No cordão umbilical podemos encontrar 2 tipos de células estaminais. O sangue do cordão umbilical é rico em células estaminais hematopoiéticas e o tecido do cordão umbilical em células estaminais mesenquimais.
As células estaminais recolhidas do sangue do cordão umbilical são, na sua maioria, células estaminais hematopoiéticas e podem ter várias aplicações terapêuticas. Para além da aplicação em doenças do foro sanguíneo, tais como leucemias agudas, linfomas, mielodisplasias, síndromes de insuficiência medular, hemoglobinopatias, imunodeficiências, doenças metabólicas, são já aplicadas em casos de paralisia cerebral e diabetes tipo I.
No total de transplantes efetuados na Europa (autologos e alogénicos) em 2010, 6% foram efetuados com Células Estaminais Hematopoiéticas de sangue do cordão umbilical.
As células recolhidas do tecido do cordão umbilical denominam-se por células estaminais mesenquimais e podem ter várias aplicações terapêuticas. Entre elas podem destacar-se a aplicação de células mesenquimais como coadjuvante no tratamento da “Doença do Enxerto Contra Hospedeiro” (mais conhecida como a rejeição após o transplante), artrite reumatoide, doenças neurodegenerativas, lesões do musculoesqueleto.
A atividade global de investigação envolvendo células estaminais mesenquimais aumentou 112% de 2009 para 2010 e 116% de 2010 a 2011, tornando a investigação destas células a área com o crescimento mais rápido na investigação global de células estaminais.
A criopreservação de células estaminais adultas é um processo de congelação a temperaturas criogénicas, abaixo dos -150ºC. As amostras ficam criopreservadas na fase de vapor do azoto líquido, pois desta forma são evitados problemas de contaminação cruzada, que podem existir quando se utiliza a fase líquida do azoto.
No fundo dos tanques criogénicos encontra-se o azoto no seu estado líquido, que não chega a tocar nas amostras. É a evaporação deste azoto líquido, que se encontra no fundo do tanque, que mantém as baixas temperaturas nos tanques.
