Como lidar com familiares/amigos que não pensam antes de agir? | De Mãe para Mãe

Como lidar com familiares/amigos que não pensam antes de agir?

Responda
23 mensagens
Danb -
Offline
Desde 11 Nov 2015

Boa noite mamãs..

Este tema é comum a todas e até agora, nunca tive de me chatear com nada vindo de pessoas de "fora".. mas hoje deu direito a uma valente discussão cá em casa Triste

Já na altura da gravidez eu e o namorido combinamos que eu tratava da minha família e das pessoas do meu lado, e ele da família dele e das pessoas do lado dele.. e eu faço isso.. agora é assim, ele tem muitos mais familiares e amigos do que eu portanto tem de lidar com mais pessoas..
eu estou sempre mas sempre em "cima" da minha família e amigas em tudo o que envolve o bebé.. se vejo a fumar um cigarro, ou a mexer em dinheiro, ou a mexer no cão, etc etc eu digo logo para lavarem as mãos antes de mexerem no bebé e não admito e nunca admiti que ninguém da minha parte me dissesse o que fazer e como fazer em relação ao miúdo..o namorido não tem tido jeito nenhum para tratar dos familiares e amigos dele.. obviamente a grande maioria dos amigos não me incomodam pq pensam antes de agir, principalmente o padrinho.. o padrinho "defende-me" mais do que o namorido quando alguém critica..
Há dias foi a sobrinha dele que, no café andava a servir à mesa e a receber dinheiro e dar troco e depois ia mexer nas mãos do meu B.. eu nada disse... Depois na casa da irmã é ouvir coisas como "não pegues no menino assim" (quando ele tem gases pegamos de uma certa maneira para ajudar a libertar os gases, com as costas dele contra a nossa barriga e a segurar as perninhas juntinhas à barriga) e eu nada disse.. hoje foi a gota de água.. estávamos na casa do padrinho e a mãe dele apareceu enquanto eu dava papa e fruta.. ela entrou com um cigarro na mão e toda feliz para ver o bebé.. o namorido pediu lhe para lavar as mãos se ela quisesse mexer no miúdo.. o sorriso acabou logo e choveram críticas do género: "isto hoje em dia é só mariquices.. os bebés têm de ganhar defesas.. no meu tempo ninguém tinha essas mariquices e os moços eram criados" e o namorido em vez de lhe explicar ou então não responder foi lhe dar razão!!! e eu irritei-me e tentei explicar lhe que o sistema imunitário dos bebés é inexistente até aos 6 meses de idade e que existem cuidados a ter.. ela nem me deixou falar, interrompeu me e continuou com a mesma conversa.. foi o filho dela que se virou e disse lhe "então mas tens de estar a criticar a maneira que as pessoas criam o filho?? o filho é teu?? o filho é dela e ela cria como quer!" e ela assim "mas eu já criei dois meus e muitos outros que não eram meus.. sei bem como criá-los!"... eu calei me a partir daí e continuei a dar a papa.. como o meu B não vai muito À bola com a fruta e faz cara feia ela sempre ali e a dizer "ah coitadinho ele não quer mais.. não forces que ele vomita isso tudo.. vai por mim, pára já de lhe dar a fruta!" e depois também criticou a maneira que o arrotei..
eu nada disse sobre este assunto ao namorido e quando chegamos a casa ele puxou o assunto e eu disse o que pensava e ele zangou-se.. acha que faço filmes enormes.. que as pessoas podem opinar e que eu não tenho que levar nada a mal, que não posso pensar que vou mudar a mentalidade de pessoas mais velhas que já foram mães e que estou a exagerar etc etc.. foi ao ponto de me dizer que dia 25 não vamos à casa da família pq vai estar muita gente e que ele não está para alguém dizer ou fazer algo que eu não goste para não me ver irritada para não estragar o dia!! fiquei fula com ele.. eu posso me irritar sim, mas jamais eu mostro às pessoas da parte dele, comento é mais tarde com ele..

estava a precisar de desabafar isto.. porra eu é que sou a mãe, portanto as pessoas é que têm de respeitar o que eu quero e como eu quero!!
ah e para acrescentar à situação de hoje, a senhora foi durante muitos anos ama, e nós estávamos a pensar em deixar o B com ela enquanto não arranjar creche.. depois de hoje?? não vou conseguir confiar.. como vou saber se ela vai fazer as coisas com o meu B à "minha maneira" quando ela acha que são mariquices???

ClaraMiguel -
Offline
Desde 03 Nov 2013

Eu acho que haverá sempre pessoas que não vão perceber a maneira como queremos cuidar e educar os nossos filhos porque de facto educaram ou vão educar segundo outras regras e cuidados. E de facto é preciso, sendo importante para nós, que sejamos respeitados naquilo que queremos.

Neste caso, parece-me essencial que mãe e pai estejam bem de acordo naquilo que é importante para o filho de ambos, de forma que ambos se façam respeitar. O seu marido claramente não acha necessário todos esses cuidados e por isso a primeira conversa tem de vir de vocês. Ele, como pai, pode achar que você como mãe está a exagerar e você como mãe pode achar que ele como pai não está a ter cuidados suficientes. E nenhum de vocês tem mais razão só porque é mãe ou pai. Têm é de se entender os dois. Chegar a um consenso, nem que para isso ele seja mais rígido do que acha necessário e você abra mão de alguns cuidados que tem.

Nós também temos essa regra de que cada um lida com a própria família mas isso não significa que fiquemos calados esperando que o outro nos defenda. Se a minha sogra estiver a incomodar-me enquanto dou a fruta, não espero que seja o meu marido a levantar-se e a dizer qualquer coisa. Eu, como mãe, educadamente posso dizer que "Ele faz cara feia mas come e nunca se sentiu mal". Se ela insistir e se tornar chata, sendo necessário uma voz mais firme, o marido pode e deve chegar-se à frente. Mas geralmente ignorar acaba por resultar.

Até porque o seu marido tem razão numa coisa: vai haver sempre pessoas a opinar. Algumas até com boa intenção porque era assim que se fazia no tempo delas, mesmo que nos estejam a dar conselhos completamente atrozes e primitivos. E realmente se fica irritada porque os outros opinam, mais vale evitar estar com pessoas. Deixe-os opinar e faça as coisas como quer. O que interessa o que dizem, se não concorda?

Em relação a ficar com a avó...O meu caso é semelhante. Uma avó muito disponível a querer ficar com a neta todos os dias, nós pais a pensar até que seria uma boa ideia até percebermos que a senhora tinha a mesma mentalidade "Eu já criei 2, eu é que sei". Recusava-se simplesmente a seguir as nossas indicações (nas coisas mais básicas porque noutras nós até fechávamos os olhos e assumíamos que em casa da avó haveria regras quebradas). Tivemos de optar por não a deixar lá frequentemente como planeado, ficando apenas por curtos períodos esporadicamente, e mesmo assim depois de umas boas conversas para que pelo menos nas coisas básicas ela fizesse como queríamos.

Marina4 -
Offline
Desde 15 Maio 2016

Boa sorte, não se enervem só por causa do que os outros dizem . Mas estão assim tantas vezes com a família? Eu gosto muito do meu espaço e limito visitas e convívio frequentes, mas quando estamos juntos eu armo me de paciência .
As nossas crianças pertencem a uma família, felizmente, não são a nossa" posse", tem de haver respeito dos dois lados.
Por acaso aos quatro meses acho que já não se justifica tanto cuidado com as mãos lavadas. achas necessário até quando?
O mais chato é isso do dia 25.

Danb -
Offline
Desde 11 Nov 2015

O problema é que antes de estarmos nestas situações estamos os dois de acordo.. já falamos várias vezes sobre isso e quando não tem de agir ele concorda comigo mas quando é necessário que ele faça algo ele não faz.. ele espera que eu tome conta da minha família, coisa que faço.. claro que houve uma vez que eu não estive presente e os meus pais erraram (tinham o bebé ao colo e quando o namorido pediu recusaram-se), mas eu não deixei passar.. eu falei e disse que quando eu ou o pai pedir o bebé, eles tem de se limitar a dar e não recusar..

eu sei que toda gente opina, mas isso não é o "problema" para mim.. o problema e o que me irrita é quando tentam dizer como devo de fazer as coisas.. é diferente dizer como era na altura delas e dizer "faz assim ou assado" ou "não faças isso, não dês isso assim; não segures assim"..

a outra coisa que mais me irrita é o não lavar as mãos e a mexer nas mãos do miúdo, que tem SEMPRE as mãos na boca.. acho que é apenas senso comum ou estou errada nisso? vou andar a fumar e a mexer em animais e depois mexer nas mãos de um bebé? ou vou andar com uma constipação, espirrar para as mãos e, sem lavar, mexer nas mãos de um bebé? epá a mim não me cabe na cabeça..

Quanto ao ficar com ela, não consigo.. hoje a falar das papas e fruta ela a contar o que dava de comer aos filhos com 3 meses e só pensei: "M E D O".. e ela ainda me disse que naquela altura não havia leite em pó?? what?? o filho dela tem a minha idade e a minha mãe começou me a dar suplemento com 1 mês de vida..

Danb -
Offline
Desde 11 Nov 2015

Marina4 escreveu:
Boa sorte, não se enervem só por causa do que os outros dizem . Mas estão assim tantas vezes com a família? Eu gosto muito do meu espaço e limito visitas e convívio frequentes, mas quando estamos juntos eu armo me de paciência .
As nossas crianças pertencem a uma família, felizmente, não são a nossa" posse", tem de haver respeito dos dois lados.
Por acaso aos quatro meses acho que já não se justifica tanto cuidado com as mãos lavadas. achas necessário até quando?
O mais chato é isso do dia 25.

Todas as semanas.. e como nos vamos mudar para mais perto deles vai ser mais frequente..
claro que não são nossa posse, mas acho que qualquer mãe e pai quer criar os filhos à sua maneira e não da maneira de toda a família, pelo menos é assim que eu penso..

epá, eu acho necessário.. aos poucos há coisas que vou tendo menos cuidados, mas ele tem dentes a nascer e não estou a exagerar quando digo que ele tem sempre as mãos na boca.. não quer chucha, não quer mordedores, nada.. joga tudo fora e põe as mãos.. e não estou a dizer para lavarem as mãos depois de cada coisa que mexem.. mas depois de fumar, mexerem em animais e depois de tossirem/espirrarem para as mãos não acho que seja um exagero lavar as mãos.. eu também o faço

ClaraMiguel -
Offline
Desde 03 Nov 2013

Quando disse "opinar" referia-me mesmo a essas situações de "faz assim e assado". Ignore. Finja que nem ouviu. Ou diga "não obrigado" e depois ignore. Eles acabarão por se cansar. Sorriso
E brevemente também começarão com as comparações "Ainda não anda?", "Ainda não tem dentes?", "Ainda não diz mamã?". Não se irrite, não vale de nada. As pessoas fazem isto desde sempre e não é a Danb que vai conseguir mudar a mentalidade da maior parte das pessoas. Tem de aprender a conviver com isso e a ignorar. Sorriso

Bom, a minha mãe também me deu sopas e papas aos 3 meses, coisa que agora não se faz mas que na altura era o indicado pelos médicos. Mesmo nós fazemos e damos agora coisas que quando os nossos filhos forem pais se vai saber que afinal não era o melhor. As coisas mudam e elas fizeram o melhor que sabiam. Sorriso
Agora têm é de respeitar as nossas decisões. A minha sogra decidiu dar mousse de chocolate à nossa filha quando ela tinha 5 meses, mesmo sabendo que não queríamos que ela comesse doces no seu 1° ano de vida. Tivemos de ralhar com ela e de nada lhe valeu o argumento que tinha feito o mesmo aos filhos e nenhum morreu. Ainda bem, foi uma óptima mãe e já teve a sua vez de tomar decisões, agora somos nós. Há situações em que temos mesmo de nos impor. E aqui entre nós, há situações (e esta da alimentação foi uma delas) em que levam mais a sério as noras do que os filhos. O meu marido bem lhe chamava a atenção para não dar nada à neta e ela não ligava. Quando eu tive uma conversa séria, acalmou.

Benimamy -
Offline
Desde 21 Mar 2016

Pois é Danb
Todas nós passamos por estas situações, umas com os sogros, outras com os pais, outras com amigos e no meu caso com o cunhado....
Eu optei por ignorar e foi o melhor que fiz... claro que quando tentam opinar faço cara feia e continuo a fazer como estava a fazer, se insistir em continuar a opinar limito-me a dizer que a mãe sou eu e a minha filha eu educo como quero...
É o melhor que temos a fazer, ignorar
Óbvio que se tratar de coisas mais graves, como por exemplo dar comida com a qual não concordo aí terá que haver um conversa séria, mas tirando isso vou ignorando que é o melhor
Para ter uma ideia, segundo o meu cunhado eu não sabia amamentar (como se ele algum dia o tivesse feito), a verdade é que a minha princesa tem 7 meses, até aos 6 foi só LM e está perfeitamente saudável e sempre cresceu de acordo com o percentil com que nasceu
Não ligue e verá que vai ser muito mais feliz
Ah, eu também não deixo que mexam nas mãos dela sem as lavarem primeiro depois de fumar, mexer em animais ou no balde do lixo, precisamente porque leva as mãos à boca e tenho receio. Quando ela começar a meter as mãos na terra e depois levá-las a boca terá muito tempo para ganhar essas imunidades

Sobre Benimamy

A minha princesa chegará em breve .... Sorriso Sorriso Sorriso
Já és tão amada meu amor
Sorriso Sorriso Sorriso Sorriso

chiclete -
Offline
Desde 23 Jan 2016

Eu também sigo a politica que a familia do meu marido trata ele, a menos que me digam coisas diretamente! A minha sogra está sempre no opinanço e eu só lhe respondo que ela teve a oportunidade dela 3 vezes e não lhe dou mais conversa.

Pessoalmente não espero que andem sempre a lavar as mãos para lidar com o meu bebé mas por outro lado nunca o deixaria aos cuidados de alguém que fumasse o que também será um exagero para outras mamãs.

Dito isto quando tomo conta de filhos de outras pessoas faço o que me pedem, ache eu exagero ou não, pode ser que seja o caso da outra senhora. No caso da minha sogra ela ofereceu-se para timar conta do miudo mas eu não o vou deixar com ela porque até o marido me diz que ela vai fazer o que lhe apetecer.

Danb -
Offline
Desde 11 Nov 2015

é que nem foi uma questão de dar papas ou sopa aos 3 meses.. e eu não quero mudar a mentalidade de ninguém ou fazer lhes pensar que a maneira que fizeram na altura delas estava errado.. apenas quero é que me respeitem como mãe e que as decisões em relação ao meu filho sou eu e o pai que tomamos.. quer seja na higiene quer seja na alimentação..
a irmã dele também me mete "medo" pq ninguém lhe pode dizer nada.. já assisti a discussões entre ela e a própria filha por causa da neta.. a filha estava a trabalhar e ia buscar a miúda com 2 anos à da mãe para depois irem para casa jantar.. a avó (a minha cunhada) fartou-se de dar chouriça assada e bolos à miúda e quando a mãe chegou e disse lhe que iam para casa jantar a miúda disse lhe "eu não tenho fome mãe. comi muito aqui".. quando ela descobriu o que tinham dado à miuda passou-se (e com razão na minha opinião) por terem enchido a miúda de porcaria antes do jantar, e que na alimentação da filha mandava ela, etc etc..

epá eu não espero que a cada coisa que mexam que lavem as mãos antes de pegar no menino, mas pelo menos pensar primeiro.. acabar de fumar um cigarro dá direito a lavar as mãos, tal como as outras situações que mencionei... o tabaco nem é uma questão de "ganhar defesas" como já me disseram.. são substâncias tóxicas que depois o bebé leva à boca.. moedas estão carregadas de bactérias e sujidade.. espirrar ou tossir para a mão quando estamos com alguma doença (constipação, gripe, amigdalite, etc) pode transmitir essa doença ao bebé quando é escusado.. quando for para a creche tem muiiiiiito tempo para apanhar tudo dos outros meninos e ganhar defesas.. tudo a seu tempo.. não é por ele "precisar de ganhar defesas" que eu agora vou expô-lo a tudo e mais alguma coisa, para ele começar a ficar doentinho para criar imunidades.. ainda é muito pequeno.. a pediatra explicou me que antes dos 6 meses é fundamental evitar ao máximo pq o sistema imunitário deles só começa a trabalhar sozinho a partir dos 6 meses..

Lillith -
Offline
Desde 18 Maio 2010

E depois queixam-se que não estão com os netos. Respeitar a vontade dos pais, está quieto, pelo contrário, tentam primeiro de modo suave impingir as vontades deles aos filhos e noras/filhas e genros. Quando vêm que não ligamos, começam as indirectas. A seguir às indirectas vêm as discussões. E quando os filhos/filhas são uns bananas e acabam por achar que a esposa/marido é que devia ser mais tolerante, descamba pela certa.
Eu, se estiver à espera que o meu marido imponha limites à família dele, mais vale fazê-lo deitada e com reserva de mantimentos. Tenho mesmo que ser eu. Sou sempre a má da fita, mas já estou habituada. Felizmente nem toda a gente nos deixa os cabelos em pé, mas em todas as famílias há "personagens" que mais parecem retiradas de um filme, sejam sogros, pais, cunhados, aquela prima que só se vê quando o rei faz anos e é uma dor de cabeça...
O segredo para lidar com isto? Não há. No meu caso vou reagindo às situações conforme a paciência (cada vez menor, confesso, já lá vão 7 meses depois de ele nascer, a acumular aos de gravidez em que já a mesma coisa). Acredito que a esta altura do campeonato algumas pessoas já estejam comigo pelos cabelos, mas é recíproco, se pudesse também só as voltava a ver no natal do próximo ano. Mas uma coisa é certa, esteja eu certa ou errada não admito que queiram mandar no meu filho mais do que eu (e o pai, claro). Por isso questões como alimentação eu não cedo, educação eu não cedo, andar de colo em colo mesmo que chore porque tem que se habituar, não cedo, acordarem o bebé não cedo... Não gostam? Azar! Mesmo o marido tem ficado algumas vezes chateado, mas nem ele muda isso, afinal quando o bebé começa aos gritos, a quem o entregam? À mãe não é?
É ridículo que se tenha um filho para depois parecer que andamos a dar uma cambalhota com a família toda para o fazer, já que todos se acham alguém para saber ou mandar mais do que nós.
O bom da coisa é que a criança cresce e melhora, deixa de ter interesse para mais de metade das pessoas, e às outras a euforia vai acalmando. Piscar o olho

Sobre Lillith

http://www.stuffnperfumes.com/
Testes de gravidez e ovulação, perfumes, cosméticos...

Danb -
Offline
Desde 11 Nov 2015

não podia concordar mais consigo!! é que desde que engravidei até agora tou farta de ouvir coisas.. ou era pq comia muito, ou era pq não tinha comido muito e o bebé precisava, se tinha borbulhas era pq era menina (apesar de eu dizer que era menino pq fiz um exame de sexo fetal, diziam-me que isso estava errado), se eu engordei num mês foi pq engordei e tenho de ter cuidado com o que como, se não engordei é pq estou a ser irresponsável pq preciso de ganhar peso por causa do bebé (??), se era pq não comia carne mal passada ou saladas fora de casa era pq estava a ser mariquinhas e o meu médico estava a dramatizar.. epá o bebé chega e uma pessoa já não tem a mesma paciência.. sou eu que sustento o meu filho (e o pai claro), sou eu que passei muitas noites sem dormir pq ele não queria dormir, sou eu que acordo todas as noites e que desde que nasceu só tive uma noite inteira de sono, portanto é normal (pelo menos na minha cabeça) que eu mande e os outros respeitem!!
eu já fiquei a cuidar do meu sobrinho quando tinha 10 meses durante um mês inteiro pq a minha irma estava a trabalhar no estrangeiro e não tinha ninguém para ficar com ele, e fazia tudo tudo tudo como ela dizia.. às vezes até lhe ligava para saber se podia fazer isto ou aquilo (como levá-lo à praia comigo no final da tarde).. achando exagero ou não, fiz tudo como ela mandou.. não queria que adormecesse ao colo embalado pq ele sabia adormecer sozinho e fiz tudo como ela disse por respeito.. o filho era (e é) dela, e quem sabe melhor que eu era ela..

e nisto tudo há a situação do dia 25.. dia 24 vamos jantar com os meus pais e supostamente dia 25 íamos ter com a família dele.. mas eu já me decidi.. não estou para ouvir que vou estragar o dia caso oiça algo ou que façam algo que não goste.. ele se quiser que leve o menino e vá lá passar a tarde com a família dele sem medo que eu vá "estragar" o dia.. mas depois que o aguente quando as histéricas das irmãs puserem o bebé a chorar (sim o meu B é muiiiiito sensível e chora quando há muita excitação de roda dele)..

Lillith -
Offline
Desde 18 Maio 2010

Bem, se tens coragem de o deixar ir sozinho... Eu não deixo! se na minha frente é o que é, nas minhas costas havia de ser bonito! Já bebia um suminho e provava um copinho de vinho! Vinha de lá, no mínimo, a saber beber por palhinha!
Gostem ou não, o meu filho leva atrelado, a mãe!
Quando crescer mais um bocadinho é outra conversa, mas com 7 meses nem pensar! Nem o pai o cala, quanto mais...

Sobre Lillith

http://www.stuffnperfumes.com/
Testes de gravidez e ovulação, perfumes, cosméticos...

Danb -
Offline
Desde 11 Nov 2015

obviamente que penso nisso.. mas eu não vou impedir o menino de estar com a família dele e não vou com a pressão de "estragar o dia".. mas eu sei que isso não vai acontecer pq eu conheço o meu namorado.. ele também quer estar com a família e relaxar um pouco (nunca passamos um natal com a família dele) portanto tudo o que envolve papa,fralda e acalmar o B é comigo.. ou pelo menos se puserem o miúdo num estado de choro ele só vai acalmar comigo ou com o pai e não ao colo de pessoas que mal conhece (algumas que ainda nem sequer conheceu).. o meu namorado vai ter de pensar nisso.. se ele quer mesmo ir e quer que eu vá tem de haver um compromisso entre os dois.. eu cuido do bebé mas ele cuida da família sem se zangar comigo pq fiz má cara quando alguém fumou e foi lhe mexer nas mãos..

chiclete -
Offline
Desde 23 Jan 2016

O meu sogro meteu as mãos do bébé na boca dele na brincadeira...achei um nojo e fui logo limpar-lhe as mãos. Nem disse nada ao senhor mas acho que a minha cara disse tudo! Geralmente não ligo muito a mexerem nas mãos (não tenho fumadores na familia e ele tenta lamber tudo à volta faça eu o que fizer) mas claro, se estiverem doentes n quero que mexam, mas o mesmo vale para mim.
Vamos ao jantar de natal e já sei que vou levar com meia hora de conversa porque começamos os sólidos aos 4 meses porque o bebé se estava a atirar à comida. O marido tenta sempre pô-los no lugar mas enerva-se e às vezes acho melhor ser eu que já sabem que tenho mau feitio.

Lillith -
Offline
Desde 18 Maio 2010

Danb escreveu:
obviamente que penso nisso.. mas eu não vou impedir o menino de estar com a família dele e não vou com a pressão de "estragar o dia".. mas eu sei que isso não vai acontecer pq eu conheço o meu namorado.. ele também quer estar com a família e relaxar um pouco (nunca passamos um natal com a família dele) portanto tudo o que envolve papa,fralda e acalmar o B é comigo.. ou pelo menos se puserem o miúdo num estado de choro ele só vai acalmar comigo ou com o pai e não ao colo de pessoas que mal conhece (algumas que ainda nem sequer conheceu).. o meu namorado vai ter de pensar nisso.. se ele quer mesmo ir e quer que eu vá tem de haver um compromisso entre os dois.. eu cuido do bebé mas ele cuida da família sem se zangar comigo pq fiz má cara quando alguém fumou e foi lhe mexer nas mãos..

Também não acho que devas impedir, eu não o faço. Apenas acho que deixando ir o bebé só com o pai, estás a mostrar algo que não corresponde à verdade, ou seja, que tu estavas a mais na equação e que ficaste no teu lugar, em casa.
As famílias têm que aceitar que os casais o são. Ponto. Levam com os dois. E convém que aprendam a respeitar a esposa/marido dos filhos ou irmãos, ao invés de interiorizarem que tiraram a pedra do sapato facilmente. Mas é assim que penso apenas, não digo que seja a forma correcta.

Sobre Lillith

http://www.stuffnperfumes.com/
Testes de gravidez e ovulação, perfumes, cosméticos...

Danb -
Offline
Desde 11 Nov 2015

isto das famílias tem muito que se lhe diga.. porque será que, na maioria dos casos que oiço, a família da mãe é mais compreensiva do que a família do pai??

juro mesmo, e hei de me lembrar para sempre destas situações, e um dia quando o meu B for adulto e que constitua família que não vou fazer a mesma coisa.. as pessoas têm de saber por se no lugar delas.. mãe é mãe e pai é pai.. tudo o resto tem de saber os limites concordando ou não com a maneira que os pais educam e criam..

Lillith -
Offline
Desde 18 Maio 2010

As famílias das mães também trazem problemas, a questão é que acabamos por facilitar mais com os nossos ou então impor-nos mais facilmente.
Depois tendemos sempre a pôr a culpa na sogra/sogro/cunhados quando o verdadeiro problema é o marido ou a esposa, que são demasiado permissivos.
E de certeza que sempre foi assim, mas regra geral só afecta a esposa/marido quando nasce um bebé. O convívio passa a ser mais frequente, começam as "regras" de terem que ver o bebé de x em x dias, começam as cobranças do "já não vejo o bebé há x tempo", "quando te volto a ver", "estás grande! também quase nunca te vejo", começam as intromissões no que fazemos ou deixamos de fazer...
Outro problema nas famílias paternas é a ciumeira em relação à família materna. Não compreendo porque é tão estranho que alguém vá mais a casa da mãe do que à sogra durante a licença de maternidade, por exemplo.
Acho que metem tanto na cabeça que vão ser preteridos, que acabam por se querer impôr como família da criança à força, tendo isso o resultado oposto.
Sinceramente eu tenho um filho. Se um dia tiver uma nora que o trate bem e o faça feliz, ser-lhe-ei muito grata, e não andarei a competir com ela para ver quem limpa melhor o rabo a uma criança.
E não vou fazer drama se um dia tiver um neto que passe mais tempo com os avós maternos. Oh pá, é óbvio que ela vai preferir estar na cavaqueira em casa da mãe do que na minha. Também não vou para a casa dela dar leis, muito menos aparecer de surpresa.
Os netos são-no de ambos os avós, independentemente do tempo que passam com cada um deles (o mesmo acontece com pai e mãe). E não é por estas guerras que vão conseguir mais amor por parte dos netos, ou mais direitos, pelo contrário.
Resumindo, não me vou é pôr a jeito, nem vou deixar que o meu filho se enfie debaixo da minha saia para depois infernizar a mulher. E se eu o permitir/incentivar, alguém que me parta a cara à chapada!

Sobre Lillith

http://www.stuffnperfumes.com/
Testes de gravidez e ovulação, perfumes, cosméticos...

Marina4 -
Offline
Desde 15 Maio 2016

para dizer a verdade, eu acho que tudo tem de ser estabelecido no princípio do casal viver junto.
Eu nunca tive problemas, mas também vos digo que nunca dei hipótese nem nunca permiti confianças. Não era por nada, é o meu feitio. E provou ser compensador depois de ter filhos.
Um exemplo: nunca deixei que se instalasse o hábito de irmos almoçar à sogra ou aos pais ao domingo. ELes sempre a convidar, nós às vezes aceitávamos, outras vezes não (mas não tendo outra coisa para fazer), mas eu não queria que eles se habituassem, e assim nunca se instituiu esse hábito.
Também nunca convidei ninguém da parte dos sogros que moram perto para entrar em casa, que aparecesse sem avisar. OU seja eu falava à porta o que eles tinham a falar, mas não abria a porta para entrarem. Bastou umas vezes. Moram perto mas NUNCA aparecem sem avisar. Não quero dizer que não convidamos os avós para jantar ou almoçar cá em casa, isso sim.

Ah e bocas e comentários, eu faço umas caras feias que eles só dizem uma vez, eh eh.

São pequenas coisas assim , quem ainda estiver a tempo, que pense nisso, façam agora como querem que seja a longo prazo.

Ah e outra coisa, e sei que muitos não concordam comigo, é privilegiar o infantário ou creche em vez de ser alguém da família tomar conta. Acho que ficamos muito dependentes dessa pessoa, é uma obrigação que eu não quero ter, prefiro pagar a profissionais. Assim não oiço sentenças (mas claro , deixo o meu filho estar muitas vezes com os avós, fins de semanas, às vezes vão buscá-lo à escola, às vezes ele dorme em casa deles, enfim promovo o convívio na mesma, mas sem ser obrigação)

Danb -
Offline
Desde 11 Nov 2015

enfim, acho que é uma luta perdida.. eu é que tenho de me tentar controlar e tentar ignorar.. mas é difícil pq são pessoas que não se tocam! não pensam e parece que perdem o senso comum..

quanto a isso do ir ou não para a creche, eu sou completamente a favor das creches em vez de ficar com um familiar.. a única pessoa a quem eu confiaria para ficar com o B enquanto eu trabalho é a minha mãe.. e por acaso nisso o meu namorado ainda hoje disse me que vai ser difícil arranjarmos alguém em quem confiamos para ficar com o menino até haver vaga na creche.. só mesmo a minha mãe pq ela conhece as rotinas do B e ele conhece a muito melhor do que outra pessoa qualquer..

underthewater -
Offline
Desde 14 Mar 2014

Boas. Sinceramente o que lhe posso dizer é que vocês pais têm de ver o que querem ou não querem para o vosso filho. Conversem muito e sem brigas e entrem em consenso sobre o que é não, o que é sim é o que é tolerável...
Eu sou completamente a favor das creches. Muito mais quando passa por ficar a dever favores a alguém.. . E sim há avós que não fazem por gosto... Fazem porque querem algo em retorno e às vezes a factura é bem cara!
Quanto às opiniões... Todos temos as nossas... E esqueçam... Ninguém vai fazer exactamente o que vocês querem... Porque as vivências dessas pessoas fazem com que vejam a vida de outra forma! Há pessoas mais fáceis que outras, umas vão ser mais fáceis de moldar, mas vai haver sempre coisas que farão como acham que deve ser feito...
Mas, no final, das nossas vidas sabemos nós e devemos poder escolher o que consideramos ser o mais adequado para nós e para os nossos.
O grande problema não está em si nem nos familiares. Está na forma como, e depois de terem decidido que cada um trata dos seus, o seu marido em vez de ter má posição firme, cede às opiniões dos outros... Muito provavelmente para evitar conflito... O que ele terá perceber é que conflitos são mais importantes de evitar... E acima de tudo... Que riscos vale a pena correr na educação e saúde de um filho!

milene gomes -
Offline
Desde 12 Jun 2014

Marina4 assino por baixo,em tudo!

Lillith -
Offline
Desde 18 Maio 2010

Marina4 escreveu:
para dizer a verdade, eu acho que tudo tem de ser estabelecido no princípio do casal viver junto.
Eu nunca tive problemas, mas também vos digo que nunca dei hipótese nem nunca permiti confianças. Não era por nada, é o meu feitio. E provou ser compensador depois de ter filhos.
Um exemplo: nunca deixei que se instalasse o hábito de irmos almoçar à sogra ou aos pais ao domingo. ELes sempre a convidar, nós às vezes aceitávamos, outras vezes não (mas não tendo outra coisa para fazer), mas eu não queria que eles se habituassem, e assim nunca se instituiu esse hábito.
Também nunca convidei ninguém da parte dos sogros que moram perto para entrar em casa, que aparecesse sem avisar. OU seja eu falava à porta o que eles tinham a falar, mas não abria a porta para entrarem. Bastou umas vezes. Moram perto mas NUNCA aparecem sem avisar. Não quero dizer que não convidamos os avós para jantar ou almoçar cá em casa, isso sim.
Ah e bocas e comentários, eu faço umas caras feias que eles só dizem uma vez, eh eh.
São pequenas coisas assim , quem ainda estiver a tempo, que pense nisso, façam agora como querem que seja a longo prazo.
Ah e outra coisa, e sei que muitos não concordam comigo, é privilegiar o infantário ou creche em vez de ser alguém da família tomar conta. Acho que ficamos muito dependentes dessa pessoa, é uma obrigação que eu não quero ter, prefiro pagar a profissionais. Assim não oiço sentenças (mas claro , deixo o meu filho estar muitas vezes com os avós, fins de semanas, às vezes vão buscá-lo à escola, às vezes ele dorme em casa deles, enfim promovo o convívio na mesma, mas sem ser obrigação)

Bem, isto é muito bonito... Sempre fiz exactamente o mesmo. Não dei nunca abusos. As visitas surpresa eram recebidas só uma vez, a primeira, mas saiam na certeza que escusavam de repetir, nunca almocei/jantei por regra ou obrigação, e tantas outras coisas. Resultado, engravida-se e esquecem tudo! Tem-se um filho e parece que deu uma grande amnésia a todos. É certo que muitas vezes vai dos abusos que damos, mas tantas outras tem só a ver com as pessoas em si. E não mudam. E nem sequer são más pessoas por isso, apenas nos deixam de cabelos em pé numa fase em que a paciência em si já anda pelas ruas da amargura. E quando as famílias são grandes, juntando-se todos é o fim do mundo em cuecas, atina um, tresmalha outro.

Sobre Lillith

http://www.stuffnperfumes.com/
Testes de gravidez e ovulação, perfumes, cosméticos...

bolas_e_bolinhas -
Offline
Desde 31 Mar 2012

Como eu concordo. Houve alguem aqui que falou nos ciumes que em regra a familia paterna tem da familia materna. Concordo!
Aqui tb sinto que tinham ciumes por na minha licenca de maternidade eu ter ido muito mais vezes a casa do neu pai que dos meus sogros. E sinto que continuam com ciumes de eunir mt mais vezes a casa do meu pai com a menina do que vou la.
Mas eu moro a 5 minutos de casa do meu pai e a 30 km de casa deles. Nao será natural eu ir mais vezes a casa do meu pai? E para alem do sitio onde moramos nao será natural eu ter mais vontade de ir a casa do meu pai k a casa deles? Afinal é meu pai. A minha primeira casa. A menina vai pq esta cmg. O meu marido tb vai todos os dias a casa dos pais pq trabalha la ao pé. E nas ferias dele vai la qd quer. Ora bolas! Não é nada facil.