CUriosidade sobre a vossa experiência escolar | De Mãe para Mãe

CUriosidade sobre a vossa experiência escolar

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DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Meninas, hoje fiquei perplexa ao saber que o meu marido teve uma instrução primária em que a professora lhes batia. Mas batia assim a valer, até por erros ortográficos. Tinha uma cana comprida para lhes bater na cabeça, dava-lhes de régua, e lembra-se bem de uma vez ter uma menina com duas tranças, ela enrolar as tranças na mão e bater com a cabeça da menina no quadro. Fiquei tolinha... Somos pessoas nascidas nos anos 80... A minha professora não batia. Em 4 anos de escola deve-me chegar uma mão para contar as vezes em que a vi dar alguma sapatada no rabo a alguém mas assim por algum motivo muito radical... A professora da minha irmã (nascida nos 70's) batia, mas também não era assim tanto... A minha questão é, como foi convosco? A geração de 80 foi das últimas a aprender na base da pancada? Ou era mais comum que o que eu pensava?
Fiquei com esta curiosidade, de ter uma amostra maior de testemunhos.

Rubika -
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Desde 14 Out 2019

Olá!
Eu sou de 1986 e a nossa professora da primária batia-nos, e por coisas ridiculas... Lembro me uma vez de ter levado com a dita cana, por me ter enganado a escrever uma palavra, eu tinha uns 7 anos.
Uma menina da minha sala também levou com a cara contra o quadro porque se enganou nuns cálculos quaisquer.
Nós viviamos aterrorizados com medo de fazer alguma asneira, porque sabiamos que iamos apanhar, desde chapadas na cara, reguadas e até mesmo varejadas com uma cana...
O meu irmão é de 1980 e também apanhou, e não era a mesma professora, mas era a mesma escola...
No entanto, quando fomos para o 5° ano, nunca mais voltou a acontecer tal coisa.
Se alguém se portasse mal, ia para a rua, mas bater nunca vi.

Sobre Rubika

Eu SOP. Ele Oligo-Asteno-Teratozoospermia
2019: Nov FIV ICSI : 6 blastos;
2020: Jan: TEC Anulada; Fev: TEC (-); Jun: TEC (-); Oct: TEC (-); Nov: TEC Anulada;
2021: Abr: TEC (-); Jun: (-) Oct (-).

Enquanto tiver forças para continuar, vou até ao fim pelo nosso sonho!

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

A minha não batia, lembro de uma professora lá na escola que às vezes dava reguadas a quem chegava atrasado.
Já a minha de inglês do 7º puxava imenso as orelhas. Acho que 90% do tempo da aula era ela a puxar orelhas ao pessoal, nem entendíamos os motivos.

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Ui, do quinto ano para a frente nunca soube de mais ninguém apanhar na escola... Até aqui pensei que era coisa da primária mesmo.

catisdi -
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Desde 22 Jan 2013

Olá!
Eu tive uma professora dessas somente no 1º ano, era uma professora já com alguma idade e batia-nos por tudo e por nada, lembro-me de levar réguadas e de não nos deixar ir à casa de banho, havia imensos meninos que acabavam por fazer na sala, porque até os intervalos nos tirava, quando pedia-nos para ir à casa de banho ela colocava-nos no fundo da sala, porque já sabia que não nos íamos conseguir aguentar, enfim um trauma. Todos os dias chorava, aliás berrava, que não queria ir para a escola, um dia ela pegou pelos colarinhos de uma menina para a levar para a sala, que tal como eu não queria ir para a escola, parei logo de chorar, com medo que a seguir fosse eu.
Felizmente essa professora não voltou mais para a escola, e no segundo ano tivemos uma nova professora que era uma anjo.

Miss.B -
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Desde 05 Jul 2011

Eu nasci em 1990 e lembro-me como se fosse hoje do dia em que a minha professora me bateu por não saber resolver um problema de matemática. Infelizmente era muito comum.

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

87 aqui. Sou canhota e calhei com uma professora idosa na primária. A minha mãe tinha muito medo que ela implicasse por eu escrever com a esquerda. Nunca tive nenhum problema. Outros que fugiram daquela escola e foram para a outra onde estavam duas professoras estagiárias foram obrigados a escrever com a direita. Por isso sim, nos anos 90 ainda se viam essas coisas

PatL -
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Desde 18 Mar 2015

Nasci em 1980, vim para Portugal com 8 anos e fiquei a conhecer outro significado para a palavra "bolo". No Minho, numa localidade perto do limite com o distrito do Porto, era sinónimo de reguada.
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Vinha de França, de uma realidade muito diferente daquela com que me deparei quando me fixei cá. Todos os dias fazíamos ditados e agradeço imenso por isso, pois foi excelente para aprender a escrever português. Contudo, cada erro, era sinónimo de bofetada daquelas dadas com convicção. Felizmente nunca soube o que era isso. Recordo-me de um colega meu que tinha vindo de Espanha uns anos antes de mim e deu 42 erros. Ficámos todos pálidos quando quando a professora disse. Ela foi um pouco condescendente e deu-lhe umas 8 bofetadas. Havia também puxões de orelhas, açoites com uma cana de milho nas costas, cabeça, braços, onde calhasse. Esse adereço (cana de milho) também era muito usado pelo padre quando nos dava catequese. A professora que tive mais tempo na primária não era a favor das reguadas, "apenas" do resto, mas as docentes que davam aulas às turmas da tarde gostavam muito de usar umas réguas de madeira, bastante grossas e tinham uma "menina de 5 olhos" reservadas para as ocasiões especiais. As sessões de pedagogia física davam-se pelos mais variados motivos: insucesso, erros em exercícios, distração... Todas as famílias aceitavam e incentivavam a que fosse usada caso as crianças fossem merecedoras, do ponto de vista da professora, os miúdos aceitavam e compreendiam.
.
Enquanto diretora de turma, há uns 15/16 anos ouvi de alguns encarregados de educação que se entendêssemos, podíamos "acertar" nos filhos se se portassem mal. Tratava-se de jovens no 8.º/9.º ano e os seus pais, com baixa escolaridade (1.º, 2.º ciclo, no máximo), não tinham crescido com outro tipo de exemplo em contexto escolar.

Sobre PatL

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MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Infelizmente ainda se vê muito em 2021.
Não o bater desses tempos, mas a pressão e o mal trato psicológico. Tenho tantos, tantos miúdos com 11, 12 anos com traumas da primária, com medo de serem gozados, de errarem, de lerem. Felizmente também não é a maioria, mas ainda há: orelhas de burro, virados para a parede, alunos tratados por "burros", por "gordos" ,etc, etc, etc. e curiosamente (ou não) nem sempre são os mais velhos a fazê-lo.

Steppy88 -
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Desde 22 Set 2016

Olá

Nunca tive professores a bater mas que por vezes ridicularizavam perante a turma o que perguntávamos ou faziam comparações com os colegas e isso magoava. Agora não sei se essa situação da agressão psicológica se mantém. Talvez.

Sobre Steppy88

Positivo a 22/9/2016 - DPP: 23/5/2017
Nasceu a AL a 26/5/2017 com 48 cm e 3170 g
Positivo a 15/11/2020 - DPP: 24/7/2021
Nasceu o EF a 6/7/2021 com 49 cm e 3080g

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Sim, era o pão nosso. Era à base do bofetadão mesmo, com direito à mão ficar marcada. Uma coisa surreal. Não batia a todos, era só aqueles que tinham mais dificuldades. Lembro-me tão bem, eu própria ficava com medo quando certos alunos iam mostrar os trabalhos porque que já sabia o passo seguinte. E depois não era aquele tipo de professora que metia medo, era um bocadinho "nham nham nham", mas depois quando levantava aquela mão parece que tinha o diabo no corpo.

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Minha nossa senhora, estou chocada. Não percebo como estas coisas passavam incólumes , porque a minha mãe, nascida em 1959 dizia que havia a palmatória, mas quando vinha o inspetor do estado a professora escondia-a e instruía a dizer que não havia, a minha mãe até conta um episódio em que a mais travessa da turma disse ao inspetor que havia na gaveta da professora, e a professora negou e abriu a gaveta e não estava lá, mas a miúda que não era burra levantou-se e foi busca-la à gaveta do aquecedor a lenha... Foi um 31 e à conta disso a escola foi investigada... Portanto tecnicamente em 1959 já havia instrução de abolir isso, 30 anos depois ainda não tinham conseguido com sucesso, uau.
Mas sim, o posto de professor era muito respeitado e os pais eram os primeiros a dar carta branca, mas honestamente acho que elas também sabiam bem a quem as fazer... O meu marido por exemplo, nunca levou a sério, era bom aluno mas também tinha pais mais interessados no assunto, a menina das tranças por exemplo era filha de mãe solteira...
Quanto a ridicularizar, é triste, uma vez mais tive sorte com a professora, lembro-me de ela não admitir que se fizesse pouco de ninguém, aliás castigava quem fazia isso.

PatL -
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Desde 18 Mar 2015

A minha mãe era espancada das mais diversas formas, incluindo com pernas de cadeiras, que naquela altura eram bem robustas. Quando sabiam da vinda do inspetor, as crianças levavam as pernas das cadeiras para o monte atrás da escola, a mando da professora, para que os vestígios da violência não fossem visíveis. Havia uma altura em que a minha mãe queixava-se à avó dela que lhe doía a barriga, para se tentar livrar da escola e a minha bisavó desconfiou que se passava alguma coisa. A minha mãe acabou por contar que a professora lhe estava sempre a bater, então foi acompanhá-la à escola para a confrontar. A criatura passou-lhe a mão na cabeça (normalmente mantinha distância, porque dizia que eles eram uns piolhosos), a dizer que não era verdade, que gostava muito dela. Já a minha bisavó ia embora, a professora tornou a espancar a minha mãe por esta a ter acusado. Houve também um dia em que na porta da casa de banho alguém escreveu a alcunha pela qual a professora era conhecida. Ela achou que era a caligrafia da minha mãe, então teve direito a mais porrada. No dia do exame da 4.ª classe, na parte de matemática, a minha mãe falhou num cálculo. Novo espancamento até alguém dizer que a professora devia conter-se.
.
Há pouco mais de 20 anos estava a andar numa rua da cidade a que pertence a terrinha, com a minha mãe, a determinado momento ela começou a ficar nervosa e a praguejar. Perguntei-lhe o que se passava e ela só disse: "não acredito que aquela p*** ainda está viva!" Tínhamos passado pela mulher que deixou as piores memórias possíveis da escola. Tinham passado uns 40 anos e a raiva permanecia.

Sobre PatL

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Leonor2018 -
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Desde 21 Out 2018

Sou do ano 89 e lembro me de a minha professora até me lembro do nome e tudo Dionísia Fagundes bater se não soubesse me resolver exercício no quadro era uma régua de madeira... Levei uma vez com ela nos dedos por não saber resolver conta de dividir com 3 números tenho uma colega de cor escura e ele apanhava sempre o Francisco chamávamos Chicco.... Enfim..... Hoje em dia e os alunos que batem nos professores...alguns claro e.pais se for preciso ainda dão nos professores....

Andreissse -
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Desde 13 Nov 2015

Olá eu sou de 89 e felizmente nunca passei por nada que descreve mas lembro de um colega de classe muito mal comportado que também levava da professora, penso que palmadas no cu ou reguadas, já não tenho a certeza

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Não me recordo se havia direito a reguada e a cabeçadas no quadro, mas chapadas havia porque levei uma, e porque me recordo de terem de fazer fila para levar uma. Foi a única vez que levei e a razão foi porque a senhora achou que eu e a minha prima tínhamos copiado uma pela outra. Isto na segunda classe. No ano seguinte fui morar para a Suíça e felizmente os métodos bárbaros de pedagogia não eram lá usados. No pior dos casos levávamos trabalho suplementar para casa que consistia em copiar uma página ou duas de um livro.

Teresa.A -
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Desde 28 Nov 2019

Credo! Fiquei horrorizada ao ler!
Eu sou de 85 e achava que essas histórias tinham acabado na geração da minha mãe!
Nunca nenhum dos meus professores me bateu, nem a nenhum dos meus colegas.
Tive no 8°ano uma professora que era meio chanfrada e às vezes atirava pedaços de giz, mas acertava nas mesas e não em nós.
O meu marido também nunca levou reguadas.

MariaRS27 -
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Desde 07 Maio 2018

Eu sou de 88, não me lembro de ser vítima dessas reguadas mas tive alguns colegas que levavam (os que se portavam pior) e a minha professora era freira e era um colégio privado ... Mas lembro me de ter medo de ir ao quadro e sofrer dessas represálias Triste

rosafrmar -
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Desde 19 Jul 2012

Cresci num meio pequeno em que bater na escola era normal, vi muita chapada, reguada e uma cana para dar nas orelhas, e se os miúdos em casa dissessem que tinham apanhado, os Pais ainda diziam que era porque tinham feito alguma asneira, marcas que ficaram. Mas a pior marca que ficou, foi ver a professora a fazer um cartaz em que dizia "eu sou burro" e juntamente com umas orelhas de burro, meter num miúdo, em que vivia numa familia destrutura e obrigá-lo a ir para casa assim, nunca esqueci este episódio, muito triste.

Sobre rosafrmar

Rosamar

Mais uma mamã babada...

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Eu sou de 85. Na primária tive sorte, não tive professores que batessem. Não havia réguas para bater, serviam para medir. A minha professora da 1ª Classe só usou uma vez a violência. Foi num dos primeiros dias de escola e a turma estava completamente descontrolada. Avisou que se alguém voltasse a fazer asneiras ou queixinhas levava uma reguada na mão. Mal acabou de dizer isso eu fiz queixa da miúda ao meu lado que me estava a melgar. Levamos as duas uma "reguada" com o apagador (de quadro de ardósia) 😂 Era de madeira e doeu! Mas foi caso único. Nunca mais a professora usou o a pagador para bater. Usava, isso sim, os castigos. Eram ficar no canto da sala virado para a parede a fazer uma cópia ou a fazer nada, ou ir para a sala da 4ª classe (era o que eu mais temia porque era a sala dos grandes). Uma vez lá fui eu para esse temido castigo. Ia cheia de vergonha. Até de pedir para ir fazer xixi. Quando não aguentei mais, finalmente pedi e fui. À saída vinha com a saia levantada, presa na meia calça, e o rabiote à mostra. Foi um drama! Que vergonha senti 😂
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No 3º ciclo foi onde vi mais agressões de professores a crianças. No 7º ano tinha uma professora de inglês que dava puxões de orelhas e cachaços nos alunos. Andava pela sala enquanto falava e ia distribuindo chapadas na parte detrás da cabeça dos alunos. Uma vez deu um cachaço com tanta força ao miúdo que se sentava ao meu lado, que ele bateu com a cabeça na mesa. Desatou a chorar. E eu assustei-me e irritei-me e comecei a ralhar com a professora a dizer que não tinha nada que bater, que aquilo não se fazia. Vim para a rua com falta disciplinar e recado na caderneta. Vai a mãe à escola para dizer que, sim senhora, devia ter falado com modos, mas que tinha toda a razão e não se atravesse a professora a bater em mim.
A de matemática do 8º ano puxava os miúdos pelas orelhas até ao quadro. Uma vez um dos rapazes passou-se (porque andava sempre puxado pela orelha) e pegou numa cadeira para atirar à professora. Foi suspenso durante 15 dias, a professora continuou a dar aulas.
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Depois disso, felizmente, nunca mais vi agressões entre professores e alunos. Posso dizer que fora umas deixas aparvalhadas, o meu tempo de liceu foi de um civismo exemplar. E foi escola pública, que nunca andei em privadas.
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A minha mãe (1964) andou num colégio de freiras na primária. Usavam a cana, a régua e mão todos os dias para porradas de todo o tipo. Os castigos eram ir trabalhar na cozinha - descascar batatas, lavar loiça, carregar coisas, etc. A minha mãe tem uma cicatriz num braço de uma chapada que levou por não saber descascar batatas em condições com 6 anos. A chapada foi com a mão que segurava a faca de descascar. Em vez de chapada, foi um golpe bem fundo junto ao ombro.
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Viva o 25 de Abril, é o que vos digo. E a educação pública e de todos, que acabou com essa violência física institucionalizada na escola. Era uma barbárie.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Eu sou de 87. Tive duas professoras, a primeira dava palmadas, gritava imenso, tinha um caniço e uma antena de carro que usava para bater nas cabeças, por outro lado era pouco exigente, cantávamos imenso e brincávamos muito.
A segunda não batia tanto nem grirava, dava uns puxões de orelhas mas humilhava imenso nas idas ao quadro, chamava-nos mesmo de burros, ameaçava com as orelhas de burro. Recordo-me de acordar muito cedo para decorar a tabuada, rios, distritos... dava história e inglês como extra. Tratava um colega que tinha chumbado por "repetente".

Piolhinha -
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Desde 17 Dez 2016

Aqui também dos anos 80. Nunca me bateram, mas assisti a uma réguada e a um ou outro puxão de orelhas, não era nada habitual, mas infelizmente aconteceu. O motivo não me lembro. Sinceramente achei que nesses anos não houvesse esse tipo de atitude, uns puxões de orelhas pensei que sim, mas os casos que estão aqui reportados não. Infelizmente não sabemos muito do que ainda se passará nesta altura.

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Estou mesmo de boca aberta... Porque eu pensava sinceramente que e minha geração já quase não apanhava na escola, só situações muito radicais, e afinal há muita gente da minha geração que apanhava como a geração dos meus pais.
A professora do meu marido ainda é viva, ele diz que está à espera que ela morra para lhe ir mijar no jazigo 🤣🤣🤣 O moço tinha azar, ela também era catequista dele e até na catequese batia às pessoas.
Quanto ao 25 de abril, bendito seja mesmo, o meu pai contava que todos os dias tinham de rezar na sala virados para a foto de Salazar 🤦🏻‍♀️
Meu Deus, obrigada!
(Realmente a Suíça é muito à frente e muito civilizada... Nós parece que não aprendemos)

carlabrito -
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Desde 30 Maio 2017

Credo!
Estou incredula!
A minha professora dava umas reguadas mas nada a ver com o que voces contam.
Isto aflige-me! Saber que de certeza ainda há infantrários ou escolas primarias que continuem com esses maus tratos.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Essas professoras são rijas, a minha última também é viva. Há tempos mandou-me cumprimentos pela minha mãe. Irra! Vade retro Satana! 🤣
E ainda apanhei uma contina no Jardim de Infância que ameaçava enfiar a malta no baú dos brinquedos e fechar, tudo isso por causa das migalhas de plasticina. Essa bebia e a minha mãe chegou a fazer queixa dela por esse motivo. Enfim, acho que é por isso que eu sou tão radical nestes temas.

marlene1987 -
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Desde 13 Out 2019

carlabrito escreveu:
Credo!
Estou incredula!
A minha professora dava umas reguadas mas nada a ver com o que voces contam.
Isto aflige-me! Saber que de certeza ainda há infantrários ou escolas primarias que continuem com esses maus tratos.

Agora quase de certeza que não há porque os paizinhos vão a correr bater nos professores ou funcionárias. Mas se os miúdos nos baterem já não há problema nenhum... Os pais pensam que tem uns Santos mas de Santos muitos não tem nada... E sei do que falo porque trabalho numa escola e só nos damos uma ordem ainda nos gozam por cima... Se antes era um exagero era, mas agora não há respeito nenhum por quem trabalha nas escolas.

DianaES -
Offline
Desde 08 Out 2013

marlene1987 escreveu:

carlabrito escreveu:Credo!
Estou incredula!
A minha professora dava umas reguadas mas nada a ver com o que voces contam.
Isto aflige-me! Saber que de certeza ainda há infantrários ou escolas primarias que continuem com esses maus tratos.

Agora quase de certeza que não há porque os paizinhos vão a correr bater nos professores ou funcionárias. Mas se os miúdos nos baterem já não há problema nenhum... Os pais pensam que tem uns Santos mas de Santos muitos não tem nada... E sei do que falo porque trabalho numa escola e só nos damos uma ordem ainda nos gozam por cima... Se antes era um exagero era, mas agora não há respeito nenhum por quem trabalha nas escolas.


Percebo a indignação, mas veja por este prisma, há agressões dos dois lados, uma delas contra crianças... Com certeza mais covarde que um mano a mano pais/professores. Mas claro que se acho mal os professores baterem nas crianças, acho mal que os pais batam nos professores, embora, muito sinceramente não me imagino a saber que a professora tinha batido com a cabeça no quadro à minha filha e não me mandar logo à escola fazer igual à professora. Que motivo justifica tal coisa?! Por mais que a criança mal comportada até goze, isso equipara-se a uma agressão física deste nível?

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

DianaES escreveu:

marlene1987 escreveu:
carlabrito escreveu:Credo!
Estou incredula!
A minha professora dava umas reguadas mas nada a ver com o que voces contam.
Isto aflige-me! Saber que de certeza ainda há infantrários ou escolas primarias que continuem com esses maus tratos.

Agora quase de certeza que não há porque os paizinhos vão a correr bater nos professores ou funcionárias. Mas se os miúdos nos baterem já não há problema nenhum... Os pais pensam que tem uns Santos mas de Santos muitos não tem nada... E sei do que falo porque trabalho numa escola e só nos damos uma ordem ainda nos gozam por cima... Se antes era um exagero era, mas agora não há respeito nenhum por quem trabalha nas escolas.

Percebo a indignação, mas veja por este prisma, há agressões dos dois lados, uma delas contra crianças... Com certeza mais covarde que um mano a mano pais/professores. Mas claro que se acho mal os professores baterem nas crianças, acho mal que os pais batam nos professores, embora, muito sinceramente não me imagino a saber que a professora tinha batido com a cabeça no quadro à minha filha e não me mandar logo à escola fazer igual à professora. Que motivo justifica tal coisa?! Por mais que a criança mal comportada até goze, isso equipara-se a uma agressão física deste nível?


E que tal - e eu sei que esta é uma ideia completamente tresloucada, mas "bear with me" - e que tal ninguém bater em ninguém? Nem professores, nem alunos, nem pais?
Ou sou eu que interpreto mal ou dá-me a sensaçäo que ou se escolhe uma coisa ou outra, como se näo houvesse uma terceira e quarta e mais alternativas...

Anotski85 -
Offline
Desde 09 Jun 2020

Sansa escreveu:

DianaES escreveu:
marlene1987 escreveu:
carlabrito escreveu:Credo!
Estou incredula!
A minha professora dava umas reguadas mas nada a ver com o que voces contam.
Isto aflige-me! Saber que de certeza ainda há infantrários ou escolas primarias que continuem com esses maus tratos.

Agora quase de certeza que não há porque os paizinhos vão a correr bater nos professores ou funcionárias. Mas se os miúdos nos baterem já não há problema nenhum... Os pais pensam que tem uns Santos mas de Santos muitos não tem nada... E sei do que falo porque trabalho numa escola e só nos damos uma ordem ainda nos gozam por cima... Se antes era um exagero era, mas agora não há respeito nenhum por quem trabalha nas escolas.

Percebo a indignação, mas veja por este prisma, há agressões dos dois lados, uma delas contra crianças... Com certeza mais covarde que um mano a mano pais/professores. Mas claro que se acho mal os professores baterem nas crianças, acho mal que os pais batam nos professores, embora, muito sinceramente não me imagino a saber que a professora tinha batido com a cabeça no quadro à minha filha e não me mandar logo à escola fazer igual à professora. Que motivo justifica tal coisa?! Por mais que a criança mal comportada até goze, isso equipara-se a uma agressão física deste nível?

E que tal - e eu sei que esta é uma ideia completamente tresloucada, mas "bear with me" - e que tal ninguém bater em ninguém? Nem professores, nem alunos, nem pais?
Ou sou eu que interpreto mal ou dá-me a sensaçäo que ou se escolhe uma coisa ou outra, como se näo houvesse uma terceira e quarta e mais alternativas...

Esta discussão tem vindo à baila muitas vezes ultimamente. Ainda há pouco tempo a tivemos a propósito do comportamento de uma amiga minha (tenho de ir atualizar esse tópico, by the way). Redunda tudo no mesmo: como praticar uma pedagogia que ensina a gestão de conflitos (internos ou interrelacionais) sem qualquer tipo de violência e agressão? É sempre este o ponto principal. A sensação que eu tenho é que na escola (mais do que no ensino pré-primário) não há condições para praticar essa pedagogia. São demasiados alunos para o corpo docente e discente e a prática pedagógica, para não praticar violência, pratica excesso de permissividade e falta de orientação porque não há tempo, recursos humanos, recursos pedagógicos, etc. para trabalhar com as crianças formas alternativas de se comportarem. Isso exige muito do corpo educativo: professores, psicólogos, terapeutas comportamentais, e o envolvimento dos encarregados de educação e dos funcionários da escola. Sinceramente, acho que estamos muito aquém de ter recursos e um contexto escolar capaz de prover esse tipo de educação. Seria todo o um outro contexto organizativo e pedagógico, todo um outro conjunto de métodos, e seriam precisos anos de ajustamento para que começasse a surtir efeito.

fmmartins -
Offline
Desde 14 Dez 2016

Foi precisamente o que me ocorreu e voltamos sempre à velha questão tão discutida. É um trabalho conjunto entre pais e escola mas que começa cedo e em casa.

Sansa -
Online
Desde 18 Jan 2018

Isto pode ser uma falha minha na interpretação, mas a ideia com que fico ao ler certos comentários é que pelo menos quando era “aceite” a prática o uso de violência física como forma do professor “educar” não havia alunos e pais a baterem nos professores. Hoje com esta modernice dos pais não querem bater nos filhos, falham na educação e andam a criar tiranos que não respeitam o corpo docente.