Olá!
Será que há alguém nesta situação? Na 1ª vez que estava grávida, tive um aborto espontâneo às 8 semanas, numa semana o processo ficou conluído, sem set necessário intervenção médica. 3 meses depois engravidei e nasceu a minha menina linda, e agora que ela tem 4 anos, achámos que estava na hora de dar um irmãozinho, sp com muito receio, engravidámos à 1ª, mas passadas 5 semanas, comecei a ter perdas e o diagnóstico confirmou-se este domingo! Faria as 6 semanas!
Estou muito triste, mas a tentar dar a volta por cima, vim trabalhar logo no dia a seguir, facto pelo qual em arrependo, mas estou a tentar seguir em frente!
Gostava de saber a vossa opinião, se deveria procurar um médico privado e fazer exames, para saber se está tudo bem, ou aceitar que é normal e aguardar por uma próxima gravidez!
Como podem calcular tenho muito medo que volte a acontecer, porque não queria passar por tudo uma 3ª vez.. Há por aí alguma menina na mesma situação?
já é a 2ª vez que perco bebé em NOvembro, mas foi também em Novembro que a minha menina nasceu... NEm tudo é mau, mas é triste...
Andreia,
Eu tive uma gravidez bem sucedida e duas perdas logo de seguida. Depois nasceu o meu filho.
Sabias que uma em cada três gravidezes até às 8 semanas não são evolutivas? E isso não significa que tenhamos problemas, é apenas a natureza a funcionar, e antes que ela funcione até às 8 semanas que mais tarde.
Antigamente, as nossas mães e as nossas avós descobriam que estavam grávidas às vezes já com dois atrasos na menstruação! Ou seja, para elas, se viesse uma menstruação com duas semanas de atraso, era isso mesmo, atraso, e podia bem ser um aborto, certo?
É o que faz sermos curiosas e os avanços da medicina fazerem-nos descobrir cedo demais! 
Por isso, eu própria questionei o meu médico sobre as perda e ele respondeu: "A natureza é sábia, sabe o que faz. Se já teve um caso de sucesso, terá outros com certeza. Relaxe!" Palavras sábias...
Bjs
OI.
Eu para já tive uma gravidez bem sucedida e um aborto (este sábado).
Não sei como será a próxima gravidez mas sei que a vou adiar por uns tempos pois não estava nos meus planos engravidar já, embora tivesse aceitado esta última gravidez com alegria.
Mas conheço vários casos em que tiveram vários abortos mas também vários filhos saudáveis. Acho que não vale muito a pena pensarmos nisso e temos de pensar que realmente os abortos têm a mão da Mãe Natureza a controlar a qualidade da espécie. Acontece a muitas mulheres.
Quando voltarmos a engravidar havemos de ter sorte e teremos sempre a ajuda das ecografias e análises para perceber se alguma coisa estiver errada.
Desejo-te o mesmo que a mim: sorte e calma!
Eu tive uma gravidez bem sucedida sem nenhuma intercorrência e na gravidez seguinte perdi ás 15 semanas. Por pura sorte (se se pode falar em sorte neste tipo de situações) estava no hospital e o meu pequenininho bebe e a placenta foram para análise, tendo sido descoberta que tenho uma mutação (que por acaso até não é assim tão rara cerca de 20% da população a têm) que pode provocar um aumento de coagulação, originando o aparecimento de coágulos - a minha placenta descolou devido à presença de coágulos que impediram o fluir do sangue entre mim e o bebé. Eu fui diagnosticada com Trombofilia que é um conjunto de doenças que aumentam a coagulação, como já disse, a minha mutação é uma de muitas neste grupo de alterações.
Se têm historial de AVC ou outro tipo de eventos trombóticos na vossa família (tromboembolismo pulmonar, trombose venosa profunda, tromboflebite, ou então perdas gestacionais nas vossas mães e ou avós, tentem fazer despiste para Trombofilia. Eu falo em tentar porque de uma forma geral os médicos no centro de saúde não conhecem a doença - quando perdi a bebé, a médica disse-me que é normal e quando lhe levei o diagnóstico ela foi perguntar a uma colega o que era. Mas ultimamente tenho feito alguma pesquisa e todos os médicos de família que questionei nunca ouviram falar disto, por isso, não esperem que eles vos possam ajudar se for essa a situação. Aqui ainda é moda esperar por 3 perdas como sendo "normal", não é assim tão normal! E como o grupo das Trombofilias inclui várias alterações, cada uma delas dá para coisas diferentes: umas dão dificuldade de implantação do óvulo, outras perdas no 1º trimestre, outras perdas tardias e no final da gestação, assim como morte da mãe nas primeiras semanas após o parto. Se quiserem enviem-me mensagem privada e dou-vos mais informações sobre isto, incluindo um grupo maravilhoso na internet com trombofilicas e pessoas que tiveram perdas e quiseram saber um pouco mais sobre esta doença - sendo que muitas delas, após navegar um pouco no grupo e conhecendo situações semelhantes acabam por fazer a pesquisa e obter diagnóstico também.
Desculpem o texto longo... há muito a dizer sobre trombofilia e não quero maçar-vos.
Quero também dizer-vos que sinto muito as vossas perdas, é sempre difícil quando começamos a idealizar uma nova vida e de repente ela se esfuma.
Existe também um grupo onde mães de bebés que não nasceram ou que nasceram e morreram podem falar daquilo que sentem. Eu sou psicóloga e faço parte do grupo, por isso, se quiserem e sentirem que vos posso ajudar, estejam à-vontade.
