Aborto retido 11 semanas / Expulsão natural - As vossas experiências e como seguir em frente | De Mãe para Mãe

Aborto retido 11 semanas / Expulsão natural - As vossas experiências e como seguir em frente

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Fcosta30 -
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Desde 12 Out 2018

Boa noite a todas.

Nunca pensamos que teremos que utilizar esta área do fórum até que.. Bom, descobri esta semana, no dia do meu aniversário, que tinha tido um AR às 10 semanas.

No dia 04/12 recebi os resultados do rastreio bioquímico (sem a análise de risco) pois apenas iria fazer a eco às 12 semanas. Chamou-me a atenção o valor da betaHCG estar fora dos parâmetros, isto é, muito abaixo do 5º percentil para a semana de gestação (tive um valor de 6.1 e o mínimo seriam 16.50).

Nesse mesmo dia resolvi ir às urgências dos Lusíadas e como me disseram que o médico que me iria seguir na gravidez (tinha consulta marcada na semana seguinte) ainda estava a dar consultas fomos falar directamente com ele.
Disse-me que não tinha motivos para me preocupar, mal olhou para o papel ou sequer analisou os valores e segundo o mesmo, aqueles valores apenas serviam para analisar o risco em conjunto com a ecografia.
Por ser um médico muito tranquilo, a verdade é que saí de lá mais calma e a pensar que estaria tudo bem. Não me fez qualquer ecografia, que era o nosso objectivo quando fomos para o hospital.

No entanto, no dia seguinte de manhã acabei por ir fazer análises e medir o betaHCG (mesmo sem prescrição), tal como fiz quando descobri que estava grávida. Na verdade, fi-lo por descargo de consciência e por saber que não faria mal ao bebé mas nos iria tranquilizar até à semana seguinte em que faríamos a ecografia das 12 semanas.
Nesse dia fazia anos e perto das 18h recebo o resultado via email: 5000 era o valor do betaHCG! O valor de referência mínimo nas 11 semanas seria entre 15000-200000.

Fomos direitos para o hospital e desta vez só saíriamos com uma ecografia feita. O meu sexto sentido dizia-me que algo não estava bem com o meu bebé mas queria acreditar que poderia ser resolvido no hospital.
Quando expliquei à médica o motivo que me levava ali e lhe mostrei os resultados das duas análises, ela não me pareceu muito preocupada mas pediu-me para me despir e fazermos então a ecografia.

Foi aí que o meu mundo parou... Quando ela nos disse que não conseguia ouvir o coração. Pediu a outra médica que visse também e nada.. não haviam batimentos nem movimentos.
Nem queria acreditar que 15 dias antes tinha ouvido o coração do nosso bebé, e o tinha visto a mexer-se apesar de ser tão pequenino. Neste dia, não consegui pensar em mais nada e apenas queria ir para casa chorar o meu bebé, os sonhos e as expectativas de tudo o que já tinhamos planeado.

No dia seguinte, e a tentar perceber os passos seguintes, liguei para o consultório de uma GO que já tinha conhecido e que tinha sido recomendada e repetiu a ecografia e foi então que vimos que o bebé tinha más formações e possivelmente problemas cardíacos que teriam levado à sua morte.

Sabemos que seria mais difícíl se tivessemos descoberto às 12 semanas, e teríamos tido que fazer amniocentese e esperar 15 dias pela confirmação até termos que tomar uma decisão. No meio do pesadelo, sentimos ali uma certa paz pois teria sido tão mais doloroso da outra forma.

Em conversa com a médica, decidimos esperar 6 dias pela expulsão natural, não só por nos parecer melhor fisicamente, como por não poder tomar o cytotec (misoprostol que é contra indicado para asmáticos, que é o meu caso). A alternativa, caso não se resolvesse naturalmente, seria a aspiração e em último caso a raspagem.

Dois dias a seguir o sangramento começou a aumentar e vieram as cólicas e as contrações, que se tornaram mais fortes e frequentes. Tomei chá com canela por ter lido que podia ajudar a acelerar o processo e coloquei uma botija de água quente sobre a barriga. De repente senti como um rebentar de águas e só tive tempo de correr para o wc. Era líquido amniótico e sangue e a partir daí iniciou-se a expulsão.

Terá durado 1hora penso, e pareceu-me uma eternidade. Tinha prometido que não iria chorar mais e naquele momento chorei como uma criança pequena pois sabia que era o final destes quase 3 meses de gestação e o meu corpo estava a encarregar-se de tudo. Tive que usar umas cuecas absorventes e pensos largos e absorventes durante as 24h seguintes. A hemorragia foi diminuindo e hoje já é muito pouca (sobretudo quando vou ao wc).
Amanhã vou fazer nova ecografia para vermos se foi tudo eliminado.

Foi a primeira gravidez e o primeiro aborto.. e apesar de saber que 1 em cada 5 mulheres passam por isto, não sei como me preparar para uma nova gravidez. Os médicos indicam habitualmente que o melhor é esperar 2 ciclos e pelo que li, é comum ser rápido engravidar novamente.

Tivemos muito cuidado em contar apenas à família próxima e 1 ou 2 amigos por sabermos que o risco no 1º trimestre é tão elevado. Mas confesso-vos que nem por um segundo imaginei que seríamos "mais um caso". Fui sempre optimista e por ser um bebé muito desejado, apenas não conseguimos conter as nossas expectativas. No dia em que descobri o AR, tínhamos ido visitar algumas creches e tínhamos planeado comprar o bercinho agora no Natal.
Este ano de 2018 foi um ano difícil para mim e para a minha família, pois perdemos um elemento que amávamos muito em Junho deste ano. Em Julho casei e em Outubro descobri que estávamos à espera do nosso primeiro filho. Dizem-nos que da próxima vez tudo será diferente e sei que a perda é muito recente mas gostava muito de saber as vossas experiências.

Queria perguntar-vos, a quem passou por isto, até mais que uma vez, como lidaram com os medos, se fizeram algo de diferente para gerir as vossas expectativas. Que tipo de cuidados (alimentares, vitamínicos, outros) tiveram na segunda gestação? Como lidaram os vossos companheiros com a situação?
Como foi a vossa segunda gestação?

Obrigada a todas e um abraço grande a todas as que estão a vivenciar esta perda ou passaram por isso.

Lurdinhas31 -
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Desde 18 Out 2016

Ola minha querida primeiro que tudo sinto muito o que estas a passar e compreendo tao bem a tua dor,eu infelizmente ja passei por essa situação 4 vezes e de todas doi me sempre a alma,eu sempre tomei folicil s depois passei para o inocare porque a minha obstetra diz ser melhor e ter mais vitaminas mas o que e certo e que apesar de todos os cuidados continuo a abortar e espero que numa próxima gravidez tudo corra bem.eu e o meu marido sempre fomos muito unidos e felizmente ultrapassamos sempre tudo com muita calma.muita forca querida beijinho grande

A procura do meu milagre desde agosto de 2015
03/02/2020 IIU (-)02/08/2020 Fiv lusiadas
10/2020 TEC lusidas (+)
Apos 6 abortos a luta continua
Fiv IVI 02/09/2021..4 blastocitos.TEC(+)

Lurdinhas31 -
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Desde 18 Out 2016

Ola minha querida primeiro que tudo sinto muito o que estas a passar e compreendo tao bem a tua dor,eu infelizmente ja passei por essa situação 4 vezes e de todas doi me sempre a alma,eu sempre tomei folicil s depois passei para o inocare porque a minha obstetra diz ser melhor e ter mais vitaminas mas o que e certo e que apesar de todos os cuidados continuo a abortar e espero que numa próxima gravidez tudo corra bem.eu e o meu marido sempre fomos muito unidos e felizmente ultrapassamos sempre tudo com muita calma.muita forca querida beijinho grande

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ritinhamag -
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Desde 03 Fev 2010

Querida FCosta ,
Fiquei com o coração apertadinho ao ler as suas palavras. Lamento imenso que esteja a passar por esta situação.
Também eu , passei por ela . No dia 8 de out. Descobri que estava grávida. No dia 8 de nov descobri que estava com um aborto retido as 8sem. No dia 9 de novembro , fiz a aspiração, preferi terminar com toda aquela angústia o mais rapidamente possível.
Ao contrário de si , sempre estive de pé atrás. Desde o primeiro minuto que algo me dizia que as coisas não iam correr bem . E não correram .
Há todo um processo novo , o de deixarmos de estar grávidas. Também era a minha primeira gravidez e o marido andava completamente eufórico. Mas tudo se faz , tudo se consegue. Pessoalmente julgo ter vivido todos aqueles dias de forma pacífica . Chorei quando tinha que chorar . Mas aceitei . Aceitei que o que me aconteceu foi uma consequência de um caminho que escolhi viver. Nós é que escolhemos engravidar e ao escolhermos engravidar temos que aceitar que há o caminho das perdas e dos ganhos. Ainda assim eu estive e estou disposta a passar pela perda para chegar ao ganho . Compreender que o aborto não é uma raridade . É uma complicação natural que acontece a milhares de mulheres . Olhar para o futuro com certeza no caminho que queremos percorrer , com o coração leve , a cabeça em paz e ir sempre em frente, com passos firmes e fortes de quem tem a certeza de que é firme , feliz e forte !
Apoie-se no seu marido , o meu , foi sem dúvida o meu grande pilar , amigo , companheiro. Fomos a carapaça um do outro. Eu tinha e tenho plena certeza de que nunca me senti sozinha porque ele viveu tudo isto comigo . E isso acho que é um fator decisivo para andarmos para a frente .
Quanto ao futuro , confesso.lhe que morro de medo que isto possa acontecer outra vez . Morro de medo da ansiedade que irei sentir quando voltar a engravidar. Mas se há dias em que tenho medo , há dias em que tenho esperança e entusiasmo ... enfim ... Há que tentar encontrar um equilíbrio...
Um super beijinho para si ... que encontre o que precisa para ultrapassar esta fase o mais rapidamente possível.

ritinhamag -
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Desde 03 Fev 2010

Lurdinhas31 escreveu:
Ola minha querida primeiro que tudo sinto muito o que estas a passar e compreendo tao bem a tua dor,eu infelizmente ja passei por essa situação 4 vezes e de todas doi me sempre a alma,eu sempre tomei folicil s depois passei para o inocare porque a minha obstetra diz ser melhor e ter mais vitaminas mas o que e certo e que apesar de todos os cuidados continuo a abortar e espero que numa próxima gravidez tudo corra bem.eu e o meu marido sempre fomos muito unidos e felizmente ultrapassamos sempre tudo com muita calma.muita forca querida beijinho grande

Querida Lurdinhas ,
Por várias vezes que me "cruzo" consigo nos tópicos e nunca deixo de ler o seu perfil . Em primeiro lugar , dizer-lhe que lamento imenso. Em segundo , que acredito que há-de ter a compensação por tanta provação em tão pouco tempo.
Anda a ser seguida no público ou privado ? Não lhe conseguem dar feedbacks conclusivos ? Reparei pelo que li que engravida com facilidade, sendo o problema depois . Acho lamentável que o nosso SNS permita que uma mulher passe por todo este sofrimento para dar respostas.
Um beijinho enorme , cheio de força e coragem. Um abraço gigante com enormes desejos de um 2019 tranquilo! Que seja o seu ano , o ano que merece ! <3

Ansha -
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Desde 13 Abr 2016

Olá Fcosta.
Lamento muito a tua perda. Custa muito passar por isso e perder toda a inocência da primeira gravidez.
Qd engravidei a primeira vez ( tentava há 6 meses) nunca me passou pela cabeça que algo corresse mal.... foi ver o meu positivo numa terça , e na 5f seguinte começar a sangrar ( aborto espontâneo de gravide bioquímica, não se chegou a implantar). Eu e o marido chorámos muito. Ainda por cima tinha uma série de amigas tb grávidas de pouco tempo, e as perguntas q nos assombravam eram : “ pq nós?” E “ será que algum dia vamos conseguir ter filhos?”
Entretanto isto aconteceu no fim de julho. Fomos de férias de verão, aproveitei as férias para desanuviar, tentar não pensar no assunto... e fiz o tal mês de espera dos treinos.
Depois continuei a tentar. Tínhamos uma viagem marcada em novembro, e foi a isso que me agarrei para não estar sempre a pensar. Planeei a viagem, estava distraída e ajudou. No dia da viagem fiz o teste é novo positivo ( 3 meses pós aborto). Fiquei mt contente mas apreensiva por causa da viagem.
Mas lá fui, tive os cuidados q devia ter, comecei logo a colocar óvulos de progesterona vaginais a mando do meu médico q me disse para o fazer assim q tivesse novo positivo.
A nossa atitude foi de defesa , e com muita pena minha, resguardando-nos um pouco e não ficámos eufóricos. Tentei ter os cuidados básicos mas não pensar mt no assunto. Lembro-me q andámos de barco e houve uns solavancos maiores nesse dia e eu comecei a chorar e a dizer “ pronto, já está, já perdi “ sempre pessimista Triste
Até q com a chegada das 12 semanas comecei a acreditar q seria possível correr bem. Mas vivi essa gravidez sempre com mts medos e só descansei qd tive o meu bebé nos braços.
Mais tarde , faz ag um ano precisamente, descobri q estava grávida , não foi planeado mas era mt bem-vindo. Passei aquelas semanas com receio, mas depois como às 8 semanas vi o coração e ouvi, relaxei... era Natal, época de alegria... calhou fazer uma eco de rotina às 9 semanas, até fui sozinha pq como foi à noite o meu marido ficou com o nosso pequenito em casa. Qd oiço aquele diagnóstico horrível e medonho do “ não oiço o coração, parou de evoluir às 9 semanas “
Fiquei para morrer. O meu marido tb. Eu até já tinha barriga e tudo! Como vinham aí os dias festivos optei por esperar e no dia 1/1/18 tomei o cytotec para iniciar a expulsão. Fui parar ao hospital com uma hemorragia mt grande, mas em 24h estava tudo limpo.
Ao estar ali com as outras grávidas só pensava “ graças a Deus q já tenho um filho” e foi a isso q eu e o meu marido nos agarrámos! Ajudou muito já termos sido pais.
Entretanto, nós mulheres somos um bicho mt curioso e por incrível q pareça, este AR deu-me vontade de tentar mais e mais até ser bem sucedida . E assim fiz, e passado 2 meses novo positivo. Desta vez introduzi tb a aspirina 100 para evitar possíveis coágulos no cordão umbilical.
E se tudo correr bem passado um ano da perda, terei outro menino nos braços por estes dias q se aproximam Sorriso
Contei a minha história para lhe dar alguma força e alento, não desista! E não está sozinha!
Beijinhos

ritinhamag -
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Desde 03 Fev 2010

Ansha escreveu:
Olá Fcosta.
Lamento muito a tua perda. Custa muito passar por isso e perder toda a inocência da primeira gravidez.
Qd engravidei a primeira vez ( tentava há 6 meses) nunca me passou pela cabeça que algo corresse mal.... foi ver o meu positivo numa terça , e na 5f seguinte começar a sangrar ( aborto espontâneo de gravide bioquímica, não se chegou a implantar). Eu e o marido chorámos muito. Ainda por cima tinha uma série de amigas tb grávidas de pouco tempo, e as perguntas q nos assombravam eram : “ pq nós?” E “ será que algum dia vamos conseguir ter filhos?”
Entretanto isto aconteceu no fim de julho. Fomos de férias de verão, aproveitei as férias para desanuviar, tentar não pensar no assunto... e fiz o tal mês de espera dos treinos.
Depois continuei a tentar. Tínhamos uma viagem marcada em novembro, e foi a isso que me agarrei para não estar sempre a pensar. Planeei a viagem, estava distraída e ajudou. No dia da viagem fiz o teste é novo positivo ( 3 meses pós aborto). Fiquei mt contente mas apreensiva por causa da viagem.
Mas lá fui, tive os cuidados q devia ter, comecei logo a colocar óvulos de progesterona vaginais a mando do meu médico q me disse para o fazer assim q tivesse novo positivo.
A nossa atitude foi de defesa , e com muita pena minha, resguardando-nos um pouco e não ficámos eufóricos. Tentei ter os cuidados básicos mas não pensar mt no assunto. Lembro-me q andámos de barco e houve uns solavancos maiores nesse dia e eu comecei a chorar e a dizer “ pronto, já está, já perdi “ sempre pessimista
Até q com a chegada das 12 semanas comecei a acreditar q seria possível correr bem. Mas vivi essa gravidez sempre com mts medos e só descansei qd tive o meu bebé nos braços.
Mais tarde , faz ag um ano precisamente, descobri q estava grávida , não foi planeado mas era mt bem-vindo. Passei aquelas semanas com receio, mas depois como às 8 semanas vi o coração e ouvi, relaxei... era Natal, época de alegria... calhou fazer uma eco de rotina às 9 semanas, até fui sozinha pq como foi à noite o meu marido ficou com o nosso pequenito em casa. Qd oiço aquele diagnóstico horrível e medonho do “ não oiço o coração, parou de evoluir às 9 semanas “
Fiquei para morrer. O meu marido tb. Eu até já tinha barriga e tudo! Como vinham aí os dias festivos optei por esperar e no dia 1/1/18 tomei o cytotec para iniciar a expulsão. Fui parar ao hospital com uma hemorragia mt grande, mas em 24h estava tudo limpo.
Ao estar ali com as outras grávidas só pensava “ graças a Deus q já tenho um filho” e foi a isso q eu e o meu marido nos agarrámos! Ajudou muito já termos sido pais.
Entretanto, nós mulheres somos um bicho mt curioso e por incrível q pareça, este AR deu-me vontade de tentar mais e mais até ser bem sucedida . E assim fiz, e passado 2 meses novo positivo. Desta vez introduzi tb a aspirina 100 para evitar possíveis coágulos no cordão umbilical.
E se tudo correr bem passado um ano da perda, terei outro menino nos braços por estes dias q se aproximam
Contei a minha história para lhe dar alguma força e alento, não desista! E não está sozinha!
Beijinhos

Querida Ansha ,
Que bom ler histórias como a sua . Enchem-me o coração <3
Também tive um aborto retido no mês passado , entretanto, fazendo jus a uma boa exagerada que sou , disse ao meu obstetra que queria fazer todos os exames e mais alguns para perceber a causa do aborto. Convenceu-me a não o fazer com a velha história de que um aborto é frequente e de que não se justifica, bla bla bla ...
A Ansha referiu que após o primeiro aborto depois do novo positivo introduziu ovulos de progesterona ,fez algum exame que desse essa recomendação ou foi só mesmo mais um despiste do obstetra ?
O meu além de não me mandar fazer exames, também não me mandou tomar mais nada nem agora nem quando houver novo positivo .
Um beijinho para si e que corra tudo bem <3

Ansha -
Offline
Desde 13 Abr 2016

ritinhamag escreveu:

Ansha escreveu:Olá Fcosta.
Lamento muito a tua perda. Custa muito passar por isso e perder toda a inocência da primeira gravidez.
Qd engravidei a primeira vez ( tentava há 6 meses) nunca me passou pela cabeça que algo corresse mal.... foi ver o meu positivo numa terça , e na 5f seguinte começar a sangrar ( aborto espontâneo de gravide bioquímica, não se chegou a implantar). Eu e o marido chorámos muito. Ainda por cima tinha uma série de amigas tb grávidas de pouco tempo, e as perguntas q nos assombravam eram : “ pq nós?” E “ será que algum dia vamos conseguir ter filhos?”
Entretanto isto aconteceu no fim de julho. Fomos de férias de verão, aproveitei as férias para desanuviar, tentar não pensar no assunto... e fiz o tal mês de espera dos treinos.
Depois continuei a tentar. Tínhamos uma viagem marcada em novembro, e foi a isso que me agarrei para não estar sempre a pensar. Planeei a viagem, estava distraída e ajudou. No dia da viagem fiz o teste é novo positivo ( 3 meses pós aborto). Fiquei mt contente mas apreensiva por causa da viagem.
Mas lá fui, tive os cuidados q devia ter, comecei logo a colocar óvulos de progesterona vaginais a mando do meu médico q me disse para o fazer assim q tivesse novo positivo.
A nossa atitude foi de defesa , e com muita pena minha, resguardando-nos um pouco e não ficámos eufóricos. Tentei ter os cuidados básicos mas não pensar mt no assunto. Lembro-me q andámos de barco e houve uns solavancos maiores nesse dia e eu comecei a chorar e a dizer “ pronto, já está, já perdi “ sempre pessimista
Até q com a chegada das 12 semanas comecei a acreditar q seria possível correr bem. Mas vivi essa gravidez sempre com mts medos e só descansei qd tive o meu bebé nos braços.
Mais tarde , faz ag um ano precisamente, descobri q estava grávida , não foi planeado mas era mt bem-vindo. Passei aquelas semanas com receio, mas depois como às 8 semanas vi o coração e ouvi, relaxei... era Natal, época de alegria... calhou fazer uma eco de rotina às 9 semanas, até fui sozinha pq como foi à noite o meu marido ficou com o nosso pequenito em casa. Qd oiço aquele diagnóstico horrível e medonho do “ não oiço o coração, parou de evoluir às 9 semanas “
Fiquei para morrer. O meu marido tb. Eu até já tinha barriga e tudo! Como vinham aí os dias festivos optei por esperar e no dia 1/1/18 tomei o cytotec para iniciar a expulsão. Fui parar ao hospital com uma hemorragia mt grande, mas em 24h estava tudo limpo.
Ao estar ali com as outras grávidas só pensava “ graças a Deus q já tenho um filho” e foi a isso q eu e o meu marido nos agarrámos! Ajudou muito já termos sido pais.
Entretanto, nós mulheres somos um bicho mt curioso e por incrível q pareça, este AR deu-me vontade de tentar mais e mais até ser bem sucedida . E assim fiz, e passado 2 meses novo positivo. Desta vez introduzi tb a aspirina 100 para evitar possíveis coágulos no cordão umbilical.
E se tudo correr bem passado um ano da perda, terei outro menino nos braços por estes dias q se aproximam
Contei a minha história para lhe dar alguma força e alento, não desista! E não está sozinha!
Beijinhos

Querida Ansha ,
Que bom ler histórias como a sua . Enchem-me o coração <3
Também tive um aborto retido no mês passado , entretanto, fazendo jus a uma boa exagerada que sou , disse ao meu obstetra que queria fazer todos os exames e mais alguns para perceber a causa do aborto. Convenceu-me a não o fazer com a velha história de que um aborto é frequente e de que não se justifica, bla bla bla ...
A Ansha referiu que após o primeiro aborto depois do novo positivo introduziu ovulos de progesterona ,fez algum exame que desse essa recomendação ou foi só mesmo mais um despiste do obstetra ?
O meu além de não me mandar fazer exames, também não me mandou tomar mais nada nem agora nem quando houver novo positivo .
Um beijinho para si e que corra tudo bem <3


Obrigada ritinha. O meu obstetra tb disse q “ainda” não valia a pena fazer exames. Da segunda gravidez disse para fazer a progesterona mesmo sem exames , pq disse “ mal não faz, a única coisa q pode fazer é atrasar um possível aborto”. E assim fiz.
Ag desta última vez optámos tb por incluir a aspirina 100, seguindo a mesma linha de pensamento, prevenção, como já tenho 37 anos e tinha tendência para aborto e posteriormente tb para pré eclampsia, tomei a aspirina até as 35 semanas ( fiquei sempre a pensar q deste último aborto pode ter sido um rolhao no cordão ).

Lurdinhas31 -
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Desde 18 Out 2016

ritinhamag escreveu:

Lurdinhas31 escreveu:Ola minha querida primeiro que tudo sinto muito o que estas a passar e compreendo tao bem a tua dor,eu infelizmente ja passei por essa situação 4 vezes e de todas doi me sempre a alma,eu sempre tomei folicil s depois passei para o inocare porque a minha obstetra diz ser melhor e ter mais vitaminas mas o que e certo e que apesar de todos os cuidados continuo a abortar e espero que numa próxima gravidez tudo corra bem.eu e o meu marido sempre fomos muito unidos e felizmente ultrapassamos sempre tudo com muita calma.muita forca querida beijinho grande

Querida Lurdinhas ,
Por várias vezes que me "cruzo" consigo nos tópicos e nunca deixo de ler o seu perfil . Em primeiro lugar , dizer-lhe que lamento imenso. Em segundo , que acredito que há-de ter a compensação por tanta provação em tão pouco tempo.
Anda a ser seguida no público ou privado ? Não lhe conseguem dar feedbacks conclusivos ? Reparei pelo que li que engravida com facilidade, sendo o problema depois . Acho lamentável que o nosso SNS permita que uma mulher passe por todo este sofrimento para dar respostas.
Um beijinho enorme , cheio de força e coragem. Um abraço gigante com enormes desejos de um 2019 tranquilo! Que seja o seu ano , o ano que merece ! <3

Obrigada minha querida que 2019 seja um ano muito feliz para todas nós que bem merecemos.eu sou seguida no privado e gracas a deus sou muito bem acompanhada mas apesar de todos os exames ja feitos ainda não conseguiram encontrar causas para os meus abortos.beijinho muitoooo grande

A procura do meu milagre desde agosto de 2015
03/02/2020 IIU (-)02/08/2020 Fiv lusiadas
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Lili_pff -
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Desde 20 Maio 2011

Correram-me as lagrimas a ler o seu testemunho... Porque sei que é o que me aguarda....
Estou agora de 9 semanas... A semana passada comecei a sangrar, e continuo desde ha 7 dias, maior intensidade desde o 3o dia.... Não conseguiram ouvir o coraçãozinho... Vou voltar na Quinta mas... Chorei muito os últimos dias e o te depois de tanto ler, pesquisar...acho que decidi preparar-me mentalmente para o pior.
Acredito que para a primeira gravidez seja ainda mais difícil, mas havemos se conseguir superar...
Um grande abraço e muita força

ritinhamag -
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Desde 03 Fev 2010

Ansha escreveu:

ritinhamag escreveu:
Ansha escreveu:Olá Fcosta.
Lamento muito a tua perda. Custa muito passar por isso e perder toda a inocência da primeira gravidez.
Qd engravidei a primeira vez ( tentava há 6 meses) nunca me passou pela cabeça que algo corresse mal.... foi ver o meu positivo numa terça , e na 5f seguinte começar a sangrar ( aborto espontâneo de gravide bioquímica, não se chegou a implantar). Eu e o marido chorámos muito. Ainda por cima tinha uma série de amigas tb grávidas de pouco tempo, e as perguntas q nos assombravam eram : “ pq nós?” E “ será que algum dia vamos conseguir ter filhos?”
Entretanto isto aconteceu no fim de julho. Fomos de férias de verão, aproveitei as férias para desanuviar, tentar não pensar no assunto... e fiz o tal mês de espera dos treinos.
Depois continuei a tentar. Tínhamos uma viagem marcada em novembro, e foi a isso que me agarrei para não estar sempre a pensar. Planeei a viagem, estava distraída e ajudou. No dia da viagem fiz o teste é novo positivo ( 3 meses pós aborto). Fiquei mt contente mas apreensiva por causa da viagem.
Mas lá fui, tive os cuidados q devia ter, comecei logo a colocar óvulos de progesterona vaginais a mando do meu médico q me disse para o fazer assim q tivesse novo positivo.
A nossa atitude foi de defesa , e com muita pena minha, resguardando-nos um pouco e não ficámos eufóricos. Tentei ter os cuidados básicos mas não pensar mt no assunto. Lembro-me q andámos de barco e houve uns solavancos maiores nesse dia e eu comecei a chorar e a dizer “ pronto, já está, já perdi “ sempre pessimista
Até q com a chegada das 12 semanas comecei a acreditar q seria possível correr bem. Mas vivi essa gravidez sempre com mts medos e só descansei qd tive o meu bebé nos braços.
Mais tarde , faz ag um ano precisamente, descobri q estava grávida , não foi planeado mas era mt bem-vindo. Passei aquelas semanas com receio, mas depois como às 8 semanas vi o coração e ouvi, relaxei... era Natal, época de alegria... calhou fazer uma eco de rotina às 9 semanas, até fui sozinha pq como foi à noite o meu marido ficou com o nosso pequenito em casa. Qd oiço aquele diagnóstico horrível e medonho do “ não oiço o coração, parou de evoluir às 9 semanas “
Fiquei para morrer. O meu marido tb. Eu até já tinha barriga e tudo! Como vinham aí os dias festivos optei por esperar e no dia 1/1/18 tomei o cytotec para iniciar a expulsão. Fui parar ao hospital com uma hemorragia mt grande, mas em 24h estava tudo limpo.
Ao estar ali com as outras grávidas só pensava “ graças a Deus q já tenho um filho” e foi a isso q eu e o meu marido nos agarrámos! Ajudou muito já termos sido pais.
Entretanto, nós mulheres somos um bicho mt curioso e por incrível q pareça, este AR deu-me vontade de tentar mais e mais até ser bem sucedida . E assim fiz, e passado 2 meses novo positivo. Desta vez introduzi tb a aspirina 100 para evitar possíveis coágulos no cordão umbilical.
E se tudo correr bem passado um ano da perda, terei outro menino nos braços por estes dias q se aproximam
Contei a minha história para lhe dar alguma força e alento, não desista! E não está sozinha!
Beijinhos

Querida Ansha ,
Que bom ler histórias como a sua . Enchem-me o coração <3
Também tive um aborto retido no mês passado , entretanto, fazendo jus a uma boa exagerada que sou , disse ao meu obstetra que queria fazer todos os exames e mais alguns para perceber a causa do aborto. Convenceu-me a não o fazer com a velha história de que um aborto é frequente e de que não se justifica, bla bla bla ...
A Ansha referiu que após o primeiro aborto depois do novo positivo introduziu ovulos de progesterona ,fez algum exame que desse essa recomendação ou foi só mesmo mais um despiste do obstetra ?
O meu além de não me mandar fazer exames, também não me mandou tomar mais nada nem agora nem quando houver novo positivo .
Um beijinho para si e que corra tudo bem <3

Obrigada ritinha. O meu obstetra tb disse q “ainda” não valia a pena fazer exames. Da segunda gravidez disse para fazer a progesterona mesmo sem exames , pq disse “ mal não faz, a única coisa q pode fazer é atrasar um possível aborto”. E assim fiz.
Ag desta última vez optámos tb por incluir a aspirina 100, seguindo a mesma linha de pensamento, prevenção, como já tenho 37 anos e tinha tendência para aborto e posteriormente tb para pré eclampsia, tomei a aspirina até as 35 semanas ( fiquei sempre a pensar q deste último aborto pode ter sido um rolhao no cordão ).


Vou ter que confiar no meu GO ... Ainda que também preferisse jogar pelo seguro... Mas , adiante . A ver vamos, como correrá numa próxima vez .
Um beijinho para si e já diz a velha sabedoria popular : uma hora pequenina! 🍀🤞

ritinhamag -
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Desde 03 Fev 2010

Lurdinhas31 escreveu:

ritinhamag escreveu:
Lurdinhas31 escreveu:Ola minha querida primeiro que tudo sinto muito o que estas a passar e compreendo tao bem a tua dor,eu infelizmente ja passei por essa situação 4 vezes e de todas doi me sempre a alma,eu sempre tomei folicil s depois passei para o inocare porque a minha obstetra diz ser melhor e ter mais vitaminas mas o que e certo e que apesar de todos os cuidados continuo a abortar e espero que numa próxima gravidez tudo corra bem.eu e o meu marido sempre fomos muito unidos e felizmente ultrapassamos sempre tudo com muita calma.muita forca querida beijinho grande

Querida Lurdinhas ,
Por várias vezes que me "cruzo" consigo nos tópicos e nunca deixo de ler o seu perfil . Em primeiro lugar , dizer-lhe que lamento imenso. Em segundo , que acredito que há-de ter a compensação por tanta provação em tão pouco tempo.
Anda a ser seguida no público ou privado ? Não lhe conseguem dar feedbacks conclusivos ? Reparei pelo que li que engravida com facilidade, sendo o problema depois . Acho lamentável que o nosso SNS permita que uma mulher passe por todo este sofrimento para dar respostas.
Um beijinho enorme , cheio de força e coragem. Um abraço gigante com enormes desejos de um 2019 tranquilo! Que seja o seu ano , o ano que merece ! <3

Obrigada minha querida que 2019 seja um ano muito feliz para todas nós que bem merecemos.eu sou seguida no privado e gracas a deus sou muito bem acompanhada mas apesar de todos os exames ja feitos ainda não conseguiram encontrar causas para os meus abortos.beijinho muitoooo grande


Querida Lurdinhas ,
Faço figas, força e votos para que depois de passares por cima dessas pedras , encontres o teu tesouro ! 💖 O momento irá chegar E quando chegar , vai encontrar uma mulher cheia de força e coragem .
Venha o 2019 , que nós abrace com doçura <3

JfA -
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Desde 05 Ago 2011

Relato emocionante.... lamento muito a tua perda e lamento muito que a tua primeira experiência no mundo da maternidade seja assim. É uma dor que não sara, apenas fica guardado no seu próprio cantinho.

Eu já passei por um AR depois da minha primeira filha, com cytotec e uma noite infernal.

Acabei por voltar a engravidar apenas dois anos depois do meu segundo filho - sem nenhuma consulta prévia (cá entre nós, foi feito após uma bela noite de copos e casamento....!!!!) e já nasceu há 6 anos. Ainda me deu uns sustos no início mas agarrou-se bem!

Infelizmente vim a conhecer a perda mais umas vezes, duas delas em gravidezes ectopicas (se desconhecia o que era um aborto retido anos antes, ectopica era algo perfeitamente desconhecido para mim).

Engravidei do terceiro, nasceu há 3 anos.

Cheguei a engravidar há dois anos, mas tive de interromper a gravidez por razões médicas, com aspiração.

Desde essa interrupção que tivemos a certeza que queríamos o quarto (loucos mas felizes) e depois de mais de um ano a tentar com tudo certo, tive o postivo agora em novembro.

Eco com coração a piscar, descolamento mas recuperável.

Eco duas semanas depois sem batimentos cardíacos.

Passei o fim‑de‑semana a tomar cytotec, nem um penso encho. Vou amanhã ao hospital onde provavelmente devem fazer-me uma curetagem.

A vida é injusta, cruel e por vezes prolonga o nosso sofrimento por demasiado tempo e sem explicação.

Se tenho a sorte de ter três cá fora? Tenho. Sou muito grata por eles e também sou grata pelas minhas 5 estrelinhas, que olham por cada um de nós e que me ensinaram a dar valor a todos os segundos que tenho com os meus filhos no colo (mesmo das birras e noites mal dormidas).

Tenho um bom companheiro, que nas primeiras perdas perdeu-se bastante, apoiou de menos e fez o luto longe da família. Mas também foi graças às estrelinhas que conseguiu reorientar se e encontrar na família a força que necessita para a vida. O que nos afastou durante um tempo, também nos reaproximou e reforçou o relacionamento.

Desculpa o testemunho longo, e desejo-te uma rápida recuperação (física e sobretudo psicológica). Um beijinho!

Sobre JfA

* Parto normal 05.03.2003 Sorriso * AR Maio 2008 (1ª Estrelinha) * Cesariana 03.04.2012 Sorriso * GE Junho 2013 (Mais uma estrelinha...) * Cesariana 22.09.2015 Sorriso * GE Junho 2016 (3ª estrelinha)
* IMG Dez 2016 (4ª estrelinha...) * AR Dezembro 2018 (e vão 5 estrelinhas)

Desde 20 Set 2018

Minha querida, infelizmente também eu sofri uma perda gestacional as 11 semanas. Duas semanas antes tínhamos ouvido o coração e foi a melhor sensação do mundo. Até que numa consulta de rotina nos caiu o chão... no dia seguinte fomos para o HSFX onde repetiram o exame e comecei os comprimidos. No dia seguinte de manhã , depois de ter sofrido uma hemorragia gigante de noite e após a médica dizer que ainda estava cheio, pedi para fazerem a aspiração. Felizmente a equipa que lá estava faz sempre primeiro a aspiração só passando para raspagem em caso de necessidade. Tiraram tudo e passado umas horas sai. Tinha coisas para fazer já agendadas e pensava para mim que só queria ir para casa chorar mas a vida continua. Fui fazer o que tinha para fazer e um dia depois fui para fora do país desanuviar com o meu Madrid que foi o meu maior apoio apesar de, também ele, estar destroçado. Felizmente tivemos logo luz verde para avançar e agora é esperar que tudo corra bem, que consigamos rápido e que desta vez o desfecho seja outro mas morro de medo que volte a acontecer, ou de não conseguir engravidar... já tenho 38 anos e isso é um problema... mas pensamento positivo e vai ser da próxima. Ainda não tenho o resultado da patologia (pedi para saber a causa ou tentar saber) mas se sucedeu foi porque tinha de ser. Um beijinho muito grande no ❤️ e se quiseres falar envia-me msg pelo Instagram ou pelo Messenger. Não precisas (mos) passar por isso sozinha pois só quem passa sabe o que custa e o que doi

7/18 Início dos treinos; 8/18 - positivo ❤️ 24/10/18 - AR 11S😔; 12/18 - reinício; 6 e 7/19- dufine+ovitrel; 25/07/19- consulta de infertilidade; 08/19 - análises p/cons. fertilidade; 17/10/19- após todos os exames, ele ok e eu com falência ovárica; FIV p/ 1/2020.

Fcosta30 -
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Desde 12 Out 2018

Boa tarde a todas,

Muito obrigada pelas vossas palavras, ajudaram-me bastante e um mês depois do que aconteceu sinto-me melhor, quase "curada". Ainda me dói pensar no que perdemos mas já estamos preparados para a próxima fase.
Aproveitámos que tínhamos uns dias de férias e fomos passar o ano novo fora de Portugal e não usámos protecção, estamos a deixar que aconteça naturalmente.
Queria a vossa opinião, o aborto aconteceu no dia 8 de Dezembro naturalmente e sangrei até dia 20 (com perdas ligeiras nos ultimos dias). Ontem, dia 6 de Janeiro senti uma perda muito ligeira de sangue, apenas quando me limpo, e cor acastanhada. Não tenho tido fluxo nenhum, aliás estou apenas com um penso diário e só quando me limpo é que sai alguma coisa.
Tenho tido alguns sintomas estranhos, como dores lombares e umas moinhas ligeiras no baixo ventre. Não sei se será sangramento de nidação ou uma menstruação muito estranha.

Alguma de vocês sentiu sangramento de nidação? E a vossa menstruação após o aborto foi muito fraca, sem fluxo?

Obrigada a todas e um beijinho.

Desde 20 Set 2018

Fcosta30 escreveu:
Boa tarde a todas,
Muito obrigada pelas vossas palavras, ajudaram-me bastante e um mês depois do que aconteceu sinto-me melhor, quase "curada". Ainda me dói pensar no que perdemos mas já estamos preparados para a próxima fase.
Aproveitámos que tínhamos uns dias de férias e fomos passar o ano novo fora de Portugal e não usámos protecção, estamos a deixar que aconteça naturalmente.
Queria a vossa opinião, o aborto aconteceu no dia 8 de Dezembro naturalmente e sangrei até dia 20 (com perdas ligeiras nos ultimos dias). Ontem, dia 6 de Janeiro senti uma perda muito ligeira de sangue, apenas quando me limpo, e cor acastanhada. Não tenho tido fluxo nenhum, aliás estou apenas com um penso diário e só quando me limpo é que sai alguma coisa.
Tenho tido alguns sintomas estranhos, como dores lombares e umas moinhas ligeiras no baixo ventre. Não sei se será sangramento de nidação ou uma menstruação muito estranha.
Alguma de vocês sentiu sangramento de nidação? E a vossa menstruação após o aborto foi muito fraca, sem fluxo?
Obrigada a todas e um beijinho.

Olá!

Já te veio o R? Eu fiz aspiração a 26/10/2018 e o R veio a 27/11/2018, durou 4 dias normais, fluxo normal. Já veio novamente a 21/12/201, também tudo normal, e agora espero que não venha em Janeiro, que era bom sinal Sorriso
Nunca tive sangramento por nidação...

7/18 Início dos treinos; 8/18 - positivo ❤️ 24/10/18 - AR 11S😔; 12/18 - reinício; 6 e 7/19- dufine+ovitrel; 25/07/19- consulta de infertilidade; 08/19 - análises p/cons. fertilidade; 17/10/19- após todos os exames, ele ok e eu com falência ovárica; FIV p/ 1/2020.

Susana Isa C -
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Desde 15 Jan 2019

Boa noite a todas,
A minha história tem um pouco de cada uma das vossas e fico de coração apertado sempre que as leio.
Aos 42, quase 43 anos começamos a tentar ter o nosso filho (seria o primeiro do meu marido porque eu já tinha uma jovem de 21 anos). Engravidei facilmente e às 8 semanas comecei a ter hemorragias. Tive um aborto espontâneo em que foi necessário fazer medicação para expulsar o embrião. Já tínhamos contado à família e só várias semanas depois conseguimos dizer o que nos tinha acontecido. Da segunda vez o embrião deixou de ter batimentos cardíacos às 10 semanas. Fiz novamente a mesma medicação. É um vazio sem explicação. Continuámos firmes na nossa decisão e 3 meses depois estava novamente grávida. Foi uma angústia chegar às 12 semanas, mas quando as ultrapassámos ficámos confiantes que dessa vez ia correr tudo bem. Infelizmente ao fazer a eco da TN descobriu-se que o bebé teria graves anomalias cardíacas e a T21 era a maior probabilidade. A biópsia das vilosidades veio confirmar a trissomia 21. Fomos aconselhados a interromper a gravidez pois segundo o médico o bebé não tinha condições de sobrevivência. A dor não tem fim nem explicação. A IMG foi às 16 semanas e eu passei por um parto normal, mas saí do hospital de colo vazio e alma vazia. Tinha visto a minha bebé, um anjinho que fisicamente não aparentava qualquer problema, mas a autópsia confirmou os relatórios médicos. No dia que saí do hospital disse ao meu marido que um dia iríamos sair dali com o nosso filho nos braços! Nem sei onde arranjei essa força. Um mês depois fui internada para fazer uma curetagem. Decidimos viajar para fora do país porque era fundamental naquele momento estarmos só os dois. Poucas pessoas da família sabiam (3 ou 4 no máximo se bem me lembro). No início de dezembro de 2017 engravidei novamente. Não se explicar, mas embora tivesse muito medo, também sentia uma estranha calma. Todos as análises e ecografias indicaram um bebé saudável e fui aconselhada a não fazer biópsia ou amniocentese devido ao risco de aborto. E não fiz. Em Agosto do ano passado e eu com 45 anos nasceu o meu menino, lindo, saudável, cheio de energia e apetite! É a alegria das nossas vidas. Fé e acreditar na esperança de que um dia tudo será diferente foi o que me motivou a continuar a tentar e não desistir por maior que fosse a dor, porque é enorme! Nenhum filho substitui os que perdemos... é uma dor que permanece adormecida no coração duma mãe para sempre... muita força é o que vos desejo.