Comer ... Tarefa Difícil.. HELP!!! | De Mãe para Mãe

Comer ... Tarefa Difícil.. HELP!!!

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17 mensagens
Cookie Snack -
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Desde 09 Nov 2011

Olá a todas as mamãs!

Hoje sou eu que preciso de uns conselhos.

O meu filho mais velho e o mais novo de há uns 5 meses para cá que tem sido uma luta dar-lhes sopa ou melhor ainda dar lanches eu eles comam.

Se eu mandar para o lanche fruta, iogurtes, pão com queijo e fiambre, bolachas, colocam tudo no lixo. Não comem sopa (antes comiam) até as funcionárias da escola me têm dito que eles não comem a sopa e se a sobremesa for fruta ou iogurte que fica sempre.

Os 3 foram sempre "bons de boca" mas não sei o que aconteceu que isso mudou.

E sinceramente estou farta de lhes dar snacks pouco saudáveis para eles comer só querem pão com chocolate de barrar, bolachas, manhazitos entre outros...

Em casa só posso cozinhar massas arroz, e carne é frango ou perú de resto nem coelho vaca ou porco então peixe só se for douradinhos. Se fizer outras coisas não comem. Triste

O meu do meio come tudo e adora fruta leva sempre! Como faço para tentar fazer com que eles comam de maneira mais saudável sem correr o risco do lanche ir parar ao lixo? ou a comida do jantar ficar para o gato comer..?

Obrigada a quem puder ajudar

Beijinhos a todas

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Não tenha porcarias em casa e dê lhes apenas comida saudável. Eles não vão comer uma nem duas vezes, mas vai ver que à terceira comem. Acredite que não vão morrer de fome porque ficam sem 2 ou 3 refeições. Se ceder à pressão e lhes der porcarias porque não aguenta vê Los sem comer, aí não tem hipótese. É só mesmo esperar que cresçam e fazer figas para que ganhem então um gosto mais eclético

Ana Svensson -
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Desde 23 Abr 2017

Também me parece que a solução óbvia é não lhes dar (nem ter acessíveis) essas porcarias e não gerir o menu dos almoços/jantares apenas em função dos gostos deles (não faz sentido nenhum que o único peixe que comam seja douradinhos). Se eles sabem que existe uma alternativa e que basta recusarem aquilo de que não gostam tanto para que a mãe ceda e lhes dê alimentos pouco saudáveis (que muito naturalmente fazem as delícias de 99% das crianças... e até adulots), muito dificilmente vai conseguir fazê-los aceitar uma alimentação mais saudável.
As minhas filhas (principalmente a mais velha) são terríveis para comer, mas não é por isso que lhes dou porcarias para o lanche (aliás, esse tipo de coisa só entra cá em casa em dias muito especiais) ou que reduzo os almoços e jantares aos 2 ou 3 pratos que não desgostam tanto. É verdade que comem pouco e dominam a técnica de espalhar estrategicamente a comida no prato para fingir que comeram alguma coisa, mas até hoje ainda não morreram à fome. Sinceramente, entre comerem pouco mas à base de alimentos saudáveis, ou comerem as quantidades que a sociedade acha normais (que quase sempre são excessivas) mas só porcarias, prefiro que comam pouco.

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Mas as crianças põem a comida no lixo e ninguém ninguém diz nada?!

BagaLaranja -
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Desde 02 Abr 2014

Concordo com as maes acima. A minha, se pudesse, também só comia dessas "porcarias". Como nao há em casa e raramente compramos, azar. Ou come o que há, ou nao come. A refeicao é igual para todos, e é o que nos apetece cozinhar, nao há comida especial para ela. E a verdade é que ela come. Tem dias que come muito, dias que come pouco, dias que só come um tipo de alimento, dias em que nao come um tipo de alimento, mas em média come de tudo.
Quanto a deitar comida no lixo... nao sei bem o que fazia, se calhar nao mandava nada. Ou comem (a comida saudável que eu mando) ou nao comem, agora por no lixo nao.

Vanessa R -
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Desde 01 Set 2015

Não me faz sentido planear as refeições apenas em função daquilo que o meu filho come.
Quando ele come mais, óptimo. Quando come menos, não faço um drama. No dia seguinte come melhor. Por regra come bem.
Sempre ouvi dizer que, nenhuma criança morre de fome com um prato de comida à frente.
Não compre “porcarias” para ter por casa. Assim garantidamente que eles não as comem. Sorriso
Quanto aos lanches que deitam no lixo. Eu deixaria de lhes mandar. Quando tivessem fome logo comiam.

Mama_Xana -
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Desde 15 Maio 2012

É muito difícil ver um filho não comer! Ficamos sempre com a sensação que vai ficar com fome e isso não é suportável para uma mãe, portanto é fácil cair no erro de lhe dar outras coisas "não saudáveis" para que fique alimentado.
Terá que conseguir por o coração ao alto para reeducar a alimentação deles. Não come o que está no prato, não come mais nada até à próxima refeição. Acredite que eles até poderão resistir mas se a fome apertar vão comer.
Outra coisa é as funcionárias da escola não obrigarem a comer o que está no prato, até podem não comer tudo mas um pouco de tudo o que lhes é apresentado deveriam insistir para eles comerem, o facto de assistirem a eles colocarem os lanches no lixo e não fazerem nada para além de lhe relatar o sucedido, para mim não tem explicação! Este comportamento deveria ser corrigido de imediato pelo adulto que vê e está presente, neste caso as funcionárias da escola e mais tarde sim relata-lo a si. O meu filho nas escolas onde esteve as funcionárias sempre acompanharam as refeições e sempre insistiam para que comessem pelo menos o razoável.
As refeições deve prepara-las de acordo com o que lhe parece correcto e não unicamente com os gostos deles, pois assim quando houver algo que não gostem muito vão recusar-se a comer.
Agora passa por reeducar, com alguma persistência e não vai resultar nas primeiras tentativas, por isso tem que se preparar primeiro a si para não ceder.
Depois disto tudo, digo que não é fácil para uma mãe não dar comida quando eles pedem porque tem fome, mas vai ter de ser forte! como petisco entre refeições permita fruta por exemplo, agora manhãzitos e pão com chocolate não!
Muita força!

carlaper -
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Desde 11 Out 2011

Cookie, acho que em primeiro lugar eles tem de ser repreendidos e castigados por deitarem comida fora. Ora se ninguém lhes diz nada e eles ainda comem o que querem, para eles é uma maravilha. Grande parte das recusas (e esquisitices) alimentares surgem porque há sempre comida à disposição (eles não sabem o que é não ter), não conheço casos em que a comida é escassa e se recusem a comer o que há. Educar a comer não é uma tarefa simples, e o primeiro exemplo tem de partir dos pais , e é deixar de comprar esses "alimentos" pouco saudáveis. Assim torna-se mais fácil, se não há, não se come, e a regra é para todos. Porque, não estou a dizer que é o caso, muitas vezes os pais querem que os filhos comam saudável, quando eles não dão o exemplo e só comem "porcarias".

shicat -
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Desde 25 Set 2013

Pois é. Por muito que possa custar, acho que as mães que já comentaram têm razão. Dos casos que conheço, quando se entra no caminho de fazer comida especial para os miúdos... nunca mais isso passa. Chegam a adultos e continuam cheios de «esquisitices». Em família, comem todos o mesmo, de preferência, saudável. Os mimos são para ocasiões pontuais.
Quanto a deitar os lanches fora. Uma das minhas sobrinhas fazia isso. Quando os pais perceberam, repreenderam, castigaram... e ela continuou. Fazia era a coisa de forma mais subtil. Foi um sarilho até lhe passar essa mania, apesar de todas as repreensões!
Boa sorte com essa questão, seja firme. E logo dois! Sorriso

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Com 6 anos ainda acontece terem um número limitado de alimentos que gostem. Com a idade aprendem a gostar de outros alimentos. Isto é, se não fizer um grande drama em volta do assunto. Se houver muito alarido para que comam, o mais provável é que não comam.
É importante que estejam com fome à hora do jantar, por isso tenta que lanchem até 2 horas antes. Se a criança tiver fome, a comida irá saber-lhe muito melhor, e a probabilidade de comer alimentos que por regra recusa, é maior.
Certifica-te que ele sabe que há momentos específicos para comer, e se não comer numa refeição, terá de aguardar até à próxima. Não dês snacks entre refeições. Por regra os momentos de refeição são o pequeno-almoço, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e snack antes de deitar. Dependendo da hora a que jantam poderá ser necessário haver 2 lanches durante a tarde.
As refeições têm de ser momentos prazerosos, por isso é fundamental não haver discussões à mesa. E é também importante evitar estar constantemente a insistir que comam ou a criticar a forma como comem.
Quem decide o que se come são os pais, mas as crianças também podem e devem dar sugestões. Podes perfeitamente uma ou duas vezes por semana preparar o que eles escolherem. Envolve-os na elaboração da ementa semanal, e podem também ajudar a fazer as compras. Todos eles podem ajudar a preparar as refeições. Deixa-os manusear os alimentos. Podes pôr o mais novo a lavar os alimentos, por exemplo. O importante é que dêem o seu contributo. Aprender a cozinhar é uma mais valia para toda a vida. E não, não são novos de mais, excepto o mais novo.
Uma vez que tens andado a cozinhar “à la carte”, deves primeiro sentar-te com eles e explicar que as coisas vão mudar.
Não tenhas por hábito ter chocolates e comida processada em casa, mas não caias no outro extremo. De vez em quando podem ser indulgentes, e fora de casa, ao fim de semana, podem comer “porcarias”. Por exemplo, podem reservar a tarde de Domingo para comerem gelados, ou empaturrarem-se de batatas fritas ou pipocas, etc. ou ter um mini snack a meio da semana.
Não é prudente proibir completamente os snacks, porque o fruto proibido... e é justamente no fruto proibido que vão cismar. Portanto, o meu conselho é estabelecer que há momentos para se empaturrarem até ficarem enjoados, mas, durante a rotina normal da semana não terão acesso a snacks. Repara que, pode haver, muito ocasionalmente, exceções. Vamos supor que estabeleceste como happy hour as quartas feiras à noite e os Domingos à tarde. Uma vez por outra podes ser indulgente e dar-lhes um chocolate num outro dia qualquer, por exemplo à sexta. É importante eles compreenderem que não lhes estás a negar comerem porcarias, apenas que existem dias específicos, ou ocasiões especias, para tal.
É fundamental perceberes quando estão a ser manipulativos, para que preparares outra alternativa, ou quando realmente não gostam de um alimento. Tens que aceitar e respeitar que há alimentos, que por mais que provem e tentem, simplesmente não gostam. Nós adultos também não gostamos de tudo. E se valorizares aquilo que sentem em relação à comida, eles irão notar e sentirem que têm valor. Tens, igualmente, de ser justa em relação ao que lhes pões à frente. Há comidas que as crianças têm dificuldade em aceitar. Se resolves fazer iscas de fígado para jantar, tens de preparar outra alternativa para ser servida em conjunto. Encoraja-os a experimentar este tipo de alimentos menos apelativos ao paladar, mas não forces a sua ingestão. Deixa-os saberem que aprecias muito que eles experimentem a comida antes de dizerem que não gostam e que estão à vobtade para cuspir caso não lhes agrade. Crianças que sabem que podem cuspir a comida têm tendência a serem mais receptivas a experimentar alimentos novos.
Apartir do momento em que as crianças deixem de tentar obter o controlo sobre o que comem, passam a comer muito melhor. Quanto mais os adultos insitem, mais elas recusam. É um jogo para elas. O problema é que não é um jogo divertido, é um jogo que leva a dramas e guerras à mesa, e transforma as refeições em momentos de stress.
Por fim, relativamente ao que levam para o lanche na escola, é importante que eles entendam que não se deve desperdiçar comida. Se não querem pão com fiambre, pergunta-lhes o que querem então no pão, dentro das alternativas disponíveis: manteiga de amendoim e banana, queijo para barrar, salada de ovo e atum, etc.
Dedica-te a fazer muffins de mirtilos, bolo de cenoura, por exemplo, que podes congelar, e sempre é um lanche diferente e mais saudável do que manhasitos e bolos comprados.
Não esperes por resultados logo na primeira semana, mas com o tempo, e consistência, paciência e empatia (é muito importante que mostres empatia), irás ver modificações positivas.
Uma última lembrança, não vás cozinhar outra coisa caso não queiram o que preparaste para jantar, mas sê justa e disponibiliza variedade.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

shicat escreveu:
Pois é. Por muito que possa custar, acho que as mães que já comentaram têm razão. Dos casos que conheço, quando se entra no caminho de fazer comida especial para os miúdos... nunca mais isso passa. Chegam a adultos e continuam cheios de «esquisitices». Em família, comem todos o mesmo, de preferência, saudável. Os mimos são para ocasiões pontuais.
Quanto a deitar os lanches fora. Uma das minhas sobrinhas fazia isso. Quando os pais perceberam, repreenderam, castigaram... e ela continuou. Fazia era a coisa de forma mais subtil. Foi um sarilho até lhe passar essa mania, apesar de todas as repreensões!
Boa sorte com essa questão, seja firme. E logo dois!

Não é sempre o caso, aliás, raramente é o caso. Claro que é importante ensinar bons hábitos alimentares.
Eu era super esquisita com a comida. A minha madrasta cedia imenso às minhas preferências: salsichas, douradinhos e batatas fritas, e cheguei à idade adulta a comer uma extensa variedade de alimentos. Adoro cozinhar e adoro comer. Cozinho uma grande variedade de estilos e tenho o cuidado de incorporar legumes em todas as refeições

shicat -
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Desde 25 Set 2013

Sansa escreveu:

shicat escreveu:Pois é. Por muito que possa custar, acho que as mães que já comentaram têm razão. Dos casos que conheço, quando se entra no caminho de fazer comida especial para os miúdos... nunca mais isso passa. Chegam a adultos e continuam cheios de «esquisitices». Em família, comem todos o mesmo, de preferência, saudável. Os mimos são para ocasiões pontuais.
Quanto a deitar os lanches fora. Uma das minhas sobrinhas fazia isso. Quando os pais perceberam, repreenderam, castigaram... e ela continuou. Fazia era a coisa de forma mais subtil. Foi um sarilho até lhe passar essa mania, apesar de todas as repreensões!
Boa sorte com essa questão, seja firme. E logo dois!

Não é sempre o caso, aliás, raramente é o caso. Claro que é importante ensinar bons hábitos alimentares.
Eu era super esquisita com a comida. A minha madrasta cedia imenso às minhas preferências: salsichas, douradinhos e batatas fritas, e cheguei à idade adulta a comer uma extensa variedade de alimentos. Adoro cozinhar e adoro comer. Cozinho uma grande variedade de estilos e tenho o cuidado de incorporar legumes em todas as refeições


Do leque de pessoas que conheço, sim, é o caso. Quem sempre esteve habituado a ementa especial em pequeno, assim continua... é a minha experiência.

Panda2014 -
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Desde 03 Jun 2014

Sansa escreveu:
Com 6 anos ainda acontece terem um número limitado de alimentos que gostem. Com a idade aprendem a gostar de outros alimentos. Isto é, se não fizer um grande drama em volta do assunto. Se houver muito alarido para que comam, o mais provável é que não comam.
É importante que estejam com fome à hora do jantar, por isso tenta que lanchem até 2 horas antes. Se a criança tiver fome, a comida irá saber-lhe muito melhor, e a probabilidade de comer alimentos que por regra recusa, é maior.
Certifica-te que ele sabe que há momentos específicos para comer, e se não comer numa refeição, terá de aguardar até à próxima. Não dês snacks entre refeições. Por regra os momentos de refeição são o pequeno-almoço, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e snack antes de deitar. Dependendo da hora a que jantam poderá ser necessário haver 2 lanches durante a tarde.
As refeições têm de ser momentos prazerosos, por isso é fundamental não haver discussões à mesa. E é também importante evitar estar constantemente a insistir que comam ou a criticar a forma como comem.
Quem decide o que se come são os pais, mas as crianças também podem e devem dar sugestões. Podes perfeitamente uma ou duas vezes por semana preparar o que eles escolherem. Envolve-os na elaboração da ementa semanal, e podem também ajudar a fazer as compras. Todos eles podem ajudar a preparar as refeições. Deixa-os manusear os alimentos. Podes pôr o mais novo a lavar os alimentos, por exemplo. O importante é que dêem o seu contributo. Aprender a cozinhar é uma mais valia para toda a vida. E não, não são novos de mais, excepto o mais novo.
Uma vez que tens andado a cozinhar “à la carte”, deves primeiro sentar-te com eles e explicar que as coisas vão mudar.
Não tenhas por hábito ter chocolates e comida processada em casa, mas não caias no outro extremo. De vez em quando podem ser indulgentes, e fora de casa, ao fim de semana, podem comer “porcarias”. Por exemplo, podem reservar a tarde de Domingo para comerem gelados, ou empaturrarem-se de batatas fritas ou pipocas, etc. ou ter um mini snack a meio da semana.
Não é prudente proibir completamente os snacks, porque o fruto proibido... e é justamente no fruto proibido que vão cismar. Portanto, o meu conselho é estabelecer que há momentos para se empaturrarem até ficarem enjoados, mas, durante a rotina normal da semana não terão acesso a snacks. Repara que, pode haver, muito ocasionalmente, exceções. Vamos supor que estabeleceste como happy hour as quartas feiras à noite e os Domingos à tarde. Uma vez por outra podes ser indulgente e dar-lhes um chocolate num outro dia qualquer, por exemplo à sexta. É importante eles compreenderem que não lhes estás a negar comerem porcarias, apenas que existem dias específicos, ou ocasiões especias, para tal.
É fundamental perceberes quando estão a ser manipulativos, para que preparares outra alternativa, ou quando realmente não gostam de um alimento. Tens que aceitar e respeitar que há alimentos, que por mais que provem e tentem, simplesmente não gostam. Nós adultos também não gostamos de tudo. E se valorizares aquilo que sentem em relação à comida, eles irão notar e sentirem que têm valor. Tens, igualmente, de ser justa em relação ao que lhes pões à frente. Há comidas que as crianças têm dificuldade em aceitar. Se resolves fazer iscas de fígado para jantar, tens de preparar outra alternativa para ser servida em conjunto. Encoraja-os a experimentar este tipo de alimentos menos apelativos ao paladar, mas não forces a sua ingestão. Deixa-os saberem que aprecias muito que eles experimentem a comida antes de dizerem que não gostam e que estão à vobtade para cuspir caso não lhes agrade. Crianças que sabem que podem cuspir a comida têm tendência a serem mais receptivas a experimentar alimentos novos.
Apartir do momento em que as crianças deixem de tentar obter o controlo sobre o que comem, passam a comer muito melhor. Quanto mais os adultos insitem, mais elas recusam. É um jogo para elas. O problema é que não é um jogo divertido, é um jogo que leva a dramas e guerras à mesa, e transforma as refeições em momentos de stress.
Por fim, relativamente ao que levam para o lanche na escola, é importante que eles entendam que não se deve desperdiçar comida. Se não querem pão com fiambre, pergunta-lhes o que querem então no pão, dentro das alternativas disponíveis: manteiga de amendoim e banana, queijo para barrar, salada de ovo e atum, etc.
Dedica-te a fazer muffins de mirtilos, bolo de cenoura, por exemplo, que podes congelar, e sempre é um lanche diferente e mais saudável do que manhasitos e bolos comprados.
Não esperes por resultados logo na primeira semana, mas com o tempo, e consistência, paciência e empatia (é muito importante que mostres empatia), irás ver modificações positivas.
Uma última lembrança, não vás cozinhar outra coisa caso não queiram o que preparaste para jantar, mas sê justa e disponibiliza variedade.


Maravilhoso contributo!! É por coisas destas que eu mantenho a ligação a este fórum. Bem haja! 😙

Vanessa R -
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Desde 01 Set 2015

Panda2014 escreveu:

Sansa escreveu:Com 6 anos ainda acontece terem um número limitado de alimentos que gostem. Com a idade aprendem a gostar de outros alimentos. Isto é, se não fizer um grande drama em volta do assunto. Se houver muito alarido para que comam, o mais provável é que não comam.
É importante que estejam com fome à hora do jantar, por isso tenta que lanchem até 2 horas antes. Se a criança tiver fome, a comida irá saber-lhe muito melhor, e a probabilidade de comer alimentos que por regra recusa, é maior.
Certifica-te que ele sabe que há momentos específicos para comer, e se não comer numa refeição, terá de aguardar até à próxima. Não dês snacks entre refeições. Por regra os momentos de refeição são o pequeno-almoço, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e snack antes de deitar. Dependendo da hora a que jantam poderá ser necessário haver 2 lanches durante a tarde.
As refeições têm de ser momentos prazerosos, por isso é fundamental não haver discussões à mesa. E é também importante evitar estar constantemente a insistir que comam ou a criticar a forma como comem.
Quem decide o que se come são os pais, mas as crianças também podem e devem dar sugestões. Podes perfeitamente uma ou duas vezes por semana preparar o que eles escolherem. Envolve-os na elaboração da ementa semanal, e podem também ajudar a fazer as compras. Todos eles podem ajudar a preparar as refeições. Deixa-os manusear os alimentos. Podes pôr o mais novo a lavar os alimentos, por exemplo. O importante é que dêem o seu contributo. Aprender a cozinhar é uma mais valia para toda a vida. E não, não são novos de mais, excepto o mais novo.
Uma vez que tens andado a cozinhar “à la carte”, deves primeiro sentar-te com eles e explicar que as coisas vão mudar.
Não tenhas por hábito ter chocolates e comida processada em casa, mas não caias no outro extremo. De vez em quando podem ser indulgentes, e fora de casa, ao fim de semana, podem comer “porcarias”. Por exemplo, podem reservar a tarde de Domingo para comerem gelados, ou empaturrarem-se de batatas fritas ou pipocas, etc. ou ter um mini snack a meio da semana.
Não é prudente proibir completamente os snacks, porque o fruto proibido... e é justamente no fruto proibido que vão cismar. Portanto, o meu conselho é estabelecer que há momentos para se empaturrarem até ficarem enjoados, mas, durante a rotina normal da semana não terão acesso a snacks. Repara que, pode haver, muito ocasionalmente, exceções. Vamos supor que estabeleceste como happy hour as quartas feiras à noite e os Domingos à tarde. Uma vez por outra podes ser indulgente e dar-lhes um chocolate num outro dia qualquer, por exemplo à sexta. É importante eles compreenderem que não lhes estás a negar comerem porcarias, apenas que existem dias específicos, ou ocasiões especias, para tal.
É fundamental perceberes quando estão a ser manipulativos, para que preparares outra alternativa, ou quando realmente não gostam de um alimento. Tens que aceitar e respeitar que há alimentos, que por mais que provem e tentem, simplesmente não gostam. Nós adultos também não gostamos de tudo. E se valorizares aquilo que sentem em relação à comida, eles irão notar e sentirem que têm valor. Tens, igualmente, de ser justa em relação ao que lhes pões à frente. Há comidas que as crianças têm dificuldade em aceitar. Se resolves fazer iscas de fígado para jantar, tens de preparar outra alternativa para ser servida em conjunto. Encoraja-os a experimentar este tipo de alimentos menos apelativos ao paladar, mas não forces a sua ingestão. Deixa-os saberem que aprecias muito que eles experimentem a comida antes de dizerem que não gostam e que estão à vobtade para cuspir caso não lhes agrade. Crianças que sabem que podem cuspir a comida têm tendência a serem mais receptivas a experimentar alimentos novos.
Apartir do momento em que as crianças deixem de tentar obter o controlo sobre o que comem, passam a comer muito melhor. Quanto mais os adultos insitem, mais elas recusam. É um jogo para elas. O problema é que não é um jogo divertido, é um jogo que leva a dramas e guerras à mesa, e transforma as refeições em momentos de stress.
Por fim, relativamente ao que levam para o lanche na escola, é importante que eles entendam que não se deve desperdiçar comida. Se não querem pão com fiambre, pergunta-lhes o que querem então no pão, dentro das alternativas disponíveis: manteiga de amendoim e banana, queijo para barrar, salada de ovo e atum, etc.
Dedica-te a fazer muffins de mirtilos, bolo de cenoura, por exemplo, que podes congelar, e sempre é um lanche diferente e mais saudável do que manhasitos e bolos comprados.
Não esperes por resultados logo na primeira semana, mas com o tempo, e consistência, paciência e empatia (é muito importante que mostres empatia), irás ver modificações positivas.
Uma última lembrança, não vás cozinhar outra coisa caso não queiram o que preparaste para jantar, mas sê justa e disponibiliza variedade.


Maravilhoso contributo!! É por coisas destas que eu mantenho a ligação a este fórum. Bem haja! 😙

Pensei o mesmo Sorriso

Cookie Snack -
Offline
Desde 09 Nov 2011

Sansa escreveu:
Com 6 anos ainda acontece terem um número limitado de alimentos que gostem. Com a idade aprendem a gostar de outros alimentos. Isto é, se não fizer um grande drama em volta do assunto. Se houver muito alarido para que comam, o mais provável é que não comam.
É importante que estejam com fome à hora do jantar, por isso tenta que lanchem até 2 horas antes. Se a criança tiver fome, a comida irá saber-lhe muito melhor, e a probabilidade de comer alimentos que por regra recusa, é maior.
Certifica-te que ele sabe que há momentos específicos para comer, e se não comer numa refeição, terá de aguardar até à próxima. Não dês snacks entre refeições. Por regra os momentos de refeição são o pequeno-almoço, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e snack antes de deitar. Dependendo da hora a que jantam poderá ser necessário haver 2 lanches durante a tarde.
As refeições têm de ser momentos prazerosos, por isso é fundamental não haver discussões à mesa. E é também importante evitar estar constantemente a insistir que comam ou a criticar a forma como comem.
Quem decide o que se come são os pais, mas as crianças também podem e devem dar sugestões. Podes perfeitamente uma ou duas vezes por semana preparar o que eles escolherem. Envolve-os na elaboração da ementa semanal, e podem também ajudar a fazer as compras. Todos eles podem ajudar a preparar as refeições. Deixa-os manusear os alimentos. Podes pôr o mais novo a lavar os alimentos, por exemplo. O importante é que dêem o seu contributo. Aprender a cozinhar é uma mais valia para toda a vida. E não, não são novos de mais, excepto o mais novo.
Uma vez que tens andado a cozinhar “à la carte”, deves primeiro sentar-te com eles e explicar que as coisas vão mudar.
Não tenhas por hábito ter chocolates e comida processada em casa, mas não caias no outro extremo. De vez em quando podem ser indulgentes, e fora de casa, ao fim de semana, podem comer “porcarias”. Por exemplo, podem reservar a tarde de Domingo para comerem gelados, ou empaturrarem-se de batatas fritas ou pipocas, etc. ou ter um mini snack a meio da semana.
Não é prudente proibir completamente os snacks, porque o fruto proibido... e é justamente no fruto proibido que vão cismar. Portanto, o meu conselho é estabelecer que há momentos para se empaturrarem até ficarem enjoados, mas, durante a rotina normal da semana não terão acesso a snacks. Repara que, pode haver, muito ocasionalmente, exceções. Vamos supor que estabeleceste como happy hour as quartas feiras à noite e os Domingos à tarde. Uma vez por outra podes ser indulgente e dar-lhes um chocolate num outro dia qualquer, por exemplo à sexta. É importante eles compreenderem que não lhes estás a negar comerem porcarias, apenas que existem dias específicos, ou ocasiões especias, para tal.
É fundamental perceberes quando estão a ser manipulativos, para que preparares outra alternativa, ou quando realmente não gostam de um alimento. Tens que aceitar e respeitar que há alimentos, que por mais que provem e tentem, simplesmente não gostam. Nós adultos também não gostamos de tudo. E se valorizares aquilo que sentem em relação à comida, eles irão notar e sentirem que têm valor. Tens, igualmente, de ser justa em relação ao que lhes pões à frente. Há comidas que as crianças têm dificuldade em aceitar. Se resolves fazer iscas de fígado para jantar, tens de preparar outra alternativa para ser servida em conjunto. Encoraja-os a experimentar este tipo de alimentos menos apelativos ao paladar, mas não forces a sua ingestão. Deixa-os saberem que aprecias muito que eles experimentem a comida antes de dizerem que não gostam e que estão à vobtade para cuspir caso não lhes agrade. Crianças que sabem que podem cuspir a comida têm tendência a serem mais receptivas a experimentar alimentos novos.
Apartir do momento em que as crianças deixem de tentar obter o controlo sobre o que comem, passam a comer muito melhor. Quanto mais os adultos insitem, mais elas recusam. É um jogo para elas. O problema é que não é um jogo divertido, é um jogo que leva a dramas e guerras à mesa, e transforma as refeições em momentos de stress.
Por fim, relativamente ao que levam para o lanche na escola, é importante que eles entendam que não se deve desperdiçar comida. Se não querem pão com fiambre, pergunta-lhes o que querem então no pão, dentro das alternativas disponíveis: manteiga de amendoim e banana, queijo para barrar, salada de ovo e atum, etc.
Dedica-te a fazer muffins de mirtilos, bolo de cenoura, por exemplo, que podes congelar, e sempre é um lanche diferente e mais saudável do que manhasitos e bolos comprados.
Não esperes por resultados logo na primeira semana, mas com o tempo, e consistência, paciência e empatia (é muito importante que mostres empatia), irás ver modificações positivas.
Uma última lembrança, não vás cozinhar outra coisa caso não queiram o que preparaste para jantar, mas sê justa e disponibiliza variedade.

Bom dia a todas as meninas,
Queria agradecer a todas por perderem uns minutinhos a ler o meu post e a comentarem darem a v/ opinião. Principalmente a SANSA (penso que é assim que se escreve).
Só queria esclarecer o seguinte, os pais comerem porcarias e falando de mim e do meu marido os únicos fritos que comemos é rabanadas lol logo só no Natal, e comemos uma sobremesa vá considerada doce ao Domingo e/ou ao sábado.
O porquê de eu dar as porcarias: eles têm baixo peso e colocam o lanche ao lixo logo fiz o que não se deve fazer que foi dar aquilo que me pediram e eu sabia que eles iriam comer. É óbvio que sei que não é o mais indicado mas ficava super em baixo de eles não comerem e levar com os comentários de os meninos estão magros, entre outros.
Foi num tom de desabafo que vos escrevi e num pedido meio que desesperado de ideias para eu acabar com este ciclo.
E agradeço muito tudo o que vocês disseram de coração e já comecei ontem a pôr em pratica. Bem a manteiga de amendoim aqui sugerida resultou eles gostaram! acho que hoje devem lanchar =) Quanto à sopa e o restante bem continua tudo na mesma =( mas não cozinhei outro prato.
Devagarinho como vocês disseram chegaremos lá. Mas se quiserem dar dicas de receitinhas para lanchinhos mais apetitosas saudáveis....aceito =)
Tenham um bom dia e mais uma vez obrigada!
Beijinhos

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

☺️☺️ obrigada! 😊 fico muito satisfeita quando consigo ajudar 😘

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

A manteiga de amendoim pode ser barrada em rodelas de maçã, e podes juntar 2 rodelas para fazer uma sanduíche.
Frutos secos são sempre uma boa opção. Podes derreter chocolate preto e juntar diversos frutos secos, depois, com uma colher, faz montinhos ou barras (imagem anexo).
Espetadas de fruta
Corta as sandes com formatos divertidos (podes usar os moldes para bolachas)
Se mandares uma tangerina ou banana, desenha uma cara sorridente na casca e podes escrever algo como “espero que me aches deliciosa” (é mais difícil deitar uma dara sorridente ao lixo 😋 )
Na net encontras receitas de brownies com tâmaras, em vez de açúcar (se não encontrares, eu dou-te a receita que tenho)
Banana sushi: banana barrada com manteiga de amendoim (ou de amêndoa) e enrolada com “rice krispies”, tufos de arroz (cereais) (imagem)
De vez em quando também podes mandar folhadinhos de salsicha. Compra massa folhada com formato redondo. Coloca mini salsichas a toda a volta. Corta a massa desde a borda (onde se encontram as salsichas) até ao centro. Enrola cada salsicha tipo croissant. Vai ao forno a 180 graus.
Para já, é o que me lembro, em termos de lanches saudáveis e divertidos