Crise enorme no casamento | Page 2 | De Mãe para Mãe

Crise enorme no casamento

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Sandragomes123 -
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Desde 20 Jul 2022

Só vi agora! Já respondi! Obrigada ☺️

Anete SSilva escreveu:
Sim, já mandei uma

Sandragomes123 escreveu:Posso enviar mensagem privada? Obrigada

Anete SSilva escreveu:Minha querida... isto cada uma é como é, para mim reiki resultou porque precisava muito de relaxar, de tempo para mim, de perdoar, de "parar" e consegui com o reiki... ia às sessões, individuais, as primeiras muito alerta mas depois comecei a aprender a me deixar ir, adormecia... e depois do reiki falava com a minha mestre, ela falava-me sobre perdão, perdoar não porque o outro merece mas porque nós merecemos essa paz! Deixar estar... aceitar-me, dar-me valor... por isso depois passei para as meditações... resultou... assim como a terapia, porque precisava entender o meu valor... centrar-me em mim... vivia só para ele, focada em interpretar comportamentos, cheia de medo, mesmo medo... não te digo que passou tudo porque não passou, ainda tenho fases assim, mas ajudou...
Também tentei o ginásio... até para me melhorar fisicamente, deitar cá para fora mas não tinha força física para isso... sentia-me fisicamente exausta...
Vê o que resulta para ti! Até pode resultar dares uns murros num saco de boxe ou ir para um descampado e gritar a plenos pulmões, conheço quem tenha feito isto e ajudou imenso...
O que digo é que precisas de focar em ti, acalmar esse coração, curar dores e só assim a te sentires mais tu, mais feliz, mais em paz vais conseguir analisar, processar e trabalhar a relação...
E atenção, não é uma questão de teres razão ou não... são sentimentos, por isso são legítimos, mas às vezes pensamentos puxam-nos para baixo, às vezes perdemos a noção até da realidade por dor e medo, por isso precisar encontrar o foco!

Sandragomes123 escreveu:Olá Anete.
Obrigada pelas palavras.
É isso mesmo que sinto. Identifiquei me tanto com o que escreveste.
Ontem agendei consulta para a próxima semana para uma psicóloga. Porque realmente noto que não estou a viver como devia toda a fase maravilhosa que à maternidade e a vida me dá.
E depois sofro ainda mais porque sinto que tudo isto me impede de viver esta fase. Ou seja, parece um ciclo sem fim.
Eu tenho sim, essa necessidade de controlar tudo. Não sei o que se passa comigo. Choro, tenho ataques de nervos, e nunca fui assim.
Sinto-me magoada por tudo, mas chego a um momento que meto em causa se tenho razão. Eu sei lá o que se passa comigo.
E depois sou assim, não consigo falar com amigos ou família. Amo os meus pais, estou todos os dias com eles, são eles que me ajudam com as minhas filhas e custa me ainda mais porque eles não sabem o que se passa comigo.
O reiki ajuda? Nunca pensei nisso.
Eu sugeri ao meu marido a terapia de casal, mas também sinto que primeiro tenho de me entender a mim. E mesmo que não seja para ficarmos juntos, tenho de conseguir entender e ultrapassar isto.

Anete SSilva escreveu:Olá Sandra, o meu casamento já passou por altos e baixos e por baixos mesmo baixos...
Concordo com a sugestão da terapia de casal mas acho que antes fazia-te bem fazeres a tua terapia...
Quando a minha filha nasceu e foi um período muito conturbado em várias vertentes eu voltei a procurar ajuda de uma terapeuta (já o tinha feito antes) e ajudou-me imenso, mas mesmo imenso... todo o processo da maternidade, os abanões da vida e os tumultos na relação tinham-me deixado num poço de inseguranças, medos... tinha dores enormes dentro de mim que me faziam estar infeliz, não aproveitar o bom que tinha e super desconfiada, paranoica, tudo... fiz alguns processos de meditação acompanhada, gostei muito e ajudaram imenso... escrevi cartas e queimei... deitei tudo para fora, fiz reiki, passei a meditar sozinha e compreendi que muito estava dentro de mim... e que primeiro precisava de me encontrar comigo mesma e perceber as minhas inseguranças, a minha vontade de controlar tudo, o meu medo de que tudo corresse mal, as minhas desilusões e compreendi muito, aceitei algumas coisas na relação, em que compreendi que eram "dele" não eram "defeito" meu... também redefini os meus limites, o que queria e aí voltei-me para a relação... falei o que sentia...
Por isso acho que deves fazer primeiro um processo contigo mesma... acalmar o coração, a alma, saber o teu valor, elevar a auto-estima e aí com calma falar com ele sobre como te sentes, o quanto gostas dele e como propões trabalhar a relação... e a partir daí vês como ele reage e decide...
Seja como for pensa nisto... tudo tem solução! Sentimos muito peso de responsabilidade, mas o peso não é teu, não tens culpa da fase má... acontece... aconteceu... foca-te no melhor e deixa que o tempo e o trabalho em ti coloco as coisas no seu devido lugar...

Teresa.A -
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Desde 28 Nov 2019

Sansa escreveu:

MisaL escreveu:Entende-se o que dizes, mas também não podemos passar o conceito que é normal, vantajoso omitir assuntos. Há assuntos e assuntos. Não contar detalhes ou desvalorizar é diferente de não saber da existência.
Há determinadas omissões que quebram questões de confiança, princípios de amizade, respeito, levam o outro a sentir-se muito mal no dia a que venha a saber.

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Mia. escreveu:

MartaSofia83 escreveu:

Andreissse escreveu:

Mia. escreveu:Permitam-me só dar uma outra visão da questão - e não estou de todo a dizer que é o caso, mas apenas outra perspetiva.
Tenho um amigo de longa data que não conta determinadas coisas à mulher dele, não porque tenham algo de errado ou segundas intenções, mas porque sabe que ela vai ligar o complicómetro, vai começar a fazer dezenas de perguntas, vai fazer muitos filmes e ele, para evitar chatices, não conta. Se é o correto? Não sei. Mas estar sempre a ser alvo de perguntas, críticas e inseguranças também não deve ser propriamente a coisa mais simpática do mundo. Um exemplo que ele me deu foi ter ido beber café com uma amiga que trabalha literalmente do outro lado da rua, e é um filme que dura até hoje...

Tenho um amigo meu que faz exatamente isso e eu também. Somos amigos a 16 anis até um ano a mais do que o tempo que estou com o meu marido e a mulher dele nem sonha que existo! XD pelo mesmo motivo.. Ia ligar o complicometro e sem necessidade nenhuma porque somos muito amigos e seremos sempre.. Mas ela ia começar logo a fazer 10001 filmes porque é sempre assim... E o mesmo o meu marido. Também não conto tudo porque não vale a pena. So ia fazer drama, estragar uma amizade, quando não passa, nunca passou nem ha.d passar disso. Muita gente esconde amizades por esse motivo, se é o correto nao? Talvez nao... Mas também n sei ate que ponto é que também temos de contar sempre tudo, tudo, tudo... Também temos direito ao nosso espaço.

Isso é doentio e só mostra que não tem confiança nenhuma no casamento e se calhar não deveria era sequer ter casado. Ninguém esconde o que não tem nada para esconder e das três uma ou afinal tem alguma coisa para esconder que é o que parece mais provável por os dois estarem as fazer isso com os vossos maridos e mulheres ou são mentirosos compulsivos ou então estão muito mal casados com pessoas doentes porque amigos todos temos e isso não é problema nenhum. Está tudo errado naquilo que relatas!

Por acaso tenho uma opinião completamente diferente (mas entendo inteiramente o teu ponto de vista). Tratam-se de escolhas, e se funciona, ok! Se calhar eu prefiro não contar a situação A ou B ou C (seja ao marido, aos pais, aos chefes) do que contar e eles fazerem uma tempestade num copo de água, com repercussões para todos os dias. As pessoas com quem casamos têm certamente muitas qualidades, e por isso é que as escolhemos, mas também têm defeitos. Ocultei algumas coisas dos meus pais quando era adolescente, por exemplo, não porque fossem graves e sérias mas porque eles achariam que era grave e sério, e eu ficava com uma série de condicionantes para o resto da minha adolescência (e quem sabe para a idade adulta). Se tenho uma relação doentia com eles? Não, apenas acho que não têm de saber tudo da minha vida, e continuo a aplicar a mesma regra ao marido, aos amigos, aos chefes e a toda a gente.

Mia, não percas tempo com a Marta. Ela é... como explicar?... bem, é uma pessoa... "especial".

A Marta custuma ter opiniões "peculiares" mas aqui até têm alguma razão.
Como é que se esconde do marido uma amizade anterior ao casamento, por mais de 15 anos?!
Isto não é normal numa relação saudável

Neste caso o amigo esconde da mulher. E em relação à Andreia esconder do marido certas coisas, eu entendi (posso ter falhado na interpretação) no sentido de não contar todos os detalhes, ou desvalorizar o grau da relação. Isto é, são muito mais cúmplices e companheiros do que é dado a saber ao marido.
Eu até consigo perceber. No fundo, ser totalmente transparente e cândida, iria, muito provavelmente, custar essa amizade, ou custar a relação conjugal. Nem todas as pessoas se sentem confortáveis com os parceiros terem relações profundas de amizade com pessoas do sexo oposto.
Mas em relação ao comentário da Marta, não há necessidade nenhuma de chamar as pessoas de mentirosos compulsivos, ou que estão mal casados com pessoas doentes. A mesma opinião poderia ter sido formulada sem este tipo de acusações que, a meu ver, são de muito mau tom.
As pessoas têm defeitos mas também têm virtudes, e não podemos correr com todas elas à primeira demonstração de uma qualquer falha ou imperfeição, senão acabamos sozinhas.

Não estou a querer deixar a ideia de que é normal, apenas que podem existir razões, nas circunstâncias daquela relação, que tenham causado essa situação, e não significa imediatamente que ou se é um mentiroso compulsivo, ou se está mal casado com uma pessoa doente.
Evidentemente, que num mundo ideal todo o mundo saberia impecavelmente gerir as suas inseguranças, aliás, nem as teria, e nunca haveria motivo para omitir fosse o que fosse.
.
Esse exemplo de total desconhecimento de que o parceiro tem uma amiga, realmente é estranho, mas... não conhecemos a história toda.
Em relação ao outro exemplo, acho que é uma amizade muito mais profunda, no sentido de partilharem coisas um com o outro, do que é dado a saber ao marido. Mas atenção que isto também acontece com amizades do mesmo sexo, há pessoas que têm dificuldade em entender porque razão o parceiro partilha tantos detalhes e situações.


Sim, a marta foi agressiva no tom mas não deixa de ter razão quando diz que isto mostra falta de confiança no casamento.
Do comentário da Andreissse parece-me que o marido também está na total ignorância. Além disso que diz que muitas pessoas escondem amizades para evitar conflitos.
Isto não é normal e não podemos passar a ideia de que esconder os amigos faz parte de uma relação saudável. Não faz.
.
Isto é muito diferente de não contar tudo ou desvalorizar a cumplicidade que têm.
Também acho que não é necessário contar os pormenores todos, todos temos direito ao nosso espaço. Mas bolas.
Esconder a existência de amigos de longa data é uma omissão grave. Não é um pormenor.
.
Eu não consigo sequer conceber como se chega ao ponto de a mulher desconhecer a existência de uma amiga por 15 anos. Quando começaram a namorar disse-lhe que não tinha amigas?
Estão 15 anos a encontrar-se e a falar às escondidas?
Posso não conhecer a história toda, mas desculpa, isto não é normal nem saudável.

Teresa.A -
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Desde 28 Nov 2019

MisaL escreveu:
Concordo com a Teresa.
Não acho necessário que se conte tudo, sempre, mas não contar que tem uma "amizade" tão longa, antes até do marido...já vai além. Nem sei se pode ser amizade, porque os amigos exigem alguma presença na vida um do outro.
Uma coisa é não contar que se foi almoçar ou tomar café com alguém, outra é nem saber que a pessoa existe há tantos anos.
A questão de não contar aos pais também me causa muita estranheza. Claro que poucas são as pessoas que contam tudo, faz parte da adolescência e é saudável, mas se contasse podia deixar condicionantes para toda a adolescência e até na vida adulta?! Algo não bate certo, não podem ser assim as relações
saudáveis. Até eu já estou a fazer 1000 filmes com o que foi escondido 🤣

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Mia. escreveu:

MartaSofia83 escreveu:

Andreissse escreveu:

Mia. escreveu:Permitam-me só dar uma outra visão da questão - e não estou de todo a dizer que é o caso, mas apenas outra perspetiva.
Tenho um amigo de longa data que não conta determinadas coisas à mulher dele, não porque tenham algo de errado ou segundas intenções, mas porque sabe que ela vai ligar o complicómetro, vai começar a fazer dezenas de perguntas, vai fazer muitos filmes e ele, para evitar chatices, não conta. Se é o correto? Não sei. Mas estar sempre a ser alvo de perguntas, críticas e inseguranças também não deve ser propriamente a coisa mais simpática do mundo. Um exemplo que ele me deu foi ter ido beber café com uma amiga que trabalha literalmente do outro lado da rua, e é um filme que dura até hoje...

Tenho um amigo meu que faz exatamente isso e eu também. Somos amigos a 16 anis até um ano a mais do que o tempo que estou com o meu marido e a mulher dele nem sonha que existo! XD pelo mesmo motivo.. Ia ligar o complicometro e sem necessidade nenhuma porque somos muito amigos e seremos sempre.. Mas ela ia começar logo a fazer 10001 filmes porque é sempre assim... E o mesmo o meu marido. Também não conto tudo porque não vale a pena. So ia fazer drama, estragar uma amizade, quando não passa, nunca passou nem ha.d passar disso. Muita gente esconde amizades por esse motivo, se é o correto nao? Talvez nao... Mas também n sei ate que ponto é que também temos de contar sempre tudo, tudo, tudo... Também temos direito ao nosso espaço.

Isso é doentio e só mostra que não tem confiança nenhuma no casamento e se calhar não deveria era sequer ter casado. Ninguém esconde o que não tem nada para esconder e das três uma ou afinal tem alguma coisa para esconder que é o que parece mais provável por os dois estarem as fazer isso com os vossos maridos e mulheres ou são mentirosos compulsivos ou então estão muito mal casados com pessoas doentes porque amigos todos temos e isso não é problema nenhum. Está tudo errado naquilo que relatas!

Por acaso tenho uma opinião completamente diferente (mas entendo inteiramente o teu ponto de vista). Tratam-se de escolhas, e se funciona, ok! Se calhar eu prefiro não contar a situação A ou B ou C (seja ao marido, aos pais, aos chefes) do que contar e eles fazerem uma tempestade num copo de água, com repercussões para todos os dias. As pessoas com quem casamos têm certamente muitas qualidades, e por isso é que as escolhemos, mas também têm defeitos. Ocultei algumas coisas dos meus pais quando era adolescente, por exemplo, não porque fossem graves e sérias mas porque eles achariam que era grave e sério, e eu ficava com uma série de condicionantes para o resto da minha adolescência (e quem sabe para a idade adulta). Se tenho uma relação doentia com eles? Não, apenas acho que não têm de saber tudo da minha vida, e continuo a aplicar a mesma regra ao marido, aos amigos, aos chefes e a toda a gente.

Mia, não percas tempo com a Marta. Ela é... como explicar?... bem, é uma pessoa... "especial".

A Marta custuma ter opiniões "peculiares" mas aqui até têm alguma razão.
Como é que se esconde do marido uma amizade anterior ao casamento, por mais de 15 anos?!
Isto não é normal numa relação saudável


Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

Teresa.A escreveu:

MisaL escreveu:Concordo com a Teresa.
Não acho necessário que se conte tudo, sempre, mas não contar que tem uma "amizade" tão longa, antes até do marido...já vai além. Nem sei se pode ser amizade, porque os amigos exigem alguma presença na vida um do outro.
Uma coisa é não contar que se foi almoçar ou tomar café com alguém, outra é nem saber que a pessoa existe há tantos anos.
A questão de não contar aos pais também me causa muita estranheza. Claro que poucas são as pessoas que contam tudo, faz parte da adolescência e é saudável, mas se contasse podia deixar condicionantes para toda a adolescência e até na vida adulta?! Algo não bate certo, não podem ser assim as relações
saudáveis. Até eu já estou a fazer 1000 filmes com o que foi escondido 🤣

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Mia. escreveu:

MartaSofia83 escreveu:

Andreissse escreveu:

Mia. escreveu:Permitam-me só dar uma outra visão da questão - e não estou de todo a dizer que é o caso, mas apenas outra perspetiva.
Tenho um amigo de longa data que não conta determinadas coisas à mulher dele, não porque tenham algo de errado ou segundas intenções, mas porque sabe que ela vai ligar o complicómetro, vai começar a fazer dezenas de perguntas, vai fazer muitos filmes e ele, para evitar chatices, não conta. Se é o correto? Não sei. Mas estar sempre a ser alvo de perguntas, críticas e inseguranças também não deve ser propriamente a coisa mais simpática do mundo. Um exemplo que ele me deu foi ter ido beber café com uma amiga que trabalha literalmente do outro lado da rua, e é um filme que dura até hoje...

Tenho um amigo meu que faz exatamente isso e eu também. Somos amigos a 16 anis até um ano a mais do que o tempo que estou com o meu marido e a mulher dele nem sonha que existo! XD pelo mesmo motivo.. Ia ligar o complicometro e sem necessidade nenhuma porque somos muito amigos e seremos sempre.. Mas ela ia começar logo a fazer 10001 filmes porque é sempre assim... E o mesmo o meu marido. Também não conto tudo porque não vale a pena. So ia fazer drama, estragar uma amizade, quando não passa, nunca passou nem ha.d passar disso. Muita gente esconde amizades por esse motivo, se é o correto nao? Talvez nao... Mas também n sei ate que ponto é que também temos de contar sempre tudo, tudo, tudo... Também temos direito ao nosso espaço.

Isso é doentio e só mostra que não tem confiança nenhuma no casamento e se calhar não deveria era sequer ter casado. Ninguém esconde o que não tem nada para esconder e das três uma ou afinal tem alguma coisa para esconder que é o que parece mais provável por os dois estarem as fazer isso com os vossos maridos e mulheres ou são mentirosos compulsivos ou então estão muito mal casados com pessoas doentes porque amigos todos temos e isso não é problema nenhum. Está tudo errado naquilo que relatas!

Por acaso tenho uma opinião completamente diferente (mas entendo inteiramente o teu ponto de vista). Tratam-se de escolhas, e se funciona, ok! Se calhar eu prefiro não contar a situação A ou B ou C (seja ao marido, aos pais, aos chefes) do que contar e eles fazerem uma tempestade num copo de água, com repercussões para todos os dias. As pessoas com quem casamos têm certamente muitas qualidades, e por isso é que as escolhemos, mas também têm defeitos. Ocultei algumas coisas dos meus pais quando era adolescente, por exemplo, não porque fossem graves e sérias mas porque eles achariam que era grave e sério, e eu ficava com uma série de condicionantes para o resto da minha adolescência (e quem sabe para a idade adulta). Se tenho uma relação doentia com eles? Não, apenas acho que não têm de saber tudo da minha vida, e continuo a aplicar a mesma regra ao marido, aos amigos, aos chefes e a toda a gente.

Mia, não percas tempo com a Marta. Ela é... como explicar?... bem, é uma pessoa... "especial".

A Marta custuma ter opiniões "peculiares" mas aqui até têm alguma razão.
Como é que se esconde do marido uma amizade anterior ao casamento, por mais de 15 anos?!
Isto não é normal numa relação saudável

Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔


Não estou a lembrar-me de muitos exemplos mas conheço quem teve de esconder dos pais que era homossexual porque caso contrário iria perder muitas liberdades e apoio.
Eu imagino que aqueles adolescentes que são sujeitos a terapias de conversão fiquem marcados para sempre, com grandes repercussões na sua vida adulta.
É só um exemplo que me ocorreu por ter conhecido um caso real de alguém que vivia em pavor dos pais descobrirem.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

Teresa.A escreveu:

Eu não consigo sequer conceber como se chega ao ponto de a mulher desconhecer a existência de uma amiga por 15 anos. Quando começaram a namorar disse-lhe que não tinha amigas?
Estão 15 anos a encontrar-se e a falar às escondidas?
Posso não conhecer a história toda, mas desculpa, isto não é normal nem saudável.

É certo que é estranho, mas poderá ser porventura uma daquelas situações em que não falou nessa amiga quando se conheceram, e à medida que o tempo foi passando, e a relação a ficar mais séria, foi percebendo que a companheira era uma pessoa extremamente ciumenta e insegura, e com o avançar do tempo não sabia como introduzir essa pessoa sem causar um grande conflito. Ou seja, não mencionou a pessoa no início (talvez achando ser irrelevante) e depois mais tarde já não sabia como explicar a existência da pessoa, sem parecer que estaria a esconder alguma coisa. Não sei se me estou a fazer entender.
Durante a universidade uma moça começou a chamar-me pelo nome errado, e eu não quis ser indelicada e corrigi-la (não era sequer da minha turma) e achei que não iríamos conviver assim tanto. Mas acabámos por ter de privar mais vezes do que pensará, e nessa altura já nem sabia muito bem como lhe dizer que eu não me chamava Estela 😂😂😂

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Atenção que não estou a dizer que concordo ou a arranjar legitimidade para esse comportamento, estou só a tentar arranjar uma explicação mais ou menos lógica.

DianaES -
Offline
Desde 08 Out 2013

Desculpem lá mas o meu marido ir tomar café com alguém seu eu saber não seria normal. Primeiro, a menos que fosse uma coisa de 10 minutos, pelos horários ia perceber que ele tinha ido a algum lado. Então teria de me mentir, e se não é nada de mal, porquê mentir? Isto serve ao contrário (para mim) também.

ClaraMiguel -
Offline
Desde 03 Nov 2013

DianaES escreveu:
Desculpem lá mas o meu marido ir tomar café com alguém seu eu saber não seria normal. Primeiro, a menos que fosse uma coisa de 10 minutos, pelos horários ia perceber que ele tinha ido a algum lado. Então teria de me mentir, e se não é nada de mal, porquê mentir? Isto serve ao contrário (para mim) também.

Eu também não acho normal mas quem o faz também não está em relações normais ou com pessoas normais, mas sim com pessoas extremamente inseguras que com pouca coisa fazem um drama. Eu já assisti a uma amiga a fazer uma crise porque o companheiro escreveu « beijinho » em vez de « beijinhos » como era habitual. Ou a chorar convencida que ele tem outra porque o viu online numa rede social e não era com ela que ele estava a falar. Com alguém como ela, eu entendo bem que não haja vontade de contar que se foi tomar café com uma amiga. Mas também não entendo porque é que se começa uma relação com alguém assim. 🤷🏻‍♀️

Teresa.A -
Offline
Desde 28 Nov 2019

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:
Eu não consigo sequer conceber como se chega ao ponto de a mulher desconhecer a existência de uma amiga por 15 anos. Quando começaram a namorar disse-lhe que não tinha amigas?
Estão 15 anos a encontrar-se e a falar às escondidas?
Posso não conhecer a história toda, mas desculpa, isto não é normal nem saudável.

É certo que é estranho, mas poderá ser porventura uma daquelas situações em que não falou nessa amiga quando se conheceram, e à medida que o tempo foi passando, e a relação a ficar mais séria, foi percebendo que a companheira era uma pessoa extremamente ciumenta e insegura, e com o avançar do tempo não sabia como introduzir essa pessoa sem causar um grande conflito. Ou seja, não mencionou a pessoa no início (talvez achando ser irrelevante) e depois mais tarde já não sabia como explicar a existência da pessoa, sem parecer que estaria a esconder alguma coisa. Não sei se me estou a fazer entender.
Durante a universidade uma moça começou a chamar-me pelo nome errado, e eu não quis ser indelicada e corrigi-la (não era sequer da minha turma) e achei que não iríamos conviver assim tanto. Mas acabámos por ter de privar mais vezes do que pensará, e nessa altura já nem sabia muito bem como lhe dizer que eu não me chamava Estela 😂😂😂


Até entendo o que queres dizer, mas aqui estou um bocado como a ClaraMiguel. Não entendo como é que alguém quer ter uma relação com uma pessoa assim.
Não seria capaz de ser feliz a mentir sistematicamente ao meu companheiro.
Confiança e respeito são essenciais numa boa relação
.
Já agora, contaste ou continuaste a ser Estela? É um nome bonito 🤣

Teresa.A -
Offline
Desde 28 Nov 2019

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

MisaL escreveu:Concordo com a Teresa.
Não acho necessário que se conte tudo, sempre, mas não contar que tem uma "amizade" tão longa, antes até do marido...já vai além. Nem sei se pode ser amizade, porque os amigos exigem alguma presença na vida um do outro.
Uma coisa é não contar que se foi almoçar ou tomar café com alguém, outra é nem saber que a pessoa existe há tantos anos.
A questão de não contar aos pais também me causa muita estranheza. Claro que poucas são as pessoas que contam tudo, faz parte da adolescência e é saudável, mas se contasse podia deixar condicionantes para toda a adolescência e até na vida adulta?! Algo não bate certo, não podem ser assim as relações
saudáveis. Até eu já estou a fazer 1000 filmes com o que foi escondido 🤣

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Mia. escreveu:

MartaSofia83 escreveu:

Andreissse escreveu:

Mia. escreveu:Permitam-me só dar uma outra visão da questão - e não estou de todo a dizer que é o caso, mas apenas outra perspetiva.
Tenho um amigo de longa data que não conta determinadas coisas à mulher dele, não porque tenham algo de errado ou segundas intenções, mas porque sabe que ela vai ligar o complicómetro, vai começar a fazer dezenas de perguntas, vai fazer muitos filmes e ele, para evitar chatices, não conta. Se é o correto? Não sei. Mas estar sempre a ser alvo de perguntas, críticas e inseguranças também não deve ser propriamente a coisa mais simpática do mundo. Um exemplo que ele me deu foi ter ido beber café com uma amiga que trabalha literalmente do outro lado da rua, e é um filme que dura até hoje...

Tenho um amigo meu que faz exatamente isso e eu também. Somos amigos a 16 anis até um ano a mais do que o tempo que estou com o meu marido e a mulher dele nem sonha que existo! XD pelo mesmo motivo.. Ia ligar o complicometro e sem necessidade nenhuma porque somos muito amigos e seremos sempre.. Mas ela ia começar logo a fazer 10001 filmes porque é sempre assim... E o mesmo o meu marido. Também não conto tudo porque não vale a pena. So ia fazer drama, estragar uma amizade, quando não passa, nunca passou nem ha.d passar disso. Muita gente esconde amizades por esse motivo, se é o correto nao? Talvez nao... Mas também n sei ate que ponto é que também temos de contar sempre tudo, tudo, tudo... Também temos direito ao nosso espaço.

Isso é doentio e só mostra que não tem confiança nenhuma no casamento e se calhar não deveria era sequer ter casado. Ninguém esconde o que não tem nada para esconder e das três uma ou afinal tem alguma coisa para esconder que é o que parece mais provável por os dois estarem as fazer isso com os vossos maridos e mulheres ou são mentirosos compulsivos ou então estão muito mal casados com pessoas doentes porque amigos todos temos e isso não é problema nenhum. Está tudo errado naquilo que relatas!

Por acaso tenho uma opinião completamente diferente (mas entendo inteiramente o teu ponto de vista). Tratam-se de escolhas, e se funciona, ok! Se calhar eu prefiro não contar a situação A ou B ou C (seja ao marido, aos pais, aos chefes) do que contar e eles fazerem uma tempestade num copo de água, com repercussões para todos os dias. As pessoas com quem casamos têm certamente muitas qualidades, e por isso é que as escolhemos, mas também têm defeitos. Ocultei algumas coisas dos meus pais quando era adolescente, por exemplo, não porque fossem graves e sérias mas porque eles achariam que era grave e sério, e eu ficava com uma série de condicionantes para o resto da minha adolescência (e quem sabe para a idade adulta). Se tenho uma relação doentia com eles? Não, apenas acho que não têm de saber tudo da minha vida, e continuo a aplicar a mesma regra ao marido, aos amigos, aos chefes e a toda a gente.

Mia, não percas tempo com a Marta. Ela é... como explicar?... bem, é uma pessoa... "especial".

A Marta custuma ter opiniões "peculiares" mas aqui até têm alguma razão.
Como é que se esconde do marido uma amizade anterior ao casamento, por mais de 15 anos?!
Isto não é normal numa relação saudável

Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Não estou a lembrar-me de muitos exemplos mas conheço quem teve de esconder dos pais que era homossexual porque caso contrário iria perder muitas liberdades e apoio.
Eu imagino que aqueles adolescentes que são sujeitos a terapias de conversão fiquem marcados para sempre, com grandes repercussões na sua vida adulta.
É só um exemplo que me ocorreu por ter conhecido um caso real de alguém que vivia em pavor dos pais descobrirem.


Ok. Nao estava a pensar numa situação dessas.
Alguém com pais altamente intolerantes descobrir que o filho é homossexual pode sim marcar uma vida.
Mas mesmo que não descubram também marca, numa outra forma.
Saber que não se é aceite pelos pais na nossa individualidade é sempre um marco

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:
Eu não consigo sequer conceber como se chega ao ponto de a mulher desconhecer a existência de uma amiga por 15 anos. Quando começaram a namorar disse-lhe que não tinha amigas?
Estão 15 anos a encontrar-se e a falar às escondidas?
Posso não conhecer a história toda, mas desculpa, isto não é normal nem saudável.

É certo que é estranho, mas poderá ser porventura uma daquelas situações em que não falou nessa amiga quando se conheceram, e à medida que o tempo foi passando, e a relação a ficar mais séria, foi percebendo que a companheira era uma pessoa extremamente ciumenta e insegura, e com o avançar do tempo não sabia como introduzir essa pessoa sem causar um grande conflito. Ou seja, não mencionou a pessoa no início (talvez achando ser irrelevante) e depois mais tarde já não sabia como explicar a existência da pessoa, sem parecer que estaria a esconder alguma coisa. Não sei se me estou a fazer entender.
Durante a universidade uma moça começou a chamar-me pelo nome errado, e eu não quis ser indelicada e corrigi-la (não era sequer da minha turma) e achei que não iríamos conviver assim tanto. Mas acabámos por ter de privar mais vezes do que pensará, e nessa altura já nem sabia muito bem como lhe dizer que eu não me chamava Estela 😂😂😂

Até entendo o que queres dizer, mas aqui estou um bocado como a ClaraMiguel. Não entendo como é que alguém quer ter uma relação com uma pessoa assim.
Não seria capaz de ser feliz a mentir sistematicamente ao meu companheiro.
Confiança e respeito são essenciais numa boa relação
.
Já agora, contaste ou continuaste a ser Estela? É um nome bonito 🤣


Ainda fui Estela durante algum tempo, até porque as pessoas do meu grupo também não diziam nada, e depois quando a moça ia embora é que me perguntavam porque raio me chamava Estela, e eu lá explicava que agora já era muito tarde para dizer à rapariga que o meu nome era outro.
Porém um dia, outra pessoa da minha turma, que não estava a par da história, ouviu-a chamar Estela e olhou em volta muito confusa à procura da Estela. Mas só me viu a mim a responder, e disse logo "Ela não se chama Estela". E obviamente que a rapariga fez um ar de extrema confusão e embaraço, que era justamente o que eu queria evitar 😂😂😂 Depois claro, lá lhe expliquei a história 😂🤦🏻‍♀️

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

MisaL escreveu:Concordo com a Teresa.
Não acho necessário que se conte tudo, sempre, mas não contar que tem uma "amizade" tão longa, antes até do marido...já vai além. Nem sei se pode ser amizade, porque os amigos exigem alguma presença na vida um do outro.
Uma coisa é não contar que se foi almoçar ou tomar café com alguém, outra é nem saber que a pessoa existe há tantos anos.
A questão de não contar aos pais também me causa muita estranheza. Claro que poucas são as pessoas que contam tudo, faz parte da adolescência e é saudável, mas se contasse podia deixar condicionantes para toda a adolescência e até na vida adulta?! Algo não bate certo, não podem ser assim as relações
saudáveis. Até eu já estou a fazer 1000 filmes com o que foi escondido 🤣

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Mia. escreveu:

MartaSofia83 escreveu:

Andreissse escreveu:

Mia. escreveu:Permitam-me só dar uma outra visão da questão - e não estou de todo a dizer que é o caso, mas apenas outra perspetiva.
Tenho um amigo de longa data que não conta determinadas coisas à mulher dele, não porque tenham algo de errado ou segundas intenções, mas porque sabe que ela vai ligar o complicómetro, vai começar a fazer dezenas de perguntas, vai fazer muitos filmes e ele, para evitar chatices, não conta. Se é o correto? Não sei. Mas estar sempre a ser alvo de perguntas, críticas e inseguranças também não deve ser propriamente a coisa mais simpática do mundo. Um exemplo que ele me deu foi ter ido beber café com uma amiga que trabalha literalmente do outro lado da rua, e é um filme que dura até hoje...

Tenho um amigo meu que faz exatamente isso e eu também. Somos amigos a 16 anis até um ano a mais do que o tempo que estou com o meu marido e a mulher dele nem sonha que existo! XD pelo mesmo motivo.. Ia ligar o complicometro e sem necessidade nenhuma porque somos muito amigos e seremos sempre.. Mas ela ia começar logo a fazer 10001 filmes porque é sempre assim... E o mesmo o meu marido. Também não conto tudo porque não vale a pena. So ia fazer drama, estragar uma amizade, quando não passa, nunca passou nem ha.d passar disso. Muita gente esconde amizades por esse motivo, se é o correto nao? Talvez nao... Mas também n sei ate que ponto é que também temos de contar sempre tudo, tudo, tudo... Também temos direito ao nosso espaço.

Isso é doentio e só mostra que não tem confiança nenhuma no casamento e se calhar não deveria era sequer ter casado. Ninguém esconde o que não tem nada para esconder e das três uma ou afinal tem alguma coisa para esconder que é o que parece mais provável por os dois estarem as fazer isso com os vossos maridos e mulheres ou são mentirosos compulsivos ou então estão muito mal casados com pessoas doentes porque amigos todos temos e isso não é problema nenhum. Está tudo errado naquilo que relatas!

Por acaso tenho uma opinião completamente diferente (mas entendo inteiramente o teu ponto de vista). Tratam-se de escolhas, e se funciona, ok! Se calhar eu prefiro não contar a situação A ou B ou C (seja ao marido, aos pais, aos chefes) do que contar e eles fazerem uma tempestade num copo de água, com repercussões para todos os dias. As pessoas com quem casamos têm certamente muitas qualidades, e por isso é que as escolhemos, mas também têm defeitos. Ocultei algumas coisas dos meus pais quando era adolescente, por exemplo, não porque fossem graves e sérias mas porque eles achariam que era grave e sério, e eu ficava com uma série de condicionantes para o resto da minha adolescência (e quem sabe para a idade adulta). Se tenho uma relação doentia com eles? Não, apenas acho que não têm de saber tudo da minha vida, e continuo a aplicar a mesma regra ao marido, aos amigos, aos chefes e a toda a gente.

Mia, não percas tempo com a Marta. Ela é... como explicar?... bem, é uma pessoa... "especial".

A Marta custuma ter opiniões "peculiares" mas aqui até têm alguma razão.
Como é que se esconde do marido uma amizade anterior ao casamento, por mais de 15 anos?!
Isto não é normal numa relação saudável

Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Não estou a lembrar-me de muitos exemplos mas conheço quem teve de esconder dos pais que era homossexual porque caso contrário iria perder muitas liberdades e apoio.
Eu imagino que aqueles adolescentes que são sujeitos a terapias de conversão fiquem marcados para sempre, com grandes repercussões na sua vida adulta.
É só um exemplo que me ocorreu por ter conhecido um caso real de alguém que vivia em pavor dos pais descobrirem.

Ok. Nao estava a pensar numa situação dessas.
Alguém com pais altamente intolerantes descobrir que o filho é homossexual pode sim marcar uma vida.
Mas mesmo que não descubram também marca, numa outra forma.
Saber que não se é aceite pelos pais na nossa individualidade é sempre um marco


O pai era general no exército, e era extremamente autoritário e rígido, o tipo ultra-conservador.

MisaL -
Offline
Desde 17 Abr 2019

Acho até que foi só "força da expressão" e nem estava a pensar em nada.
Entendo perfeitamente o lado dos adolescentes e há mil razões para omitirem e não há nada de errado nisso. O que me fez confusão foi a perspetiva de adulta ao olhar para trás achar que foi benéfico e que contar ainda podia ter condicionantes na nossa vida atual e isso ser "normal/saudável". Já estamos numa altura que nos começamos a rever nos nossos filhos e ainda existir esse pensamento causou-me alguma estranheza.

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

MisaL escreveu:Concordo com a Teresa.
Não acho necessário que se conte tudo, sempre, mas não contar que tem uma "amizade" tão longa, antes até do marido...já vai além. Nem sei se pode ser amizade, porque os amigos exigem alguma presença na vida um do outro.
Uma coisa é não contar que se foi almoçar ou tomar café com alguém, outra é nem saber que a pessoa existe há tantos anos.
A questão de não contar aos pais também me causa muita estranheza. Claro que poucas são as pessoas que contam tudo, faz parte da adolescência e é saudável, mas se contasse podia deixar condicionantes para toda a adolescência e até na vida adulta?! Algo não bate certo, não podem ser assim as relações
saudáveis. Até eu já estou a fazer 1000 filmes com o que foi escondido 🤣

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Mia. escreveu:

MartaSofia83 escreveu:

Andreissse escreveu:

Mia. escreveu:Permitam-me só dar uma outra visão da questão - e não estou de todo a dizer que é o caso, mas apenas outra perspetiva.
Tenho um amigo de longa data que não conta determinadas coisas à mulher dele, não porque tenham algo de errado ou segundas intenções, mas porque sabe que ela vai ligar o complicómetro, vai começar a fazer dezenas de perguntas, vai fazer muitos filmes e ele, para evitar chatices, não conta. Se é o correto? Não sei. Mas estar sempre a ser alvo de perguntas, críticas e inseguranças também não deve ser propriamente a coisa mais simpática do mundo. Um exemplo que ele me deu foi ter ido beber café com uma amiga que trabalha literalmente do outro lado da rua, e é um filme que dura até hoje...

Tenho um amigo meu que faz exatamente isso e eu também. Somos amigos a 16 anis até um ano a mais do que o tempo que estou com o meu marido e a mulher dele nem sonha que existo! XD pelo mesmo motivo.. Ia ligar o complicometro e sem necessidade nenhuma porque somos muito amigos e seremos sempre.. Mas ela ia começar logo a fazer 10001 filmes porque é sempre assim... E o mesmo o meu marido. Também não conto tudo porque não vale a pena. So ia fazer drama, estragar uma amizade, quando não passa, nunca passou nem ha.d passar disso. Muita gente esconde amizades por esse motivo, se é o correto nao? Talvez nao... Mas também n sei ate que ponto é que também temos de contar sempre tudo, tudo, tudo... Também temos direito ao nosso espaço.

Isso é doentio e só mostra que não tem confiança nenhuma no casamento e se calhar não deveria era sequer ter casado. Ninguém esconde o que não tem nada para esconder e das três uma ou afinal tem alguma coisa para esconder que é o que parece mais provável por os dois estarem as fazer isso com os vossos maridos e mulheres ou são mentirosos compulsivos ou então estão muito mal casados com pessoas doentes porque amigos todos temos e isso não é problema nenhum. Está tudo errado naquilo que relatas!

Por acaso tenho uma opinião completamente diferente (mas entendo inteiramente o teu ponto de vista). Tratam-se de escolhas, e se funciona, ok! Se calhar eu prefiro não contar a situação A ou B ou C (seja ao marido, aos pais, aos chefes) do que contar e eles fazerem uma tempestade num copo de água, com repercussões para todos os dias. As pessoas com quem casamos têm certamente muitas qualidades, e por isso é que as escolhemos, mas também têm defeitos. Ocultei algumas coisas dos meus pais quando era adolescente, por exemplo, não porque fossem graves e sérias mas porque eles achariam que era grave e sério, e eu ficava com uma série de condicionantes para o resto da minha adolescência (e quem sabe para a idade adulta). Se tenho uma relação doentia com eles? Não, apenas acho que não têm de saber tudo da minha vida, e continuo a aplicar a mesma regra ao marido, aos amigos, aos chefes e a toda a gente.

Mia, não percas tempo com a Marta. Ela é... como explicar?... bem, é uma pessoa... "especial".

A Marta custuma ter opiniões "peculiares" mas aqui até têm alguma razão.
Como é que se esconde do marido uma amizade anterior ao casamento, por mais de 15 anos?!
Isto não é normal numa relação saudável

Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Não estou a lembrar-me de muitos exemplos mas conheço quem teve de esconder dos pais que era homossexual porque caso contrário iria perder muitas liberdades e apoio.
Eu imagino que aqueles adolescentes que são sujeitos a terapias de conversão fiquem marcados para sempre, com grandes repercussões na sua vida adulta.
É só um exemplo que me ocorreu por ter conhecido um caso real de alguém que vivia em pavor dos pais descobrirem.

Ok. Nao estava a pensar numa situação dessas.
Alguém com pais altamente intolerantes descobrir que o filho é homossexual pode sim marcar uma vida.
Mas mesmo que não descubram também marca, numa outra forma.
Saber que não se é aceite pelos pais na nossa individualidade é sempre um marco

MisaL -
Offline
Desde 17 Abr 2019

É normalíssimo que um adolescente omita, eles "omitem a eles próprios" tantas coisas quanto mais aos pais.
E em muitos casos vejo que possam ter tido vantagens em não contar o que não vejo é que sejam relações saudáveis e que isso nunca tenha tido consequência e se ultrapasse como uma mentira qualquer que um adolescente conta.
Nunca será o caso de uma mentirinha piedosa que se conta aos pais para poder ir de férias com a namorada sossegadinho.

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

MisaL escreveu:Concordo com a Teresa.
Não acho necessário que se conte tudo, sempre, mas não contar que tem uma "amizade" tão longa, antes até do marido...já vai além. Nem sei se pode ser amizade, porque os amigos exigem alguma presença na vida um do outro.
Uma coisa é não contar que se foi almoçar ou tomar café com alguém, outra é nem saber que a pessoa existe há tantos anos.
A questão de não contar aos pais também me causa muita estranheza. Claro que poucas são as pessoas que contam tudo, faz parte da adolescência e é saudável, mas se contasse podia deixar condicionantes para toda a adolescência e até na vida adulta?! Algo não bate certo, não podem ser assim as relações
saudáveis. Até eu já estou a fazer 1000 filmes com o que foi escondido 🤣

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Mia. escreveu:

MartaSofia83 escreveu:

Andreissse escreveu:

Mia. escreveu:Permitam-me só dar uma outra visão da questão - e não estou de todo a dizer que é o caso, mas apenas outra perspetiva.
Tenho um amigo de longa data que não conta determinadas coisas à mulher dele, não porque tenham algo de errado ou segundas intenções, mas porque sabe que ela vai ligar o complicómetro, vai começar a fazer dezenas de perguntas, vai fazer muitos filmes e ele, para evitar chatices, não conta. Se é o correto? Não sei. Mas estar sempre a ser alvo de perguntas, críticas e inseguranças também não deve ser propriamente a coisa mais simpática do mundo. Um exemplo que ele me deu foi ter ido beber café com uma amiga que trabalha literalmente do outro lado da rua, e é um filme que dura até hoje...

Tenho um amigo meu que faz exatamente isso e eu também. Somos amigos a 16 anis até um ano a mais do que o tempo que estou com o meu marido e a mulher dele nem sonha que existo! XD pelo mesmo motivo.. Ia ligar o complicometro e sem necessidade nenhuma porque somos muito amigos e seremos sempre.. Mas ela ia começar logo a fazer 10001 filmes porque é sempre assim... E o mesmo o meu marido. Também não conto tudo porque não vale a pena. So ia fazer drama, estragar uma amizade, quando não passa, nunca passou nem ha.d passar disso. Muita gente esconde amizades por esse motivo, se é o correto nao? Talvez nao... Mas também n sei ate que ponto é que também temos de contar sempre tudo, tudo, tudo... Também temos direito ao nosso espaço.

Isso é doentio e só mostra que não tem confiança nenhuma no casamento e se calhar não deveria era sequer ter casado. Ninguém esconde o que não tem nada para esconder e das três uma ou afinal tem alguma coisa para esconder que é o que parece mais provável por os dois estarem as fazer isso com os vossos maridos e mulheres ou são mentirosos compulsivos ou então estão muito mal casados com pessoas doentes porque amigos todos temos e isso não é problema nenhum. Está tudo errado naquilo que relatas!

Por acaso tenho uma opinião completamente diferente (mas entendo inteiramente o teu ponto de vista). Tratam-se de escolhas, e se funciona, ok! Se calhar eu prefiro não contar a situação A ou B ou C (seja ao marido, aos pais, aos chefes) do que contar e eles fazerem uma tempestade num copo de água, com repercussões para todos os dias. As pessoas com quem casamos têm certamente muitas qualidades, e por isso é que as escolhemos, mas também têm defeitos. Ocultei algumas coisas dos meus pais quando era adolescente, por exemplo, não porque fossem graves e sérias mas porque eles achariam que era grave e sério, e eu ficava com uma série de condicionantes para o resto da minha adolescência (e quem sabe para a idade adulta). Se tenho uma relação doentia com eles? Não, apenas acho que não têm de saber tudo da minha vida, e continuo a aplicar a mesma regra ao marido, aos amigos, aos chefes e a toda a gente.

Mia, não percas tempo com a Marta. Ela é... como explicar?... bem, é uma pessoa... "especial".

A Marta custuma ter opiniões "peculiares" mas aqui até têm alguma razão.
Como é que se esconde do marido uma amizade anterior ao casamento, por mais de 15 anos?!
Isto não é normal numa relação saudável

Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Não estou a lembrar-me de muitos exemplos mas conheço quem teve de esconder dos pais que era homossexual porque caso contrário iria perder muitas liberdades e apoio.
Eu imagino que aqueles adolescentes que são sujeitos a terapias de conversão fiquem marcados para sempre, com grandes repercussões na sua vida adulta.
É só um exemplo que me ocorreu por ter conhecido um caso real de alguém que vivia em pavor dos pais descobrirem.

Ok. Nao estava a pensar numa situação dessas.
Alguém com pais altamente intolerantes descobrir que o filho é homossexual pode sim marcar uma vida.
Mas mesmo que não descubram também marca, numa outra forma.
Saber que não se é aceite pelos pais na nossa individualidade é sempre um marco

O pai era general no exército, e era extremamente autoritário e rígido, o tipo ultra-conservador.

Andreissse -
Offline
Desde 13 Nov 2015

O comentário da Marta realmente foi top! O meu marido óbvio que já ouviu falar do meu amigo.. E é uma amizade já muito mais virtual porque ambos temos a nossa vida e não temos tempo para encontros presenciais. Eu dei o exemplo do meu amigo que de facto nunca lhe disse que fala comigo e, sim, não lhe conta mesmo para evitar stresses onde não existe motivo nenhum. Agora é legítimo que se ela soubesse ficaria magoada e com razão. Quem não ficaria? Só quis dar o exemplo que às vezes as pessoas ocultam mesmo para não haver chatices e não existe nada de romântico ou carnal. As coisas não são tão no preto nem tão no branco..

Teresa.A -
Offline
Desde 28 Nov 2019

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:
Eu não consigo sequer conceber como se chega ao ponto de a mulher desconhecer a existência de uma amiga por 15 anos. Quando começaram a namorar disse-lhe que não tinha amigas?
Estão 15 anos a encontrar-se e a falar às escondidas?
Posso não conhecer a história toda, mas desculpa, isto não é normal nem saudável.

É certo que é estranho, mas poderá ser porventura uma daquelas situações em que não falou nessa amiga quando se conheceram, e à medida que o tempo foi passando, e a relação a ficar mais séria, foi percebendo que a companheira era uma pessoa extremamente ciumenta e insegura, e com o avançar do tempo não sabia como introduzir essa pessoa sem causar um grande conflito. Ou seja, não mencionou a pessoa no início (talvez achando ser irrelevante) e depois mais tarde já não sabia como explicar a existência da pessoa, sem parecer que estaria a esconder alguma coisa. Não sei se me estou a fazer entender.
Durante a universidade uma moça começou a chamar-me pelo nome errado, e eu não quis ser indelicada e corrigi-la (não era sequer da minha turma) e achei que não iríamos conviver assim tanto. Mas acabámos por ter de privar mais vezes do que pensará, e nessa altura já nem sabia muito bem como lhe dizer que eu não me chamava Estela 😂😂😂

Até entendo o que queres dizer, mas aqui estou um bocado como a ClaraMiguel. Não entendo como é que alguém quer ter uma relação com uma pessoa assim.
Não seria capaz de ser feliz a mentir sistematicamente ao meu companheiro.
Confiança e respeito são essenciais numa boa relação
.
Já agora, contaste ou continuaste a ser Estela? É um nome bonito 🤣

Ainda fui Estela durante algum tempo, até porque as pessoas do meu grupo também não diziam nada, e depois quando a moça ia embora é que me perguntavam porque raio me chamava Estela, e eu lá explicava que agora já era muito tarde para dizer à rapariga que o meu nome era outro.
Porém um dia, outra pessoa da minha turma, que não estava a par da história, ouviu-a chamar Estela e olhou em volta muito confusa à procura da Estela. Mas só me viu a mim a responder, e disse logo "Ela não se chama Estela". E obviamente que a rapariga fez um ar de extrema confusão e embaraço, que era justamente o que eu queria evitar 😂😂😂 Depois claro, lá lhe expliquei a história 😂🤦🏻‍♀️


Oh, coitada da rapariga 🤣🤣🤣

MisaL -
Offline
Desde 17 Abr 2019

Sim, mas as coisas já são diferentes, a ideia que passa já não é a mesma, já entra no grupo de não contar por não valorizar assim tanto, por não ser uma presença assídua. É diferente ter uma amizade de 16 anos ou já são atualmente mais conhecidos do que amigos.
O meu marido não conhece muitos dos meus amigos da adolescência, da faculdade, nem sabe o nome deles todos, mas já nem são meus amigos e se mandamos uma mensagem no Natal ou se felicito porque teve um filho não vou contar. Não é que tenha mal algum, mas já nem tem contexto. Mas não nos encontramos, nem falamos de assuntos íntimos, não é a eles que ligo quando tenho um problema ou uma alegria, não é com eles com conto em primeiro lugar, nem trocamos mensagens, etc, etc.

Andreissse escreveu:
O comentário da Marta realmente foi top! O meu marido óbvio que já ouviu falar do meu amigo.. E é uma amizade já muito mais virtual porque ambos temos a nossa vida e não temos tempo para encontros presenciais. Eu dei o exemplo do meu amigo que de facto nunca lhe disse que fala comigo e, sim, não lhe conta mesmo para evitar stresses onde não existe motivo nenhum. Agora é legítimo que se ela soubesse ficaria magoada e com razão. Quem não ficaria? Só quis dar o exemplo que às vezes as pessoas ocultam mesmo para não haver chatices e não existe nada de romântico ou carnal. As coisas não são tão no preto nem tão no branco..

Teresa.A -
Offline
Desde 28 Nov 2019

MisaL escreveu:
Acho até que foi só "força da expressão" e nem estava a pensar em nada.
Entendo perfeitamente o lado dos adolescentes e há mil razões para omitirem e não há nada de errado nisso. O que me fez confusão foi a perspetiva de adulta ao olhar para trás achar que foi benéfico e que contar ainda podia ter condicionantes na nossa vida atual e isso ser "normal/saudável". Já estamos numa altura que nos começamos a rever nos nossos filhos e ainda existir esse pensamento causou-me alguma estranheza.

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

MisaL escreveu:Concordo com a Teresa.
Não acho necessário que se conte tudo, sempre, mas não contar que tem uma "amizade" tão longa, antes até do marido...já vai além. Nem sei se pode ser amizade, porque os amigos exigem alguma presença na vida um do outro.
Uma coisa é não contar que se foi almoçar ou tomar café com alguém, outra é nem saber que a pessoa existe há tantos anos.
A questão de não contar aos pais também me causa muita estranheza. Claro que poucas são as pessoas que contam tudo, faz parte da adolescência e é saudável, mas se contasse podia deixar condicionantes para toda a adolescência e até na vida adulta?! Algo não bate certo, não podem ser assim as relações
saudáveis. Até eu já estou a fazer 1000 filmes com o que foi escondido 🤣

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Mia. escreveu:

MartaSofia83 escreveu:

Andreissse escreveu:

Mia. escreveu:Permitam-me só dar uma outra visão da questão - e não estou de todo a dizer que é o caso, mas apenas outra perspetiva.
Tenho um amigo de longa data que não conta determinadas coisas à mulher dele, não porque tenham algo de errado ou segundas intenções, mas porque sabe que ela vai ligar o complicómetro, vai começar a fazer dezenas de perguntas, vai fazer muitos filmes e ele, para evitar chatices, não conta. Se é o correto? Não sei. Mas estar sempre a ser alvo de perguntas, críticas e inseguranças também não deve ser propriamente a coisa mais simpática do mundo. Um exemplo que ele me deu foi ter ido beber café com uma amiga que trabalha literalmente do outro lado da rua, e é um filme que dura até hoje...

Tenho um amigo meu que faz exatamente isso e eu também. Somos amigos a 16 anis até um ano a mais do que o tempo que estou com o meu marido e a mulher dele nem sonha que existo! XD pelo mesmo motivo.. Ia ligar o complicometro e sem necessidade nenhuma porque somos muito amigos e seremos sempre.. Mas ela ia começar logo a fazer 10001 filmes porque é sempre assim... E o mesmo o meu marido. Também não conto tudo porque não vale a pena. So ia fazer drama, estragar uma amizade, quando não passa, nunca passou nem ha.d passar disso. Muita gente esconde amizades por esse motivo, se é o correto nao? Talvez nao... Mas também n sei ate que ponto é que também temos de contar sempre tudo, tudo, tudo... Também temos direito ao nosso espaço.

Isso é doentio e só mostra que não tem confiança nenhuma no casamento e se calhar não deveria era sequer ter casado. Ninguém esconde o que não tem nada para esconder e das três uma ou afinal tem alguma coisa para esconder que é o que parece mais provável por os dois estarem as fazer isso com os vossos maridos e mulheres ou são mentirosos compulsivos ou então estão muito mal casados com pessoas doentes porque amigos todos temos e isso não é problema nenhum. Está tudo errado naquilo que relatas!

Por acaso tenho uma opinião completamente diferente (mas entendo inteiramente o teu ponto de vista). Tratam-se de escolhas, e se funciona, ok! Se calhar eu prefiro não contar a situação A ou B ou C (seja ao marido, aos pais, aos chefes) do que contar e eles fazerem uma tempestade num copo de água, com repercussões para todos os dias. As pessoas com quem casamos têm certamente muitas qualidades, e por isso é que as escolhemos, mas também têm defeitos. Ocultei algumas coisas dos meus pais quando era adolescente, por exemplo, não porque fossem graves e sérias mas porque eles achariam que era grave e sério, e eu ficava com uma série de condicionantes para o resto da minha adolescência (e quem sabe para a idade adulta). Se tenho uma relação doentia com eles? Não, apenas acho que não têm de saber tudo da minha vida, e continuo a aplicar a mesma regra ao marido, aos amigos, aos chefes e a toda a gente.

Mia, não percas tempo com a Marta. Ela é... como explicar?... bem, é uma pessoa... "especial".

A Marta custuma ter opiniões "peculiares" mas aqui até têm alguma razão.
Como é que se esconde do marido uma amizade anterior ao casamento, por mais de 15 anos?!
Isto não é normal numa relação saudável

Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Não estou a lembrar-me de muitos exemplos mas conheço quem teve de esconder dos pais que era homossexual porque caso contrário iria perder muitas liberdades e apoio.
Eu imagino que aqueles adolescentes que são sujeitos a terapias de conversão fiquem marcados para sempre, com grandes repercussões na sua vida adulta.
É só um exemplo que me ocorreu por ter conhecido um caso real de alguém que vivia em pavor dos pais descobrirem.

Ok. Nao estava a pensar numa situação dessas.
Alguém com pais altamente intolerantes descobrir que o filho é homossexual pode sim marcar uma vida.
Mas mesmo que não descubram também marca, numa outra forma.
Saber que não se é aceite pelos pais na nossa individualidade é sempre um marco


Eu também achei isso.
A Sansa é que me deixou a pensar se haveria situações em que realmente houvesse repercussões na vida adulta.
.
Tenho alguns amigos com os pais no exército e nenhum deles tem uma relação saudável com o pai. Em todos vejo uma linha autoritaria que não permite a discussão de ideias de uma forma equilibrada. E nem estou a falar de adolescentes, estou a falar de adultos, casados e com filhos.
Por isso neste caso, sim. É bem capaz de ter sido vantajoso não contar. Mas não, claro que não é uma relação saudável.
Não podemos escolher os nossos pais, e nem todos temos relações saudáveis com eles.
.
Mas não é isto que se pretende criar com os nossos filhos, este tipo de relações deixa-me totalmente desconcertada.
Os pais deviam ser o nosso porto seguro enquanto crescemos e nos tornamos independentes.
E uma mentirita para ir de férias não interessa nada a longo prazo. Eu até já ri bastante com os meus pais sobre uma ou duas que contei para ir de férias sozinha com o meu marido. E de que coisas que eles na verdade até já sabiam porque não são assim tão parvos 🤣

MisaL -
Offline
Desde 17 Abr 2019

A mim nas escolas com os miúdos acontece-me muito isso. Eu para além de ser muito irónica raramente nego alguma coisa, eles perguntam:moras junto à igreja? Eu digo que sim. Vem outro e diz "moras junto ao pingo doce? Eu digo que sim. Depois há coisas que por alguma razão "pegam como verdade" e desmentir é uma confusão 🤣

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:
Eu não consigo sequer conceber como se chega ao ponto de a mulher desconhecer a existência de uma amiga por 15 anos. Quando começaram a namorar disse-lhe que não tinha amigas?
Estão 15 anos a encontrar-se e a falar às escondidas?
Posso não conhecer a história toda, mas desculpa, isto não é normal nem saudável.

É certo que é estranho, mas poderá ser porventura uma daquelas situações em que não falou nessa amiga quando se conheceram, e à medida que o tempo foi passando, e a relação a ficar mais séria, foi percebendo que a companheira era uma pessoa extremamente ciumenta e insegura, e com o avançar do tempo não sabia como introduzir essa pessoa sem causar um grande conflito. Ou seja, não mencionou a pessoa no início (talvez achando ser irrelevante) e depois mais tarde já não sabia como explicar a existência da pessoa, sem parecer que estaria a esconder alguma coisa. Não sei se me estou a fazer entender.
Durante a universidade uma moça começou a chamar-me pelo nome errado, e eu não quis ser indelicada e corrigi-la (não era sequer da minha turma) e achei que não iríamos conviver assim tanto. Mas acabámos por ter de privar mais vezes do que pensará, e nessa altura já nem sabia muito bem como lhe dizer que eu não me chamava Estela 😂😂😂

Até entendo o que queres dizer, mas aqui estou um bocado como a ClaraMiguel. Não entendo como é que alguém quer ter uma relação com uma pessoa assim.
Não seria capaz de ser feliz a mentir sistematicamente ao meu companheiro.
Confiança e respeito são essenciais numa boa relação
.
Já agora, contaste ou continuaste a ser Estela? É um nome bonito 🤣

Ainda fui Estela durante algum tempo, até porque as pessoas do meu grupo também não diziam nada, e depois quando a moça ia embora é que me perguntavam porque raio me chamava Estela, e eu lá explicava que agora já era muito tarde para dizer à rapariga que o meu nome era outro.
Porém um dia, outra pessoa da minha turma, que não estava a par da história, ouviu-a chamar Estela e olhou em volta muito confusa à procura da Estela. Mas só me viu a mim a responder, e disse logo "Ela não se chama Estela". E obviamente que a rapariga fez um ar de extrema confusão e embaraço, que era justamente o que eu queria evitar 😂😂😂 Depois claro, lá lhe expliquei a história 😂🤦🏻‍♀️

Oh, coitada da rapariga 🤣🤣🤣

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Também faz parte os pais fazerem de conta que não sabem a verdade, porque no fundo até nem se importam e acham que temos de aproveitar, mas não iam assumir "vai lá à vontade com o teu namorado", compromete o papel de sério 🤣
Como fazerem de contam que estavam a dormir quando chegamos a casa já pela manhã e acreditarem no "eram 2 da manhã".

Teresa.A escreveu:

MisaL escreveu:Acho até que foi só "força da expressão" e nem estava a pensar em nada.
Entendo perfeitamente o lado dos adolescentes e há mil razões para omitirem e não há nada de errado nisso. O que me fez confusão foi a perspetiva de adulta ao olhar para trás achar que foi benéfico e que contar ainda podia ter condicionantes na nossa vida atual e isso ser "normal/saudável". Já estamos numa altura que nos começamos a rever nos nossos filhos e ainda existir esse pensamento causou-me alguma estranheza.

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:

MisaL escreveu:Concordo com a Teresa.
Não acho necessário que se conte tudo, sempre, mas não contar que tem uma "amizade" tão longa, antes até do marido...já vai além. Nem sei se pode ser amizade, porque os amigos exigem alguma presença na vida um do outro.
Uma coisa é não contar que se foi almoçar ou tomar café com alguém, outra é nem saber que a pessoa existe há tantos anos.
A questão de não contar aos pais também me causa muita estranheza. Claro que poucas são as pessoas que contam tudo, faz parte da adolescência e é saudável, mas se contasse podia deixar condicionantes para toda a adolescência e até na vida adulta?! Algo não bate certo, não podem ser assim as relações
saudáveis. Até eu já estou a fazer 1000 filmes com o que foi escondido 🤣

Teresa.A escreveu:

Sansa escreveu:

Mia. escreveu:

MartaSofia83 escreveu:

Andreissse escreveu:

Mia. escreveu:Permitam-me só dar uma outra visão da questão - e não estou de todo a dizer que é o caso, mas apenas outra perspetiva.
Tenho um amigo de longa data que não conta determinadas coisas à mulher dele, não porque tenham algo de errado ou segundas intenções, mas porque sabe que ela vai ligar o complicómetro, vai começar a fazer dezenas de perguntas, vai fazer muitos filmes e ele, para evitar chatices, não conta. Se é o correto? Não sei. Mas estar sempre a ser alvo de perguntas, críticas e inseguranças também não deve ser propriamente a coisa mais simpática do mundo. Um exemplo que ele me deu foi ter ido beber café com uma amiga que trabalha literalmente do outro lado da rua, e é um filme que dura até hoje...

Tenho um amigo meu que faz exatamente isso e eu também. Somos amigos a 16 anis até um ano a mais do que o tempo que estou com o meu marido e a mulher dele nem sonha que existo! XD pelo mesmo motivo.. Ia ligar o complicometro e sem necessidade nenhuma porque somos muito amigos e seremos sempre.. Mas ela ia começar logo a fazer 10001 filmes porque é sempre assim... E o mesmo o meu marido. Também não conto tudo porque não vale a pena. So ia fazer drama, estragar uma amizade, quando não passa, nunca passou nem ha.d passar disso. Muita gente esconde amizades por esse motivo, se é o correto nao? Talvez nao... Mas também n sei ate que ponto é que também temos de contar sempre tudo, tudo, tudo... Também temos direito ao nosso espaço.

Isso é doentio e só mostra que não tem confiança nenhuma no casamento e se calhar não deveria era sequer ter casado. Ninguém esconde o que não tem nada para esconder e das três uma ou afinal tem alguma coisa para esconder que é o que parece mais provável por os dois estarem as fazer isso com os vossos maridos e mulheres ou são mentirosos compulsivos ou então estão muito mal casados com pessoas doentes porque amigos todos temos e isso não é problema nenhum. Está tudo errado naquilo que relatas!

Por acaso tenho uma opinião completamente diferente (mas entendo inteiramente o teu ponto de vista). Tratam-se de escolhas, e se funciona, ok! Se calhar eu prefiro não contar a situação A ou B ou C (seja ao marido, aos pais, aos chefes) do que contar e eles fazerem uma tempestade num copo de água, com repercussões para todos os dias. As pessoas com quem casamos têm certamente muitas qualidades, e por isso é que as escolhemos, mas também têm defeitos. Ocultei algumas coisas dos meus pais quando era adolescente, por exemplo, não porque fossem graves e sérias mas porque eles achariam que era grave e sério, e eu ficava com uma série de condicionantes para o resto da minha adolescência (e quem sabe para a idade adulta). Se tenho uma relação doentia com eles? Não, apenas acho que não têm de saber tudo da minha vida, e continuo a aplicar a mesma regra ao marido, aos amigos, aos chefes e a toda a gente.

Mia, não percas tempo com a Marta. Ela é... como explicar?... bem, é uma pessoa... "especial".

A Marta custuma ter opiniões "peculiares" mas aqui até têm alguma razão.
Como é que se esconde do marido uma amizade anterior ao casamento, por mais de 15 anos?!
Isto não é normal numa relação saudável

Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Não estou a lembrar-me de muitos exemplos mas conheço quem teve de esconder dos pais que era homossexual porque caso contrário iria perder muitas liberdades e apoio.
Eu imagino que aqueles adolescentes que são sujeitos a terapias de conversão fiquem marcados para sempre, com grandes repercussões na sua vida adulta.
É só um exemplo que me ocorreu por ter conhecido um caso real de alguém que vivia em pavor dos pais descobrirem.

Ok. Nao estava a pensar numa situação dessas.
Alguém com pais altamente intolerantes descobrir que o filho é homossexual pode sim marcar uma vida.
Mas mesmo que não descubram também marca, numa outra forma.
Saber que não se é aceite pelos pais na nossa individualidade é sempre um marco

Eu também achei isso.
A Sansa é que me deixou a pensar se haveria situações em que realmente houvesse repercussões na vida adulta.
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Tenho alguns amigos com os pais no exército e nenhum deles tem uma relação saudável com o pai. Em todos vejo uma linha autoritaria que não permite a discussão de ideias de uma forma equilibrada. E nem estou a falar de adolescentes, estou a falar de adultos, casados e com filhos.
Por isso neste caso, sim. É bem capaz de ter sido vantajoso não contar. Mas não, claro que não é uma relação saudável.
Não podemos escolher os nossos pais, e nem todos temos relações saudáveis com eles.
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Mas não é isto que se pretende criar com os nossos filhos, este tipo de relações deixa-me totalmente desconcertada.
Os pais deviam ser o nosso porto seguro enquanto crescemos e nos tornamos independentes.
E uma mentirita para ir de férias não interessa nada a longo prazo. Eu até já ri bastante com os meus pais sobre uma ou duas que contei para ir de férias sozinha com o meu marido. E de que coisas que eles na verdade até já sabiam porque não são assim tão parvos 🤣

Andreissse -
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Desde 13 Nov 2015

MisaL escreveu:
Sim, mas as coisas já são diferentes, a ideia que passa já não é a mesma, já entra no grupo de não contar por não valorizar assim tanto, por não ser uma presença assídua. É diferente ter uma amizade de 16 anos ou já são atualmente mais conhecidos do que amigos.
O meu marido não conhece muitos dos meus amigos da adolescência, da faculdade, nem sabe o nome deles todos, mas já nem são meus amigos e se mandamos uma mensagem no Natal ou se felicito porque teve um filho não vou contar. Não é que tenha mal algum, mas já nem tem contexto. Mas não nos encontramos, nem falamos de assuntos íntimos, não é a eles que ligo quando tenho um problema ou uma alegria, não é com eles com conto em primeiro lugar, nem trocamos mensagens, etc, etc.

Andreissse escreveu:O comentário da Marta realmente foi top! O meu marido óbvio que já ouviu falar do meu amigo.. E é uma amizade já muito mais virtual porque ambos temos a nossa vida e não temos tempo para encontros presenciais. Eu dei o exemplo do meu amigo que de facto nunca lhe disse que fala comigo e, sim, não lhe conta mesmo para evitar stresses onde não existe motivo nenhum. Agora é legítimo que se ela soubesse ficaria magoada e com razão. Quem não ficaria? Só quis dar o exemplo que às vezes as pessoas ocultam mesmo para não haver chatices e não existe nada de romântico ou carnal. As coisas não são tão no preto nem tão no branco..

Sim, tens razão.. Eu falo em amigo porque acabamos sempre por desabafar um ou outro tema, até muitas vezes profisisonais, mas algo como faço aqui, num fórum, que falamos e expomos situações. Essa cumplicidade nunca se perdeu, mas sim, é uma cumplicidade virtual Sorriso Embora mesmo assim, para a mesma situação sem maldade nenhuma, o meu amigo oculta que fala comigo porque ela realmente ia fazer filmes. Ja o meu marido nem liga.. Sao duas posições para a mesma situação completamente distinta. Mas n fui clara no inicio, peço desculpa.

Anotski85 -
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Desde 09 Jun 2020

Já venho tarde na discussão. Mas tenho-vos acompanhado e revi-me nalgumas situações e gostava de comentar.
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Sobre ter amigos do trabalho com quem se tem uma relação próxima, acho muito normal. Também tenho. Mas não sinto qualquer necessidade de esconder. Pelo contrário. Cá em casa chegamos ao final do dia e temos gosto em contar com quem estivemos e até, às vezes, as conversas que tivemos, porque foram interessantes ou amistosas e gostamos de partilhar e até debater alguns assuntos em que ficamos a pensar. Alguns desses amigos são convidados para almoçar ou jantar cá em casa com frequência, e os meus que não conheciam o meu marido, passaram a conhecer. E vice versa. Não há mesmo esse ambiente de desconfiança e de insegurança que nos faz omitir relações de amizade ou o carinho e a estima que sentimos por amigos e até alguns colegas de trabalho que, não estando neste ciclo tão próximo (que frequenta a nossa casa), não deixam de ser pessoas que estimamos muito. Ele tem as dele (pessoas que ele estima e eu não conheço), e eu tenho as minhas. Faz parte, cada um de nós é um indivíduo, com a sua história, os seus contextos de trabalho, há sempre coisas e pessoas que não são comuns aos dois e ambos encaramos isso com tanta naturalidade que nem se colocou alguma vez um debate sobre se deveria ser diferente.
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Dito isto, já estive num relacionamento (um namoro na altura da faculdade) em que a outra parte era extremamente possessiva e ciumenta e posso dizer que eu omitia até o almoço mais banal, na cantina, com colegas da faculdade. Até que me fartei e o que acabou foi o namoro. Essas relações são muito tóxicas e, tendo passado por essa experiência e vendo a diferença gigante que existe para o meu relacionamento atual, consigo perceber que o nosso próprio comportamento assume indícios de cumplicidade. Agimos como se estivessemos a fazer algo efectivamente errado, quando não estamos, e entramos num círculo vicioso de insegurança que gera dissimulação que gera desconfiança e esta mais dissimulação outra vez. É tóxico mesmo. Tolhe-nos o espírito e a genuinidade. Cheguei a mentir à minha mãe em conversas à mesa sobre com quem tinha almoçado, ou com quem fiz o trabalho tal da faculdade ou sei lá mais o quê.
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Sobre mentir aos pais na adolescência, acho mesmo normal e saudável até. O que não acho normal é contar tudo. A adolescência é uma fase em que começamos a construir uma intimidade mais complexa, connosco próprios e com outras pessoas, e os pais não têm de ser parte dessa construção. É normal não querer contar de um namorado novo que se tem, de um amigo, de uma experiência sexual, social ou o que seja. Ou que se queira contar só depois de o próprio reflectir um pouco sobre o assunto e sentir que está pronto para contar. Acho que a construção desse espaço íntimo e pessoal e privado perfeitamente normal e, esse sim, saudável. Como acho saudável que opere como uma câmara de ar entre filhos e pais quando os pais são extremamente conservadores e controladores. Os miúdos não têm de o ser e têm direito a "respirar".
O que não me parece normal é que um adolescente ou jovem adulto partilhe tudo da sua vida com os seus pais. Por acaso conheço uma pessoa (já com 20 e muitos anos) que faz isso e não acho a relação com os pais nada saudável. Está ali num nível de dependência emocional dos pais que não sei como será saudável na vida mesmo adulta (digo mesmo porque a pessoa em causa ainda estuda, não trabalha e vive como uma adolescente ou miúda de 20 anos acabados de fazer). Não consegue tomar uma decisão ou assumir uma tomada de posição sem ter um parecer dos pais sobre como agir, é extremamente insegura sobre como se relacionar e agir fora do círculo familiar mais estreito.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Teresa.A escreveu:

Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Li o comentário da Anotski e realmente contar certas experiências sexuais aos pais, para além de ser super estranho (para mim é), poderá de facto ter um impacto na relação. Imagina contares aos pais que gostas de ter relações com mais 2 ou 3 pessoas ou mesmo tempo, por exemplo 😆

Anete SSilva -
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Desde 07 Jun 2021

Sempre tentei ter a mente aberta e dizer que existem vários tipos de relacionamentos e desde que as pessoas estejam bem, tudo bem... conheço relações que a mulher/homem preferem não saber do que o marido/mulher está às vezes a fazer da porta para fora, com quem está a falar... prefere viver sem inseguranças, sem a total informação... É uma opção... sinceramente não vejo nesses casamentos verdadeira conexão quando estão juntos...

Respeito mas a verdade é que de todos os relacionamentos que me rodeiam aqueles que vejo durar, durar... e verdadeira conexão, aquele amor como tinham na altura que se conheceram não vivem com segredos... vivem em plena partilha, quando falo com eles sobre o como se consegue essa longevidade e de ainda estarem tão bem 15, 20 anos depois todos me dizem que o segredo é a confiança, respeito e não existirem segredos.
Acho que se não querem que o outro faça "filmes" (adoro essa forma de se referir à pessoa amada) é contar tudo e assim a outra pessoa sabe que não existe nada que não saiba... Vir a descobrir que o companheiro "esconde" um amigo/a faz anos, mesmo que virtual, mesmo que inofensivo magoa... e abre um precedente à desconfiança...
Tive uma psicóloga que me disse um dia, infidelidade não é só o ato sexual... infidelidade é omitir, é a conversa virtual, é o café sem o outro saber... o que não é partilhado em total abertura é infidelidade porque estamos a criar uma conexão que temos necessidade de esconder... por isso não é certo e é magoar o outro... e estamos a fazê-lo para não termos o incómodo de ter que explicar? De ter que "aturar" o outro com "filmes"? É para nosso comodismo e aí devemos assumir isso com total responsabilidade e não atirar a culpa para o outro ah o outro é que faz filmes por isso eu omito...
Na minha relação optei pela partilha e não acredito numa relação sem isso mesmo... Ele sabe os meus amigos quem são... com quem falo, sempre que estou no telemóvel ele pode estar ao meu lado e ler tudo o que estou a escrever e com quem estou... juntámos os nossos amigos e hoje temos amigos em comum... são todos amigos... levo o meu marido a convívios de trabalho, todos se conhecem, ninguém se inibe de piadas em frente a um e outro... tão bom estar assim! Adoro chegar ao fim do dia, ao dia que estamos só os dois a jantar e contar coisas sobre as pessoas que convivo, piadas que disseram, conversas de café e ele faz o mesmo... não estou com alguém só para dividir contas, casa e tarefas de filhos! Somos amigos! Se contar uma coisa e ele fizer filmes eu desmistifico o filme, eu acalmo as inseguranças, eu compreendo o medo... não é isso uma relação?

MisaL -
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Desde 17 Abr 2019

Os adolescentes sabem fazer isso super bem, não são nenhuns totós. É óbvio que ter "condicionantes para a vida adulta" estamos a falar de outros coisas, esconder algo que os pais ao saberem iriam interferir, condicionar, alterar percursos.
Os que contam tudo é estranho, os que escondem tudo também.
A questão de guardar segredos é no sentido disso vir a ter um impacto na confiança muito grande aquando da descoberta. Há coisas que não se pode esconder ou não se vive em familia. Claro que devem "esconder", os pais dos filhos e os filhos dos pais, mas não é normal esconder a vida. Não vou contar a minha vida toda aos meus pais, mas não vou fingir uma vida que não existe, que não tenho, que não sou eu...
Também espero que não me contem tudo, nem incluam descrições 🤪

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:
Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Li o comentário da Anotski e realmente contar certas experiências sexuais aos pais, para além de ser super estranho (para mim é), poderá de facto ter um impacto na relação. Imagina contares aos pais que gostas de ter relações com mais 2 ou 3 pessoas ou mesmo tempo, por exemplo 😆

Teresa.A -
Offline
Desde 28 Nov 2019

Sansa escreveu:

Teresa.A escreveu:
Também fiquei a imaginar 🤣
Que raio poderia trazer condicionantes na vida adulta se contasse aos pais? 🤔

Li o comentário da Anotski e realmente contar certas experiências sexuais aos pais, para além de ser super estranho (para mim é), poderá de facto ter um impacto na relação. Imagina contares aos pais que gostas de ter relações com mais 2 ou 3 pessoas ou mesmo tempo, por exemplo 😆


Sim, seria mesmo informação a mais 🤣