Batizar bébé sem casar | De Mãe para Mãe

Batizar bébé sem casar

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miats -
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Desde 23 Ago 2012

Boa tarde,
sei que é um tema já bastante abordado aqui mas gostaria de lançar a minha questão na mesma.
Sou casada pelo civil há 4 anos. Sou católica, batizada mas o meu marido não tem qualquer religião (é batizado também). Na altura ele não quis casar pela igreja precisamente por isso e eu respeitei. Agora, temos um bebe de 6 meses, eu gostaria de o batizar. O meu marido não é contra, diz que se eu quero, que por ele tudo bem o problema agora é, onde é que vou arranjar uma igreja que batize um bébé em que os pais não são casados pela igreja, o pai nem te religião e os padrinhos que escolhemos são como o pai.

Moro em Matosinhos mas não costumo ir à igreja sequer, gosto muito de ir a Fátima e faço diariamente as minhas orações. Alguém sabe de alguma paróquia que possa aceitar esta condição em que estamos ?

Obrigada desde já Sorriso

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Eu não percebo muito do assunto mas... O objetivo dos padrinhos não é "ensinar" a religião á criança? Neste caso não faz muito sentido os padrinhos não terem religião né?

Sou da opinião que os pais seguirem ou não na religião, serem casados ou não, não devia interferir em nada no baptismo da criança (afinal de contas, ela é que vai ser iniciada nessa vida, não são os pais), e faz-me confusão paróquias que não aceitem realizar o baptismo nessas condições.... Mas para mim faz-me todo o sentido que os padrinhos (que são quem interessa) sejam praticantes. Embora haja muito mais abertura das igrejas agora, penso que vai ser difícil encontrar alguma nessas condições...

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Por princípio todas deveriam aceitar. Não há nenhuma regra na religião católica que impeça um bebé de ser baptizado porque os pais não são casados pela igreja. Mas há de facto padres que tentam primeiro dizer que não é possível para ver se convencem os pais a casar pela igreja. Geralmente explicando que isso não faz sentido, que o bebé não tem culpa por os pais não serem casados, os padres costumam aceitar e baptizar (nos casos que conheço). Apenas num foi preciso ameaçar que iria ser enviada uma carta ao bispo a contar que o padre se estava a recusar a baptizar uma criança para fazer o padre mudar de ideias (porque de facto, eles sabem que não podem recusar).
O meu conselho é que escolha a igreja onde gostaria de fazer o baptizado e fale com o padre ou com o cartório. Se vir que estão a recusar e não lhe apetece chatear-se com isso, procura outra igreja. Sorriso

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Ah, quanto aos padrinhos, estes deveriam de facto ter o baptismo e o crisma. Compreendo que nem sempre seja possível se as pessoas com quem nos damos não forem religiosas. Alguns padres aceitam que participem na mesma na cerimónia e assinem como padrinhos, outros não aceitam (neste caso, com razão) e os padrinhos não participam na cerimónia (às vezes participam) e assinam apenas como testemunhas, embora para a criança sejam sempre os "padrinhos".

li gmr -
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Desde 15 Maio 2013

Em principio não terá problemas... Mas depende do pároco...
Eu baptizei o meu filho em 2016 sem, problemas, e somos solteiros...
O pároco da minha freguesia até é bastante acessível.
Fez uma série de perguntas, etc etc..
Falei com ele, expliquei toda a situação:
que ambos somos solteiros, católicos e que queríamos muito que o nosso filho seguisse a mesma caminhada
Mas também caso se recusasse ... Não me ia resignar...
Mas conheço um caso de outro padre "da mesma cidade, outra freguesia" que se recusou a fazer um baptismo...
Na minha opinião, nos dias de hoje, e desde a tomada do novo Papa, muita coisa da igreja está a mudar: e para melhor!!!
Felicidades...

Sobre li gmr

Com força tudo se vence!!!

li gmr -
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Desde 15 Maio 2013

Ahh e quanto aos padrinhos do meu filho, apenas o padrinho é crismado.
Não me exigiu papeladas nem nada..

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li gmr -
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Desde 15 Maio 2013

Bom, a minha escolha para padrinhos para o meu filho, foi acima de tudo escolher alguém com capacidade e vontade de tomar conta do meu filho caso acontecesse alguma fatalidade..
Foi com essa condição que os convidei... (nunca se sabe o dia de amanhã)...
E para os ensinamentos católicos já têm os pais e mais para a frente a catequese...
Até por que tenho 2 afilhados e um amor incondicional (não tenho crisma e não tive entraves)...
Nunca andei a rezar com eles, mas sim ajudar os pais a incutir-lhes valores e princípios..
Acima de tudo, isso é o mais importante...

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Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

li gmr escreveu:
Bom, a minha escolha para padrinhos para o meu filho, foi acima de tudo escolher alguém com capacidade e vontade de tomar conta do meu filho caso acontecesse alguma fatalidade..
Foi com essa condição que os convidei... (nunca se sabe o dia de amanhã)...
E para os ensinamentos católicos já têm os pais e mais para a frente a catequese...
Até por que tenho 2 afilhados e um amor incondicional (não tenho crisma e não tive entraves)...
Nunca andei a rezar com eles, mas sim ajudar os pais a incutir-lhes valores e princípios..
Acima de tudo, isso é o mais importante...

Em caso de morte dos pais a guarda das crianças é dada a parentes directos como avós ou tios.

li gmr -
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Desde 15 Maio 2013

Skillerific Isso é o que diz a Lei...
Por acaso os padrinhos do meu filho até são familiares directos.
E quando os convidei foi com a expressão clara que caso acontecesse algo a nós pais,
que fossem eles a lutar para poder criar a criança.
E não outros familiares.

Sobre li gmr

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shicat -
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Desde 25 Set 2013

li gmr escreveu:
Skillerific Isso é o que diz a Lei...
Por acaso os padrinhos do meu filho até são familiares directos.
E quando os convidei foi com a expressão clara que caso acontecesse algo a nós pais,
que fossem eles a lutar para poder criar a criança.
E não outros familiares.

A Lei (laica) é que manda. O baptismo é um sacramento católico que nada vale civilmente.

Para a autora do post: com certeza haverá padres que aceitem fazê-lo. Os meus pais não são casados pela igreja e nós fomos as 3 batizadas. Eu tenho 39 anos e sou a mais nova... suponho que agora haverá ainda mais abertura.

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

Boa tarde Miats,
Portanto se quer baptizar o seu filho, o sentido dos padrinhos é sejam exemplos para a vida católica, aliás é isso mesmo que se diz durante a cerimónia (ajudar a criar a criança na vida seguindo os princípios da igreja, ou algo assim). E também o sentido dos padrinhos é de facto que nos substituam em caso de fatalidade. Uma coisa é o que a lei diz, outra é o sentido dos padrinhos ao olhos da igreja.
Sobre a outra questão que coloca, os padres devem sempre batizar as crianças (mesmo que incentivem os pais a casarem) porque a criança não tem culpa de nascer e por ai fora. Logo não podem negar o batismo. Quanto aos padrinhos, apesar de alguns padres fecharem os olhos, os padrinhos devem sim seguir os costumes da igreja. A criança nao escolhe os pais, logo à criança nao pode ser negado o batismo por nao serem casados. No entanto os pais podem escolher os padrinhos. Não é imposto que seja estes ou aqueles, portanto o objetivo é sempre que os padrinhos sejam exemplo para a criança.

Só um à parte, A igreja tem as suas regras, as pessoas escolhem segui-las ou não, ser católico ou não, não faz sentido nenhum fazer só aquilo que nos convém. Principalmente hoje em dia, que não ha a "obrigaçao" de ir à missa, não entendo realmente porque as pessoas querem batizar as crianças/casar na igreja se depois nunca mais aparecem à igreja, não rezam e não ligam nenhuma... É só mesmo pela tradição e pelas aparências. Desde já as minhas desculpas a quem ofendi... Mas acho sinceramente que as pessoas devem fazer escolhas e nao se ficar sempre pelos meios termos. Hoje em dia, isso já não faz sentido.

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

li gmr escreveu:
Skillerific Isso é o que diz a Lei...
Por acaso os padrinhos do meu filho até são familiares directos.
E quando os convidei foi com a expressão clara que caso acontecesse algo a nós pais,
que fossem eles a lutar para poder criar a criança.
E não outros familiares.

E é a lei que conta. Salvo algumas excepções, a guarda das crianças é dada aos avós ou tios, consoante a vontade, disponibilidade e capacidade. Se no seu caso os padrinhos até se enquadram, pode coincidir, mas escolher padrinhos de baptismo com base nessa premissa é errado. A única função dos padrinhos de baptismo é ajudar na educação da fé (para além de poderem ser amigos e eventualmente ter uma relação especial).

cmts -
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Desde 07 Abr 2012

Skillerific escreveu:

li gmr escreveu:Bom, a minha escolha para padrinhos para o meu filho, foi acima de tudo escolher alguém com capacidade e vontade de tomar conta do meu filho caso acontecesse alguma fatalidade..
Foi com essa condição que os convidei... (nunca se sabe o dia de amanhã)...
E para os ensinamentos católicos já têm os pais e mais para a frente a catequese...
Até por que tenho 2 afilhados e um amor incondicional (não tenho crisma e não tive entraves)...
Nunca andei a rezar com eles, mas sim ajudar os pais a incutir-lhes valores e princípios..
Acima de tudo, isso é o mais importante...

Em caso de morte dos pais a guarda das crianças é dada a parentes directos como avós ou tios.

Não necessariamente, para isso podem existir os chamados padrinhos civis. Ou seja, são pessoas designadas pelos pais para ficarem com a custódia da criança no caso de acontecer alguma coisa. Os padrinhos civis podem ser diferentes dos padrinhos de batismo

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

FSilsa escreveu:
Boa tarde Miats,
Portanto se quer baptizar o seu filho, o sentido dos padrinhos é sejam exemplos para a vida católica, aliás é isso mesmo que se diz durante a cerimónia (ajudar a criar a criança na vida seguindo os princípios da igreja, ou algo assim). E também o sentido dos padrinhos é de facto que nos substituam em caso de fatalidade. Uma coisa é o que a lei diz, outra é o sentido dos padrinhos ao olhos da igreja.
Sobre a outra questão que coloca, os padres devem sempre batizar as crianças (mesmo que incentivem os pais a casarem) porque a criança não tem culpa de nascer e por ai fora. Logo não podem negar o batismo. Quanto aos padrinhos, apesar de alguns padres fecharem os olhos, os padrinhos devem sim seguir os costumes da igreja. A criança nao escolhe os pais, logo à criança nao pode ser negado o batismo por nao serem casados. No entanto os pais podem escolher os padrinhos. Não é imposto que seja estes ou aqueles, portanto o objetivo é sempre que os padrinhos sejam exemplo para a criança.
Só um à parte, A igreja tem as suas regras, as pessoas escolhem segui-las ou não, ser católico ou não, não faz sentido nenhum fazer só aquilo que nos convém. Principalmente hoje em dia, que não ha a "obrigaçao" de ir à missa, não entendo realmente porque as pessoas querem batizar as crianças/casar na igreja se depois nunca mais aparecem à igreja, não rezam e não ligam nenhuma... É só mesmo pela tradição e pelas aparências. Desde já as minhas desculpas a quem ofendi... Mas acho sinceramente que as pessoas devem fazer escolhas e nao se ficar sempre pelos meios termos. Hoje em dia, isso já não faz sentido.

Eu acredito em Deus, não vou à missa porque não gosto, não me confesso porque decisão pessoal mas casei na igreja e baptizei a minha filha. Com padrinhos que não seguem qualquer religião pura e simplesmente porque não conheço ninguém que frequente a igreja e porque a minha madrinha de baptismo, ateia, sempre foi a primeira a incentivar o meu percurso na catequese, pelo que não acho que uma coisa seja incompatível com a outra. Sorriso Baptizei a minha filha e faço questão que faça a catequese, mesmo que eu não frequente a igreja, para poder aprender e poder mais tarde decidir sequer acreditar ou não.

FSilsa -
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Desde 08 Abr 2014

ClaraMiguel escreveu:

FSilsa escreveu:Boa tarde Miats,
Portanto se quer baptizar o seu filho, o sentido dos padrinhos é sejam exemplos para a vida católica, aliás é isso mesmo que se diz durante a cerimónia (ajudar a criar a criança na vida seguindo os princípios da igreja, ou algo assim). E também o sentido dos padrinhos é de facto que nos substituam em caso de fatalidade. Uma coisa é o que a lei diz, outra é o sentido dos padrinhos ao olhos da igreja.
Sobre a outra questão que coloca, os padres devem sempre batizar as crianças (mesmo que incentivem os pais a casarem) porque a criança não tem culpa de nascer e por ai fora. Logo não podem negar o batismo. Quanto aos padrinhos, apesar de alguns padres fecharem os olhos, os padrinhos devem sim seguir os costumes da igreja. A criança nao escolhe os pais, logo à criança nao pode ser negado o batismo por nao serem casados. No entanto os pais podem escolher os padrinhos. Não é imposto que seja estes ou aqueles, portanto o objetivo é sempre que os padrinhos sejam exemplo para a criança.
Só um à parte, A igreja tem as suas regras, as pessoas escolhem segui-las ou não, ser católico ou não, não faz sentido nenhum fazer só aquilo que nos convém. Principalmente hoje em dia, que não ha a "obrigaçao" de ir à missa, não entendo realmente porque as pessoas querem batizar as crianças/casar na igreja se depois nunca mais aparecem à igreja, não rezam e não ligam nenhuma... É só mesmo pela tradição e pelas aparências. Desde já as minhas desculpas a quem ofendi... Mas acho sinceramente que as pessoas devem fazer escolhas e nao se ficar sempre pelos meios termos. Hoje em dia, isso já não faz sentido.

Eu acredito em Deus, não vou à missa porque não gosto, não me confesso porque decisão pessoal mas casei na igreja e baptizei a minha filha. Com padrinhos que não seguem qualquer religião pura e simplesmente porque não conheço ninguém que frequente a igreja e porque a minha madrinha de baptismo, ateia, sempre foi a primeira a incentivar o meu percurso na catequese, pelo que não acho que uma coisa seja incompatível com a outra. Baptizei a minha filha e faço questão que faça a catequese, mesmo que eu não frequente a igreja, para poder aprender e poder mais tarde decidir sequer acreditar ou não.


Olá claramiguel Sorriso
Faz muito bem em leva a catequese. Eu sou catequista, por isso posso dizer lhe que a maior parte do incentivo de seguir ou não os ensinamentos da igreja vem dos pais. Já é muito bom se forem batizados e melhor ainda se forem a catequese, mas como catequista digo lhe que se o exemplo não partir dos pais, fazem a crisma e não vão mais a catequese.
Infelizmente as poucas pessoas que vão à missa já são velhas, ou vão por tradição. No entanto, por outro lado, surgem cada vez mais jovens com uma fé inabalável e que dá esperança.
E como digo as minhas crianças, a missa é como uma vacina, não gostamos, mas nos faz bem.
Mas tal como as vacinas, temos a opção de não as levar, com as devidas consequências.

Skillerific -
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Desde 20 Out 2015

cmts escreveu:

Skillerific escreveu:
li gmr escreveu:Bom, a minha escolha para padrinhos para o meu filho, foi acima de tudo escolher alguém com capacidade e vontade de tomar conta do meu filho caso acontecesse alguma fatalidade..
Foi com essa condição que os convidei... (nunca se sabe o dia de amanhã)...
E para os ensinamentos católicos já têm os pais e mais para a frente a catequese...
Até por que tenho 2 afilhados e um amor incondicional (não tenho crisma e não tive entraves)...
Nunca andei a rezar com eles, mas sim ajudar os pais a incutir-lhes valores e princípios..
Acima de tudo, isso é o mais importante...

Em caso de morte dos pais a guarda das crianças é dada a parentes directos como avós ou tios.

Não necessariamente, para isso podem existir os chamados padrinhos civis. Ou seja, são pessoas designadas pelos pais para ficarem com a custódia da criança no caso de acontecer alguma coisa. Os padrinhos civis podem ser diferentes dos padrinhos de batismo

Se não estou em erro, o apadrinhamento civil funciona de outra forma. Quando os pais nomeiam padrinhos civis, a criança, embora tenha contacto com os pais, passa a residir com os padrinhos (que têm de ser um casal ou pessoa individual) e estes passam a ter direitos/deveres sobre a criança.
De qualquer forma, o meu comentário dizia respeito aos padrinhos de baptismo. Muita gente acha, erradamente, que as crianças ficam automaticamente com os padrinhos de baptismo se os pais morrerem.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

FSilsa escreveu:

ClaraMiguel escreveu:
FSilsa escreveu:Boa tarde Miats,
Portanto se quer baptizar o seu filho, o sentido dos padrinhos é sejam exemplos para a vida católica, aliás é isso mesmo que se diz durante a cerimónia (ajudar a criar a criança na vida seguindo os princípios da igreja, ou algo assim). E também o sentido dos padrinhos é de facto que nos substituam em caso de fatalidade. Uma coisa é o que a lei diz, outra é o sentido dos padrinhos ao olhos da igreja.
Sobre a outra questão que coloca, os padres devem sempre batizar as crianças (mesmo que incentivem os pais a casarem) porque a criança não tem culpa de nascer e por ai fora. Logo não podem negar o batismo. Quanto aos padrinhos, apesar de alguns padres fecharem os olhos, os padrinhos devem sim seguir os costumes da igreja. A criança nao escolhe os pais, logo à criança nao pode ser negado o batismo por nao serem casados. No entanto os pais podem escolher os padrinhos. Não é imposto que seja estes ou aqueles, portanto o objetivo é sempre que os padrinhos sejam exemplo para a criança.
Só um à parte, A igreja tem as suas regras, as pessoas escolhem segui-las ou não, ser católico ou não, não faz sentido nenhum fazer só aquilo que nos convém. Principalmente hoje em dia, que não ha a "obrigaçao" de ir à missa, não entendo realmente porque as pessoas querem batizar as crianças/casar na igreja se depois nunca mais aparecem à igreja, não rezam e não ligam nenhuma... É só mesmo pela tradição e pelas aparências. Desde já as minhas desculpas a quem ofendi... Mas acho sinceramente que as pessoas devem fazer escolhas e nao se ficar sempre pelos meios termos. Hoje em dia, isso já não faz sentido.

Eu acredito em Deus, não vou à missa porque não gosto, não me confesso porque decisão pessoal mas casei na igreja e baptizei a minha filha. Com padrinhos que não seguem qualquer religião pura e simplesmente porque não conheço ninguém que frequente a igreja e porque a minha madrinha de baptismo, ateia, sempre foi a primeira a incentivar o meu percurso na catequese, pelo que não acho que uma coisa seja incompatível com a outra. Baptizei a minha filha e faço questão que faça a catequese, mesmo que eu não frequente a igreja, para poder aprender e poder mais tarde decidir sequer acreditar ou não.

Olá claramiguel
Faz muito bem em leva a catequese. Eu sou catequista, por isso posso dizer lhe que a maior parte do incentivo de seguir ou não os ensinamentos da igreja vem dos pais. Já é muito bom se forem batizados e melhor ainda se forem a catequese, mas como catequista digo lhe que se o exemplo não partir dos pais, fazem a crisma e não vão mais a catequese.
Infelizmente as poucas pessoas que vão à missa já são velhas, ou vão por tradição. No entanto, por outro lado, surgem cada vez mais jovens com uma fé inabalável e que dá esperança.
E como digo as minhas crianças, a missa é como uma vacina, não gostamos, mas nos faz bem.
Mas tal como as vacinas, temos a opção de não as levar, com as devidas consequências.

Foi de facto o meu caso. Fiz o Crisma e poucas missas assisti depois de então. Não ajudará com certeza em todas as missas a que assisti ter padres retrógrados a passar literalmente sermões de comportamento a quem está a assistir. Ouvir coisas como "a mulher não pode ficar chateada por o homem ir para o café em vez de ir para casa, e deve recebê-lo com um sorriso mesmo que ele chegue bêbado horas" não faz propriamente ganhar vontade de ir e até mesmo de levar a minha filha. Haverá com certeza muitos bons padres (assisti a uma missa maravilhosa dada por uma padre jesuíta há uns anos) e obviamente que este tipo de discurso em nada tem a ver com a religião. Mas é mesmo esse o meu problema: as missas a que vou acho-as pouco viradas para o verdadeiro ensinamento da religião. Acho que não há o esforço de chegar às pessoas de hoje, aos jovens, ao mundo actual.

E depois claro, depende um pouco da visão de cada um de nós tem de Deus. Eu sou uma mulher da ciência. Sorriso As vacinas protegem a minha filha de doenças que lhe podem roubar a vida ou deixar mazelas. Não tem escolha senão levar. As missas, para mim, não têm consequências para além daquilo que nos fazem sentir (se nos sentirmos bem numa missa, vamos, se não, não vamos). Não acho que ela perca grande coisa se não for a missas. Não acreditar em Deus não traz consequências, mas acho que acreditar nos faz sentir bem, sobretudo se não o temermos e não acreditarmos num Deus castigador. Mas lá está, visão muito pessoal do que é Deus. Não sou a melhor pessoa para discutir religião. Acho que sou a típica "acredito em Deus mas acredito pouco na Igreja". Sorriso

FSilsa -
Offline
Desde 08 Abr 2014

ClaraMiguel escreveu:

FSilsa escreveu:
ClaraMiguel escreveu:
FSilsa escreveu:Boa tarde Miats,
Portanto se quer baptizar o seu filho, o sentido dos padrinhos é sejam exemplos para a vida católica, aliás é isso mesmo que se diz durante a cerimónia (ajudar a criar a criança na vida seguindo os princípios da igreja, ou algo assim). E também o sentido dos padrinhos é de facto que nos substituam em caso de fatalidade. Uma coisa é o que a lei diz, outra é o sentido dos padrinhos ao olhos da igreja.
Sobre a outra questão que coloca, os padres devem sempre batizar as crianças (mesmo que incentivem os pais a casarem) porque a criança não tem culpa de nascer e por ai fora. Logo não podem negar o batismo. Quanto aos padrinhos, apesar de alguns padres fecharem os olhos, os padrinhos devem sim seguir os costumes da igreja. A criança nao escolhe os pais, logo à criança nao pode ser negado o batismo por nao serem casados. No entanto os pais podem escolher os padrinhos. Não é imposto que seja estes ou aqueles, portanto o objetivo é sempre que os padrinhos sejam exemplo para a criança.
Só um à parte, A igreja tem as suas regras, as pessoas escolhem segui-las ou não, ser católico ou não, não faz sentido nenhum fazer só aquilo que nos convém. Principalmente hoje em dia, que não ha a "obrigaçao" de ir à missa, não entendo realmente porque as pessoas querem batizar as crianças/casar na igreja se depois nunca mais aparecem à igreja, não rezam e não ligam nenhuma... É só mesmo pela tradição e pelas aparências. Desde já as minhas desculpas a quem ofendi... Mas acho sinceramente que as pessoas devem fazer escolhas e nao se ficar sempre pelos meios termos. Hoje em dia, isso já não faz sentido.

Eu acredito em Deus, não vou à missa porque não gosto, não me confesso porque decisão pessoal mas casei na igreja e baptizei a minha filha. Com padrinhos que não seguem qualquer religião pura e simplesmente porque não conheço ninguém que frequente a igreja e porque a minha madrinha de baptismo, ateia, sempre foi a primeira a incentivar o meu percurso na catequese, pelo que não acho que uma coisa seja incompatível com a outra. Baptizei a minha filha e faço questão que faça a catequese, mesmo que eu não frequente a igreja, para poder aprender e poder mais tarde decidir sequer acreditar ou não.

Olá claramiguel
Faz muito bem em leva a catequese. Eu sou catequista, por isso posso dizer lhe que a maior parte do incentivo de seguir ou não os ensinamentos da igreja vem dos pais. Já é muito bom se forem batizados e melhor ainda se forem a catequese, mas como catequista digo lhe que se o exemplo não partir dos pais, fazem a crisma e não vão mais a catequese.
Infelizmente as poucas pessoas que vão à missa já são velhas, ou vão por tradição. No entanto, por outro lado, surgem cada vez mais jovens com uma fé inabalável e que dá esperança.
E como digo as minhas crianças, a missa é como uma vacina, não gostamos, mas nos faz bem.
Mas tal como as vacinas, temos a opção de não as levar, com as devidas consequências.

Foi de facto o meu caso. Fiz o Crisma e poucas missas assisti depois de então. Não ajudará com certeza em todas as missas a que assisti ter padres retrógrados a passar literalmente sermões de comportamento a quem está a assistir. Ouvir coisas como "a mulher não pode ficar chateada por o homem ir para o café em vez de ir para casa, e deve recebê-lo com um sorriso mesmo que ele chegue bêbado horas" não faz propriamente ganhar vontade de ir e até mesmo de levar a minha filha. Haverá com certeza muitos bons padres (assisti a uma missa maravilhosa dada por uma padre jesuíta há uns anos) e obviamente que este tipo de discurso em nada tem a ver com a religião. Mas é mesmo esse o meu problema: as missas a que vou acho-as pouco viradas para o verdadeiro ensinamento da religião. Acho que não há o esforço de chegar às pessoas de hoje, aos jovens, ao mundo actual.
E depois claro, depende um pouco da visão de cada um de nós tem de Deus. Eu sou uma mulher da ciência. As vacinas protegem a minha filha de doenças que lhe podem roubar a vida ou deixar mazelas. Não tem escolha senão levar. As missas, para mim, não têm consequências para além daquilo que nos fazem sentir (se nos sentirmos bem numa missa, vamos, se não, não vamos). Não acho que ela perca grande coisa se não for a missas. Não acreditar em Deus não traz consequências, mas acho que acreditar nos faz sentir bem, sobretudo se não o temermos e não acreditarmos num Deus castigador. Mas lá está, visão muito pessoal do que é Deus. Não sou a melhor pessoa para discutir religião. Acho que sou a típica "acredito em Deus mas acredito pouco na Igreja".


Sim, realmente nem todos os padres conseguem fazer bem o seu papel de padre. Mas a verdade é que nem todos os médicos são bons médicos, nem todos os professores são bons professores e por aí fora. O que fazemos quando isso acontece? Procurar outro médico, mudar de escola. É como já pudeste experimentar, ir a uma missa nem celebrada, por um bom padre, saímos rejuvenescidos. E posso te dizer que as missas que mais gostei de ir foi no Reino unido no pouco tempo que lá estive. As pessoas estavam lá por vontade própria, sentiam se bem lá e cantavam e rezavam com uma alegria diferente. Queriam mesmo lá estar. E olha que nem percebia metade do que diziam. Portanto se um dia te sentires para lá virada, tenta de novo. A mim a fé é o que me dá força para aceitar e contornar as contrariedades. Mas se calhar sou eu que também as tive demasiado cedo na minha vida. E pronto, sou a excepção à regra.

miats -
Offline
Desde 23 Ago 2012

Obrigada por todas as respostas 😌

Soph_713 -
Offline
Desde 25 Mar 2015

Os pais não têm de ser casados, o baptismo é um sacramento para a criança.
Nenhum padre pode negar o recebimento desse sacramento a uma criança.
Podem sim tentar "converter" os pais, mas aí o assunto é outro...
Agora, a questão fos padrinhos serem como o pai ,(o que significa wue não têm fé) é que não faz qualquer sentido. Aqui a questão é bem diferente... as pessoas confundem os assuntos e os pais escolhem compadres e não padrinhos para os filhos...

VitaminaABC -
Offline
Desde 29 Out 2016

Eu não tive qualquer problema em batizar a minha filha. Nao sou casada, o pai não tem crisma, o padrinho idem, eu teho crisma a madrinha tb, o padrinho é solteiro, a madrinha é mãe solteira...tudo indicava entraves e no final não houve entrave algum...e aconteceu tudo numa freguesia no interior do pais, a norte, onde supostamente poderia haver mais preconceitos porque por lá poucos são os solteiros com filhos, por la ainda é antiquado e se fazem casamentos com as "calças do meu pai", sorte que não tive :-).