O meu filho tem 9 anos e é filho único. Últimamente tem cada vez mais dificuldade em ocupar os tempos livres. Por vontade dele passava todo o tempo a jogar PC.
Como é que as vossas crianças ocupam os tempos livres quando estão em casa?
A minha faz asneiras, quando não chateia o irmão 🤦
Vai fazer 9 anos(é menina), não gosta de jogos e há uns 2 anos (desde os confinamentos) que não vê vídeos/YouTube. Não está muito, muito tempo em casa, mas quando está e não tem companhia gosta de plasticinas, slimes, experiências científicas (as coisas tipo science for you), lavar e pentear cabelos de bonecas, faz teatros, concertos, toca flauta, anda de patins (sim, dentro de casa) e vê televisão (desenhos animados)...acho que é mais ou menos isso. Se conseguir estar com ela gosta de jogar cartas ou ver um filme.
A minha faz asneiras, quando não chateia o irmão 🤦
Vai fazer 9 anos(é menina), não gosta de jogos e há uns 2 anos (desde os confinamentos) que não vê vídeos/YouTube. Não está muito, muito tempo em casa, mas quando está e não tem companhia gosta de plasticinas, slimes, experiências científicas (as coisas tipo science for you), lavar e pentear cabelos de bonecas, faz teatros, concertos, toca flauta, anda de patins (sim, dentro de casa) e vê televisão (desenhos animados)...acho que é mais ou menos isso. Se conseguir estar com ela gosta de jogar cartas ou ver um filme.
Isso é fantástico.
O meu mais velho passa o dia na TV quando está de ferias. Eu trabalho e quem fica com eles é a minha sogra que agora como tem o pequenino acaba por nem se chatear a mandar o Pedro lá para fora brincar. Eu fico triste claro mas não posso julgar a senhora, tratar de um bebé e com outra criança de 7anos em casa para os 65anos dela já me faz imenso.
Como cativas a tua menina a ser tão criativa nas brincadeiras? O Pedro tem imensa coisa e diz que não tem nada que goste mesmo de brincar

Os meus (10 e 6 anos), se eu deixasse, passavam a vida a ver televisão ou a ver videos no youtube. Jogos online ainda não os descobriram, felizmente.
Como não deixo brincam com os carrinhos, vêm os livros, fazem recortes e colagem (o mais novo é perito nisso). Tenho pena que não façam mais jogos/puzzles/cartas apenas os dois (chamam-me sempre). Normalmente acaba em discussão ou a fazer asneiras, mas faz parte.
A brincadeira favorita é chatear a mãe.
Também gostam de andar de bicicleta, mas, infelizmente, sozinhos ainda não é opção.
Comprei elásticos para fazer pulseiras e tem sido um descanço (tenho de comprar mais)! O mais novo adora e tem jeito.
Ao contrário da minha geração, eles não estão habituados a inventar brincadeiras, esperam que sejam os adultos a sugerir coisas. São mais próximos dos pais, mas bem mais dependentes.
Os meus (10 e 6 anos), se eu deixasse, passavam a vida a ver televisão ou a ver videos no youtube. Jogos online ainda não os descobriram, felizmente.
Como não deixo brincam com os carrinhos, vêm os livros, fazem recortes e colagem (o mais novo é perito nisso). Tenho pena que não façam mais jogos/puzzles/cartas apenas os dois (chamam-me sempre). Normalmente acaba em discussão ou a fazer asneiras, mas faz parte.
A brincadeira favorita é chatear a mãe.
Também gostam de andar de bicicleta, mas, infelizmente, sozinhos ainda não é opção.
Comprei elásticos para fazer pulseiras e tem sido um descanço (tenho de comprar mais)! O mais novo adora e tem jeito.
Ao contrário da minha geração, eles não estão habituados a inventar brincadeiras, esperam que sejam os adultos a sugerir coisas. São mais próximos dos pais, mas bem mais dependentes.
Concordo imenso com a ultima frase que disse.
Já pensei nisso várias vezes. Há um lado bom por sermos pais presentes mas outro lado menos bom que é a dependência
Obrigada, mas é dela. Olha, cada vez é menos criativa e mais adolescente 🤦
A pandemia foi o boom, tenho imensas saudades dessa fase, foi a melhor época de evolução e criatividade. O irmão era bebé, não dava grande trabalho, o pai não estava a trabalhar, eu estava em teletrabalho de manhã, ela entregue às tecnologias e de tarde era a loucura. Aprendeu a andar de patins e bicicleta, e foi para a natação mal desconfinou (é a loucura dela, muito mais do que a música), "escrevia" teatros, fazia cenários, montava hospitais, supermercados com caixas, inventava músicas, fazia telejornais com notícias inventadas por ela (metia sempre o coronavírus), reproduzia em fotografias (ela própria) cenas/passagens de livros, etc, etc. Depois foi para o 1o ciclo para o ensino artístico, andava no teatro já e passou a ligar menos às artes. Está muito mais desligada de tudo e muito pré adolescente, só ainda não se virou para o telemóvel, porque anda num colégio e ninguém tem. A única coisa que se entusiasma a estes níveis é inventar anedotas, piadas, aquelas coisa do "qual é o cúmulo de...". Na escola ainda brinca muito, o recreio "é pobre" (não tem nada mesmo) os intervalos são passados na terra e a inventar brincadeiras com pneus, no mundial brincavam às famílias dos jogadores, há dias dizia-me que tinha estado a brincar "às escolas israelitas"...nem sei ao certo do que se tratava, mas era encontrarem alguma solução para a guerra.
O irmão já não é nada assim. Tem 4 anos para ele é pistas de carros, puzzles e estar colado à mãe. Ela detesta estar em casa, ele não gosta de sair...há fins de semana muito difíceis 😄 Ela nunca ligou a puzzles e legos, mas adora tudo que acabe em sujeira e água, ele não gosta de "lixo", nem de se sujar, mas passa horas a fazer puzzles, etc.
A única ideia é uma pessoa aproveitar os interesses deles e ir explorando, mas eles só se vão fixar no que gostam por mais que façamos.
Os rapazes costumam ter interesses desportivos, os coletivos são bons para eles se envolverem e saírem de casa, fazerem muitos amigos, mas se ele não gostar, também não consegues muito.
MisaL escreveu:A minha faz asneiras, quando não chateia o irmão 🤦
Vai fazer 9 anos(é menina), não gosta de jogos e há uns 2 anos (desde os confinamentos) que não vê vídeos/YouTube. Não está muito, muito tempo em casa, mas quando está e não tem companhia gosta de plasticinas, slimes, experiências científicas (as coisas tipo science for you), lavar e pentear cabelos de bonecas, faz teatros, concertos, toca flauta, anda de patins (sim, dentro de casa) e vê televisão (desenhos animados)...acho que é mais ou menos isso. Se conseguir estar com ela gosta de jogar cartas ou ver um filme.Isso é fantástico.
O meu mais velho passa o dia na TV quando está de ferias. Eu trabalho e quem fica com eles é a minha sogra que agora como tem o pequenino acaba por nem se chatear a mandar o Pedro lá para fora brincar. Eu fico triste claro mas não posso julgar a senhora, tratar de um bebé e com outra criança de 7anos em casa para os 65anos dela já me faz imenso.
Como cativas a tua menina a ser tão criativa nas brincadeiras? O Pedro tem imensa coisa e diz que não tem nada que goste mesmo de brincar quando eu chego a casa acaba-se a tv e ele fica chateado comigo
No geral, sim, mas a minha filha e as amigas são bem mais criativas do que eu era e do que eram as minhas amigas.
Eu também trabalho com a criatividade, mas cheguei muito mais tarde, se tivesse tido as oportunidades e as amigas dela era uma engenheira famosa hoje 😂
Ah, os elásticos das pulseiras também chegaram há dias aqui a casa. Tenho de comprar essas coisas.
Os meus (10 e 6 anos), se eu deixasse, passavam a vida a ver televisão ou a ver videos no youtube. Jogos online ainda não os descobriram, felizmente.
Como não deixo brincam com os carrinhos, vêm os livros, fazem recortes e colagem (o mais novo é perito nisso). Tenho pena que não façam mais jogos/puzzles/cartas apenas os dois (chamam-me sempre). Normalmente acaba em discussão ou a fazer asneiras, mas faz parte.
A brincadeira favorita é chatear a mãe.
Também gostam de andar de bicicleta, mas, infelizmente, sozinhos ainda não é opção.
Comprei elásticos para fazer pulseiras e tem sido um descanço (tenho de comprar mais)! O mais novo adora e tem jeito.
Ao contrário da minha geração, eles não estão habituados a inventar brincadeiras, esperam que sejam os adultos a sugerir coisas. São mais próximos dos pais, mas bem mais dependentes.
Obrigada, mas é dela. Olha, cada vez é menos criativa e mais adolescente 🤦
A pandemia foi o boom, tenho imensas saudades dessa fase, foi a melhor época de evolução e criatividade. O irmão era bebé, não dava grande trabalho, o pai não estava a trabalhar, eu estava em teletrabalho de manhã, ela entregue às tecnologias e de tarde era a loucura. Aprendeu a andar de patins e bicicleta, e foi para a natação mal desconfinou (é a loucura dela, muito mais do que a música), "escrevia" teatros, fazia cenários, montava hospitais, supermercados com caixas, inventava músicas, fazia telejornais com notícias inventadas por ela (metia sempre o coronavírus), reproduzia em fotografias (ela própria) cenas/passagens de livros, etc, etc. Depois foi para o 1o ciclo para o ensino artístico, andava no teatro já e passou a ligar menos às artes. Está muito mais desligada de tudo e muito pré adolescente, só ainda não se virou para o telemóvel, porque anda num colégio e ninguém tem. A única coisa que se entusiasma a estes níveis é inventar anedotas, piadas, aquelas coisa do "qual é o cúmulo de...". Na escola ainda brinca muito, o recreio "é pobre" (não tem nada mesmo) os intervalos são passados na terra e a inventar brincadeiras com pneus, no mundial brincavam às famílias dos jogadores, há dias dizia-me que tinha estado a brincar "às escolas israelitas"...nem sei ao certo do que se tratava, mas era encontrarem alguma solução para a guerra.
O irmão já não é nada assim. Tem 4 anos para ele é pistas de carros, puzzles e estar colado à mãe. Ela detesta estar em casa, ele não gosta de sair...há fins de semana muito difíceis 😄 Ela nunca ligou a puzzles e legos, mas adora tudo que acabe em sujeira e água, ele não gosta de "lixo", nem de se sujar, mas passa horas a fazer puzzles, etc.
A única ideia é uma pessoa aproveitar os interesses deles e ir explorando, mas eles só se vão fixar no que gostam por mais que façamos.
Os rapazes costumam ter interesses desportivos, os coletivos são bons para eles se envolverem e saírem de casa, fazerem muitos amigos, mas se ele não gostar, também não consegues muito.PatríciaSFMartins escreveu:
MisaL escreveu:A minha faz asneiras, quando não chateia o irmão 🤦
Vai fazer 9 anos(é menina), não gosta de jogos e há uns 2 anos (desde os confinamentos) que não vê vídeos/YouTube. Não está muito, muito tempo em casa, mas quando está e não tem companhia gosta de plasticinas, slimes, experiências científicas (as coisas tipo science for you), lavar e pentear cabelos de bonecas, faz teatros, concertos, toca flauta, anda de patins (sim, dentro de casa) e vê televisão (desenhos animados)...acho que é mais ou menos isso. Se conseguir estar com ela gosta de jogar cartas ou ver um filme.Isso é fantástico.
O meu mais velho passa o dia na TV quando está de ferias. Eu trabalho e quem fica com eles é a minha sogra que agora como tem o pequenino acaba por nem se chatear a mandar o Pedro lá para fora brincar. Eu fico triste claro mas não posso julgar a senhora, tratar de um bebé e com outra criança de 7anos em casa para os 65anos dela já me faz imenso.
Como cativas a tua menina a ser tão criativa nas brincadeiras? O Pedro tem imensa coisa e diz que não tem nada que goste mesmo de brincar quando eu chego a casa acaba-se a tv e ele fica chateado comigo
Pois, o problema é que ele farta-se demasiado rápido das brincadeiras.
Adora brincar as casas, andava sempre "armar" a tenda lá em casa e tinha sempre a sala virada do avesso. Comprei uma tenda de índio, delirou mas durou pouco tempo. agora já anda novamente a virar a sala de pantanas porque a tenda é pequena segundo ele.
Adorava puzzles, até os montava ao contrário (com a imagem para baixo) e ficavamos parvos com ele a fazer aquilo. comprei um de 300peças porque os de 50 e de 100 eram peanuts para ele, mas está lá encostado. Viu que era difícil encostou... Agora adora chatear o irmão que não gosta nada de apertos
Por aqui no topo da emoção também estará: chatear o irmão...
MisaL escreveu:Obrigada, mas é dela. Olha, cada vez é menos criativa e mais adolescente 🤦
A pandemia foi o boom, tenho imensas saudades dessa fase, foi a melhor época de evolução e criatividade. O irmão era bebé, não dava grande trabalho, o pai não estava a trabalhar, eu estava em teletrabalho de manhã, ela entregue às tecnologias e de tarde era a loucura. Aprendeu a andar de patins e bicicleta, e foi para a natação mal desconfinou (é a loucura dela, muito mais do que a música), "escrevia" teatros, fazia cenários, montava hospitais, supermercados com caixas, inventava músicas, fazia telejornais com notícias inventadas por ela (metia sempre o coronavírus), reproduzia em fotografias (ela própria) cenas/passagens de livros, etc, etc. Depois foi para o 1o ciclo para o ensino artístico, andava no teatro já e passou a ligar menos às artes. Está muito mais desligada de tudo e muito pré adolescente, só ainda não se virou para o telemóvel, porque anda num colégio e ninguém tem. A única coisa que se entusiasma a estes níveis é inventar anedotas, piadas, aquelas coisa do "qual é o cúmulo de...". Na escola ainda brinca muito, o recreio "é pobre" (não tem nada mesmo) os intervalos são passados na terra e a inventar brincadeiras com pneus, no mundial brincavam às famílias dos jogadores, há dias dizia-me que tinha estado a brincar "às escolas israelitas"...nem sei ao certo do que se tratava, mas era encontrarem alguma solução para a guerra.
O irmão já não é nada assim. Tem 4 anos para ele é pistas de carros, puzzles e estar colado à mãe. Ela detesta estar em casa, ele não gosta de sair...há fins de semana muito difíceis 😄 Ela nunca ligou a puzzles e legos, mas adora tudo que acabe em sujeira e água, ele não gosta de "lixo", nem de se sujar, mas passa horas a fazer puzzles, etc.
A única ideia é uma pessoa aproveitar os interesses deles e ir explorando, mas eles só se vão fixar no que gostam por mais que façamos.
Os rapazes costumam ter interesses desportivos, os coletivos são bons para eles se envolverem e saírem de casa, fazerem muitos amigos, mas se ele não gostar, também não consegues muito.PatríciaSFMartins escreveu:
MisaL escreveu:A minha faz asneiras, quando não chateia o irmão 🤦
Vai fazer 9 anos(é menina), não gosta de jogos e há uns 2 anos (desde os confinamentos) que não vê vídeos/YouTube. Não está muito, muito tempo em casa, mas quando está e não tem companhia gosta de plasticinas, slimes, experiências científicas (as coisas tipo science for you), lavar e pentear cabelos de bonecas, faz teatros, concertos, toca flauta, anda de patins (sim, dentro de casa) e vê televisão (desenhos animados)...acho que é mais ou menos isso. Se conseguir estar com ela gosta de jogar cartas ou ver um filme.Isso é fantástico.
O meu mais velho passa o dia na TV quando está de ferias. Eu trabalho e quem fica com eles é a minha sogra que agora como tem o pequenino acaba por nem se chatear a mandar o Pedro lá para fora brincar. Eu fico triste claro mas não posso julgar a senhora, tratar de um bebé e com outra criança de 7anos em casa para os 65anos dela já me faz imenso.
Como cativas a tua menina a ser tão criativa nas brincadeiras? O Pedro tem imensa coisa e diz que não tem nada que goste mesmo de brincar quando eu chego a casa acaba-se a tv e ele fica chateado comigoPois, o problema é que ele farta-se demasiado rápido das brincadeiras.
Adora brincar as casas, andava sempre "armar" a tenda lá em casa e tinha sempre a sala virada do avesso. Comprei uma tenda de índio, delirou mas durou pouco tempo. agora já anda novamente a virar a sala de pantanas porque a tenda é pequena segundo ele.
Adorava puzzles, até os montava ao contrário (com a imagem para baixo) e ficavamos parvos com ele a fazer aquilo. comprei um de 300peças porque os de 50 e de 100 eram peanuts para ele, mas está lá encostado. Viu que era difícil encostou... Agora adora chatear o irmão que não gosta nada de apertos
Aqui, sendo 3 e havendo espaço exterior, nunca é um problema. Passam muito tempo lá fora no trampolim, bicicletas, patins (a minha filha mais velha faz patinagem), skate, o meu filho a jogar futebol... no verão na piscina. Dentro de casa, as meninas brincam com bonecas (e, sim, inventam brincadeiras, criam cidades inteiras de barbies em que cada família tem a sua vida, com a sua escola, com as suas profissões...), ele com pistas de carros, dinossauros, cria equipas de futebol imaginárias que treina (desenha e dá nome a todos os jogadores, desenha os equipamentos, as táticas) e por aí fora. Brincam com legos, jogos de cartas, monopolio, cluedo, jenga... Inventam brincadeiras parvas entre eles como andarem a correr atrás uns dos outros a tentar fazer os irmãos cair com rasteiras e empurrões. Sei lá, tanta coisa. É evidente que grande parte das brincadeiras acabam em discussões, choros, uns a bater nos outros, mas faz parte, não vejo isso como algo a evitar. São irmãos, chateiam-se e logo a seguir fazem as pazes, estranho seria se não acontecesse.
Claro que também gostam de ver tv (quem não gosta?), mas acaba por ser mais aquela actividade dos fins de semana de manhã enquanto eu e o pai ainda dormimos ou aquela série ao fim do dia com a minha filha mais velha depois dos pequenitos estarem na cama, e de jogar playstation (o meu filho gosta muito de fifa e todos adoram o singstar e jogos de carros) ou nintendo (minecraft). A mais velha já gosta do telemóvel e de trocar mensagens com as amigas. Tudo coisas que, com moderação, acho que podem e devem fazer parte. Só me preocuparia se, de facto, a maior parte do tempo fosse passada nisso e não o contrário. Uma coisa que aqui nunca houve foi tablets, faz-me muita confusão ver constantemente em restaurantes ou hotéis as crianças todas agarradas aos ecrãs para ser mais fácil tê-las à mesa. Acho que, grande parte das vezes, o motivo pelo qual não sabem brincar é precisamente porque nunca precisaram de o fazer por terem, por um lado, acesso excessivo a ecrãs desde bebés e, por outro, o tempo demasiado ocupado, seja por necessidade dos pais por causa do horário de trabalho, seja por haver a ideia de que têm de ter todas as tardes ocupadas com actividades extracurricular ou de que uma boa mãe tem sempre mil actividades planeadas para os filhos. Sempre defendi e continuarei a defender que é fundamental que tenham muito tempo livre, em casa, para se aborrecerem. É daí que surgem as brincadeiras.
Por aqui no topo da emoção também estará: chatear o irmão...PatríciaSFMartins escreveu:
MisaL escreveu:Obrigada, mas é dela. Olha, cada vez é menos criativa e mais adolescente 🤦
A pandemia foi o boom, tenho imensas saudades dessa fase, foi a melhor época de evolução e criatividade. O irmão era bebé, não dava grande trabalho, o pai não estava a trabalhar, eu estava em teletrabalho de manhã, ela entregue às tecnologias e de tarde era a loucura. Aprendeu a andar de patins e bicicleta, e foi para a natação mal desconfinou (é a loucura dela, muito mais do que a música), "escrevia" teatros, fazia cenários, montava hospitais, supermercados com caixas, inventava músicas, fazia telejornais com notícias inventadas por ela (metia sempre o coronavírus), reproduzia em fotografias (ela própria) cenas/passagens de livros, etc, etc. Depois foi para o 1o ciclo para o ensino artístico, andava no teatro já e passou a ligar menos às artes. Está muito mais desligada de tudo e muito pré adolescente, só ainda não se virou para o telemóvel, porque anda num colégio e ninguém tem. A única coisa que se entusiasma a estes níveis é inventar anedotas, piadas, aquelas coisa do "qual é o cúmulo de...". Na escola ainda brinca muito, o recreio "é pobre" (não tem nada mesmo) os intervalos são passados na terra e a inventar brincadeiras com pneus, no mundial brincavam às famílias dos jogadores, há dias dizia-me que tinha estado a brincar "às escolas israelitas"...nem sei ao certo do que se tratava, mas era encontrarem alguma solução para a guerra.
O irmão já não é nada assim. Tem 4 anos para ele é pistas de carros, puzzles e estar colado à mãe. Ela detesta estar em casa, ele não gosta de sair...há fins de semana muito difíceis 😄 Ela nunca ligou a puzzles e legos, mas adora tudo que acabe em sujeira e água, ele não gosta de "lixo", nem de se sujar, mas passa horas a fazer puzzles, etc.
A única ideia é uma pessoa aproveitar os interesses deles e ir explorando, mas eles só se vão fixar no que gostam por mais que façamos.
Os rapazes costumam ter interesses desportivos, os coletivos são bons para eles se envolverem e saírem de casa, fazerem muitos amigos, mas se ele não gostar, também não consegues muito.PatríciaSFMartins escreveu:
MisaL escreveu:A minha faz asneiras, quando não chateia o irmão 🤦
Vai fazer 9 anos(é menina), não gosta de jogos e há uns 2 anos (desde os confinamentos) que não vê vídeos/YouTube. Não está muito, muito tempo em casa, mas quando está e não tem companhia gosta de plasticinas, slimes, experiências científicas (as coisas tipo science for you), lavar e pentear cabelos de bonecas, faz teatros, concertos, toca flauta, anda de patins (sim, dentro de casa) e vê televisão (desenhos animados)...acho que é mais ou menos isso. Se conseguir estar com ela gosta de jogar cartas ou ver um filme.Isso é fantástico.
O meu mais velho passa o dia na TV quando está de ferias. Eu trabalho e quem fica com eles é a minha sogra que agora como tem o pequenino acaba por nem se chatear a mandar o Pedro lá para fora brincar. Eu fico triste claro mas não posso julgar a senhora, tratar de um bebé e com outra criança de 7anos em casa para os 65anos dela já me faz imenso.
Como cativas a tua menina a ser tão criativa nas brincadeiras? O Pedro tem imensa coisa e diz que não tem nada que goste mesmo de brincar quando eu chego a casa acaba-se a tv e ele fica chateado comigoPois, o problema é que ele farta-se demasiado rápido das brincadeiras.
Adora brincar as casas, andava sempre "armar" a tenda lá em casa e tinha sempre a sala virada do avesso. Comprei uma tenda de índio, delirou mas durou pouco tempo. agora já anda novamente a virar a sala de pantanas porque a tenda é pequena segundo ele.
Adorava puzzles, até os montava ao contrário (com a imagem para baixo) e ficavamos parvos com ele a fazer aquilo. comprei um de 300peças porque os de 50 e de 100 eram peanuts para ele, mas está lá encostado. Viu que era difícil encostou... Agora adora chatear o irmão que não gosta nada de apertos
Ah sim! Chatear os irmãos estará sempre no topo das preferências, mas acho que ninguém que tenha crescido com irmãos poderia esperar algo diferente para os filhos 🤭
Olá Vanessa,
Há uns tempos também coloquei aqui um tópico parecido.
Tenho um enteado de 11 anos (quase praticamente 12), e estava sempre a dizer ao meu marido que achava que ele passava muito tempo ao computador.
Uma vez fiquei em casa em teletrabalho, e como o meu enteado só tinha aulas à tarde, contei as horas... E nesse dia entre a manhã, e depois ao final do dia, foram 5h de computador....
Ele tem uma irmã mas já tem 16 anos e por isso já não brincam.
Uma das coisas que ajuda é que ele anda no futebol. Ocupa logo 3 tardes, das 18h30 às 20h ou 20h30, quando tem treino de guarda-redes. Aos Sábados de manhã são os jogos. Aos Domingos de manhã vamos à igreja e ele relaciona-se com os amigos que tem lá.
Estabelecemos que quando ele tem dias mais ocupados com a escola e depois o treino, que nesses dias ele fazia outras coisas e não ia ao computador (isto 2 dias por semana).
Nos restantes dias da semana, estaria no máximo 3h. Ao fim-de-semana e feriados está à vontade dele.
Como temos um campo de futebol ao pé de casa, também o incentivamos a ir jogar com os amigos, e ele vai sempre sem problema.
Agora estamos a pensar em dar-lhe uma bicicleta nos anos.
Mas não é fácil realmente ocupá-los porque agora parece que se não há computador, já não há mais nada.
E depois na escola dele, passam a vida a fazer greves, o que ainda dá mais tempo livre.
Fora isto, ou está na TV a ver vídeos no youtube (vai bater um bocado ao mesmo mas....), ou então lê livros (mas isto é muito raramente).
Também nos pede às vezes para jogar cartas depois de jantar.
Eu com concordo com a Ana Svenson quando diz que as crianças têm de ter oportunidade e tempo para se aborrecerem.
A minha filha vai alternando entre ecrãs e brincadeiras de todo o tipo. Há dias em que nem liga sequer o tablet nem um segundo, e outros em que acaba por lá passar mais tempo.
Neste momento anda a perseguir um dos gatos para lhe vender "pedras preciosas" 🤷🏻♀️ Montou um estaminé aqui na sala e é isto. Hoje até nem está muito mal em termos de desarrumação porque chegámos há pouco a casa.
Não tens oportunidade de marcarem play dates com amigos dele? Umas vezes brincam em vossa casa, outras vezes na casa do amigo. Por aqui é assim que funciona.
Na minha opinião, o problema dos ecrãs é relativo. Depende do que estejam a fazer. Há muitas formas de se usar os ecrãs que não seja apenas ver desenhos animados.
Aqui não há mesmo forma de escapar. Eles começam o dia na escola com ecrãs. A aula é dada num ecrã, já não existem quadros.
Durante a semana temos de treinar a leitura com auxílio de uma app.
Temos vários jogos com puzzles também no tablet.
A minha filha sai da escola às 14h e vai para a cama às 20h30. São 6 horas de tempo livre.
Por aqui não temos tablet. Nem para eles nem para nós. Os computadores são para trabalhar ao para algum trabalho da escola, da aula de TIC, não se usam para mais nada. Varias vezes ligo a tv para verem desenhos e eles olham dois minutos e vão fazer outra coisa, a não ser se estiver a chover aonfim de semana e vemos um filme em familia. O que eles mais fazem é brincar um com o outro, carros, casas de bonecos, fazem pistas com rampas pela sala com os livros das estantes, fazem dramatizações com os bonecos da lego ou animais, jogam à bola na varanda. Sozinho o mais velho gosta dos carrinhos e o mais novo de puzzles, legos, desenhar e folhear livros. Isto quando estão em casa, porque vão sempre ao parque depois da escola mesmo que esteja a chuviscar vão com as galochas, gostam de descer o escorrega com um saco debaixo do rabo para escorregar mais rapido 😁 por aqui adoramos o parque e é muito raro o dia que não vamos. Eles encontram sempre algum amigo se não brincam um com o outro ou anda cada um para seu lado a brincar com paus e terra. De bicicleta ao trotinete andam todas as semanas, ao fim de semana em passeio, durante a semana às vezes para ir para a escola gostam de ir a pedalar. Muitas vezs temos de ver o que eles gostam para podermos dar mais alternativas aos ecrans.
O meu sobrinho de 10 anos praticamente já não brinca. Treina futebol e tem os jogos, faz natação, anda de bicicleta, lê, vê filmes,jogos de futebol, gosta de fazer exercícios de matemática e inglês. Gosta de levar um amigo ou outro a casa... e sim, joga um pouco também.
A minha filha como é mais pequena tudo serve para brincar.
Na minha opinião, o problema dos ecrãs é relativo. Depende do que estejam a fazer. Há muitas formas de se usar os ecrãs que não seja apenas ver desenhos animados.
Aqui não há mesmo forma de escapar. Eles começam o dia na escola com ecrãs. A aula é dada num ecrã, já não existem quadros.
Durante a semana temos de treinar a leitura com auxílio de uma app.
Temos vários jogos com puzzles também no tablet.
A minha filha sai da escola às 14h e vai para a cama às 20h30. São 6 horas de tempo livre.
Concordo com isto, os meus também usam ecrãs na escola (inclusivamente os tais tablets que nunca tiveram em casa) e nem sequer têm propriamente regras específicas quanto ao tempo que podem jogar nos aparelhos electrónicos de casa. Há e acredito que deve haver um equilíbrio em que exista tempo para tudo. Mas a realidade que descreve (e mesmo a realidade dos meus que têm a sorte de nunca terem precisado de passar mais horas do que o necessário na escola) é muito diferente da da criança média em Portugal. Grande parte das crianças está das 8 ou 9h às 18 ou 19h na escola/atl/centro de estudos porque os horários dos pais não permitem que seja de outra forma. Outras nem precisariam mas está enraizada a cultura das mil actividades extracurriculares. Sobra muito muito pouco tempo livre para efectivamente brincarem e, lá está, terem tempo para se aborrecer e arranjar soluções para isso, que vão para além do mais fácil e imediato que é pegar no tablet e ver vídeos ou ligar a tv. E acho mesmo que, nesses muitos casos, é preciso que exista um trabalho por parte dos pais para criar essas condições.
Tenho 4 filhos,de 15,9,7 e 2 anos. Basicamente o que fazem é desarrumar a casa,lembrar se que querem qualquer coisa que já não usam há anos, pegarem uns com os outros, a de 7 como é a única menina por vezes obriga os irmãos a brincarem aos cabeleireiros e maquiagens. Andam de bicicleta,trotineta,saltam no trampolim e caem e discutem e chamam por mim 🥴🥴
Nenhum deles liga a telemóvel, TV. O meu mais velho chama a essas coisas "estupidificadores". Para ele o telemóvel é para trabalhos da escola,ler e-mails e comunicar,mas mais de 5min já não. Às vezes quase tenho que os obrigar a ver um filme a ver se acalmam.
Eu com concordo com a Ana Svenson quando diz que as crianças têm de ter oportunidade e tempo para se aborrecerem.
A minha filha vai alternando entre ecrãs e brincadeiras de todo o tipo. Há dias em que nem liga sequer o tablet nem um segundo, e outros em que acaba por lá passar mais tempo.
Neste momento anda a perseguir um dos gatos para lhe vender "pedras preciosas" 🤷🏻♀️ Montou um estaminé aqui na sala e é isto. Hoje até nem está muito mal em termos de desarrumação porque chegámos há pouco a casa.
Não tens oportunidade de marcarem play dates com amigos dele? Umas vezes brincam em vossa casa, outras vezes na casa do amigo. Por aqui é assim que funciona.
Curioso,a minha filha tem 7 anos e também persegue o gato e o irmão de 2 anos para lhe vender pedras preciosas... Pensei que tivesse sido alguma invenção,mas agora vendo o seu comentário,será alguma coisa da moda,ou que elas tenham visto no YouTube e afins (a minha não liga muito mas as vezes lá vê qualquer coisa)?
Até aos 7 anos brincava muito com tudo. no ano passado já mudou bastante e este ano praticamente que não brinca com nada. Ele faz natação duas vezes por semana e nesses dias o tempo que sobra é pouco, acaba por ver um pouco de tv e mais nada. Nos outros três dias, depois do banho, trabalhos de casa e afins, a unica coisa que quer fazer é jogar. Mas não é o jogar que me incomoda, é o quão "agarrado" ao jogo que ele fica. mesmo a conversar comigo, está sempre a falar no mesmo jogo. Já lhe falei sobre isso. a resposta que ele me deu foi que não há mal nenhum em falar muito numa coisa que se gosta muito, Calou-me!
Visto assim não me parece nada de mal. O pessoal adulto também fica agarrado às séries e se for preciso dormem 3hs numa noite, coisa que nunca entendi.
Depois de um dia de escola, lanche, trabalhos de casa, banho, etc, não lhe há-de sobrar muito tempo, se é o pouco tempo livre que tem... não me parece nada especial que o ocupe como gosta.
A mim faz-me confusão é quando deixam "de existir" para jogar, não querem comer, dormem mal, não querem ir às atividades, jogam online com desconhecidos, não querem estar com os amigos, etc. Se lhe resta um tempinho livre e gosta de jogar acho mais ou menos igual a querer saltar à corda ou jogar às cartas.
Até aos 7 anos brincava muito com tudo. no ano passado já mudou bastante e este ano praticamente que não brinca com nada. Ele faz natação duas vezes por semana e nesses dias o tempo que sobra é pouco, acaba por ver um pouco de tv e mais nada. Nos outros três dias, depois do banho, trabalhos de casa e afins, a unica coisa que quer fazer é jogar. Mas não é o jogar que me incomoda, é o quão "agarrado" ao jogo que ele fica. mesmo a conversar comigo, está sempre a falar no mesmo jogo. Já lhe falei sobre isso. a resposta que ele me deu foi que não há mal nenhum em falar muito numa coisa que se gosta muito, Calou-me!
Sansa escreveu:Eu com concordo com a Ana Svenson quando diz que as crianças têm de ter oportunidade e tempo para se aborrecerem.
A minha filha vai alternando entre ecrãs e brincadeiras de todo o tipo. Há dias em que nem liga sequer o tablet nem um segundo, e outros em que acaba por lá passar mais tempo.
Neste momento anda a perseguir um dos gatos para lhe vender "pedras preciosas" 🤷🏻♀️ Montou um estaminé aqui na sala e é isto. Hoje até nem está muito mal em termos de desarrumação porque chegámos há pouco a casa.
Não tens oportunidade de marcarem play dates com amigos dele? Umas vezes brincam em vossa casa, outras vezes na casa do amigo. Por aqui é assim que funciona.Curioso,a minha filha tem 7 anos e também persegue o gato e o irmão de 2 anos para lhe vender pedras preciosas... Pensei que tivesse sido alguma invenção,mas agora vendo o seu comentário,será alguma coisa da moda,ou que elas tenham visto no YouTube e afins (a minha não liga muito mas as vezes lá vê qualquer coisa)?
O meu namorado trouxe-lhe um saco cheio de bugigangas que ela enfiou nos buracos de um pop-it gigante a servir de expositor.
A miúda gosta de Minecraft e portanto não me admira que lhe tenha servido de inspiração.
Eu não acho que os ecrãs sejam inerentemente estupificadores, e a experiência aqui em casa prova o contrário. Se tanto a minha filha inspira-se no que vê, tira ideias para brincar. Quantas vezes não está a ver algo e de repente vai buscar tralha para imitar o que viu, ou vai desenhar o que acabou de ver, etc. Inventa brincadeiras que reproduzem o que vê, adicionando sempre elementos que ela própria inventa e cria.
E quando acha que está a "streaming" e começa a narrar o que está a fazer, eu até acho que é uma influência positiva, pois encoraja-a a falar e a desenvolver a capacidade de narrar eventos e contar histórias.
Até vou deixar uma foto do estaminé que ela montou.
Até aos 7 anos brincava muito com tudo. no ano passado já mudou bastante e este ano praticamente que não brinca com nada. Ele faz natação duas vezes por semana e nesses dias o tempo que sobra é pouco, acaba por ver um pouco de tv e mais nada. Nos outros três dias, depois do banho, trabalhos de casa e afins, a unica coisa que quer fazer é jogar. Mas não é o jogar que me incomoda, é o quão "agarrado" ao jogo que ele fica. mesmo a conversar comigo, está sempre a falar no mesmo jogo. Já lhe falei sobre isso. a resposta que ele me deu foi que não há mal nenhum em falar muito numa coisa que se gosta muito, Calou-me!
E tem razão 🤷🏻♀️ Se é um hobby que o entusiasma, é normal que queira partilhar com os outros.
Eu também jogo. Tenho 43 anos e continuo a jogar WoW. Gosto de me conectar com vários jogadores e formar um grupo para ultrapassar diferentes desafios, progredindo no grau de dificuldade.
Os jogos também têm vantagens. Não são apenas os puzzles físicos que têm valor. Pensa no tipo de processos mentais necessários para suceder nos diferentes desafios que o jogo apresenta. O teu filho não vai emburrecer por jogar no PC, pelo contrário, vai desenvolver muitas capacidades pelo simples facto de ter de pensar em formas de suceder no jogo.
E se lhe sobra pouco tempo, porque o restante tempo é ocupado com actividades que não incluem ecrãs, não vejo que tenhas que te preocupar muito com o tempo que passa no PC.
Por vezes, quando a minha tem um dia mais desafiante, ou ocupado, o que ela gosta de fazer é ter um tempinho para não ter de pensar em nada ou inventar nada. Apenas dar descanso ao cérebro. Palavras dela. Ainda não há muito tempo, tinha os meus 3 vizinhos cá em casa. Parece o circo (um circo muito barulhento) às vezes. A dada altura a minha filha foi buscar o tablet, e eu perguntei-lhe porquê (visto que tem os amigos em casa e vai isolar-se a olhar para o tablet). Respondeu-me que ia ser do um bocadinho porque sentia o cérebro demasiado cansado e precisava de o descansar para brincar mais um pouco. É a forma dela recarregar e não há mal nenhum pois ela não vive a vida dela somente a olhar para ecrãs.
É importante conhecer o contexto, pelo que descreve não me parece nada de mal. Eles por essa idade deuxam de gostar de brincar e começam a ter outros interesses, que a maioria das vezes não inclui os que nos desejavamos que eles tivessem. Na minha infância e juventude também jogava bastante, o meu marido também, e já chegamos a comentar que agora andamos sempre em cima dis miudos, mas nós chegavamos a passar tardadas a jogar sem ninguém nos dizer nada 😀
Até aos 7 anos brincava muito com tudo. no ano passado já mudou bastante e este ano praticamente que não brinca com nada. Ele faz natação duas vezes por semana e nesses dias o tempo que sobra é pouco, acaba por ver um pouco de tv e mais nada. Nos outros três dias, depois do banho, trabalhos de casa e afins, a unica coisa que quer fazer é jogar. Mas não é o jogar que me incomoda, é o quão "agarrado" ao jogo que ele fica. mesmo a conversar comigo, está sempre a falar no mesmo jogo. Já lhe falei sobre isso. a resposta que ele me deu foi que não há mal nenhum em falar muito numa coisa que se gosta muito, Calou-me!
Talvez a incomode por serem jogos de computador e haver alguma critica associada (estou a supor, não sei). Na verdade não vejo assim nada de mal no que descreve, parece tudo equilibrado.
Eu tenho um sótão amplo ao longo da casa e fizemos dele um espaço para descomprimir, tem uma máquina de flippers antiga restaurada, setas, PS, PC, TV. A minha filha vai lá jogar flippers e adora, se tiver companhia então é uma diversão pegada. Quando encaramos as coisas com equilíbrio e sem grandes proibições reflete-se igualmente num comportamento adequado.
Eu nunca gostei de jogos, nem de TV, também não tinha tempo, mas o meu marido gostava. Ainda há dias lhe dizia: ele que gostava é muito mais crítico do que eu.
Eu não venero, nem uma coisa, nem outra. O único problema é que há atividades que viciam mais facilmente, mas se isso não acontecer... é como outra qualquer.
É importante conhecer o contexto, pelo que descreve não me parece nada de mal. Eles por essa idade deuxam de gostar de brincar e começam a ter outros interesses, que a maioria das vezes não inclui os que nos desejavamos que eles tivessem. Na minha infância e juventude também jogava bastante, o meu marido também, e já chegamos a comentar que agora andamos sempre em cima dis miudos, mas nós chegavamos a passar tardadas a jogar sem ninguém nos dizer nada 😀
Eu nunca gostei de jogos, nem de TV, também não tinha tempo, mas o meu marido gostava. Ainda há dias lhe dizia: ele que gostava é muito mais crítico do que eu.
Eu não venero, nem uma coisa, nem outra. O único problema é que há atividades que viciam mais facilmente, mas se isso não acontecer... é como outra qualquer.carlaper escreveu:É importante conhecer o contexto, pelo que descreve não me parece nada de mal. Eles por essa idade deuxam de gostar de brincar e começam a ter outros interesses, que a maioria das vezes não inclui os que nos desejavamos que eles tivessem. Na minha infância e juventude também jogava bastante, o meu marido também, e já chegamos a comentar que agora andamos sempre em cima dis miudos, mas nós chegavamos a passar tardadas a jogar sem ninguém nos dizer nada 😀
Eu sou mais rigida com o tempo. Se acho que já estão a abusar costumo ser muito chatinha

No enranto não me faz confusão que usem no restaurante , por ex. porque sei que para eles é seca estarem à espera. Entre estarem entretidos no telemóvel ou noutra coisa qualquer, para mim é igual.
No dia a dia tento sempre equilibrar, com o mais novo é fácil, porque ele gosta de fazer qualquer coisa, com a mais velha é mais difícil já se sabe.
Por aqui, filha única com 8 anos. Geralmente chega da escola e tem cerca de 1h30 para trabalhos de casa (duram 5 minutos no máximo) e brincar. Não tem telemóvel (nem acesso aos nossos) nem joga em computadores. Vídeos na tablet e televisão geralmente apenas ao fim de semana. Custa-me que naquela hora e meia perca tempo a ver televisão quando pode estar a brincar. Brinca com bonecas, inventa mil e uma histórias, gosta de jogos de sociedade connosco, desarruma a casa (e o quão espantoso é o quanto conseguem desarrumar em tão pouco tempo 🙈?). Tem apenas uma actividade extracurricular uma vez por semana exactamente pelo que disseram acima: acho que ela precisa de tempo para brincar em casa.
Também há amigas a viver perto e às vezes ainda vai para casa delas ou vêm elas para aqui.
Sinto que há brincadeiras que já não a seduzem tanto e acredito que nos próximos anos deixe mesmo de brincar, mas acho que o truque é ir percebendo e propondo outras actividades. Agora acha mais piada a jogos de sociedade, ou põe música e dança (ou dançamos todos), ajuda a fazer o jantar, finjo que trabalhamos num hotel e vamos trocar os lençóis da cama e pôr roupa a lavar….Também concordo que é preciso que se aborreçam para puxarem pela imaginação.