Ajuda! Preciso falar... Psiquiatra aconselha gravidez | Page 2 | De Mãe para Mãe

Ajuda! Preciso falar... Psiquiatra aconselha gravidez

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guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

janew escreveu:

guialmi escreveu:
janew escreveu:Nós somos capazes de mudar, mesmo sem ajuda, basta querer.
Não querendo... podem vir os melhor psicólogos, psiquiatras, terapeutas, ...

Sim, é verdade que somos capazes de mudar. Não, não basta querer. Quando se tem uma doença do foro mental (que pode ser ansiedade, depressão, anorexia, bipolaridade, etc, etc) não basta querer, é preciso procurar profissionais competentes.
Dizer a uma pessoa que tem um problema do foro mental que para mudar basta querer é exatamente como dizer a uma pessoa que tem uma perna partida ou que tem diabetes que para melhorar basta querer. Que se tiver muita força de vontade cura-se.
Lamento tanto, mas tanto, que continue a existir este estigma relativamente às doenças mentais.

Não falei em medicação. Há doenças e doenças! Só escrevi que sem vontade de mudar é complicado. Dêm-lhe medicação, se a pessoa não quer mudar simplesmente não a toma, a não ser que a obriguem. Se a pessoa quiser mudar, vai fazer por isso (procurar ajuda, medicação, mudar de atitude perante a vida...), não vai ficar à espera que a curem milagrosamente.
Neste caso, a ser verdade, há que agir, não basta ir ao psiquiatra/psicólogo/medicação. Coisas banais como olhar-se ao espelho e ver as qualidades, socializar, sair sozinha, ao ginásio, viajar, apanhar sol (vitamina D) ... coisas que terá de ser ela a fazer por si., mas fazem "milagres".
Agora se continuar a dizer que não consegue mudar. Pelo menos tentou?


Eu também não falei em medicação e em nenhum momento digo que é possível melhorar sem trabalho por parte da pessoa. A questão é que quando se diz que "para mudar basta querer" está a dizer-se à pessoa que se não muda é porque é fraca, não tem força de vontade, é preguiçosa, etc. Não há doenças e doenças. Há doenças ponto final. E a sociedade precisa de compreender que ter uma doença mental não é um capricho ou um mau hábito.
Alguém com uma auto-estima tão baixa como a Tyta (a avaliar pelo que escreve, claro) não acredita que consegue. Faz parte da doença não se sentir capaz. Portanto, dizer-lhe para socializar (ela nunca fez nada sozinha) e olhar-se ao espelho (ela detesta o que vê) não adianta nada - como não acho nada boa ideia dizer-lhe para curar o pânico da gravidez engravidando.
E peço desculpa se estou a insistir nesta questão, mas há tantos equívocos sobre saúde mental e tão pouco conhecimento do que é ter uma doença mental que não consigo evitar intervir quando surgem estes tópicos. Aliás, dentro de pouco tempo criarei um blogue precisamente sobre saúde mental (e mais especificamente POC).

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

pinkpeonies escreveu:
l..
Por fim, e se estiver enganada peço desculpa, mas das duas umas. Ou a Tyta.S está em total negação ou este post é mentira. Noutro tópico nem sabia o que era psicoterapia. Agora já diz que consultou muitos psicólogos.

Sim, não sei o que é psicoterapia.
Já andei em muitos psicólogos mas nunca tinha ouvido falar disso.
E como referi, nunca me consegui entender com um psicólogo, nunca nenhum me percebeu, em uma ou duas vezes que ia lá, já nem os podia ver com as coisas que me diziam.
Nunca fui percebida por nenhum.

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

pinkpeonies escreveu:

Tem a certeza que a psiquiatra lhe disse para engravidar? Se sim, fuja dessa médica. Um bom profissional de saúde mental nunca lhe vai dizer o que fazer. Vai ajuda la a conseguir tomar a decisão que quer.
Depois, o que a psiquiatra lhe deve ter dito é que durante a gravidez a ansiedade tende a abrandar. Os níveis hormonais estão em alta e sentimo nos melhor. Mas após o parto acontece precisamente o contrário. .

A psiquiatra não me disse engravide, ela disse, vamos mudar a medicação, para ver se este ano avançamos com isso.
Mesmo eu lhe dizendo que não consigo saber se quero.

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

pinkpeonies escreveu:
Se tem uma irmã mais nova, com certeza se lembra dos choros, das birras, talvez das noites mal dormidas. Um filho não é só carrinhos, roupinhas, decoração de festas. Um filho é muitas vezes pormo-nos em segundo plano. É a maior responsabilidade que pode existir.

Sim, tenho uma irmã mais nova, mas não me lembro de nada disso, como disse somos muito protegidos, e se a minha irma chorava eu não era incomodada com isso, nem me lembro de birras, acho que sempre nos deram tudo.

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Tyta.S escreveu:

pinkpeonies escreveu:l..
Por fim, e se estiver enganada peço desculpa, mas das duas umas. Ou a Tyta.S está em total negação ou este post é mentira. Noutro tópico nem sabia o que era psicoterapia. Agora já diz que consultou muitos psicólogos.

Sim, não sei o que é psicoterapia.
Já andei em muitos psicólogos mas nunca tinha ouvido falar disso.
E como referi, nunca me consegui entender com um psicólogo, nunca nenhum me percebeu, em uma ou duas vezes que ia lá, já nem os podia ver com as coisas que me diziam.
Nunca fui percebida por nenhum.


Psicoterapia é precisamente o processo terapêutico que se desenvolve no acompanhamento por parte de um psicólogo clínico. É o tratamento propriamente dito, para pôr as coisas de forma simples.
Tyta, é evidente que se só ia ao mesmo psicólogo uma ou duas vezes nenhum a pôde ajudar! A psicoterapia demora meses, anos...não é instantâneo, chego lá e pronto, fico melhor. O psicólogo não tem uma varinha mágica para fazer mudar a forma como se sente, o que ele/a faz é ajudá-la a compreender as razões de se sentir assim, analisar as suas perceções e crenças e depois definir consigo uma estratégia para, gradualmente, mudar os seus comportamentos. Vai dar-lhe tarefas para fazer, eventualmente algumas coisas para ler,... É um processo que exige muito de si, vai ter de lutar ativamente contra os seus medos e dificuldades, não é só conversa...
Agora a Tyta é que sabe o que quer fazer da sua vida, é adulta, ninguém a pode obrigar a nada...se quer viver para sempre presa a esses medos e essas inibições ou se quer procurar a sua felicidade, ser "normal", como tantas vezes escreve.
Já agora, o que é que os psicólogos lhe diziam que a irritava tanto? E porque é que não a percebiam?
(Desculpe, é mesmo uma curiosidade, andou na universidade? completou um curso sempre com a sua mãe a ir buscá-la e levá-la? a sua irmã está a ter o mesmo tipo de educação?)

pinkpeonies -
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Desde 04 Mar 2008

guialmi escreveu:

janew escreveu:
guialmi escreveu:
janew escreveu:Nós somos capazes de mudar, mesmo sem ajuda, basta querer.
Não querendo... podem vir os melhor psicólogos, psiquiatras, terapeutas, ...

Sim, é verdade que somos capazes de mudar. Não, não basta querer. Quando se tem uma doença do foro mental (que pode ser ansiedade, depressão, anorexia, bipolaridade, etc, etc) não basta querer, é preciso procurar profissionais competentes.
Dizer a uma pessoa que tem um problema do foro mental que para mudar basta querer é exatamente como dizer a uma pessoa que tem uma perna partida ou que tem diabetes que para melhorar basta querer. Que se tiver muita força de vontade cura-se.
Lamento tanto, mas tanto, que continue a existir este estigma relativamente às doenças mentais.

Não falei em medicação. Há doenças e doenças! Só escrevi que sem vontade de mudar é complicado. Dêm-lhe medicação, se a pessoa não quer mudar simplesmente não a toma, a não ser que a obriguem. Se a pessoa quiser mudar, vai fazer por isso (procurar ajuda, medicação, mudar de atitude perante a vida...), não vai ficar à espera que a curem milagrosamente.
Neste caso, a ser verdade, há que agir, não basta ir ao psiquiatra/psicólogo/medicação. Coisas banais como olhar-se ao espelho e ver as qualidades, socializar, sair sozinha, ao ginásio, viajar, apanhar sol (vitamina D) ... coisas que terá de ser ela a fazer por si., mas fazem "milagres".
Agora se continuar a dizer que não consegue mudar. Pelo menos tentou?

Eu também não falei em medicação e em nenhum momento digo que é possível melhorar sem trabalho por parte da pessoa. A questão é que quando se diz que "para mudar basta querer" está a dizer-se à pessoa que se não muda é porque é fraca, não tem força de vontade, é preguiçosa, etc. Não há doenças e doenças. Há doenças ponto final. E a sociedade precisa de compreender que ter uma doença mental não é um capricho ou um mau hábito.
Alguém com uma auto-estima tão baixa como a Tyta (a avaliar pelo que escreve, claro) não acredita que consegue. Faz parte da doença não se sentir capaz. Portanto, dizer-lhe para socializar (ela nunca fez nada sozinha) e olhar-se ao espelho (ela detesta o que vê) não adianta nada - como não acho nada boa ideia dizer-lhe para curar o pânico da gravidez engravidando.
E peço desculpa se estou a insistir nesta questão, mas há tantos equívocos sobre saúde mental e tão pouco conhecimento do que é ter uma doença mental que não consigo evitar intervir quando surgem estes tópicos. Aliás, dentro de pouco tempo criarei um blogue precisamente sobre saúde mental (e mais especificamente POC).

Também fiz a mesma leitura do post da Janew. E concordo em pleno com a Guialmi.

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

guialmi escreveu:
.
(Desculpe, é mesmo uma curiosidade, andou na universidade? completou um curso sempre com a sua mãe a ir buscá-la e levá-la? a sua irmã está a ter o mesmo tipo de educação?)

Sim, a minha mãe ia me levar e buscar.

Com a minha irmã, mesmo ela já tendo carta e carro, mas como é hora de transito, a minha mãe leva-a, e eu depois vou buscar.
Temos o horário dela, para saber sempre as horas, as se por acaso sair mais cedo ou demorar mais um pouco a aula ela diz.

SweetBlonde -
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Desde 02 Ago 2012

Tyta.S escreveu:

guialmi escreveu:.
(Desculpe, é mesmo uma curiosidade, andou na universidade? completou um curso sempre com a sua mãe a ir buscá-la e levá-la? a sua irmã está a ter o mesmo tipo de educação?)

Sim, a minha mãe ia me levar e buscar.
Com a minha irmã, mesmo ela já tendo carta e carro, mas como é hora de transito, a minha mãe leva-a, e eu depois vou buscar.
Temos o horário dela, para saber sempre as horas, as se por acaso sair mais cedo ou demorar mais um pouco a aula ela diz.

Em pleno século XXI não concebo a ideia de levarem e irem buscar uma adulta à universidade e tu Tyta tendo passado e sofreres por isso não quebrares esse círculo e tentares que ao menos a tua irmã seja independente.

A minha filha tem 20 anos desde o ano passado que va sozinha de carro para a faculdade. Mal seria que eu andasse a levá-la e a trazê-la e a controlar-lhe os horários.

Muito sinceramente, pede ajuda, vai ao psiquiatra, toma medicação. Não tem nada de errada toma medicação, fazer psicoterapia. Tenta superar a tua infância. Eu também tive muitos traumas de infância e por isso mesmo tentei não os repetir com a minha filha.

Blonde

************************************

Madrinha e afilhada orgulhosa da Nelia02

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Tyta.S escreveu:

guialmi escreveu:.
(Desculpe, é mesmo uma curiosidade, andou na universidade? completou um curso sempre com a sua mãe a ir buscá-la e levá-la? a sua irmã está a ter o mesmo tipo de educação?)

Sim, a minha mãe ia me levar e buscar.
Com a minha irmã, mesmo ela já tendo carta e carro, mas como é hora de transito, a minha mãe leva-a, e eu depois vou buscar.
Temos o horário dela, para saber sempre as horas, as se por acaso sair mais cedo ou demorar mais um pouco a aula ela diz.


Eu nem sei se consigo acreditar nisto. Parece-me algo saído de um thriller, daqueles mesmo mauzinhos, com um argumento inverosímil. Parece-lhe normal ir buscar a sua irmã adulta à universidade? Porque é que lhe faz a ela o que sabe que lhe fez tanto mal?
Mas isto, pronto, não é o essencial. Pensou no que eu e as outas foristas lhe dissemos? Não está na altura de começar a viver?

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

guialmi escreveu:
Parece-lhe normal ir buscar a sua irmã adulta à universidade? Porque é que lhe faz a ela o que sabe que lhe fez tanto mal?
Mas isto, pronto, não é o essencial. Pensou no que eu e as outas foristas lhe dissemos? Não está na altura de começar a viver?

Nós vamos porque ela quer, ela não é obrigada, ela é que pede, para não ter de conduzir com muito transito, para não ter de se preocupar com o estacionamento, e porque assim, tem sempre a desculpa (como ela diz) de dizer que tem alguém a espera para vir embora e não ter de aturar ninguém no fim da aula.

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

SweetBlonde escreveu:
Muito sinceramente, pede ajuda, vai ao psiquiatra, toma medicação. Não tem nada de errada toma medicação, fazer psicoterapia.

Eu faço medicação. Já referi que fazia.
Estou a fazer escitalopram e victan em SOS. E quando me decidir a mudar, tenho orientação da psiquiatra para mudar de escitalopram para sertralina.

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

SweetBlonde escreveu:

Em pleno século XXI não concebo a ideia de levarem e irem buscar uma adulta à universidade e tu Tyta tendo passado e sofreres por isso não quebrares esse círculo e tentares que ao menos a tua irmã seja independente.

Em pleno seculo XXI, as coisas estão bem piores que antes... Só se vê criminalidade. E até os colegas da universidade, as praxes...

A minha mãe andou na universidade, e antes sim, podia se andar a vontade por ai , hoje em dia não se sabe em quem confiar, de onde vem o mal.

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Tyta.S escreveu:

SweetBlonde escreveu:
Em pleno século XXI não concebo a ideia de levarem e irem buscar uma adulta à universidade e tu Tyta tendo passado e sofreres por isso não quebrares esse círculo e tentares que ao menos a tua irmã seja independente.

Em pleno seculo XXI, as coisas estão bem piores que antes... Só se vê criminalidade. E até os colegas da universidade, as praxes...
A minha mãe andou na universidade, e antes sim, podia se andar a vontade por ai , hoje em dia não se sabe em quem confiar, de onde vem o mal.

Tyta, tu estás muito, muito doente, desculpa dizer-te isto. Eu apanhava 2 autocarros para ir e vir da escola com 10 anos. O meu enteado vai a pé sozinho para a escola desde os 12 (1km, no centro de Lisboa). Tão mau é o facto de vocês se disporem a levar e buscar uma mulher adulta à universidade como é ela pedir que o façam e assim condicionar a vida da família toda todos os dias e toda a gente se dispor a isso. E desconfiar do mundo inteiro...é claro que acontecem coisas terríveis, mas crescer também é saber como as evitar e tomar precauções. Mesmo fechados em casa a sete chaves podem acontecer-nos catástrofes, é absolutamente doentio deixar de viver por causa de tais pensamentos. Procura ajuda, por favor

pinkpeonies -
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Desde 04 Mar 2008

Com os últimos comentários da Tyta.S parece me claramente que não veio aqui procurar ajuda. Veio procurar o caminho mais fácil, que alguém de fora, tome a decisão por si de ter um filho. Não me parece que queria mudar. Primeiro assentiu que os pais foram excessivamente protectores, mas continua a compactuar com essas atitudes. O primeiro passo para a mudança é começarmos a questionar se a nossa visão é a mais acertada. E a Tyta.S não põe isso em questão.

Só espero que o meu testemunho dê algum alento a quem luta para ser feliz.

SweetBlonde -
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Desde 02 Ago 2012

Tyta S. como andas na rua? O teu marido vai-te levar ao trabalho? Com que idade deixaste de andar acompanhada? Com que idade consideras seguro deixar de andar acompanhada? Não falas com ninguém? O mundo é perigoso mas vivemos numa sociedade e temos de andar na rua e não podemos andar com uma guarda-costas atrás. Temos de aprender a andar sózinhas e a precavermo-nos.

A tua irmã é uma adulta e deveria sair desse ciclo vicioso, e como a Kelly PT disse sujeitar a família a ir buscá-la e levá-la todos os os dias e uma dependência dessas ... Enfim...

Queres que tua irmã também viva com essa ansiedade esses problemas todos que tu tens? Queres que ela também tenha medo de ser mãe?

Não acho de todo normal.

Blonde

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Madrinha e afilhada orgulhosa da Nelia02

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Concordo com as intervenções anteriores. A fazer fé no que a Tyta nos vai revelando, o problema é tão sério e tão extenso que não acredito que, sem uma forte motivação exterior, alguma coisa possa mudar.
Tyta, conhece aquela história do casal que vinha na auto-estrada em contramão e o homem diz para a mulher "olha, vêm todos no sentido errado!"? Pois aqui é um bocadinho a mesma coisa, a sua perceção do mundo e de si própria está tão distorcida, tão afastada da realidade que aquilo que para nós, vendo de fora, nos parece completamente patológico, para si é o "normal", é como as coisas são.
O mundo lá fora tem perigos, mas é sobretudo um sítio maravilhoso para se estar. Viver em liberdade é fantástico. Vocês as três (mãe e filhas) vivem numa prisão sem grades, auto-imposta. Cabe-lhe a si perceber se quer continuar a ser uma vítima da educação hiper-protetora que teve ou a protagonista da sua própria vida. Ninguém pode tomar essa decisão por si, mas se a tomar, é para ser levada com coragem, é para lutar - com ajuda, e já lhe dissemos como fazer - mas o papel principal é seu.
Pinkpeonies , obrigada pelo seu testemunho. Espero que o meu também tenha contribuído para dar alento a quem se debate com ansiedade, fobia social ou algo do género. É possível mudar, não aceitem viver uma vida pela metade.

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

SweetBlonde escreveu:
Tyta S. como andas na rua? O teu marido vai-te levar ao trabalho? Com que idade deixaste de andar acompanhada? Com que idade consideras seguro deixar de andar acompanhada? Não falas com ninguém? .

Eu não trabalho.
E também nunca fui de falar. Como referi, ia as aulas e vinha embora.
Nós não ficamos presas a esses horários, se não fossem essas idas a leva-la e busca-la, ficávamos todo o dia em casa

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

guialmi escreveu:
Concordo com as intervenções anteriores. A fazer fé no que a Tyta nos vai revelando, o problema é tão sério e tão extenso que não acredito que, sem uma forte motivação exterior, alguma coisa possa mudar.
Tyta, conhece aquela história do casal que vinha na auto-estrada em contramão e o homem diz para a mulher "olha, vêm todos no sentido errado!"? Pois aqui é um bocadinho a mesma coisa, a sua perceção do mundo e de si própria está tão distorcida, tão afastada da realidade que aquilo que para nós, vendo de fora, nos parece completamente patológico, para si é o "normal", é como as coisas são.
O mundo lá fora tem perigos, mas é sobretudo um sítio maravilhoso para se estar. Viver em liberdade é fantástico. Vocês as três (mãe e filhas) vivem numa prisão sem grades, auto-imposta. Cabe-lhe a si perceber se quer continuar a ser uma vítima da educação hiper-protetora que teve ou a protagonista da sua própria vida. Ninguém pode tomar essa decisão por si, mas se a tomar, é para ser levada com coragem, é para lutar - com ajuda, e já lhe dissemos como fazer - mas o papel principal é seu.
Pinkpeonies , obrigada pelo seu testemunho. Espero que o meu também tenha contribuído para dar alento a quem se debate com ansiedade, fobia social ou algo do género. É possível mudar, não aceitem viver uma vida pela metade.

Eu concordo, mas é-me difícil compreender como é que uma pessoa que se queixa de ser vítima de uma educação superprotetora não tem depois nenhum sentido crítico em relação a essa mesma educação e aos pretextos que supostamente a justificam, dispondo-se a a fazer a mesmíssima coisa à irmã. Uma coisa é achar que não se consegue afastar desse modelo, outra é nem sequer o por em causa e ainda o legitimar

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Tyta.S escreveu:

SweetBlonde escreveu:Tyta S. como andas na rua? O teu marido vai-te levar ao trabalho? Com que idade deixaste de andar acompanhada? Com que idade consideras seguro deixar de andar acompanhada? Não falas com ninguém? .

Eu não trabalho.
E também nunca fui de falar. Como referi, ia as aulas e vinha embora.
Nós não ficamos presas a esses horários, se não fossem essas idas a leva-la e busca-la, ficávamos todo o dia em casa

Ok, eu agora começo mesmo a desconfiar que isto é tanga. Já são demasiados ingredientes de telenovela. Se não for, que me desculpem, mas isto também já não é credível

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

KellyPT escreveu:

Ok, eu agora começo mesmo a desconfiar que isto é tanga. Já são demasiados ingredientes de telenovela. Se não for, que me desculpem, mas isto também já não é credível

Desculpe eu estou a ser sincera, vim pedir ajuda, e não sei qual a parte que é pouco credível. É por isso que eu digo que ninguém me entende, nem as psicologas ou médicos que fui.

SweetBlonde -
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Desde 02 Ago 2012

Tyta.S escreveu:

SweetBlonde escreveu:Tyta S. como andas na rua? O teu marido vai-te levar ao trabalho? Com que idade deixaste de andar acompanhada? Com que idade consideras seguro deixar de andar acompanhada? Não falas com ninguém? .

Eu não trabalho.
E também nunca fui de falar. Como referi, ia as aulas e vinha embora.
Nós não ficamos presas a esses horários, se não fossem essas idas a leva-la e busca-la, ficávamos todo o dia em casa

Ou seja, só sais de casa com a tua mãe. Não trabalhas, não sais de casa sózinha. Tu não tens vida, mulher! Como consegues sequer pensar em ter um filho com todas essas fobias?

Tu tens que meter as tuas ideias todas primeiro no lugar, socializar e tentar viver uma vida minimamente normal e então pensares em avançar para um passo desses.

E isso não passa só por medicação, passa por pisoterapia e por tentares mudar a tua mentalidade. O problema é que tu achas esse estilo de vida normal e até já a tua irmã o acha.

Blonde

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Madrinha e afilhada orgulhosa da Nelia02

guialmi -
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Desde 13 Jul 2013

Tyta.S escreveu:

KellyPT escreveu:
Ok, eu agora começo mesmo a desconfiar que isto é tanga. Já são demasiados ingredientes de telenovela. Se não for, que me desculpem, mas isto também já não é credível

Desculpe eu estou a ser sincera, vim pedir ajuda, e não sei qual a parte que é pouco credível. É por isso que eu digo que ninguém me entende, nem as psicologas ou médicos que fui.


Ninguém a entende porque se tudo o que conta é verdade, então a Tyta tem uma perturbação mental grave e está em completa negação. É impossível que não saiba que é completamente patológico nunca ter saído com amigos, passar o dia todo em casa não ter nenhum tipo de vida social ou profissional. Pior, isso ser comum a três mulheres, mãe e filhas.
E se a psiquiatra sabe disto tudo e a incentiva a ter um filho, nem tenho classificação. É assim também que queria criar um filho?

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Tyta.S escreveu:

SweetBlonde escreveu:Tyta S. como andas na rua? O teu marido vai-te levar ao trabalho? Com que idade deixaste de andar acompanhada? Com que idade consideras seguro deixar de andar acompanhada? Não falas com ninguém? .

Eu não trabalho.
E também nunca fui de falar. Como referi, ia as aulas e vinha embora.
Nós não ficamos presas a esses horários, se não fossem essas idas a leva-la e busca-la, ficávamos todo o dia em casa

Se não sai de casa, se não trabalha, se não é de falar com pessoas, como conheceu o seu marido?

Tyta.B -
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Desde 31 Jul 2015

Isto é realmente uma história pouco credível MAS isto era o sonho dos meus pais. Eu fui criada para ser assim, andar sempre debaixo das asas deles e ter medo do mundo. Para além disso, eu conheço mais 2 casos assim. A única diferença é que nestes casos as filhas são solteiras, porque conhecer homens era quase "pecado".

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

Tyta.B escreveu:

Se não sai de casa, se não trabalha, se não é de falar com pessoas, como conheceu o seu marido?

Era vizinho do meu primo, viu-me, arranjou o meu contacto, e insistiu quase 10 anos para sairmos. Foi com ele que por telemóvel sempre falei de tudo durante anos.

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

Tyta.B escreveu:
A única diferença é que nestes casos as filhas são solteiras, porque conhecer homens era quase "pecado".

Eu como já referi, também vejo a intimidade como um pecado, com dor, o castigo pela historia de adao e eva.
A gravidez é dor e sofrimento, desespero, precisamente porque para haver existiu o pecado e isso é o castigo.

KellyPT -
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Desde 05 Abr 2011

Tyta.B escreveu:
Isto é realmente uma história pouco credível MAS isto era o sonho dos meus pais. Eu fui criada para ser assim, andar sempre debaixo das asas deles e ter medo do mundo. Para além disso, eu conheço mais 2 casos assim. A única diferença é que nestes casos as filhas são solteiras, porque conhecer homens era quase "pecado".

Eu também conheço alguns casos que eu própria descreveria dessa forma. Mas uma coisa é um terceiro dizer isso; outra é a própria pessoa descrever-se dessa maneira. Como diz a Guialmi, fora de um quadro mental de completa alienação, é impossível alguém não ter consciência de que se trata de uma situação perfeitamente anómala. Se a pessoa for alienada, então acha tudo normal. É esta dicotomia que me está a custar a engolir: por um lado queixa-se de hiperproteção; por outro, faz o mesmo à irmã e acha necessário porque o mundo está cheio de perigos

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

KellyPT escreveu:

por um lado queixa-se de hiperproteção; por outro, faz o mesmo à irmã e acha necessário porque o mundo está cheio de perigos

Eu falei da super proteção, porque é o que o meu marido me diz, e alguns familiares. E sei que há coisas que são exageradas, por exemplo ontem, o meu marido ligou que vinha para casa que estava com febre, eu disse a minha mãe, e ela já não me queria deixar ir a beira dele para não correr o risco de ser uma gripe e eu também ficar. Sei que há coisas que são exageradas, mas mas as consigo vencer.
Dai eu dizer que nunca gostei de nenhum dos psicologos que tive , porque eu ia lá com noção que tinha medos irreais, eu dizia-lhes isso, que sabia que não podia ser e tinha medo disto ou aquilo, e eles só me diziam se não fizer ou não for já não tem. E nunca me ajudaram a vencer o que eu sabia ser irracional mas nao controlo.

ClaraMiguel -
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Desde 03 Nov 2013

Mas tenho uma dúvida: como espera ter um filho? Vai ser preciso ir a consultas com ele. E se ele precisar de ir ao hospital, às urgências? E quando ele nascer, ficará na maternidade sozinha com ele durante a noite e fora do horário das visitas? E irá às reuniões de pais? Falará com professores, médicos, sempre que o seu filho tiver um problema? Suponho que o seu marido trabalhe, poderá nem sempre estar disponível. Como lidará com isto?

Tyta.S -
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Desde 13 Jul 2018

ClaraMiguel escreveu:
Mas tenho uma dúvida: como espera ter um filho? Vai ser preciso ir a consultas com ele. E se ele precisar de ir ao hospital, às urgências? E quando ele nascer, ficará na maternidade sozinha com ele durante a noite e fora do horário das visitas? E irá às reuniões de pais? Falará com professores, médicos, sempre que o seu filho tiver um problema? Suponho que o seu marido trabalhe, poderá nem sempre estar disponível. Como lidará com isto?

Eu nao disse que tenho medo ou problema de estar sozinha, tanto que disse que sou de falar pouco, e na escola, universidade, ia e vinha as horas porque nao convivia, mas esse nao é um problema meu. Eu vou as minhas coisas sozinha, quando tenho consultas, que ir as compras, eu vou. Eu disse que ir buscar a minha irma nao é um incomudo porque ha dias que se nao fosse isso ficava todo dia em casa.

Votação

Quanto tempo, em média, dura uma consulta com o seu filho no pediatra?