma letra?! Uns focam-se em atividades de quintal de plantas cenas, ir ao monte, e outros não saem do cafofo da sala de aula? Acho tão díspar.

O ideal é ser equilibrado. Juro que ninguém me está a pagar mas eu estou a gostar muito muito do público. 🤣 os miúdos convivem com várias realidades, aprendem a ser despachados, os maiores ajudam os pequenos. Do que vou vendo as atividades são variadas, tanto fazem trabalhos manuais como dão letras, ouvem a história, cantam, pintam, brincam. A educadora da minha responde sempre a e-mails e é muito atenciosa e educada. Não há interesses de dinheiro. Estão atentas às dificuldades das crianças. Há tempos uma mãe referiu-me que a educadora tinha sinalizado a menina para dificuldades na fala. Até agora 5 estrelas.


Com as devidas exceções, o pré-escolar público tende a ser de melhor qualidade em termos pedagógicos. Se o agrupamento funcionar bem, há projetos e um plano aprovado em comum e que as educadoras seguem, também há mais formação contínua (porque é exigida na carreira docente, ao contrário do privado). Muitos privados vivem de educadoras em estágio profissional, não facilitam a formação contínua e pagam miseravelmente...

Gabri -
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Desde 24 Abr 2010

Engraçado reparei agora pelos nossos contadores que a sua filha tem exatamente um ano de diferença da minha😉

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Pois eu queria um equilíbrio... Ok, aprender a contar... Algumas letras sim... Mas depois acho que a altura é mais de outras coisas. Não estava era a contar ter que andar de lupa a tentar saber se no lugar x a educadora é das que só manda pintar desenhos... Não estou a equacionar o privado sequer.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Sim mas na pré pública ninguém te vai te vai meter a criança a ler e escrever, acho eu 🙂 lá sabem bem o que é suposto e adequado às idades. Olha eu estou é parva porque elas conseguiram aquilo que eu nunca consegui, implementar regras 🤭 parece outra criança! Lol

MariaRS27 -
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Desde 07 Maio 2018

Também depende dos privados. Eu estou muito contente com o meu, embora ainda só esteja no 2º ano de creche. Depende da filosofia de cada colégio. O meu inspira-se no movimento escola moderna, embora nao o seja assumido, é mt virado para as artes, há atividades culturais todos os meses, são extremamente dedicadas no estímulo das competências de cada fase, e devido à pandemia temos uma plataforma de comunicação e é visível a dedicação delas, assim como o teor do que escrevem me agrada muito e vai mt de encontro ao que defendo na educação. Como é uma escola já com mts anos tb tem muita experiência, educadora com vários anos, e para mim combina o melhor de dois mundos (porque tb nao sou mt dada a coisas demasiado modernas). Ao contrário do que disse a Guialmi, dedicam-se muito em termos formativos, alias de forma regular há congressos, visitas internacionais a várias escolas para "beber" experiência, mas obviamente que desde que começou a pandemia essa formação tem sido prejudicada. Para mim a grande desvantagem é o preço Espertalhão embora goste, chateia me um pouco que a mensalidade nunca seja o que é acordado, devido aos programas extras, todos os meses há um acréscimo de qq coisa, nunca pago o valor normal ..... À espera

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

MariaRS27 escreveu:
Também depende dos privados. Eu estou muito contente com o meu, embora ainda só esteja no 2º ano de creche. Depende da filosofia de cada colégio. O meu inspira-se no movimento escola moderna, embora nao o seja assumido, é mt virado para as artes, há atividades culturais todos os meses, são extremamente dedicadas no estímulo das competências de cada fase, e devido à pandemia temos uma plataforma de comunicação e é visível a dedicação delas, assim como o teor do que escrevem me agrada muito e vai mt de encontro ao que defendo na educação. Como é uma escola já com mts anos tb tem muita experiência, educadora com vários anos, e para mim combina o melhor de dois mundos (porque tb nao sou mt dada a coisas demasiado modernas). Ao contrário do que disse a Guialmi, dedicam-se muito em termos formativos, alias de forma regular há congressos, visitas internacionais a várias escolas para "beber" experiência, mas obviamente que desde que começou a pandemia essa formação tem sido prejudicada. Para mim a grande desvantagem é o preço embora goste, chateia me um pouco que a mensalidade nunca seja o que é acordado, devido aos programas extras, todos os meses há um acréscimo de qq coisa, nunca pago o valor normal .....

Eu não generalizei...há excelentes colégios com excelentes projetos educativos. Mas às vezes os pais comem gato por lebre Sorriso É importante saber fazer as perguntas certas, ver os espaços, desmontar as palavras bonitas...é sempre uma escolha difícil, sem dúvida.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Outra coisa, antes da minha filha entrar eu fui ter uma reunião com a educadora (agora vou ser preconceituosa), quando vi que era senhora para 50 anos, estava à vários anos no JI e tinha muita experiência fiquei descansada. Conheci-a, dei-lhe a conhecer a menina, temos trocado opiniões e tem sido muito positivo.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

CatiaS_S escreveu:
Pensa assim, se estiveres a pagar 400 ou 500 euros de mensalidade, e ficarem por uma educação mais básica, se calhar sentes um pouco que é dinheiro deitado fora né? Os privados (alguns) pensam um pouco assim, preferem apresentar programas mais completos com medo que os pais fiquem descontentes e deixem de ser clientes 🤷...
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Pessoalmente não gostaria de nenhum desses extremos. Não quero que o miúdo Aprenda a ler na pré, como é óbvio não é esse o objectivo (e é uma seca do caraças fazer o primeiro ano já a saber ler) mas também ficaria desapontada se nunca lhe mostrassem uma única letra, como é óbvio. Ter a noção do que são letras, do que são números, para que servem, etc, acho que é o mínimo 🤣

é isto, ambos os extremos são maus.
Instigar curiosidade sim, trata-los como mini adultos que têm obrigações a cumprir não.
-
O meu rapaz andou numa ipss, e a educadora da sala dele era um bocado "regime militar". Chegou a dizer que achava que o pré escolar devia ser obrigatório, que se devia já sair dele a saber ler e escrever, e intrometia-se demasiado nas vidas das famílias, porque se achava dona da razão.
Os trabalhos que os miúdos faziam, de dia da mãe do pai etc, nunca eram mesmo feitos pelos miúdos, porque como é óbvio as coisas ficavam tortas ou mal pintadas. Então ela refazia as coisinhas deles... eles colavam mal os olhinhos do animal, ela ia lá, descolava, e colava ela de novo no sitio certo, haviam coisas que nem lhes passavam pelas mãos, era ela que fazia de raiz até ao fim. Era cómico eu perguntar ao meu filho, "que giro, quem fez isto", e ele respondia "a Sandra"...
-
Ela achava que miúdos de 3/4/5 anos tinham de estar x horas sentados, a aprender números e letras, e sinceramente aquilo parecia-me uma violência e nunca o obriguei a fazer nenhum dos tpc's que ela enviava, se ele não mostrasse interesse em faze-los. Por essas e mais algumas ela fez um relatório horrível sobre nós no fim do jardim infantil. Pintou-me como uma mãe negligente e o meu filho como "hiperactivo".
-
As outras educadoras do jardim infantil não eram assim tão rígidas e inflexíveis. Ele teve azar com a que lhe calhou
-
Se calhar para além da "filosofia" da escola, também é bom saber a fama que a educadora tem, acreditei que aquele maldito relatório que ela enviou para a escola primária trouxe-me vários problemas porque basicamente a professora da primária ainda não me conhecia e já não gostava de mim.

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

*acreditem não acreditei

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Tyta.B escreveu:

CatiaS_S escreveu:Pensa assim, se estiveres a pagar 400 ou 500 euros de mensalidade, e ficarem por uma educação mais básica, se calhar sentes um pouco que é dinheiro deitado fora né? Os privados (alguns) pensam um pouco assim, preferem apresentar programas mais completos com medo que os pais fiquem descontentes e deixem de ser clientes 🤷...
.
Pessoalmente não gostaria de nenhum desses extremos. Não quero que o miúdo Aprenda a ler na pré, como é óbvio não é esse o objectivo (e é uma seca do caraças fazer o primeiro ano já a saber ler) mas também ficaria desapontada se nunca lhe mostrassem uma única letra, como é óbvio. Ter a noção do que são letras, do que são números, para que servem, etc, acho que é o mínimo 🤣

é isto, ambos os extremos são maus.
Instigar curiosidade sim, trata-los como mini adultos que têm obrigações a cumprir não.
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O meu rapaz andou numa ipss, e a educadora da sala dele era um bocado "regime militar". Chegou a dizer que achava que o pré escolar devia ser obrigatório, que se devia já sair dele a saber ler e escrever, e intrometia-se demasiado nas vidas das famílias, porque se achava dona da razão.
Os trabalhos que os miúdos faziam, de dia da mãe do pai etc, nunca eram mesmo feitos pelos miúdos, porque como é óbvio as coisas ficavam tortas ou mal pintadas. Então ela refazia as coisinhas deles... eles colavam mal os olhinhos do animal, ela ia lá, descolava, e colava ela de novo no sitio certo, haviam coisas que nem lhes passavam pelas mãos, era ela que fazia de raiz até ao fim. Era cómico eu perguntar ao meu filho, "que giro, quem fez isto", e ele respondia "a Sandra"...
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Ela achava que miúdos de 3/4/5 anos tinham de estar x horas sentados, a aprender números e letras, e sinceramente aquilo parecia-me uma violência e nunca o obriguei a fazer nenhum dos tpc's que ela enviava, se ele não mostrasse interesse em faze-los. Por essas e mais algumas ela fez um relatório horrível sobre nós no fim do jardim infantil. Pintou-me como uma mãe negligente e o meu filho como "hiperactivo".
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As outras educadoras do jardim infantil não eram assim tão rígidas e inflexíveis. Ele teve azar com a que lhe calhou
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Se calhar para além da "filosofia" da escola, também é bom saber a fama que a educadora tem, acreditei que aquele maldito relatório que ela enviou para a escola primária trouxe-me vários problemas porque basicamente a professora da primária ainda não me conhecia e já não gostava de mim.


Aí, que estupidez pegada... 🙈🙈

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Ia dizer o mesmo.

guialmi escreveu:

fmmartins escreveu:
DianaES escreveu:Ok, que não haja um programa rigoroso percebo, mas como alguns aprendem todo o abecedário (maiúsculas e minúsculas) e outros nenhuma letra?! Uns focam-se em atividades de quintal de plantas cenas, ir ao monte, e outros não saem do cafofo da sala de aula? Acho tão díspar.

O ideal é ser equilibrado. Juro que ninguém me está a pagar mas eu estou a gostar muito muito do público. 🤣 os miúdos convivem com várias realidades, aprendem a ser despachados, os maiores ajudam os pequenos. Do que vou vendo as atividades são variadas, tanto fazem trabalhos manuais como dão letras, ouvem a história, cantam, pintam, brincam. A educadora da minha responde sempre a e-mails e é muito atenciosa e educada. Não há interesses de dinheiro. Estão atentas às dificuldades das crianças. Há tempos uma mãe referiu-me que a educadora tinha sinalizado a menina para dificuldades na fala. Até agora 5 estrelas.

Com as devidas exceções, o pré-escolar público tende a ser de melhor qualidade em termos pedagógicos. Se o agrupamento funcionar bem, há projetos e um plano aprovado em comum e que as educadoras seguem, também há mais formação contínua (porque é exigida na carreira docente, ao contrário do privado). Muitos privados vivem de educadoras em estágio profissional, não facilitam a formação contínua e pagam miseravelmente...

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Não sei se é de mim ou da minha sensibilidade ao ler desde que sou mãe, mas o que mais me tem chocado são os relatórios que fazem do pré escolar, isto no público ou privado. Dizem coisas de miúdos de 4 ou 5 anos inacreditáveis. Não sei se querem ser muito "profissionais, competentes, elaborados nas palavras" ou lá o que seja, mas aquilo é medonho, às vezes até condenatório. Muitas vezes leio aquilo e penso: para pais menos diferenciados é "filho, vai cavar batatas que não serves para mais nada".

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

MisaL escreveu:
Não sei se é de mim ou da minha sensibilidade ao ler desde que sou mãe, mas o que mais me tem chocado são os relatórios que fazem do pré escolar, isto no público ou privado. Dizem coisas de miúdos de 4 ou 5 anos inacreditáveis. Não sei se querem ser muito "profissionais, competentes, elaborados nas palavras" ou lá o que seja, mas aquilo é medonho, às vezes até condenatório. Muitas vezes leio aquilo e penso: para pais menos diferenciados é "filho, vai cavar batatas que não serves para mais nada".

Eu só sei o teor do relatório do meu filho porque uma das auxiliares cresceu com a minha mãe, e ouviu a conversar entre professoras...
Eu estranhei a rudeza com que a professora falava para mim e sobre o meu filho desde o dia 1, mas achava que era preconceito por eu ter sido mãe aos 20. Não deve ter ajudado, mas o relatório foi de certeza o que mais influenciou, porque foi péssimo e pintou um quadro de família disfuncional problemática e negligente. O meu filho tornou-se a ovelha negra da sala, e eu gostava mesmo era de apagar aqueles anos da minha memória.

MariaRS27 -
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Desde 07 Maio 2018

guialmi escreveu:

MariaRS27 escreveu:Também depende dos privados. Eu estou muito contente com o meu, embora ainda só esteja no 2º ano de creche. Depende da filosofia de cada colégio. O meu inspira-se no movimento escola moderna, embora nao o seja assumido, é mt virado para as artes, há atividades culturais todos os meses, são extremamente dedicadas no estímulo das competências de cada fase, e devido à pandemia temos uma plataforma de comunicação e é visível a dedicação delas, assim como o teor do que escrevem me agrada muito e vai mt de encontro ao que defendo na educação. Como é uma escola já com mts anos tb tem muita experiência, educadora com vários anos, e para mim combina o melhor de dois mundos (porque tb nao sou mt dada a coisas demasiado modernas). Ao contrário do que disse a Guialmi, dedicam-se muito em termos formativos, alias de forma regular há congressos, visitas internacionais a várias escolas para "beber" experiência, mas obviamente que desde que começou a pandemia essa formação tem sido prejudicada. Para mim a grande desvantagem é o preço embora goste, chateia me um pouco que a mensalidade nunca seja o que é acordado, devido aos programas extras, todos os meses há um acréscimo de qq coisa, nunca pago o valor normal .....

Eu não generalizei...há excelentes colégios com excelentes projetos educativos. Mas às vezes os pais comem gato por lebre É importante saber fazer as perguntas certas, ver os espaços, desmontar as palavras bonitas...é sempre uma escolha difícil, sem dúvida.

Claro!! Era para partilhar uma boa experiência 😊

chiclete -
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Desde 23 Jan 2016

O meu filho está em colégio e confesso que não considerei a pública sequer porque ele tinha entrado na creche uns meses antes de passar para a pré.
Agora como vamos mudar de casa temos uma ipps mesmo ao lado de casa em que literalmente aprendem a ler com 5 anos, a atual e a pública a distância semelhante. Como a ipps daria para a irmã, primeiro e segundo ciclos estou inclinada para essa. A escola atual não ensina a ler mas ensina alfabeto e agora com as aulas zoom acho o método super enfadonho (7 páginas de fichas logo pela manhã) mas a verdade é que os miúdos parecem felizes lá e mesmo sem salas mistas brincam juntos (não tanto durante a pandemia).

chiclete -
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Desde 23 Jan 2016

MisaL escreveu:
Não sei se é de mim ou da minha sensibilidade ao ler desde que sou mãe, mas o que mais me tem chocado são os relatórios que fazem do pré escolar, isto no público ou privado. Dizem coisas de miúdos de 4 ou 5 anos inacreditáveis. Não sei se querem ser muito "profissionais, competentes, elaborados nas palavras" ou lá o que seja, mas aquilo é medonho, às vezes até condenatório. Muitas vezes leio aquilo e penso: para pais menos diferenciados é "filho, vai cavar batatas que não serves para mais nada".

O meu comentário favorito numa avaliação foi "o X precisa de aprender a importância da disciplina" ( tinha 3 anos).

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Eu andei num colégio privado até à quarta classe, e aprendi a ler ainda nos anos do jardim-de-infância. Mas também brinquei muito e por isso nunca senti que estivessem a puxar demasiado por mim. A minha filha anda numa escola pública (fora de Portugal) e logo no primeiro ano do pré-escolar chegou a casa a saber escrever o seu nome em maiúsculas. No segundo ando, aprendeu a fazer contas de somar. Agora, no último ano da pré, já sabe escrever em caligrafia e já começa a juntar letras para ler. Mas também brincam muito. Fazem várias actividades. Desenham muito, cantam, têm momentos de brincadeira livre mesmo dentro da sala. Agora andam a ter aulas de circo e ela delira. Isto para dizer que ver num currículo da escola que as crianças vão aprender a escrever na pré, não significa que seja tudo muito militar e exigente, e que pode haver um equilíbrio. Sorriso

Suze -
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Desde 12 Set 2008

Como mãe de uma menina que anda no 3° ano, acho que também não podemos acreditar que eles têm que brincar até aos 5 anos e têm tempo para aprender a ler e escrever quando entrarem no primeiro ano. A minha filha não entrou para o 1° ano a saber ler, mas escrevia por exemplo o nome completo em letra manuscrita e ainda bem. O programa do 1° ano é brutal, e é muito mais fácil se as crianças já estiverem familiarizadas com as letras e números. Claro que depois é preciso ter sorte com a instituição e a educadora, para dosear a brincadeira e a aprendizagem (e até misturar os conceitos!)

Sobre Suze

Suze

Margarida_2017 -
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Desde 31 Jul 2019

Até me riu em saber que ensinam o abc no jardim ... sério ??

Os objetivos /competências são as mesmas .. até porque nas avaliações tem de vir isso..
por exemplo uma criança de no privado e no público deve saber contar até 5 numa certa idade se souber mais ainda melhor, mas a competência é até 5 e é isso que interessa na avaliação.
Claro que depois há a parte dos € então se eu estou a pagar porque não ensinam mais ao meu filho se ele tem a capacidade. É por isso que existe as diferenças ..
Agora tem que ir de encontro aquilo que a autora acredita. Se acreditar que o pre escolar tem que ser uma pre escola , é melhor ir para um privado sem dúvida .. mas atenção que há pre , no privado que não exageram .. mas isso também tem haver com a educadora .

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Não vejo vantagem nenhuma em saberem escrever mais que o nome antes do primeiro ciclo. Ok familiarizados com letras mas só e apenas. E de resto sim, brincar, aprender a brincar em grupo, aprender coisas como empatia, entreajuda, trabalhar em equipa, contactar e respeitar a natureza... Foi isso que aprendi na pré e acho que o método não está nada datado. "Obrigações" de acordo com a sua idade e não exigências relacionadas com aprendizado... As diversas fases de infância estão mais que estudadas e exploradas e antecipar coisas não abona nada, têm toda uma vida para serem responsáveis e com deveres, há que deixar as crianças serem apenas crianças e brincarem apenas por brincar. Pelo menos é isso que vou tentar procurar...

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