Ansiedade da separação no final da licença de maternidade | De Mãe para Mãe

Ansiedade da separação no final da licença de maternidade

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DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Olá mamãs,
optei pelos 150 dias de licença de maternidade, chegam ao fim no início de março... Até ser mãe nunca fui uma pessoa ansiosa, desde que engravidei quase que parece que baixou em mim uma outra personalidade nesse aspeto... Tenho vindo a melhorar mas agora aproximando-se o final da licença de maternidade dou por mim com aquele sentimento de angústia por já não poder passar o dia todo com a minha bebé... Também vos aconteceu? Como lidaram com isso?
Como tenho alguma flexibilidade no trabalho, pelo menos até às férias de agosto, vou poder ficar com ela de manhã, o que atenua uma mudança brusca, mas de tarde será a minha sogra a tomar conta, e cada vez que penso nisso é um aperto no coração. Quase me sinto ridícula por sentir estas coisas mas não consigo evitar...

Isabelamartinho -
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Desde 17 Jan 2018

Ola como te entendo eu não consegui mesmo colocar o meu no berçario nem com ninguém, ele foi 1 dia ao berçario voltou sujo, faminto, e desesperado por atenção dormiu no meu colo no regresso a casa ainda tive de o trocar no autocarro pois a mala dele nem aberta foi, a pele dele que precisa de creme várias vezes vinha a cair, desisti do meu trabalho arranjei umas horas de seg a sex ele vai comigo atrás ao menos ele está seguro quando tiver alguma independência tipo 1 ou 2 anos colocamos numa creche até lá fica comigo, é dificil a separação eu nesse dia que ele foi nem no trabalho consegui concentrar-me e normal sentir-mos vários sentimentos são as nossas crias queremos elas perto de nós

shicat -
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Desde 25 Set 2013

Isabelamartinho escreveu:
Ola como te entendo eu não consegui mesmo colocar o meu no berçario nem com ninguém, ele foi 1 dia ao berçario voltou sujo, faminto, e desesperado por atenção dormiu no meu colo no regresso a casa ainda tive de o trocar no autocarro pois a mala dele nem aberta foi, a pele dele que precisa de creme várias vezes vinha a cair, desisti do meu trabalho arranjei umas horas de seg a sex ele vai comigo atrás ao menos ele está seguro quando tiver alguma independência tipo 1 ou 2 anos colocamos numa creche até lá fica comigo, é dificil a separação eu nesse dia que ele foi nem no trabalho consegui concentrar-me e normal sentir-mos vários sentimentos são as nossas crias queremos elas perto de nós

Isso que relata não é, de todo, o normal. A minha filha foi para a creche com 4 meses. nunca veio para casa suja ou com fome ou, sequer, irritada. E sempre que foi necessário algum cuidado específico: uso de medicação ou cremes, sempre senti que as minhas instruções eram cumpridas. Em mais de 3 anos que já levamos de creche/infantário, acho que só a apanhei a chorar 1 ou 2 vezes à tarde. Regra geral, anda feliz a brincar.
Não é que eu ache o ideal pôr uma criança tão pequena na creche mas, não havendo, alternativa, há que escolher uma instituição de confiança que não é nenhum drama. Habituamo-nos nós e habituam-se eles e até acabam por tirar proveito.
Para a mãe do post: é normal sentir isso. Acho que a ansiedade nunca mais nos abandona, mas não nos devemos prender por ela. Vai ser bom ter uma separação faseada e ter a avó a tomar conta. Provavelmente preferia ficar com ele, mas tem de acreditar que vai ficar bem entregue e que essas horas passarão num instante. Não o está a abandonar.

Anete Silva -
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Desde 06 Fev 2019

Olá!
É muito normal esse sentimento e todos esses pensamentos.
Depois de sermos mães baixa em nós umas ansiedades que não tínhamos antes, em tanta coisa eu era tão descontraída e valente e fiquei uma lamechas ansiosa.
Eu voltei ao trabalho quando a minha filha tinha 6 meses, com horário reduzido, deixava na creche às 8h45 e ia buscar pelas 15h45.
Claro que me custou, claro que a separação custa, mas acho que temos que interiorizar que a vida tem dessas coisa e que o mais importante é os nossos filhos estarem bem, pela vida fora existirão inúmeras situações de separação e que temos que ser fortes e faz parte.
Não deixa de custar e ainda hoje em dia várias vezes dou comigo a pensar como é ilógico estar tantas horas longe da minha filha, que estou mais tempo do dia a trabalhar do que com ela e tenho imensas vezes umas saudades imensas mas faz parte, sei que ela está bem e para o bem das duas temos que fazer a nossa vida...
Se fica com a avó ainda melhor, está mesmo bem porque está com alguém da família, próximo e isso também é muito bom, que se habituem a estar com várias pessoas diferentes, a serem sociáveis, etc...
Vai acalmando o teu coração como dá, pensando no bom de tudo, que ela está bem, que tu também tens que seguir a tua vida, voltar ao teu trabalho, à tua rotina, que um dia ela terá orgulho na sua mãe como boa profissional, etc...
Boa Sorte!

Deia 16 -
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Desde 12 Out 2017

Aí Diana como a entendo
Eu a uma semana de ir trabalhar fuo pedir a licença alargada assim fico com ela ate aos 9 meses... foi s melhor coisa q fiz amamentei em exclusivo ate aos 6 meses e a introdução da sopa está a ir com muita calma se tivesse ido trabalhar andava a panicar q n comia 😂😂

Isabelamartinho -
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Desde 17 Jan 2018

shicat foi horrivel ver ele assim sabemos que é uma criança difícil mas não é impossivel e que nem a sopa lhe deram voltou com a mala lá esta nem foi aberta, o leite em pó voltou igual não sei o que lhe deram de comer sei que esteve com os intestinos presos 1 semana enfim é um episódio a esquecer fizemos queixa obvio mas so queremos esquecer ainda hoje lembro da cara dele de alivio ao me ver até tremia ...

Deia 16 -
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Desde 12 Out 2017

Isabelamartinho escreveu:
shicat foi horrivel ver ele assim sabemos que é uma criança difícil mas não é impossivel e que nem a sopa lhe deram voltou com a mala lá esta nem foi aberta, o leite em pó voltou igual não sei o que lhe deram de comer sei que esteve com os intestinos presos 1 semana enfim é um episódio a esquecer fizemos queixa obvio mas so queremos esquecer ainda hoje lembro da cara dele de alivio ao me ver até tremia ...

Ai mama imagino o desespero do bebd

Deia 16 -
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Desde 12 Out 2017

Desculpe enviei sem querer o outro comentário
Imagino o desespero do bebê e o seu, acho q me dava um treco e de seguida arrasava com elas...
Fez muito bem em apresentar queixa e ficar com o seu bebe em casa

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Isabelamartinho escreveu:
shicat foi horrivel ver ele assim sabemos que é uma criança difícil mas não é impossivel e que nem a sopa lhe deram voltou com a mala lá esta nem foi aberta, o leite em pó voltou igual não sei o que lhe deram de comer sei que esteve com os intestinos presos 1 semana enfim é um episódio a esquecer fizemos queixa obvio mas so queremos esquecer ainda hoje lembro da cara dele de alivio ao me ver até tremia ...

Que horror! Como é possível?! ....

SK. -
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Desde 14 Ago 2012

Por aqui também aconteceu e é normal, como disseram. A primeira semana custou-me imenso, ao deixá-lo na creche saía com o coração apertado. Depois foi passando, percebi que ele estava bem entregue, fui regressando à rotina do trabalho e rapidamente a cabeça ficou ocupada com outras coisas. Até hoje nunca ficou a chorar, estica logo os braços para a educadora assim que a vê, e isso ajudou muito (também nunca o vi a chorar quando chego). Se o teu fica com a avó melhor ainda, sabes que está bem entregue e podes telefonar as vezes que quiseres só para descansar o coração. Vai correr bem!

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Diana, é muito normal o que estás a sentir. Mas acredita que vai ser bom. Vão criar uma nova rotina, vai/te saber bem voltares ao teu trabalho, e como fica com a avó , melhor ainda! Tb tive a possibilidade de ficar com o meu as manhãs até fazer um ano e digo-te q é mt mt bom Piscar o olho
Tenho pena que ag não vá poder fazer isso pq já tenho q sair mais cedo para ir buscar o mais velho à creche

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Como te entendo Diana. É perfeitamente normal esse sentimento que descreves, eu senti exatamente o mesmo. Uma ansiedade, uma angústia (na altura até abri um tópico aqui sobre isso). Com o tempo foi melhorando mas mesmo hoje em dia dou por mim a pensar na quantidade de horas diárias que passo sem ela e sinto saudades (à segunda-feira é o dia mais crítico mas à sexta dou pulinhos só de saber que tenho o fim-de-semana pela frente com ela) ☺

Videl86 -
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Desde 18 Jul 2014

Eu acho o sentimento normal e digo mais, acho que há algo profundamente errado na nossa sociedade que nos obriga a entregar os nossos filhos assim com essa idade para voltarmos a trabalhar, é algo que mexe muito comigo e me revolta. Eu também meti licença alargada para a minha filha, mais férias de seguida, entrou na creche no mês em que fez 9 meses, e mesmo assim foi horrível. E até hoje é horrível para mim, eu geralmente acabo de trabalhar por volta das 15:00 e por vezes tenho coisas para fazer e não a vou buscar logo, mas o mais tardar às 16:00-16:15 já a vou buscar, e se começa a passar dessa hora começa a dar-me um aperto, uma coisa que nem consigo pôr em palavras, tenho de a ir buscar, uma agonia horrível. Ainda noutro dia saí às 15 e tive de levar o carro a uma bomba de gasolina e fazer umas coisas pendentes no carro que não consigo fazer com os miúdos comigo e quando dei conta já eram 16h. Eu ainda tinha de ir ao supermercado fazer uma compra grande e tinha planeado ir antes de os ir buscar, mas pus-me a pensar que chegar ao supermercado, fazer as compras todas, depois ainda ia apanhar trânsito porque começava a ser hora de ponta, não ia conseguir chegar lá antes das 17h...não consegui ir. E claro que não ajuda ela ficar a chorar sempre que a deixo na creche e começar a chorar mal me vê...mas os meus filhos são assim, mesmo o mais velho é assim até hoje, ele prefere sempre ficar connosco por mais divertido que seja na escolinha, ele adora quando eu o vou buscar muito cedo, ele todos os dias me diz que está doente e não pode ir para a escolinha Choque! e não são os locais, eles não são maltratados, alias são escolas diferentes. E nem todas as mulheres (ou homens) sentem isto, mas nós aqui em casa sentimos que devia haver uma maneira de poder ficar com eles até aos 5 anos sem nos prejudicarmos noutros aspetos. No seu caso é uma pessoa da família que vai ficar com o bebé, que bom, que sorte, eu teria dado tudo para ter alguém que ama os meus filhos a ficar a tomar conta deles, aí as coisas até seriam diferentes.

Sobre Videl86

08 de dezembro de 2014 <3 49,5 cm e 2,920 de amor e doçura <3
13 de dezembro de 2017 <3 47 cm e 2,815 de fofurice e amor <3

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Videl86 escreveu:
Eu acho o sentimento normal e digo mais, acho que há algo profundamente errado na nossa sociedade que nos obriga a entregar os nossos filhos assim com essa idade para voltarmos a trabalhar, é algo que mexe muito comigo e me revolta. Eu também meti licença alargada para a minha filha, mais férias de seguida, entrou na creche no mês em que fez 9 meses, e mesmo assim foi horrível. E até hoje é horrível para mim, eu geralmente acabo de trabalhar por volta das 15:00 e por vezes tenho coisas para fazer e não a vou buscar logo, mas o mais tardar às 16:00-16:15 já a vou buscar, e se começa a passar dessa hora começa a dar-me um aperto, uma coisa que nem consigo pôr em palavras, tenho de a ir buscar, uma agonia horrível. Ainda noutro dia saí às 15 e tive de levar o carro a uma bomba de gasolina e fazer umas coisas pendentes no carro que não consigo fazer com os miúdos comigo e quando dei conta já eram 16h. Eu ainda tinha de ir ao supermercado fazer uma compra grande e tinha planeado ir antes de os ir buscar, mas pus-me a pensar que chegar ao supermercado, fazer as compras todas, depois ainda ia apanhar trânsito porque começava a ser hora de ponta, não ia conseguir chegar lá antes das 17h...não consegui ir. E claro que não ajuda ela ficar a chorar sempre que a deixo na creche e começar a chorar mal me vê...mas os meus filhos são assim, mesmo o mais velho é assim até hoje, ele prefere sempre ficar connosco por mais divertido que seja na escolinha, ele adora quando eu o vou buscar muito cedo, ele todos os dias me diz que está doente e não pode ir para a escolinha e não são os locais, eles não são maltratados, alias são escolas diferentes. E nem todas as mulheres (ou homens) sentem isto, mas nós aqui em casa sentimos que devia haver uma maneira de poder ficar com eles até aos 5 anos sem nos prejudicarmos noutros aspetos. No seu caso é uma pessoa da família que vai ficar com o bebé, que bom, que sorte, eu teria dado tudo para ter alguém que ama os meus filhos a ficar a tomar conta deles, aí as coisas até seriam diferentes.

Videl86 -
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Desde 18 Jul 2014

Sansa, é triste, no fundo isto é a prova de que nenhum de nós é verdadeiramente livre. As pessoas verdadeiramente livres no mundo são as ricas...porque se quiserem não trabalhar, se quiserem cuidar dos filhos, se quiserem seguir uma paixão (profissional), se quiserem experimentar, criar, etc podem, e não ficam com medo de não ter o que comer. Enfim, por isso é que eu acho que a única forma da nossa sociedade ser realmente justa e livre é através do rendimento básico incondicional (quem quiser saber mais: http://rendimentobasico.pt/)

Sobre Videl86

08 de dezembro de 2014 <3 49,5 cm e 2,920 de amor e doçura <3
13 de dezembro de 2017 <3 47 cm e 2,815 de fofurice e amor <3

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Eu adorava ter disponibilidade financeira para poder ser eu a ficar com a minha filha ou pelo menos uma pessoa de família mas nem as avós podem (com a idade da reforma cada vez mais tarde) 😯

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Videl86 escreveu:
Sansa, é triste, no fundo isto é a prova de que nenhum de nós é verdadeiramente livre. As pessoas verdadeiramente livres no mundo são as ricas...porque se quiserem não trabalhar, se quiserem cuidar dos filhos, se quiserem seguir uma paixão (profissional), se quiserem experimentar, criar, etc podem, e não ficam com medo de não ter o que comer. Enfim, por isso é que eu acho que a única forma da nossa sociedade ser realmente justa e livre é através do rendimento básico incondicional (quem quiser saber mais: http://rendimentobasico.pt/)

É também uma questão de mentalidade, Videl. Olha aqui onde vivo: as mulheres escolhem trabalhar a part-time e/ou apartir de casa, porque é-lhes garantido esse direito e perdem somente 30% dos seus rendimentos. Os pais têm direito a uma folga extra para ficarem em casa com os filhos. É impensável uma criança frequentar a creche 5 dias por semana. O normal são 2/3 dias. Os avós também têm um dia para ficar com os netos: é o esperado e é o normal.
Os Holandeses não se massacram a trabalhar e levam muito a sério o lazer e o tempo passado em família.
Claro que o aspecto económico é um fator de grande peso, mas mais uma vez, aqui o governo “rouba” aos ricos para dar aos pobres. Tenta-se garantir ao máximo igualdade de oportunidades. E isto é muito importante numa sociedade.

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Videl86 escreveu:
Sansa, é triste, no fundo isto é a prova de que nenhum de nós é verdadeiramente livre. As pessoas verdadeiramente livres no mundo são as ricas...porque se quiserem não trabalhar, se quiserem cuidar dos filhos, se quiserem seguir uma paixão (profissional), se quiserem experimentar, criar, etc podem, e não ficam com medo de não ter o que comer. Enfim, por isso é que eu acho que a única forma da nossa sociedade ser realmente justa e livre é através do rendimento básico incondicional (quem quiser saber mais: http://rendimentobasico.pt/)

A mim custa-me imenso ler certos relatos. Fico triste com a situação familiar de algumas pessoas, e fico muito triste ao pensar nas crianças.
Ainda agora, por exemplo a Peqesmeralda, nenhuma família deveria ver-se numa situação dessas. Aflige-me a ideia de uma criança passar 10 horas por dia na escola e apenas ver a mãe aos fins de semana.

Videl86 -
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Desde 18 Jul 2014

Na Holanda a sociedade é mais equilibrada, mas as pessoas continuam a não ser livres e essa é a realidade.
Agora claro, entre essa realidade e a nossa, é melhor essa.

Sobre Videl86

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13 de dezembro de 2017 <3 47 cm e 2,815 de fofurice e amor <3

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

Sansa escreveu:

Videl86 escreveu:Sansa, é triste, no fundo isto é a prova de que nenhum de nós é verdadeiramente livre. As pessoas verdadeiramente livres no mundo são as ricas...porque se quiserem não trabalhar, se quiserem cuidar dos filhos, se quiserem seguir uma paixão (profissional), se quiserem experimentar, criar, etc podem, e não ficam com medo de não ter o que comer. Enfim, por isso é que eu acho que a única forma da nossa sociedade ser realmente justa e livre é através do rendimento básico incondicional (quem quiser saber mais: http://rendimentobasico.pt/)

A mim custa-me imenso ler certos relatos. Fico triste com a situação familiar de algumas pessoas, e fico muito triste ao pensar nas crianças.
Ainda agora, por exemplo a Peqesmeralda, nenhuma família deveria ver-se numa situação dessas. Aflige-me a ideia de uma criança passar 10 horas por dia na escola e apenas ver a mãe aos fins de semana.

Também li esse relato e fiquei com o coração pequenino. Eu deixo a minha filha às 8h30 na ama e chego a casa às 20h porque trabalho longe de casa e apanho imenso trânsito. Felizmente o pai sai mais cedo do emprego e consegue ir buscá-la entre as 17h e as 18h mas quando chego a casa só tenho tempo de lhe dar banho porque depois ela está cheia de sono. Vivo com uma culpa imensa e ando à procura de outro emprego mas não está fácil 😯

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Eu não me custou tanto pois já estava a dar em doida de estar 24/24h em casa com ele. Quando acabou a minha licença e começou a vez do pai, soube-me bem voltar a ser adulta de novo xD. O horário reduzido também ajuda (na altura às 14 estava despachada). Entrar na creche já custou mais (fartei-me se chorar no primeiro dia) principalmente pois sabia que ele era muito complicado de dormir e os nossos medos concretizaram-se: adormecia de cansaço de tanto chorar Triste . A primeira vez que ficou na creche sem chorar, já lá estava há dois meses (entrou em setembro). Entretanto melhorou mas agora depois das férias do Natal voltou a fazer birra...... Enfim, um dia de cada vez. Consegui prolongar a licença de amamentação e é o que me safa, pois assim consigo sair às 17h. Mas já tem havido dias que tenho de ficar até às 19 e custa muito saber que o miúdo fica lá tanto tempo. Nem quero saber como vai sei quando acabar esse direito e começar a fazer os horários de sair às 20 e ocasionalmente às 22h..... Ainda por cima o miúdo é muito, muito dependente da mamã para dormir.....

DianaES -
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Desde 08 Out 2013

Muito obrigada a todas!
É bom saber que não estou sozinha...
Perante o que li acabo por me sentir uma sortuda porque só não vou estar com ela das 12 às 17h... E porque a vou poder deixar com a avó. De facto tenho muita sorte com a flexibilidade do meu trabalho e com o facto da avó poder tomar conta dela. Se tivesse que a deixar o dia todo numa creche acho que me dava uma coisinha má. Mas mesmo assim sinto aquela angústia irracional, mesmo tentando convencer a mim mesma que estou a ser paranoica e a fazer drama com uma banalidade quando há coisas e situações piores e realmente importantes... Mas pronto, é o meu novo eu.
Depois dou por mim a pensar se com os afazeres domésticos vou ter tempo para ela... Se não será melhor chamar alguém para vir fazer a limpeza de casa etc. etc. etc.... Vocês conseguem conciliar tudo? Tratar da roupa, da casa, da comida e ainda ter tempo para eles? O meu marido costuma ajudar mas mesmo assim diria que a coisa (até eu estar de licença e conseguir dar conta de sozinha) se reparte em 70/30...

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

A minha sorte é que tenho duas horas de almoço e tento tratar da maior parte das coisas nessa altura. Enquanto estava de licença era um caos, nunca tinha tempo para nada, pois só conseguia quando ele estava a dormir e muitas vezes não conseguia que ele dormisse sem ser no colo....

Mas sim, mesmo com isto tudo houve ansiedade, é normal, não é racional não mas é biológico, nós ficamos programadas para querer ficar sempre com os nossos rebentos Piscar o olho

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Se tens possibilidade de contratar alguém para te fazer as limpezas (ou se tiveres algum familiar que te queira ajudar) aconselho-te mesmo a fazê-lo. Daqui a um par de meses ela não te vai deixar fazer nada em casa, cai reclamar a tua atenção constantemente.
Eu estou o dia todo com a minha filha e até há muito pouco tempo não conseguia ter tempo sequer para ir à casa de banho.
Além de tudo, é menos uma preocupação e é tempo que poupas.

CatiaS_S -
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Desde 30 Set 2016

Sansa escreveu:
Se tens possibilidade de contratar alguém para te fazer as limpezas (ou se tiveres algum familiar que te queira ajudar) aconselho-te mesmo a fazê-lo. Daqui a um par de meses ela não te vai deixar fazer nada em casa, cai reclamar a tua atenção constantemente.
Eu estou o dia todo com a minha filha e até há muito pouco tempo não conseguia ter tempo sequer para ir à casa de banho.
Além de tudo, é menos uma preocupação e é tempo que poupas.

Eu tenho muito respeito em quem é mãe a tempo inteiro, não é nada fácil Confuso

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

DianaES escreveu:
Muito obrigada a todas!
É bom saber que não estou sozinha...
Perante o que li acabo por me sentir uma sortuda porque só não vou estar com ela das 12 às 17h... E porque a vou poder deixar com a avó. De facto tenho muita sorte com a flexibilidade do meu trabalho e com o facto da avó poder tomar conta dela. Se tivesse que a deixar o dia todo numa creche acho que me dava uma coisinha má. Mas mesmo assim sinto aquela angústia irracional, mesmo tentando convencer a mim mesma que estou a ser paranoica e a fazer drama com uma banalidade quando há coisas e situações piores e realmente importantes... Mas pronto, é o meu novo eu.
Depois dou por mim a pensar se com os afazeres domésticos vou ter tempo para ela... Se não será melhor chamar alguém para vir fazer a limpeza de casa etc. etc. etc.... Vocês conseguem conciliar tudo? Tratar da roupa, da casa, da comida e ainda ter tempo para eles? O meu marido costuma ajudar mas mesmo assim diria que a coisa (até eu estar de licença e conseguir dar conta de sozinha) se reparte em 70/30...

Não é paranóia, nem drama, nem angústia irracional. É perfeitamente normal o que sentes. Relativamente aos afazeres domésticos se tiveres possibilidade de contratar alguém para te dar uma ajudinha vai facilitar-te imenso a vida. Se não tiveres essa hipótese e tiveres ajuda da família aproveita, eu aceito todas as ajudas da minha mãe e sogra (passam a roupa e mandam algumas vezes comida feita) e dá-me muito jeito.

SK. -
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Desde 14 Ago 2012

DianaES escreveu:
Depois dou por mim a pensar se com os afazeres domésticos vou ter tempo para ela... Se não será melhor chamar alguém para vir fazer a limpeza de casa etc. etc. etc.... Vocês conseguem conciliar tudo? Tratar da roupa, da casa, da comida e ainda ter tempo para eles? O meu marido costuma ajudar mas mesmo assim diria que a coisa (até eu estar de licença e conseguir dar conta de sozinha) se reparte em 70/30...

Se puderes segue o conselho da Sansa. Eu tenho uma senhora que vem uma vez por semana, numa semana faz limpeza geral, na outra passa a roupa e coisas mais específicas. Eu faço apenas o básico, vou dando um jeito ao que vai sendo preciso. Isto foi fundamental porque definitivamente não consigo fazer coisas como lavar casas-de-banho com o miúdo em casa. As pequenas coisas do dia-a-dia, como cozinhar ou estender roupa, vou fazendo na companhia dele. Fica a brincar com as molas ou sento-o junto ao balcão da cozinha e dou-lhe coisas para se entreter. Isto normalmente acaba por criar desarrumação extra (do tipo espalhar 50 molas pelo chão ou entornar um pacote de massa) e torna as tarefas mais demoradas mas pelo menos considero que seja uma forma de passarmos tempo juntos, fazendo algumas tarefas com brincadeira pelo meio. Mas como a Sansa disse, há dias em que nem o meu lanche consigo fazer... às vezes são umas lapas!

SK. -
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Desde 14 Ago 2012

Videl86 escreveu:
E até hoje é horrível para mim, eu geralmente acabo de trabalhar por volta das 15:00 e por vezes tenho coisas para fazer e não a vou buscar logo, mas o mais tardar às 16:00-16:15 já a vou buscar, e se começa a passar dessa hora começa a dar-me um aperto, uma coisa que nem consigo pôr em palavras, tenho de a ir buscar, uma agonia horrível. Ainda noutro dia saí às 15 e tive de levar o carro a uma bomba de gasolina e fazer umas coisas pendentes no carro que não consigo fazer com os miúdos comigo e quando dei conta já eram 16h. Eu ainda tinha de ir ao supermercado fazer uma compra grande e tinha planeado ir antes de os ir buscar, mas pus-me a pensar que chegar ao supermercado, fazer as compras todas, depois ainda ia apanhar trânsito porque começava a ser hora de ponta, não ia conseguir chegar lá antes das 17h...não consegui ir.

Ai Videl, identifico-me tanto! Até me vieram as lágrimas aos olhos quando li o teu comentário porque até hoje pensei que deveria ter algo errado comigo por me sentir assim. A angústia de deixar na creche é normal e comum a quase todas as mães (ou pais) mas nunca tinha encontrado alguém que também se sentisse assim em relação à hora de os ir buscar. Enquanto estou no meu horário de trabalho normal estou tranquila e não me custa mas quando percebo que me vou atrasar fico logo bastante ansiosa. Também tenho um horário flexível e sou uma sortuda porque saio às 14h mas se por algum motivo fico "presa", nem que seja meia hora, não consigo parar de olhar para o relógio e assim que posso saio disparada. Nem consigo perceber este sentimento.... eu sei que ele não fica mal por ficar na creche mais um par de horas mas não consigo mesmo evitar. E acabo por fazer tudo com ele a reboque, vai sempre comigo às compras e a todo o lado que seja possível. Seria muito mais fácil e prático ir sozinha mas não consigo, parece que é tempo precioso que me estão a roubar, e o facto de ele adorar andar de um lado para o outro ainda me faz ter menos vontade de fazer as coisas sozinha.
Para mim as creche e afins são essenciais porque não tenho perfil para ser mãe a tempo inteiro de forma exclusiva (e admiro/invejo imenso quem o é), preciso de ter uma ocupação fora da rotina da maternidade mesmo que seja por poucas horas. Mas concordo que para os pais é uma violência ter de se regressar ao trabalho tão cedo (para mim o ideal seria só aos 3 anos), que é terrível ter de se ausentar 9h diárias ( ou mais, com deslocações) e ter apenas dois dias livres por semana. Temos direito a ter filhos mas não temos liberdade para estar com eles. Só mesmo sendo rico, mas rico a sério...

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

SK. escreveu:

DianaES escreveu:Depois dou por mim a pensar se com os afazeres domésticos vou ter tempo para ela... Se não será melhor chamar alguém para vir fazer a limpeza de casa etc. etc. etc.... Vocês conseguem conciliar tudo? Tratar da roupa, da casa, da comida e ainda ter tempo para eles? O meu marido costuma ajudar mas mesmo assim diria que a coisa (até eu estar de licença e conseguir dar conta de sozinha) se reparte em 70/30...

Se puderes segue o conselho da Sansa. Eu tenho uma senhora que vem uma vez por semana, numa semana faz limpeza geral, na outra passa a roupa e coisas mais específicas. Eu faço apenas o básico, vou dando um jeito ao que vai sendo preciso. Isto foi fundamental porque definitivamente não consigo fazer coisas como lavar casas-de-banho com o miúdo em casa. As pequenas coisas do dia-a-dia, como cozinhar ou estender roupa, vou fazendo na companhia dele. Fica a brincar com as molas ou sento-o junto ao balcão da cozinha e dou-lhe coisas para se entreter. Isto normalmente acaba por criar desarrumação extra (do tipo espalhar 50 molas pelo chão ou entornar um pacote de massa) e torna as tarefas mais demoradas mas pelo menos considero que seja uma forma de passarmos tempo juntos, fazendo algumas tarefas com brincadeira pelo meio. Mas como a Sansa disse, há dias em que nem o meu lanche consigo fazer... às vezes são umas lapas!


Espera só até ele se lembrar de “abriri” as molas e as estragar irremediavelmente! Lol

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Há tanta coisa que poderia ser diferente:
as entidades empregadoras serem as primeiras a serem compreensivas com quem tem família, em particular filhos pequenos;
As lojas de shoppings deveriam fechar mais cedo, mas mesmo muuuuuiiiiito mais cedo;
O governo devia dar uma maior ajuda monetária às famílias;
Devia haver maior facilidade para trabalho a part-time;
Devia ser facilitada a possibilidade de trabalhar 1/2 dias por semana apartir de casa;
Devia-se acabar com essa mania de trabalhar para além da hora de saída. Era passar a ser obrigatório o pagamento de horas extras e era ver os gerentes e patrões a escorraçar os empregados porta fora à hora certa...
Muita coisa podia ser facilmente diferente.

Sansa -
Offline
Desde 18 Jan 2018

CatiaS_S escreveu:

Sansa escreveu:Se tens possibilidade de contratar alguém para te fazer as limpezas (ou se tiveres algum familiar que te queira ajudar) aconselho-te mesmo a fazê-lo. Daqui a um par de meses ela não te vai deixar fazer nada em casa, cai reclamar a tua atenção constantemente.
Eu estou o dia todo com a minha filha e até há muito pouco tempo não conseguia ter tempo sequer para ir à casa de banho.
Além de tudo, é menos uma preocupação e é tempo que poupas.

Eu tenho muito respeito em quem é mãe a tempo inteiro, não é nada fácil


Não é fácil não, mas admito que não sei se iria suportar separar-me da miúda.
Na segunda feira, no parque, em conversa com o pai de uma das colegas do ginásio da minha filha, ele dizia-me que achava tão difícil os dias que ficava em casa com os miúdos, que tinha um trabalho muito exigente, mas que em nada se comparava o desgaste mental e fisico de tratar de crianças.
Quem vai trabalhar é livre durante umas horas. Pode tomar um café e ter uma conversa com outros adultos, sem interrupções; pode ir à casa de banho sem a melga ir lá agarrar a nossa mão para irmos brincar com os blocos (mas ela nem sequer deixa completar uma construção, está sempre a deitar tudo abaixo e deita-se em cima dos blocos e espalha tudo para debaixo dos móveis e do sofá!!! Mas que raio de brincadeira é esta? 🤬); tem pelo menos uma refeição em paz e sossego sem ter uma mão toda suja de comida a tentar agarrar-lhe no braço (ontem esmagou pêra na mão e espalhou na cara tipo creme 😞 *suspiro); tem conversas normais com pessoas, com início, meio e fim. Ainda hoje de manhã no parque, eu e outra mãe iniciámos uma data de assuntos e não completámos nenhum.
De qualquer forma, aí em Portugal é muito mais complicado. Há situações que são de uma violência enorme para as mães (eu digo mães porque as hormonas são responsáveis pelo estado emocional) e para os bebés. Eu, pessoalmente, não teria capacidade de “cope”(qual é o termo em pt?) com tantas horas de ausência.
Quantas vezes após ler alguns tópicos e comentários não suspiro de alívio penso que tenho muita sorte não ter de passar por isso. A sociedade moderna não tem em consideração o bem estar das famílias. É demasiado individualista e está a tornar-se muito egoísta.
E depois há ainda outro aspecto que é a pressão para que as mulheres se foquem nas suas carreiras. Há grupos feministas contra as mães ficarem em casa, a tempo total ou parcial, com os filhos. Consideram isso uma regressão no percurso profissional da mulher. Mas nem todas as mulheres querem ser CEO’s. Nem todas as mulheres querem promoção após promoção com cada fez menos tempo para a família. Muitas estão confortáveis com o trabalho que têm desde que lhes permita ter tempo para acompanhar o percurso dos filhos. Mas muitas mulheres nem ousam admitir isto porque são logo rotuladas como pouco ambiciosas, ou que não têm amor próprio como profissionais.

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