Creche Sim ou Não?Ajudem-me!

MãeDePrimeiraViagem2020 escreveu:

RLL78 escreveu:Olá mamã,
Decidi por o meu num infantário com 1 ano de idade mas tenho tido algumas dúvidas porque ele anda numa fase muito colado a mim.
Se optar por não deixa-lo vai me custar imenso a nível de gestão do meu trabalho mas começo a ponderar até que ponto vale a pena. Tenho algum receio que ele vá ressentir e depois ter futuros problemas, e isto num infantário privado, onde a partida eles têm imensas condições e o staff é selecionado a dedo.
Já tive uma ama, aqui em casa, e não correu bem. Há coisas que apanhei ela a fazer ao miúdo que não gostei mesmo.
Eu acho que infantários e creches só mesmo se tiver de ser. Pense bem.

Olá mamã,
Obrigada por partilhar. Tinha a ideia que tda a gente punha na creche pq é melhor para o bebé mas já vi q n é bem assim..
Mas se me permite com quem vai deixar o bebé quando tiver de trabalhar? Ou de se ausentar?
Sinceramente, quando estava grávida achei que iria ser mt prática nisso e que ía para o infantário mas agora que a tenho acho mt difícil tomar essas decisões..
Bom, eu tenho msm de decidir o que fazer. Pq se for para alargar a licença e ficar com ela até Dezembro tenho de falar na empresa. Eles são espectaculares tenho essa sorte, mas tb n os quero deixar na mão..
Já decidi com o pai que primeiro está a bebé e pelo pai ela fica um ano connosco, pelo menos, mas claro quem terá de ficar com ela sou eu, mas tb n me importo nada, desde q consiga um tempo para nim tbem..
A questão nem está tanto num ano mas se as inscrições só forem novamente em setembro de 2021 vai ser um problema. Aí ela já terá 1,5 anos. Teria de arranjar alguém que ficasse com ela pelo menos meio dia.
Amanhã vou ver se as creches privadas aceitam crianças a meio do ano.
Obrigada

As crianças só necessitam de pré primária. A creche é mesmo uma resposta social, pois os pais precisam de trabalhar 😅. No entanto por exemplo eu já noto que o meu se ressentiu imenso destes dois meses em casa, estava a precisar das rotinas da creche, do convívio, etc. E depois há pais que conseguem ter os filhos em casa e fazer actividades, e criar regras e rotinas, e depois há os pais que não foram feitos para isso (tipo eu 😅😅😅. Aqui em casa é o descalabro total).
Ah, e em princípio todas as privadas aceitam inscrições durante todo o ano. Pode é não ter vaga, claro. Eu por acaso pus o meu em setembro mas foi porque conseguimos esticar a licença e as férias até aos 7 meses que foi quando ele entrou. Mas outra rapariga que esteve grávida ao mesmo tempo que eu (a miúda nasceu quase um mês antes que o meu) entrou na mesma creche em junho. E ao longo do ano foram entrando novos bebés. Outra creche que fui ver (quando ele tinha 3 meses) não tinha vagas para setembro, só havia a opção se ele já andasse por essa altura nem chegava a frequentar o berçário, passava logo para a sala de aquisição de marcha, é uma opção viável para vocês uma vez que vai entrar já com um ano

Concordo com o que disse a Cátia.
A minha, por exemplo, com 10 meses já andava, dizia umas 10 palavras, era super ativa, adorava música, já mal dormia a sesta...ir 4hs por dia ao infantário fez-lhe / fez-nos muito bem. Ela deliberava com o infantário, começou por ir de manhã e passou logo a ficar mais tempo, porque fazia um berreiro para vir embora. Tinha gente, crianças, brinquedos, aula de música, jogos...tudo o que queria, mas depois não ficava lá 12hs, também estava muito em casa. Eu estive em casa até aos 18 meses e era suposto ela ter ficado comigo, mas já estava a achar que precisava de mais e eu de descansar um pouco. Embora a noite fosse tranquila, o dia era sempre a dar-lhe.
Não mudou muito, eu já perdi quase 5kg na quarentena 😀

RLL78 escreveu:

Olá mamã,
Decidi por o meu num infantário com 1 ano de idade mas tenho tido algumas dúvidas porque ele anda numa fase muito colado a mim.
Se optar por não deixa-lo vai me custar imenso a nível de gestão do meu trabalho mas começo a ponderar até que ponto vale a pena. Tenho algum receio que ele vá ressentir e depois ter futuros problemas, e isto num infantário privado, onde a partida eles têm imensas condições e o staff é selecionado a dedo.
Já tive uma ama, aqui em casa, e não correu bem. Há coisas que apanhei ela a fazer ao miúdo que não gostei mesmo.
Eu acho que infantários e creches só mesmo se tiver de ser. Pense bem.

No geral, os miúdos reagem muito bem às rotinas e regras da escola. Adormecem sem birras, comem tudo, quando começam a falar começam a contar coisas sobre os amigos. É giro.
Mas tenho de esclarecer uma coisa, no privado o staff não é selecionado a dedo. Pelo contrário, são explorados e logo que têm oportunidade piram-se. Há sempre muita rotatividade de educadoras e auxiliares num infantário privado, o que pode destabilizar as crianças na hora da entrada.

É mãe!! É normal que as coisas não voltem a ser como eram, nem tenha a mesma liberdade. Com ajuda e com tempo vai-se conseguindo.
Os meus filhos aceitaram bem a creche. Só tive problemas com o mais velho aos 3 anos. Mas coincidiu com o nascimento do irmão, uma cirurgia, ... também tem direito a não querer ficar na escola. Depois da birra ficava bem.
Quanto à minha vida (sem filhos) vou conseguindo arranjar tempo para mim. Nos últimos meses estivemos 24 h/dia os 4. Houve dias em que me apeteceu fugir, mas, no geral, até foi bom. Vou ter saudades destes dias.
Viajamos os dois, sem filhos, qdo o mais novo tinha 8 meses, apesar de ainda amamentar (bebeu LM congelado). Correu bem, dormimos e retomei a amamentação qdo voltei (demorei uma semana a normalizar a produção). Não repetimos a experiência.
À medida que eles crescem vai ficando mais fácil. Dormem melhor, ficam com os avós, ...
Não vale a pena ter pressa. Cada etapa tem a sua magia.
Ah... bebés de segundo semestre, são os que nascem a partir de julho. Esses dificilmente entram em setembro no berçário (alguns nem nascidos são). São os que entram em março, ou vão diretos para a sala do 1 ano. Na minha IPSS só há uma turma de berçário. Todas as outras idades têm duas turmas.
Havendo vaga, entram qdo os pais querem (o pior é q nem sempre há). Do mais velho, numa IPSS nem na sala do 1 ano teve vaga.

O meu primeiro entrou na creche a fazer os nove meses: fiz cinco meses de licença, o pai fez um mês enquanto eu fui trabalhar, depois eu tirei um mês seguido de férias e depois o pai tirou um mês seguido de férias. Correu bem, ele adaptou-se lindamente e sempre adorou lá estar. Ficou logo doente? Claro, mas faz parte. Com um ano teve uma varicela muito chata e ficou três semanas em casa (inclusivamente esteve internado), e depois quando voltou ainda chorou no primeiro e no segundo dia, mas fora isso sempre ficou lá bem, inclusivamente agora (ficou mais de dois meses em casa e regressou na semana passada). Gosta muito da creche, fala dos amigos e das educadoras... Embora diga sempre que 'ficar em casa é muito mais fixe' Também concordo com a comentadora acima que refere a grande rotatividade: a creche do meu filho é privada, a mais cara aqui da zona (pagamos 580 euros por mês) e ele já teve quatro educadoras diferentes! São todas amorosas e não temos qualquer razão de queixa (e ele adora-as!), mas de facto parece-me que são altamente exploradas e simplesmente vão-se embora.

A mais pequena vai entrar com dez meses, desta vez tirámos na mesma a licença partilhada e agora eu estou a fazer três meses de licença alargada. Ainda nos ocorreu o pai fazer também três meses de licença alargada e ela entrar com um ano, mas profissionalmente não dá tanto jeito (nem é tanto monetariamente, mas pela questão logística dos nossos trabalhos).

Como a creche é privada simplesmente fiz a pré-inscrição. O mais velho inscrevi às 20 semanas de gravidez para ele entrar aos nove meses, já havia creches sem vagas mas na creche que escolhemos, por exemplo, foi a primeira inscrição (entrou em Janeiro). A mais nova simplesmente falei na creche também durante a gravidez. É uma questão de ir procurar e falar da data de entrada, para nós era impensável ter de entrar em determinada fase do ano e queríamos ter a liberdade de escolher o mês. Pôr alguém cá em casa também estava fora de questão, infelizmente já vi muitas situações más. Mas tenho amigas que contrataram amas para casa delas e correu tudo bem.

No fim, acho que 'tem de ser', mas também acho que a creche lhes faz bem, ajuda-os a desenvolverem competências, a exporem-se a situações diferentes, a socializarem (com tudo o que isso implica, mediação de conflitos, partilhas, construção de relações de proximidade com outras crianças e com outros adultos), a adquirirem aprendizagens que em casa não teriam... E isso vê-se logo numa fase muito precoce da vida deles, mesmo com meses eles já se relacionam (bebés de seis meses já sentem empatia pelo outro, por exemplo).