Desejo ter outro filho mas o meu marido não quer mesmo!

Eu pessoalmente acho que é daquelas conversas que os casais devem ter quando começam a juntar os trapinhos e a pensar construir uma relação para a vida: quantos filhos querem. Se o seu marido sempre disse que só queria um filho e se você sempre aceitou, não é justo para ele que agora lhe exija algo diferente.

Eu, que quero dois filhos, entendo os argumentos do seu marido. Contudo, para mim, mais do que tudo o que eu possa dar de qualidade de vida a um filho meu, acho que dar-lhe um irmão supera tudo isso. Um companheiro para a vida, alguém que o vai acompanhar quando eu não estiver cá, alguém para dividir a responsabilidade da velhice dos pais. Para mim, estes são os grandes argumentos. Mas se eles não convencerem o seu marido, acho que no fundo quem vai ter de ceder é a mamã porque ninguém pode obrigar alguém a ter um filho. Ou então, assume que ser mãe novamente é mais importante que o relacionamento que tem e procura outra relação com alguém que queira ser pai novamente.

Olá! Concordo com a Clara. Acho que devemos colocar todas as nossas vontades por ordem de prioridade e uma relação está cheia de cedências, quando existem cedências que não conseguimos de todo fazer temos que repensar a relação. Existem alguns argumentos que podes apresentar ao teu marido mas se continua a pensar da mesma forma acho que ele está a ser muito sincero contigo e maduro, porque quando não se quer ter mais filhos acho que não é uma coisa que se possa ceder, conheço muitos casos que fizeram isso e não deu certo, principalmente para a relação.
É tudo uma questão de pensarem bastante e ponderarem tudo, todos os argumentos são válidos, conversem com calma e com isso ou ele "ganha" a vontade ou tu "perdes" a tua, importante é encontrarem paz na solução.

Olá!
"acho que no fundo quem vai ter de ceder é a mamã porque ninguém pode obrigar alguém a ter um filho. Ou então, assume que ser mãe novamente é mais importante que o relacionamento que tem e procura outra relação com alguém que queira ser pai novamente"
Aqui, a ClaraMiguel disse tudo. É uma situação complicada de gerir quando já se está numa relação séria, mas se isso acontece, temos que pensar que não podemos, de forma alguma, obrigar ninguém a ser mãe/pai. E mesmo que a pessoa acabe por ceder, é justo ter um filho para fazer vontade ao parceiro? Não é justo nem para o filho que há-de vir, nem para a pessoa que cede. Acho que não pode zangar-se com o seu marido por não querer ter mais filhos, é um direito que lhe assiste.

Concordo na íntegra com a ClaraMiguel. É digo mais, até me faz lembrar a história de um primo meu que a mulher queria mas ele já não estava inclinado para ir ao segundo, as coisas aconteceram e depois ao lhe dar os parabéns a resposta foi "ah a tua prima quis"... pareceu-me muito mal a resposta, não deve ser só um a querer, tem de ser os dois. Se o seu parceiro não quer tente entender os motivos dele e você dá o seu ponto de vista. Eu como filha única não deixaria a minha filha sozinha, e até o meu marido que nem se dá bem com o irmão não quer deixar a menina sozinha. São maneiras de pensar, com calma vai ver que o fará entender o seu ponto de vista.

Olá!

À parte do que foi dito acrescento o seguinte: convém perceber exactamente o porquê da relutância do seu marido... se for uma questão "ideológica", chamemos-lhe assim, sempre imaginou a família constituída pelo casal e por UM filho, acho que não a nada a fazer.

Se forem outras questões, acho que se devem sentar e conversar sobre o assunto. Perceber os receios dele e contra-argumentar com soluções.
Questão económica? Um segundo filho é sempre mais "barato" que o primeiro, especialmente se forem do mm sexo.
Cansaço? Falta de tempo? Pode-se equacionar contratar empregada ou pedir ajuda à mãe/sogra.
Quebra da dinâmica do casal? Bom, acho que se recuperaram do primeiro filho (que é sempre um choque) não será o segundo a deteriorar a relação.
De qq modo, acho que ter irmãos é das maiores riquezas que alguém pode ter e infelizmente algo raro hj em dia.

Seja como for, só avançaria para o segundo filho, caso após discutirem esses pontos todos o marido disser que tb é sua vontade ter outro filho.

Beijinhos

Eu percebo que não se pode, nem se deve claro, obrigar ninguém a ter um filho. Mas eu, mesmo que não desejasse mais filhos, mas sabendo que era um grande desejo do meu companheiro ter mais um, iria ter isso em consideração. Esta inflexibilidade toda por parte do marido também demonstra um certo "egoísmo" por assim dizer. Acho que não deve forçar nem tentar convencer ninguém porque isso não irá dar resultado. Tem de ser conversado muito seriamente e decidirem em conjunto o que é melhor para o todo, e não apenas para uma das partes.

carlaper escreveu:

Eu percebo que não se pode, nem se deve claro, obrigar ninguém a ter um filho. Mas eu, mesmo que não desejasse mais filhos, mas sabendo que era um grande desejo do meu companheiro ter mais um, iria ter isso em consideração. Esta inflexibilidade toda por parte do marido também demonstra um certo "egoísmo" por assim dizer. Acho que não deve forçar nem tentar convencer ninguém porque isso não irá dar resultado. Tem de ser conversado muito seriamente e decidirem em conjunto o que é melhor para o todo, e não apenas para uma das partes.

Carlaper, eu e o meu marido sempre falámos de ter dois filhos. Depois na nossa primeira filha nascer, ele disse-me que se calhar já não ia querer mais nenhum. Fiquei triste e não me conformei. Este seria um caso em que eu acho que ele deveria ceder, mesmo não tendo grande vontade, pois construímos a nossa relação no desejo de ter dois filhos e não seria justo alterar as ideias e o outro que se conformasse.
Mas no caso desta autora, se (e digo se porque não sei a história) o marido sempre disse que queria apenas um filho e se a mamã nunca se opôs a isso, não acho que agora ela possa mudar de ideias e ele simplesmente ceder por amor.

ClaraMiguel escreveu:

carlaper escreveu:Eu percebo que não se pode, nem se deve claro, obrigar ninguém a ter um filho. Mas eu, mesmo que não desejasse mais filhos, mas sabendo que era um grande desejo do meu companheiro ter mais um, iria ter isso em consideração. Esta inflexibilidade toda por parte do marido também demonstra um certo "egoísmo" por assim dizer. Acho que não deve forçar nem tentar convencer ninguém porque isso não irá dar resultado. Tem de ser conversado muito seriamente e decidirem em conjunto o que é melhor para o todo, e não apenas para uma das partes.

Carlaper, eu e o meu marido sempre falámos de ter dois filhos. Depois na nossa primeira filha nascer, ele disse-me que se calhar já não ia querer mais nenhum. Fiquei triste e não me conformei. Este seria um caso em que eu acho que ele deveria ceder, mesmo não tendo grande vontade, pois construímos a nossa relação no desejo de ter dois filhos e não seria justo alterar as ideias e o outro que se conformasse.
Mas no caso desta autora, se (e digo se porque não sei a história) o marido sempre disse que queria apenas um filho e se a mamã nunca se opôs a isso, não acho que agora ela possa mudar de ideias e ele simplesmente ceder por amor.

Eu tinha percebido que o marido não queria ter mais filhos já depois da primeira experiência. Reparei agora que o filho tem dois anos. Eu nos primeiros anos nem me passava pela cabeça ser mãe novamente, não estava claramente preparada. 6 anos depois é que avançamos. Pode ser que seja este o caso e ainda seja cedo, e neste caso, a autora precise de lhe dar tempo. Mas é mesmo uma questão que tem de ser falada seriamente, isto se houver vontade para tal.
Mas mesmo que o marido tivesse dito isso antes, perante o desejo tão grande da mulher, poderia ter mais um pouco de consideração e pelo menos repensar, digo eu, que também já disse tantas coisas antes e depois mudei de opinião. Mas por obrigação e tentar convencer, isso não, isso é meio caminho andado para a ruptura.

Eu estive numa posição muito semelhante, mas com o meu primeiro filho (2.º do marido). Ele não queria nem por nada, saiu de casa quando comecei a falar disso, estivemos separados, etc. Foi, de longe, a nossa pior crise. Eu disse-lhe que pura e simplesmente ia deixar de tomar precauções. Foi quando ele saiu de casa. Depois voltou. Se não voltasse, eu não cederia. Tinha pensado no assunto e tinha a decisão tomada. Mas claro que isto é arriscado e a hipótese de fim da relação esteve mesmo em cima da mesa. No caso dele, tinha a ver com uma péssima experiência enquanto pai/marido na primeira viagem. Tinha pavor de passar por tudo outra vez.

Curiosamente, quando me deu vontade de ter o segundo (foi sempre a mim que deu vontade) concordou em menos de 24 horas. E hoje diz que não se importava de ter outro (aliás, nem estou a tomar nada e ele farta-se de falar disso). É um pai excelente e doido pelos filhos. Mas diz que os teve a todos "obrigado" e nas alturas em que não os quer aturar, responde-me "foste tu que os quiseste".

É claro que ninguém deve ser obrigado a ser pai ou mãe, mas as crianças são capazes de nos trocar as voltas todas e também não acho que se a vontade de repetir a experiência for muito grande, se deva simplesmente deixar morrer o assunto. Às vezes, insistir compensa e deixar claro o quão é importante para nós também

Eu estive nessa situação. Sempre que se falava no 2 filho, era discussão da grande!
Mas, como sempre foi minha convicção que para dançar são precisos 2, fui acalmando o desejo de ser mãe novamente e com muita mágoa, estava prestes a dar-me como vencida e ficar só com um filho.
Usei todos os argumentos e mais alguns durante vários anos. Nada resultou.
Até ao dia em que ele me disse que pensando bem, até gostava muito de ter outro filho. para mim aquelas palavras pareceram um milagre.
E hoje já temos o 2 rebento nascido.
Boa sorte e felicidades.

Mesmo que estes assuntos sejam falados antes, há muitas pessoas que com o tempo mudam de opinião. Eu sempre quis ter 3 filhos mas agora que tenho 2 já não quero ter mais nenhum. Talvez até um dia mais tarde mude de ideias outra vez mas para já tanto eu como o meu marido estamos de acordo.
Conheço um casal que sempre quiz ter 2 filhos, no entanto depois de terem o primeiro o pai já não queria ter mais. Segundo ele não estava preparado para passar por tudo outra vez e com outro filho deixaria de ter tempo para ele. No entanto com o tempo a mãe lá o foi convencendo e conseguiu que ele "mudasse" de ideias. A criança ainda não nasceu mas sinceramente continuo a vê-lo com pouca vontade de ser pai outra vez. Não sei até que ponto é que isso também é bom para eles!
Quando um casal se quer manter junto alguém tem de ceder, no entanto não sei o que é pior. Se a mãe não conseguir concretizar o seu desejo de ser mãe novamente ou o pai ser pai "obrigado". Um filho desgasta muito o casal, mesmo quando é desejado pelos dois!
É uma situação muito complicado para os dois!
Ele tem as razões dele e a mamã tem as suas.
Dê tempo ao tempo, o seu menino ainda é muito pequenino. Se calhar devia esperar mais algum tempo, até ele ser mais independente e até lá pode ser que o pai mude de ideias.

Estas coisas são tão complicadas. Eu estou do outro lado da barricada, eu é que não quero mais filhos (tenho 1 de um relacionamento anterior e o meu actual companheiro não tem). Logo no 3º ou 4º mês de namoro, deixei bem claro que não havia essa possibilidade quando numa conversa entre amigos, em tom de brincadeira, ele falou alguma coisa como "quando eu tiver filhos". Senti-me mesmo na obrigação de deixar clara a minha posição e dei-lhe espaço para ele se afastar. Já se passaram anos, ele continua comigo e nunca puxou o tema. Se algum dia falar nisso eu contínuo irredutível, se isso faz de mim egoísta, que seja. Ter um filho que não desejo só para lhe fazer a vontade parece-me errado. Se ele quer ou não, nem sei, mas sinceramente, se ele insistisse muito, falasse nisso numa base diária, ou não falasse de mais nada, eu ficaria aborrecida e ainda me faria ter menos vontade.
Mas entendo que quem queira muito fale nisso, mas talvez com mais tacto, puxando o assunto com calma de vez em quando, e não insistindo de forma recorrente, não provocando discussões. Pode ser que devagarinho ele mude de ideias.

Sao questões muito sensiveis sem duvida alguma...,
De facto acredito que quando dois nao querem um nao faz, apenas porque um filho, é algo muito importante, o mais importante, e só deve vir se desejado por ambos. Um filho, mesmo quando desejado, muda a vida, é o melhor do mundo mas coloca muitas relaçoes à prova.
No meu caso, que desejavamos ambos a nossa filha e ser pais, foi a maior crise na relação, no pos parto, durante o primeiro ano de vida da nossa filha. Foi uma prova de fogo. Fará se nao tivesse sido igualmente desejada por ambos.
Conversem muito com muita calma, e tentem entender os motivos de cada um.

Olá
Eu sempre quis ter mais que um filho e o meu marido também.. Mas desde que tive a minha filha tudo mudou.. E os 5 primeiros meses foram horríveis pensei que ia ficar maluca.. Nós tínhamos decidido que quando a minha filha fizesse 1 ano íamos dar um mano ou mana lol mal sabia eu o que me esperava.. Adoro a minha filha e a coisa mais importante que eu tenho.. Mas ir ao segundo não sei não.. Tenho medo.. Por isso compreendo o seu marido voltar tudo de novo mas agora são 2! Não sei o meu futuro mas já não vou ao engano do segundo..
😂😂😂

A decisão de ter nenhum, um ou mais filhos é bem complexa. Não sou da opinião que no namoro se fixe o número de filhos e isso seja irredutível porque sinceramente ninguém sabe o que é ter um filho até o ter. O meu marido sempre disse que queria 3 filhos e agora nem o segundo tem vondade pois está traumatizado. Ora, seria justo da minha parte vir sempre com esse argumento? Claro que não. Nós só formamos uma opinião concreta quando passamos por ela até lá todos nós supomos e sonhamos com coisas. Também não partilho do argumento que um irmão seja companheiro de vida pois pode ser ou não ser, depende se são compatíveis em termos de feitio entre outros fatores. O seu bebé ainda é pequeno e o inicio desta etapa ainda deve estar muito marcada no seu marido. O meu conselho é que deixe esse assunto de lado e vá abordando... Se ele se mantém irredutível tem de respeitar ninguém pode forçar ninguém a ser pai quando não quer principalmente por tudo o que isso implica. Eu sempre quis um filho mas depois de ser mãe e ter experimentado este maravilhoao sentimento até ia ao segundo, nós mudamos em função do que vivenciamos. Para mim ter filhos seguidos está totalmente fora de questão é o meu marido ate podia fazer o pino assim como se ele nao quiser passar por tudo outra vez tenho de o respeitar. Se você quiser ser novamente mãe e isso for algo que não quer abdicar resta-lhe encontrar uma nova relação mas jamais deixe a pílula esquecida propositadamente pois poderia correr o risco de ficar sozinha com 2 filhos e o seu marido teria toda razão.

Ahhh que giro!
Eu comecei a ler o topico que nao conhecia, e depois vi o contador, e algo que nao batia certo!
Depois vi que o topico ja era do ano passado e desci ate ao final!
Que bom!
Tudo de bom para todos!