Covid-19 cada vez mais perto...

Mama_Xana escreveu:

DianaES escreveu:É facto que não podemos contar com o bom senso alheio. Temos aqui um caso na empresa de um trabalhador que está com febre e sintomas de gripe, a responsável de SHST foi ter com ele para inquérito e na sexta jogou futebol com um rapaz que veio a semana passada de Itália... Quer dizer, veio de Itália e no fim de semana seguinte foi jogar futebol?! E o pessoal sabia e aceitou de boa... Não seguiu a recomendação da quarentena... Já está aqui instalado o caos. Ligou-se ao saúde 24 e a linha nem dá. O rapaz está na sala de isolamento e já estão a ser inquiridas todas as pessoas que tiveram contacto com ele desde ontem... Já se chamou a empresa de limpeza que só costuma vir à quinta para fazerem já uma limpeza mais profunda... Isto só de exemplo de como as coisas cantam...

A quarentena não está a ser aconselhada só porque as pessoas vieram de Itália.
Foi o caso das professoras da Amadora e de Portimão, após terem contactado a saúde 24, como não tinham sintomas o que lhes foi dito foi para fazer vida normal e irem trabalhar.

De Itália em si não, mas das zonas tipo Milão, como é o caso, achava que sim. Ou pelo menos se não faz quarentena que se desloque o mínimo essencial tipo casa/trabalho e não cenas de lazer tipo peladinha com os amigos...
Mas o facto é que já anda tudo alarmado... também o chefe de secção fez questão de espalhar a "boa nova"... Já não se vai fazer mais nada de jeito hoje. Depois as pessoas também são dramáticas, por exemplo o meu departamento não tem contacto direto com o trabalhador em causa, não esteve nos nossos gabinetes recentemente e como é suposto termos cuidados com lavagens das mãos e tal acredito que não há grandes chances de estarmos infetadas, mas basicamente para algumas pessoas que estamos todos só por respirarmos o mesmo ar... A sério precisa-se de pachorra para estes histerismos.

MisaL escreveu:

Façam queixa. Não está a ser equiparado à tuberculose? Os casos de tuberculose vão parar a tribunal.
Isto é só um "pequeno" exemplo, se temos algo sério o pessoal arma-se em herói e vai contagiar toda a gente.

RoxyGirl escreveu:

Videl86 escreveu:Roxygirl, isso não era possível. Primeiro não podiam fechar fronteiras com países com casos porque havia portugueses já lá de férias quando começou o surto. Não podiam proibir os seus próprios cidadãos de voltar para o seu país! Segundo porque se pusessem as milhares de pessoas que estiveram em Itália e China em quarentena, claro que as pessoas teriamd e ficar de quarentena em casa, logo as respetivas famílias também teriam de ficar em casa de quarentena. Quantas pessoas íamos ter em quarentena? Milhares, para apenas 3 terem coronavírus? Não teria qualquer sentido.

Claro que os cidadãos tinham de voltar ao país, mas pedia-se/orientavam-se as coisas para que estas pessoas fizessem isolamento social, quarentena, etc.
Eu sei que para ti, que és uma pessoa, pelo que vou lendo aqui, com muito bom senso, as medidas que falo podem parecer drásticas ou exageradas ou utópicas, mas como relataste o teu comportamento aquando o surto da gripe A nota-se mais uma vez o teu bom senso, mas o problema é que pessoas com bom senso, nos dias de hoje, são a excepção à regra, basta ver o caos aqui em Portimão, iniciou-se uma "caça às bruxas" em relação a esta família, "irresponsáveis, não querem saber dos outros" e outros tantos impropérios, esqueceram-se de reter a parte em que a senhora foi pedir baixa para fazer a quarentena e lhe foi recusada, entretanto a Delegada de saúde e a direção das escolas encerradas pediram aos aos pais e alunos das escolas em questão que fizessem isolamento social durante os próximos 14 dias, sabes o que a malta toda fez?! Enfiaram-se todos no shopping...
Ou seja, se mais pessoas fossem como tu, estava tudo ok, mas a realidade é outra

Isto é o disparate que faz andarem a dizer que "é só uma gripe" ou desvalorizarem as mortes. É a tal falta de bom senso. As pessoas, no geral, só têm dois modos: ou entram em pânico e esgotam stocks ou não querem saber e desvalorizam completamente.

Uma verdadeira salganhada... Não vejo vantagem nenhuma em antecipar-se as férias da páscoa a nível nacional, quando há zonas do país em que não é conhecido nenhum caso.
Em Lisboa fechou-se a Universidade, mas o Politécnico decidiu manter as portas abertas, quando é conhecido o caso de um infectado que frequentava um dos polos.
Continua a não haver controlo nenhum, ainda de manhã passei por dois grupos enormes de turistas chineses. Estamos completamente impreparados, assim como grande parte dos países europeus. O nosso sns, custa a dar resposta a casos simples, imagino quando se tratar de algo verdadeiramente complexo. Aguardemos os próximos capítulos.

Bem, eu não devo ser como as pessoas no geral então, porque não consigo estar em pânico, mas estou alerta, bastante alerta, e cuidadosa. E aliás estou mesmo sempre em cima do que tenho para comer em casa para não deixar nada chegar ao fim por saber que a qualquer momento podem mandar fechar tudo. Mas sem pânicos.
*
Em relação à questão de vir de Itália não ficar em quarentena...certo, não ficam, mas se tiverem sintomas e estiveram em Itália ou se tiverem sintomas e estiveram com alguém que esteve em Itália, tem de ficar em quarentena. Estou para ver agora se fecham a creche dos miúdos. Eles têm um plano minucioso de contingência e estão muito em cima de tudo, acho que mesmo que surja um caso lá talvez não fechem. Mas se for decidido que todas as escolas têm de fechar, não sei como vai ser. Porque se decidirem isso, também fecham os ATLs, não é? Não tem sentido deixar os ATLSs abertos. E os pais? Olhem, não sei, estou a ficar um pouco em pânico não com o vírus mas com as consequências de todas estas medidas. Se for preciso, claro que temos de fazer. Mas estar a agir só por agir também não vai fazer bem a ninguém.
*
Não fazia ideia que as pessoas poderiam culpar a família que teve o vírus primeiro aí em Portimão, eu tenho esta tendência para subestimar a estupidez humana

Videl86 escreveu:

Bem, eu não devo ser como as pessoas no geral então, porque não consigo estar em pânico, mas estou alerta, bastante alerta, e cuidadosa. E aliás estou mesmo sempre em cima do que tenho para comer em casa para não deixar nada chegar ao fim por saber que a qualquer momento podem mandar fechar tudo. Mas sem pânicos.
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Em relação à questão de vir de Itália não ficar em quarentena...certo, não ficam, mas se tiverem sintomas e estiveram em Itália ou se tiverem sintomas e estiveram com alguém que esteve em Itália, tem de ficar em quarentena. Estou para ver agora se fecham a creche dos miúdos. Eles têm um plano minucioso de contingência e estão muito em cima de tudo, acho que mesmo que surja um caso lá talvez não fechem. Mas se for decidido que todas as escolas têm de fechar, não sei como vai ser. Porque se decidirem isso, também fecham os ATLs, não é? Não tem sentido deixar os ATLSs abertos. E os pais? Olhem, não sei, estou a ficar um pouco em pânico não com o vírus mas com as consequências de todas estas medidas. Se for preciso, claro que temos de fazer. Mas estar a agir só por agir também não vai fazer bem a ninguém.
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Não fazia ideia que as pessoas poderiam culpar a família que teve o vírus primeiro aí em Portimão, eu tenho esta tendência para subestimar a estupidez humana

Videl, mas essa é a forma certa de estar: sem pânico, mas informado, atento e a cumprir as recomendações da DGS.

Acabei agora de ouvir que durante o dia de amanhã vai ser ponderado o encerramento de todas as ecolas...

Sim, a das escolas é verdade. A minha irmã já recebeu mensagem a dizer que estão a deliberar (governo) a possibilidade de fecharem todas as escolas a nível nacional...
Bem, o meu colega foi mandado para casa, de quarentena, como o sintoma é apenas febre e dor de cabeça o sns vai manter-se em contacto com ele. Por sorte a esposa está no momento de férias e não têm filhos... Agora é aguardar. Quem esteve em contacto com ele foi mandado preventivamente para casa pelo menos pelo resto da semana. E hoje vamos todos sair mais cedo para ser tudo devidamente desinfetado...

Se for para fechar, vai incluir as creches e provavelmente atl's, o que vai logo mandar para casa muita gente, onde vão ficar as crianças? Vão ter de ser os pais.
Por um lado entendo que se adie o encerramento, por outro se aumentam os casos vai ser muito pior, mais descontrolado e muito mais demorado. Vamos ver o que decidem.

Skillerific escreveu:

Videl86 escreveu:Bem, eu não devo ser como as pessoas no geral então, porque não consigo estar em pânico, mas estou alerta, bastante alerta, e cuidadosa. E aliás estou mesmo sempre em cima do que tenho para comer em casa para não deixar nada chegar ao fim por saber que a qualquer momento podem mandar fechar tudo. Mas sem pânicos.
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Em relação à questão de vir de Itália não ficar em quarentena...certo, não ficam, mas se tiverem sintomas e estiveram em Itália ou se tiverem sintomas e estiveram com alguém que esteve em Itália, tem de ficar em quarentena. Estou para ver agora se fecham a creche dos miúdos. Eles têm um plano minucioso de contingência e estão muito em cima de tudo, acho que mesmo que surja um caso lá talvez não fechem. Mas se for decidido que todas as escolas têm de fechar, não sei como vai ser. Porque se decidirem isso, também fecham os ATLs, não é? Não tem sentido deixar os ATLSs abertos. E os pais? Olhem, não sei, estou a ficar um pouco em pânico não com o vírus mas com as consequências de todas estas medidas. Se for preciso, claro que temos de fazer. Mas estar a agir só por agir também não vai fazer bem a ninguém.
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Não fazia ideia que as pessoas poderiam culpar a família que teve o vírus primeiro aí em Portimão, eu tenho esta tendência para subestimar a estupidez humana

Videl, mas essa é a forma certa de estar: sem pânico, mas informado, atento e a cumprir as recomendações da DGS.

Mais uma, atente mas não em pânico.
Nao é assim tão difícil o meio termo.
Assim como assim, visto que já há hipermercados a ser varridos na minha zona, vou abastecer o meu stock de bens não perecíveis.
-
E hoje, numa publicação de um jornal, apareceu um comentário de pessoas do Algarve a dizer que têm conhecimento de gente de Felgueiras que aproveitaram a quarentena para ir fazer férias em família para lá! É só o cúmulo da burrice certo?

Bem, eu compreendo que muita gente não entre em pânico, e ainda bem. Eu mesma não sou de entrar em pânico. No entanto, estou grávida. Dou aulas. As aulas continuam normalmente. Sou só eu que estou a panicar escusadamente, ou no meu caso ficariam mais em alerta (literalmente, com medo)?

moon_star escreveu:

Bem, eu compreendo que muita gente não entre em pânico, e ainda bem. Eu mesma não sou de entrar em pânico. No entanto, estou grávida. Dou aulas. As aulas continuam normalmente. Sou só eu que estou a panicar escusadamente, ou no meu caso ficariam mais em alerta (literalmente, com medo)?

Não estou grávida, mas tenho uma doença pulmonar crónica e dou aulas numa instituição com alunos de todo o país e alguns países estrangeiros. Não estou preocupada com a minha segurança enquanto não existir nenhum infetado aqui. Hoje soube que dois alunos de Felgueiras foram impedidos de aceder às instalações (escola e cantina) e mandados para casa. Concordo com essas medidas de contenção, dirigidas a riscos específicos, não concordo com o encerramento generalizado de todo o setor educativo. Crianças, adolescente e jovens adultos com o dia todo o livre não vão ficar, generalizadamente, em casa, vão frequentar espaços com muito menor controlo do que uma escola.

A questão das escolas fecharem todas penso que também podia ser para colocarem todos o calendário a par. É que se andarmos a fechar aos pingos, vai ficar tudo desfasado.
Mesmo que não fiquem todos em casa é sempre uma ajuda, não há continuamente 30 pessoas encerradas numa sala. No Porto até já estão a fechar os espaços públicos: ginásios, museus, piscinas, os cinemas não sei se já houve algum encerrado...

guialmi escreveu:

moon_star escreveu:Bem, eu compreendo que muita gente não entre em pânico, e ainda bem. Eu mesma não sou de entrar em pânico. No entanto, estou grávida. Dou aulas. As aulas continuam normalmente. Sou só eu que estou a panicar escusadamente, ou no meu caso ficariam mais em alerta (literalmente, com medo)?

Não estou grávida, mas tenho uma doença pulmonar crónica e dou aulas numa instituição com alunos de todo o país e alguns países estrangeiros. Não estou preocupada com a minha segurança enquanto não existir nenhum infetado aqui. Hoje soube que dois alunos de Felgueiras foram impedidos de aceder às instalações (escola e cantina) e mandados para casa. Concordo com essas medidas de contenção, dirigidas a riscos específicos, não concordo com o encerramento generalizado de todo o setor educativo. Crianças, adolescente e jovens adultos com o dia todo o livre não vão ficar, generalizadamente, em casa, vão frequentar espaços com muito menor controlo do que uma escola.

moon_star escreveu:

Bem, eu compreendo que muita gente não entre em pânico, e ainda bem. Eu mesma não sou de entrar em pânico. No entanto, estou grávida. Dou aulas. As aulas continuam normalmente. Sou só eu que estou a panicar escusadamente, ou no meu caso ficariam mais em alerta (literalmente, com medo)?

Acho que estando grávida é normal que tenha mais medo... No entanto não é de risco acrescido porque ao que parece grávidas infetadas não passam ao bebé, mas no seu lugar resguardava-me mais, tentava ficar mais afastada dos alunos nas aulas... essas coisas, mas sem alarmismo.

Compreendo, mas pelo menos em anos de exame não sei como se acertam calendários. A avaliação da Páscoa não pode ser feita se ainda faltam testes a várias disciplinas e se as aulas acabarem duas semanas depois, todo o calendário de exames terá de ser reajustado. São pouquíssimas as escolas fechadas `a escala nacional. Inclusivamente, não sei se viram, o Liceu Francês teve uma aluna infetada e não fechou, temos também o caso do colégio onde andam os filhos da Ana, um dos maiores e mais conceituados do Porto, que também não fechou.
Confesso que tendo duas filhas no 11º ano esta situação me mexe com os nervos. E não acredito, de todo, que adolescentes fiquem um mês seguido enfiados em casa. Nem crianças, nem os pais delas. Parece-me mais arriscado um magote de miúdos enfiado num shopping do que 25 alunos numa sala, cada um na sua mesa e sem contactos corporais. Mas posso estar errada.

Eu acho que convém manter a calma mas ir preparando.
Continuo a achar que há coisas que não batem certo e que o Estado dá uma no cravo e outra na ferradura.

Tanta coisa por um lado e tanto "desleixo" por outro....

Guialmi em relação às 2000 camas fui eu que falei. Essas camas já estavam ocupadas. Os hospitais de segunda linha estão habitualmente excessivamente cheios porque dão resposta à sua própria população e muitas vezes estão sobrelotados, principalmente nesta época do ano. Não têm 2000 vagas sequer, muito menos essas vagas de isolamento.
E, sim, no SNS faz-se muito, muitas vezes à custa do risco e dedicação dos profissionais que trabalham no mesmo. Mas o desinvestimento é real, a falta de condições e a falta de RH e de espaço também.
Nós já mal temos camas suficientes para os pacientes que adoecem habitualmente nesta época do ano. Este ano juntou-se à gripe comum, ao influenza, gripe A e afins um vírus que leva a vários internamentos... Não há milagres da multiplicação. Só haverá mais camas, mais profissionais e mais capacidade de resposta quando investirem no SNS. Até lá faz-se o possível, com as condicionantes.
E obviamente era difícil estar preparado para internar potencialmente centenas de pessoas além daquilo que é comum mas atualmente já é difícil dar resposta porque os hospitais foram construídos há muitas décadas e não estão aptos para dar resposta ao número da população atual... Logo, dar resposta ainda a mais é pedir o impossível.
Não é de admirar os hospitais de campanha. A questão é se estão lá para tentar conter ou se é porque tudo o que é cama de isolamento já está mais do que ocupado e nunca existiram 2000 camas disponíveis e os representantes do Estado nos mentiram...
É que é impressionante como está sempre tudo óptimo e temos sempre tudo mas quem sofre é quem não tem acesso.

A nossa sorte continua a ser o facto de o vírus ter uma mortalidade muito baixa.
Continuamos a não ter necessidade de pânico. Mas isso não implica não ter cuidados.

Por falar em falta de cuidados, o trânsito e transportes de pessoas para lazer continuou e continua sem qualquer tipo de restrição por parte do governo... Mas que óptimo plano de contingência.

Não há muito que possamos fazer se andamos meses a assobiar para o lado e a deixar que entrassem e saíssem centenas de turistas de Portugal diariamente.
Também não podemos fazer muito qd as pessoas chegam de países como a China ou locais como Milão, havendo lá uma grande taxa de infecção, mas essas pessoas terem indicação para irem à sua vida... Não se podiam pôr todos de quarentena? Porque não?! É melhor deixar o vírus entrar no país e fingir que se tem tudo preparado...

É que ou é preciso ter cuidados ou não é.... Ou só precisamos de ter cuidados naquilo que é a vida do cidadão comum mas depois outras áreas com maiores fatores de risco para a propagação de vírus, como a entrada de turistas, está tudo bem?
Mas agora culpam quem saiu do país?! E as centenas que entraram e continuam a entrar?
Que eu tenha conhecimento, o Estado ainda não colocou nenhum entrave no turismo... Não dá jeito a intromissão na indústria em questão? Pois não...

Estamos a ver o resultado da parcimónia. Já houve e há centenas de infectados. Era preciso um milagre estatístico e matemático para que a ausência de medidas de prevenção não levasse precisamente a isso.

Falta estrutura, falta organização e planeamento. E falta a todos os níveis.

Por exemplo, no SNS, até ao momento não saiu indicação alguma sobre o que fazer relativamente às consultas e serviços não essenciais.
Estamos a falar de pessoas que têm consultas marcadas e que podem estar infectadas ou apanharem lá o COVID-19, sendo que algumas pertencem aos grupos de risco. Vamos fazê-las deslocarem-se para um potencial local de foco e habitualmente sobrelotado.
No SNS também se continua a fazer registo biométrico. E muitas vezes nem sequer um desinfectante há por perto ( devia existir sempre, não só pelo vírus).

É o que temos.

E isto é só um mísero exemplo daquilo que está a falhar no planeamento...

O liceu francês fechou hoje

guialmi,

Cada aluno estar sentado na sua própria mesa é um luxo que muitas escolas não têm. Dou a maior parte das aulas em laboratórios, nem sempre tenho turmas desdobradas e em vez de dois alunos juntos, tenho 3 em cada bancada. Mesmo nas salas de aulas ditas normais é impossível tê-los suficientemente afastados. Têm de estar aos pares, porque as salas são pequenas. Ainda há pouco li que saiu um estudo que indica que a distância mínima de 2 m entre as pessoas é insuficiente. Está a chegar-se à conclusão que num raio de 4,5 m é possível existir contágio.
A situação das avaliações, exames, estágios tem de ser muito bem definida para que os processos funcionem em igualdade de circunstâncias. A minha enteada está a realizar o último ensino clínico da licenciatura num hospital, hoje já não foi e a universidade suspendeu também as aulas por tempo indeterminado. Está a ficar muito preocupada, porque não sabe quando acaba o curso. Ontem a universidade avisou os alunos de que no dia de hoje teriam os dados para acederem amanhã a aulas não presenciais.

No Porto vão começar a fechar tudo. O luso-francês já fechou, está na Maia, Trofa, Matosinhos, Gondomar, Paços de Ferreira
... não sei a nível nacional, mas na área do Porto é inevitável.

guialmi escreveu:

Compreendo, mas pelo menos em anos de exame não sei como se acertam calendários. A avaliação da Páscoa não pode ser feita se ainda faltam testes a várias disciplinas e se as aulas acabarem duas semanas depois, todo o calendário de exames terá de ser reajustado. São pouquíssimas as escolas fechadas `a escala nacional. Inclusivamente, não sei se viram, o Liceu Francês teve uma aluna infetada e não fechou, temos também o caso do colégio onde andam os filhos da Ana, um dos maiores e mais conceituados do Porto, que também não fechou.
Confesso que tendo duas filhas no 11º ano esta situação me mexe com os nervos. E não acredito, de todo, que adolescentes fiquem um mês seguido enfiados em casa. Nem crianças, nem os pais delas. Parece-me mais arriscado um magote de miúdos enfiado num shopping do que 25 alunos numa sala, cada um na sua mesa e sem contactos corporais. Mas posso estar errada.

Eu acho o 9o, o 11o e o 12o um dos motivos para se fechar. É preferível garantir que se recomeça no 3o período, do que acontecer o caos no 3o período.
Os miúdos já andam tão preocupados!
Triste é isto não estar já previsto, já devia existir o plano B, o plano C...

Ana Svensson escreveu:

guialmi escreveu:Compreendo, mas pelo menos em anos de exame não sei como se acertam calendários. A avaliação da Páscoa não pode ser feita se ainda faltam testes a várias disciplinas e se as aulas acabarem duas semanas depois, todo o calendário de exames terá de ser reajustado. São pouquíssimas as escolas fechadas `a escala nacional. Inclusivamente, não sei se viram, o Liceu Francês teve uma aluna infetada e não fechou, temos também o caso do colégio onde andam os filhos da Ana, um dos maiores e mais conceituados do Porto, que também não fechou.
Confesso que tendo duas filhas no 11º ano esta situação me mexe com os nervos. E não acredito, de todo, que adolescentes fiquem um mês seguido enfiados em casa. Nem crianças, nem os pais delas. Parece-me mais arriscado um magote de miúdos enfiado num shopping do que 25 alunos numa sala, cada um na sua mesa e sem contactos corporais. Mas posso estar errada.

Atenção que o colégio das minhas filhas não fechou, mas parece-me que vai fechar caso se verifique que há alunos infectados.
Eu, pessoalmente, até não sou a favor que se feche as escolas, mas preocupa-me o que vai acontecer com o ano lectivo. Não estou preocupada com estas duas semanas (que acho que se recuperam facilmente), nem com a avaliação da Páscoa (que não vem o mal ao mundo se não se fizer), preocupa-me é que as escolas venham a ficar encerradas por tempo indeterminado. Aí não sei como se vai gerir (video-aulas?). Se tivesse filhos no 11º ou 12º ano, também talvez não ficasse muito satisfeita com esta medida.

Se não foi todo, é uma turma, uma colega minha foi buscar a filha. Pareceu-me que ia ser tudo.

Ana Svensson escreveu:

MisaL escreveu:No Porto vão começar a fechar tudo. O luso-francês já fechou, está na Maia, Trofa, Matosinhos, Gondomar, Paços de Ferreira
... não sei a nível nacional, mas na área do Porto é inevitável.

guialmi escreveu:Compreendo, mas pelo menos em anos de exame não sei como se acertam calendários. A avaliação da Páscoa não pode ser feita se ainda faltam testes a várias disciplinas e se as aulas acabarem duas semanas depois, todo o calendário de exames terá de ser reajustado. São pouquíssimas as escolas fechadas `a escala nacional. Inclusivamente, não sei se viram, o Liceu Francês teve uma aluna infetada e não fechou, temos também o caso do colégio onde andam os filhos da Ana, um dos maiores e mais conceituados do Porto, que também não fechou.
Confesso que tendo duas filhas no 11º ano esta situação me mexe com os nervos. E não acredito, de todo, que adolescentes fiquem um mês seguido enfiados em casa. Nem crianças, nem os pais delas. Parece-me mais arriscado um magote de miúdos enfiado num shopping do que 25 alunos numa sala, cada um na sua mesa e sem contactos corporais. Mas posso estar errada.

Quando é que fechou o luso-francês? Acabei de falar com uma amiga que tem lá a filha e ainda não sabia de nada disso? Vai-se a ver e o colégio das minhas filhas também já fechou e eu é que ainda não sei 😅.

Sim, é preocupante, até porque as escolas tocam em todas as pessoas da sociedade.

Ana Svensson escreveu:

MisaL escreveu:Eu acho o 9o, o 11o e o 12o um dos motivos para se fechar. É preferível garantir que se recomeça no 3o período, do que acontecer o caos no 3o período.
Os miúdos já andam tão preocupados!
Triste é isto não estar já previsto, já devia existir o plano B, o plano C...

Ana Svensson escreveu:

guialmi escreveu:Compreendo, mas pelo menos em anos de exame não sei como se acertam calendários. A avaliação da Páscoa não pode ser feita se ainda faltam testes a várias disciplinas e se as aulas acabarem duas semanas depois, todo o calendário de exames terá de ser reajustado. São pouquíssimas as escolas fechadas `a escala nacional. Inclusivamente, não sei se viram, o Liceu Francês teve uma aluna infetada e não fechou, temos também o caso do colégio onde andam os filhos da Ana, um dos maiores e mais conceituados do Porto, que também não fechou.
Confesso que tendo duas filhas no 11º ano esta situação me mexe com os nervos. E não acredito, de todo, que adolescentes fiquem um mês seguido enfiados em casa. Nem crianças, nem os pais delas. Parece-me mais arriscado um magote de miúdos enfiado num shopping do que 25 alunos numa sala, cada um na sua mesa e sem contactos corporais. Mas posso estar errada.

Atenção que o colégio das minhas filhas não fechou, mas parece-me que vai fechar caso se verifique que há alunos infectados.
Eu, pessoalmente, até não sou a favor que se feche as escolas, mas preocupa-me o que vai acontecer com o ano lectivo. Não estou preocupada com estas duas semanas (que acho que se recuperam facilmente), nem com a avaliação da Páscoa (que não vem o mal ao mundo se não se fizer), preocupa-me é que as escolas venham a ficar encerradas por tempo indeterminado. Aí não sei como se vai gerir (video-aulas?). Se tivesse filhos no 11º ou 12º ano, também talvez não ficasse muito satisfeita com esta medida.

Queria dizer que sou a favor, mas que me preocupa as consequências que vai ter. Ficou ali um “não” a mais no meio da frase.

Se anteciparem mesmo as férias como supostamente querem, era bom que se lembrassem que os pais não podem mudar as datas das suas férias de um dia para o outro, que há pais que pagaram ATLs e outras coisas para as férias porque não podem garantir o apoio aos filhos nesses dias.
Agora mudando as férias fica tudo sem efeito e os pais sem alternativas.
Os miúdos ficam sozinhos em casa?

Espero que estejam a planear bem isto...

Relativamente ao ano letivo, se encerrarem terão de arranjar uma solução minimamente equitativa. O mesmo com estágios e afins mas vai ficar tudo de pernas para o ar durante algum tempo.

Já existem alguns países que impuseram o cancelamento de vôos vindos de países afectados, ainda não está online, mas a República Checa, além de Itália já não aceita vôos de Portugal, se alguns países fizeram porque Portugal não fez também?

Eu faço gestão de alojamento local, principalmente direccionado para o turista estrangeiro, sei que estas medidas me vão afectar severamente, mas prefiro uns meses mais a ter o caos lançado sabe-se lá até quando

Faltou-me:

* Uns meses piores a nível de negócio a ter o caos lançado sabe-se lá até quando

RoxyGirl escreveu:

Já existem alguns países que impuseram o cancelamento de vôos vindos de países afectados, ainda não está online, mas a República Checa, além de Itália já não aceita vôos de Portugal, se alguns países fizeram porque Portugal não fez também?
Eu faço gestão de alojamento local, principalmente direccionado para o turista estrangeiro, sei que estas medidas me vão afectar severamente, mas prefiro uns meses mais a ter o caos lançado sabe-se lá até quando

Acabaram de cancelar todos os voos de e para italia a partir de Portugal
Medida tardia na minha opiniao.