Ambiente Familiar com enteada | De Mãe para Mãe

Ambiente Familiar com enteada

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MagdaRibeiro91 -
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Desde 03 Fev 2016

Bom Dia a todos/as,
O meu companheiro tem uma filha de 17 anos do antigo casamento. Decidimos viver juntos, eu também tenho um filho de 6 anos.
Por vezes acho que começo a ser chata e a reclamar de mais mas queria saber se sou exagerada ou se é um sentimento normal o que se está a passar.
Vieram viver comigo e desde que vieram que me sinto incomodada pelo facto de a filha dele chegar a casa, diz ola e fecha se no quarto, só a voltamos a ver para jantar, enquanto estamos a jantar ela levanta se e vai se embora novamente para o quarto, não espera que terminemos a refeição juntos, basicamente ela não convive conosco em casa. Nos fins de semana é a mesma coisa, está sempre no quarto, só saí se dissermos que vamos todos passear ou ir ter com a familia.
Sei que hoje em dia os adolescentes só existem para as tecnologias, e que é a vida deles (ela passa o tempo agarrada ao telemovel). Sinto me incomodada pois gostava que existisse uma familia de 4 em casa, mas é mais uma familia de 3 pessoas, e por vezes acho que ela não gosta de estar ali. Já falei com o pai sobre esta situação pois temos uma grande vantagem de comunicar sobre tudo mas sinto que ele diz que sim a tudo e nunca fala com a filha para expor estas situações. Acaba por criar um mau ambiente entre todos pois tenho sempre de pedir para que ela conviva mais, mostre mais interesse pelo meu filho e por nós e para ajudar em caa e raramente muda algo, porque não vejo comunicação entre pai e filha sobre este tema e o pai por vezes acaba por dizer que sou eu que crio mau ambiente quando eu não meto na vida deles mas que dentro daquela casa existem 2 familias diferentes e não deveria funcionar desta forma. Alguém a passar por algo semelhante?

Sansa -
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Desde 18 Jan 2018

Desculpe-me Magda, mas parece-me que está completamente alheia ao que é um adolescente.
Há 30 anos atrás os adolescentes comportavam-se da mesma forma, e que eu saiba não existiam smartphones.
O que eu recomendo que a Magda faça é que leia um pouco sobre a adolescência, e como lidar com essa fase.
Um adolescente de 17 anos que passa a vida no quarto e não tem interesse em conversar com 2 adultos e uma criança de 6? Isto é basicamente a definição de adolescente.

Leticia _29 -
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Desde 12 Set 2019

É uma adolescente a ser adolescente...comportamento normalíssimo

ReginaSousa -
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Desde 12 Nov 2022

é um comportamento normalissimo de uma adolescente. E quanto mais pressionar a participar pior ficará. O pai deverá sim conversar para que ela entenda que faz parte da familia, mas lamento informar esta é uma fase que vem para ficar por mais uns anos Sorriso

Quanto ao irmão, pode tentar dar um pouco mais de responsabilidade a ela sobre ele, por exemplo, ela ficar uma tarde a tomar conta dele. Ou leva-lo ao parque. Resultou comigo e com o meu irmão.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Embora concorde com as opiniões acima também dou uma certa razão à Magda. Enquanto adolescente nunca tivesse esse hábito de chegar à mesa quando a comida já estivesse para ser servida, comer, levantar-me e desaparecer sem dizer água-vai. A refeição acabava quando todos tivéssemos acabado e quem acabava primeiro ficava na mesa a conversar com os restantes. Já privei com famílias onde os adolescente tinham esse comportamento e nunca gostei: chegavam, comiam e saíam da mesa rapidinho. Não são crianças, já se conseguem aguentar sentados mais tempo. E se a minha filha de 7 anos consegue dizer « Já acabei de almoçar. Posso levantar-me e ir brincar ? », não acho que pedir mais educação a um adolescente seja assim tão exagerado.
Por outro lado, com 17 anos já pode ser mais difícil criar laços convosco. Sobretudo com uma criança que não lhe é nada afectivamente. Aqui parece-me normal que não haja essa ligação. Tenho uma amiga que foi viver com o padrasto e os filhos do mesmo quando tinha 17 anos. Têm uma relação cordial mas ela nunca os viu como sendo efectivamente a família dela. Tanto que no Natal estão juntos mas nem troca prendas com os filhos do padrasto, por exemplo.
Será complicado nessa idade pedir-lhe que mostre interesse por si e pelo seu filho, que tenha vontade de conviver e passar mais tempo juntos. A ideia da família de 4 pessoas é sua mas pode não ser (e provavelmente não será) a dela. Sorriso E está apenas a forçar algo que não é a vontade de todos.
Em relação a ajudar em casa por exemplo, acho que pode falar com o pai dela, juntos delinearem que tarefas acham que ela já devia fazer e falarem os dois com ela nesse sentido.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Concordo com a ClaraMiguel. Tenho duas filhas com 19 anos e convivemos muito em família, de forma alguma passam (ou passavam, com 17 anos) o tempo enfiadas no quarto. Agora estão fora durante a semana por estarem a estudar noutras cidades, mas quando cá estão (e antes também era assim) passamos muito tempo à mesa a conversar, vemos filmes ou séries juntos ou simplesmente estamos todos na sala à noite, mesmo que cada um esteja no telemóvel ou a ler. Há programas que raramente fazemos os 4 (sair para tomar café, por ex, elas acham chato) mas adoramos viajar juntos ou ir a certos restaurantes.
Tenho vários amigos com filhos adolescentes ou jovens adultos e não é assim tão comum os filhos só aparecerem para as refeições, como se vivessem num hotel. A conexão cria-se e desenvolve-se ao longo dos anos e a adolescência de facto é um período crítico, mas não é verdade que os adolescentes não queiram conviver com os pais. Se existem afinidades, respeito mútuo e interesses comuns, a ligação permanece e aprofunda-se.
O problema neste caso será mesmo a ligação que (não) têm uns com os outros. Isso requer tempo e vontade de parte a parte. Acho legítimo que o seu marido peça à filha que esteja mais presente na vida familiar (e deve ser ele a fazê-lo) e por outro lado vocês também devem ir ao encontro dos seus interesses, procurando programas e conversas que lhe agradem. Não sei se a relação pai-filha é próxima (se não é, devem começar por aí, por passarem tempo os 2 sozinhos) mas definitivamente vão precisar de muito mais tempo para passarem a ser, de facto, uma família. Concluindo, percebo perfeitamente a sua frustração mas infelizmente não é um caminho simples nem rápido.

MagdaRibeiro91 -
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Desde 03 Fev 2016

Compreendo e aceito os comentários dados e agradeço.
Óbviamente que sei o que é ser adolescente, eu própria o fui mas lá está à certas situações que não aconteciam na minha casa por respeito. Claramente que idealizava que fossemos mais chegados como se fossemos uma familia porque não nos damos mal.
Incomoda apenas o desinteresse da parte dela em relação aos 3 que lá vivem também, Compreendo que seja uma idade do armário e que seja normal, mas a educação também é importante ter, pois a criança lá de casa irá seguir o exemplo que lhe e mostrado.
É uma fase difícil em que eu pondero nem sequer mexer, mas o receio que com este incomodo afete uma relação com potencial.

MagdaRibeiro91 -
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Desde 03 Fev 2016

Guialmi obrigada pelo feedback.
O pai e filha têm uma excelente relação falam de tudo abertamente.
Já pedi ao pai para mostrar à filha que tivesse um pouco mais de respeito em relação a certas atitudes que tem por casa, mas como o pai teve um antigo relacionamento muito complicado acaba por achar que o que tem agora é muito melhor e acaba também por querer não chatear a filha (que tinha um relacionamento tóxico com a mãe). Vou tentar não me meter tanto e tentar perceber que este processo levará tempo, um dia de cada vez. Obrigada 🙏

Sansa -
Online
Desde 18 Jan 2018

MagdaRibeiro91 escreveu:
Guialmi obrigada pelo feedback.
O pai e filha têm uma excelente relação falam de tudo abertamente.
Já pedi ao pai para mostrar à filha que tivesse um pouco mais de respeito em relação a certas atitudes que tem por casa, mas como o pai teve um antigo relacionamento muito complicado acaba por achar que o que tem agora é muito melhor e acaba também por querer não chatear a filha (que tinha um relacionamento tóxico com a mãe). Vou tentar não me meter tanto e tentar perceber que este processo levará tempo, um dia de cada vez. Obrigada 🙏

Eu não digo que não tem direito a se sentir frustrada ou incomodada com o comportamento, nem que tenha de aceitar. Mas tem que compreender que existem fases muito complicadas de lidar, e mesmo não concordando, terá de tentar tolerar, e dar tempo.
Insistir e forçar só irão piorar a situação. Por vezes dar espaço é a melhor forma de conseguir que haja mudança.
Eu não vejo vantagem nenhuma em forçar a convivência, mas poderá tentar criar oportunidades para que está aconteça naturalmente. Isso irá depender dos interesses dela, mas por exemplo, uma ida às compras, ou qualquer outra actividade que ela goste.

Sansa -
Online
Desde 18 Jan 2018

Por vezes também poderá depender da forma como decorrem as refeições. Eu também não tinha pachorra para estar muito tempo sentada à mesa só porque sim, porque é bonito e é boa educação, especialmente se a conversa, em vez de ser construtiva ou entusiasmante, fosse apenas para criticar. No entanto, quando tínhamos visitas, ficava à mesa a conversar com todo o gosto, dependendo da companhia e interesse da conversa.

MagdaRibeiro91 -
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Desde 03 Fev 2016

Sansa, por aquilo que eu já disse, eu não tenho forçado nada. Tenho apenas comunicado com o pai que poderá passar a mensagem à filha sobre haver mais comunicação, ajuda e ambiente sociável dentro de casa. Fecharmo nos dentro de um quarto por horas não dá para criar laços nem tentar.
Claramente que já se fez jantares fora, já se fez ferias em família, passeios, como digo nós todos temos uma relação cordial e sem faltas de respeito.
O ponto da situação é tentar sermos 4 em casa, haver comunicação e não estarmos sempre fechados. Durante as refeições em família conversa ou não conversa eu sou da opinião que é para se fazer juntos, já que talvez seja o único momento em que estamos juntos os 4.

Deia 16 -
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Desde 12 Out 2017

A adolescência e um periodo critico e sabido, mas eu tenho 31 e nos meus 17 nunca me tranquei no quarto e esqueci o mundo la fora, em minha casa não era hotel para chegar comer e sair. Passava sim mais tempo sozinha mas não dias infinitos. A sua posição e complicada não tenho grande ajuda para lhe dar porque a sua posição e um pouco ingrata madrasta tem sempre um grande peso

MagdaRibeiro91 -
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Desde 03 Fev 2016

Sim, Deia, é uma posição complicada e sei que o tempo pode ajudar mas não é uma posição fácil.

fmmartins -
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Desde 14 Dez 2016

É uma idade complicada, passou pela separação dos pais, tinha uma relação tóxica com a mãe...
Não sei bem mas talvez tentarem criar algumas oportunidades de aproximação, de forma natural, sem forçar e dando espaço. Algo do interesse dela.
Compreendo a sua frustração e a intenção é boa, claro.

Ana LuzCosta -
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Desde 10 Ago 2022

Situação complicada... Imagino que ser madrasta nunca seja fácil (ou pelo menos na maior parte das vezes). Depois se tinha uma relação tóxica com a mãe ainda pior...
Se fosse uma situação "normal" não acharia bem esse comportamento. Sim, é adolescente, é uma fase complicada e tem que se tolerar muita coisa. Mas o comportamento que descreve à mesa na casa dos meus pais por exemplo não iria ser tolerado.
Mas o que tem em mãos é uma situação bastante mais ingrata e eu também não saberia bem como lidar... Sei que forçar não vai provavelmente resultar em nada, às vezes é mesmo tentar deixar fluir da forma mais natural possível e ir tentando integrar. A miúda provavelmente também está a passar um mau bocado...

Mãe de bebé -
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Desde 07 Mar 2022

Olá Magda!
Vou te contar a minha experiência resumida.
Quando tinha 16 anos fui viver com o meu pai, com a mulher dele que com ela tinha 2 filhos mais a minha irmã.
Na casa da minha mãe eu também estava muito tempo no quarto, era o meu mundo, tinha as minhas coisas, estudava, brincava, estava ao computador, tinha telemóvel e etc. O resto da casa não me interessava muito pois nada chamaria a minha atenção para ir para tal divisão.
Quando fui para casa do meu pai era igual, amo a minha irmã e brincava muito com ela. No entanto fiquei habituada a estar no meu mundo, no meu espaço, na minha própria companhia. Isto tem tudo ligações atrás, se o hábito vem de há muito tempo não espere que a pessoa mude de um momento para o outro. Não irá acontecer e se for forçado pior.
Experimente cinema na sala, deixe a escolher um filme. Gosta de telemóveis? Pergunte lhe pelo novo vídeo viral do Tiktok... Mostre que gosta dela e que a quer conhecer. Não vá através do pai, vá por si, pelo seu coração, as vezes ela até pode querer falar e não afinidade consigo porque talvez nunca lhe deu a mostrar isso.
Em relação ao telemóvel há mesa, o meu pai tinha uma regra muito restrita, nada de telemóvel há mesa até mesmo os adultos e só se levantam quando todos acabarem de comer, hoje aplico isso em minha casa.
No entanto... Um adolescente será sempre um adolescente, venha o que vier.
Espero ter ajudado!

Mag_M -
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Desde 13 Jul 2018

Mãe de bebé escreveu:
Olá Magda!
Vou te contar a minha experiência resumida.
Quando tinha 16 anos fui viver com o meu pai, com a mulher dele que com ela tinha 2 filhos mais a minha irmã.
Na casa da minha mãe eu também estava muito tempo no quarto, era o meu mundo, tinha as minhas coisas, estudava, brincava, estava ao computador, tinha telemóvel e etc. O resto da casa não me interessava muito pois nada chamaria a minha atenção para ir para tal divisão.
Quando fui para casa do meu pai era igual, amo a minha irmã e brincava muito com ela. No entanto fiquei habituada a estar no meu mundo, no meu espaço, na minha própria companhia. Isto tem tudo ligações atrás, se o hábito vem de há muito tempo não espere que a pessoa mude de um momento para o outro. Não irá acontecer e se for forçado pior.
Experimente cinema na sala, deixe a escolher um filme. Gosta de telemóveis? Pergunte lhe pelo novo vídeo viral do Tiktok... Mostre que gosta dela e que a quer conhecer. Não vá através do pai, vá por si, pelo seu coração, as vezes ela até pode querer falar e não afinidade consigo porque talvez nunca lhe deu a mostrar isso.
Em relação ao telemóvel há mesa, o meu pai tinha uma regra muito restrita, nada de telemóvel há mesa até mesmo os adultos e só se levantam quando todos acabarem de comer, hoje aplico isso em minha casa.
No entanto... Um adolescente será sempre um adolescente, venha o que vier.
Espero ter ajudado!

Confesso que adorei este comentário.
Eu, não sendo madrasta, coloco-me no lugar de e sinto que há um lugar para ela numa família. Há um lugar para todos. Não é o mesmo dos pais (e ainda bem), mas pode - deve - ser visto como um lugar que pode trazer compreensão e amor. Custa-me um bocado a visão do "mete-te no teu sítio e não abras a boca" para alguém que vai conviver secalhar o resto da vida com uma criança/adolescente. Se o meu filho tivesse um dia uma madrasta eu gostaria que ela se interessasse e tivesse amor por ele.
Quanto ao comportamento, é perfeitamente natural numa adolescente (secalhar com uma história complexa com a mãe, que marca muito uma menina), acho que deve haver espaço para a solidão mas também para a entrosar no ambiente familiar, usando alguns dos seus interesses.

Mãe de bebé -
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Desde 07 Mar 2022

Mag_M escreveu:

Mãe de bebé escreveu:Olá Magda!
Vou te contar a minha experiência resumida.
Quando tinha 16 anos fui viver com o meu pai, com a mulher dele que com ela tinha 2 filhos mais a minha irmã.
Na casa da minha mãe eu também estava muito tempo no quarto, era o meu mundo, tinha as minhas coisas, estudava, brincava, estava ao computador, tinha telemóvel e etc. O resto da casa não me interessava muito pois nada chamaria a minha atenção para ir para tal divisão.
Quando fui para casa do meu pai era igual, amo a minha irmã e brincava muito com ela. No entanto fiquei habituada a estar no meu mundo, no meu espaço, na minha própria companhia. Isto tem tudo ligações atrás, se o hábito vem de há muito tempo não espere que a pessoa mude de um momento para o outro. Não irá acontecer e se for forçado pior.
Experimente cinema na sala, deixe a escolher um filme. Gosta de telemóveis? Pergunte lhe pelo novo vídeo viral do Tiktok... Mostre que gosta dela e que a quer conhecer. Não vá através do pai, vá por si, pelo seu coração, as vezes ela até pode querer falar e não afinidade consigo porque talvez nunca lhe deu a mostrar isso.
Em relação ao telemóvel há mesa, o meu pai tinha uma regra muito restrita, nada de telemóvel há mesa até mesmo os adultos e só se levantam quando todos acabarem de comer, hoje aplico isso em minha casa.
No entanto... Um adolescente será sempre um adolescente, venha o que vier.
Espero ter ajudado!

Confesso que adorei este comentário.
Eu, não sendo madrasta, coloco-me no lugar de e sinto que há um lugar para ela numa família. Há um lugar para todos. Não é o mesmo dos pais (e ainda bem), mas pode - deve - ser visto como um lugar que pode trazer compreensão e amor. Custa-me um bocado a visão do "mete-te no teu sítio e não abras a boca" para alguém que vai conviver secalhar o resto da vida com uma criança/adolescente. Se o meu filho tivesse um dia uma madrasta eu gostaria que ela se interessasse e tivesse amor por ele.
Quanto ao comportamento, é perfeitamente natural numa adolescente (secalhar com uma história complexa com a mãe, que marca muito uma menina), acho que deve haver espaço para a solidão mas também para a entrosar no ambiente familiar, usando alguns dos seus interesses.

Obrigada Mag! 🙂
Eu já fui enteada e hoje sou "madrasta" - amiga - de um menino adorável que se podesse queria viver mais perto dele, infelizmente é impossível para nós.
Tento fazer com ele o que fizeram comigo. Quando ele está connosco é importante perceber os hábitos dele, no entanto é importante integra lo também nos nossos hábitos, tem funcionado muito bem (tem 12 anos).
Em adolescentes as coisas até podem ser difíceis, mas com amor, compreensão e paciência há toda uma flor pronta a desabrochar e sair do seu quarto, apenas leva tempo 💕

MagdaRibeiro91 -
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Desde 03 Fev 2016

Obrigada pelos comentários Mag e Mãe de Bebé. As coisas não são fáceis a situação também não, acima só detalhei algumas coisas, mas já percebi que tenho a minha posição e não vou interferir.
A filha do meu companheiro vive a vida dela cá em casa, não mostra interesse por nós nem por querer saber do nosso dia, ou tentar socializar em casa, não é de conversas à mesa, é mais de come e vai embora, é de estar no mundo dela e não convive nem quer fazê-lo com o meu filho. Nós chegamo nos a ela, tanto eu como o meu filho o meu filho leva resposta constantes de "não me chateies", é convidada para passear conosco, para jantares so de meninas comigo, para idas à piscina entre outras. Eu já tentei e não sou de forçar, a adolescência nos dias que correm hoje é muito diferente do que era, e se já existiam regras com os pais na casa onde vivia e agora aqui é diferente como é óbvio eu já não terei mão para pedir ou implementar nada. Sinto me colocada no canto do " assim está bem, assim é suficiente, assim ela está bem, ela não se queixa". Desta forma ficarei sossegada enquanto a carruagem passa e continua se sem ligações. É frustrante, é! Mas terei de lidar para que não destrua uma relação entre casal que tem potencial.

Ana Maria Costa1 -
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Desde 01 Fev 2019

É normal o comportamento mas o pai pode e deve exigir um minimo de convivência com a familia, tentado falar de igual para igual e sem paternalismos mas dando a entender a importância dessa mudança de atitude, para os dois lados!

Purplelight -
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Desde 17 Nov 2022

Bem, para além de concordar com é uma Adolescente a ser adolescente, eu já tive no lugar dela. Vivia com o meu padrasto e com a minha mãe, e atrevo-me a dizer que fazia até pior que ela. Quando o meu padrasto não estava em casa, saia do quarto, quando ele estava às vezes nem conseguia sair nem para ir à casa de banho ou comer. Não sei o tipo de relação que vocês têm, mas no caso, eu não me sentia bem vinda lá em casa, simplesmente, e ele comentava, exatamente a mesma coisa que a Magda escreveu, com a minha mãe. Não era de todo uma pessoa que me inspirava confiança, tanto que eu saí de casa com 20 anos porque não aguentava o ambiente.
Não digo que a trate mal, mas para além de ela ser adolescente às vezes ela pode ter problemas mal resolvidos com a separação dos pais e não se sentir muito à vontade.
Se quer mudar essa relação, aconselho a ter uma conversa com ela mas sem usar frases de "tu", ou seja, sem dizer "tu estás sempre no quarto", "não gosto quando sais da mesa sem esperares que todos acabem". Recomendo que use frases de "Eu", "quero que sejamos uma família" "eu gosto que depois do jantar fiquemos todos a conversar" ou então subtilmente convide-a a ficar mais tempo à mesa. Pergunte lhe se ela se sente desconfortável com a situação ou algo do tipo, e tente ver maneiras com ela de como melhorar a interação. Talvez fazerem algum programa que ambas gostem juntas. Isto é uma ideia. As situações podem de todo não ser as mesmas e serem completamente diferentes mas eu tentaria a "puxar" mais e tentar entender.

MagdaRibeiro91 -
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Desde 03 Fev 2016

Purplelight , obrigada pelo comentário. A relação que temos nem eu sei explicar, pois lá está não existe grande convívio, nem existe relação de proximidade.
Ela anda no psicólogo é verdade devido à complicada relação que tinha com a mãe e não só.
Acredito que não tenha de ser eu diretamente a ter uma conversa com ela a dizer o que me incomoda, tenho sim de passar o incómodo para o pai e o pai também expor a situação e depois talvez uma conversa a 3 sobre o que se passa. O pai não o faz e quando o faz é ao de leve, tanto que nada se vai alterando. Eu não vou criar alarido pois não quero causar mau ambiente. É uma situação muito chata à qual não sei como conviver mas pronto, vai se deixando os dias passar para tentar perceber se existe possibilidade de aproximação.

Purplelight -
Offline
Desde 17 Nov 2022

MagdaRibeiro91 escreveu:
Purplelight , obrigada pelo comentário. A relação que temos nem eu sei explicar, pois lá está não existe grande convívio, nem existe relação de proximidade.
Ela anda no psicólogo é verdade devido à complicada relação que tinha com a mãe e não só.
Acredito que não tenha de ser eu diretamente a ter uma conversa com ela a dizer o que me incomoda, tenho sim de passar o incómodo para o pai e o pai também expor a situação e depois talvez uma conversa a 3 sobre o que se passa. O pai não o faz e quando o faz é ao de leve, tanto que nada se vai alterando. Eu não vou criar alarido pois não quero causar mau ambiente. É uma situação muito chata à qual não sei como conviver mas pronto, vai se deixando os dias passar para tentar perceber se existe possibilidade de aproximação.

Concordo, o pai devia ter a iniciativa de resolver a situação.
A minha mãe também acabava por apenas me contar o que foi dito, porque achava que dessa forma resolveria o problema, mas o problema nunca foi resolvido até porque eu sempre via os comentários do meu padrasto como "afrontas".
É uma situação realmente chata e espero que vocês se consigam resolver porque é péssimo viver em um ambiente assim.

Ana Galvão 15 -
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Desde 11 Nov 2022

E a opção de ser você mesmo a ir ter com ela para conversar sobre o assunto?
Eu também sou madrasta, e também tenho a tendência de pedir ao meu marido para falar, até porque é o pai e é mais fácil.
Mas tendo em conta que ele já falou (ainda que ao de leve), seria uma boa opção ser você a fazer ver o seu lado?
Desde há uns tempo para cá que tenho refletido sobre o facto de por vezes lermos nas entrelinhas, ou seja, em vez de perguntarmos, pressupomos algo, e às vezes tirarmos conclusões erradas ou não entendermos as situações como realmente são e o porquê de elas acontecerem.
Eu tenho-me vindo a aperceber que muita das vezes posso ter tirado conclusões erradas porque simplesmente não pergunto ou porque passo esse papel para o meu marido.
Mas ter uma conversa as duas, ajuda a criar laços e também a perceber coisas que se não perguntarmos, nunca vamos saber.
Mas se isto for complicado, que comece pelo menos por ser uma conversa a 3 e depois quem sabe mais à frente, uma só as duas.

maria tv -
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Desde 24 Nov 2022

Olá Magda Ribeiro,

Sei o que sente e é frustrante.
Ter filhos e, mesmo enteados, pode ser ingrato. Pois amamos estas crias e por vezes somos chutadas para canto. Parece que não dão importância ao que fazemos por eles mas isso é o nosso ponto de vista, pois continuamos a ser muito importantes para eles embora eles não se manifestem, pelo menos como desejaríamos que seria com carinho.
Ter enteados e criar ligações é um processo. Eles não querem, muito mesmo aceitam que o pai ou a mãe comece a gostar de outra pessoa pois o que idealizam são os pais juntos. Quando surge uma madrasta que ao fim ao cabo vem ocupar o lugar da mãe, eles são sabem como reagir e fogem, refugiam-se.
Tem aí uma adolescente que se afasta da família. Nada de trascendente mas quando se tem um projeto de família colaborativa, gera frustrações a quem deseja muito que todos façam parte.
O meu conselho é que respeite a forma dela ser e que mostre que se interessa por ela (é uma forma de ela perceber que faz parte dessa equipa). Ela vai para o quarto, deixe ela ir. Pergunte se ela quer mudar alguma coisa do quarto, se quer trazer alguma amiga a passar o fim-de-semana. Importe-se com ela e com o bem estar dela.
Para as saídas em família, faça com que ela dê ideias, participe.
Para as tarefas de casa, estipule que há um dia que ela faz ovos mexidos ou pizza, ou outro prato que ela queira fazer à maneira dela. E divirtam-se esteja o prato fabuloso ou não.
Passe bons momentos de família juntas.
O pequenote vai levar pontapés e muitos "não me chateis". É a vida do irmão mais pequeno. A si não a deixe que a trate assim. Se ela responde mal, basta dizer que não deve falar assim com ninguém e que mais tarde podem voltar a conversar.
Ter uma família em mosaico é um desafio. E a perfeição não existe.
Tem que haver espaço para todos e pode não funcionar como funciona com o seu filho.
Essa menina pode ter feridas sentimentais (mãe tóxica, uma menina que não se aproxima da madrasta). Se a puder ajudar, vai ver que vão viver juntas muito mais felizes. Acredito que ela gosta muito de si.
Procure o modo como pode funcionar melhor. O nome madraste também tem uma conotação muito pesada. Há quem brinque e se nomeie como a "irmã mais velha", a "madrinha", a "tia". Tente eliminar os fantasmas e o peso que pode existir na cabeça da menina que já é crescida mas que pode não estar preparada para enfrentar uma "madrasta".
Faça com que essa menina se sinta amada por si, sem pressão com os comportamentosem casa. Ganhe o coração dela para que ela se sinta ligada a si afetuosamente e não porque é a "madrasta".
É uma tarefa difícil mas possível. Força!